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Acre

Lei que institui grupo reflexivo para autores de violência doméstica é sancionada em Cruzeiro do Sul

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Sanção da norma é resultado da mobilização e articulação do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) com objetivo de enfrentar e reduzir a quantidade de casos de violência doméstica no estado

Agora é lei e o município de Cruzeiro do Sul passa a ter o Programa de Prevenção e Combate à Violência Doméstica e Intrafamiliar, com foco na implantação de grupos reflexivos com autores de crimes dessa natureza, como um importante instrumento de política pública.

A proposta da Lei foi apresentada pela equipe da Coordenadoria Estadual das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar (COMSIV) do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), como forma de fortalecer o combate a esses tipos de crime, fazendo a interiorização das ações. Afinal, conforme dados de 2021 do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Acre tem a maior taxa de feminicídio em todo o país. A Lei n.°916, sancionada no dia 18 de maio de 2022.

Para lidar com esses números alarmantes, que tornam o Acre o lugar mais perigoso do Brasil para ser mulher, a Presidência do TJAC adotou como meta o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 5, da Organização das Nações Unidas (ONU), que preconiza a igualdade de gênero e o empoderamento de mulheres e meninas.

Assim, a Justiça acreana tem realizado uma série de ações para colaborar com a meta internacional, entre elas, o estímulo a instituição dos grupos reflexivos como política pública dos municípios do Estado. Os grupos promovem a reflexão, conscientização e responsabilização dos autores de violências e grupos reflexivos de homens.

Interiorização

O Judiciário está levando essa proposta ao interior do estado, até o momento foram visitadas nove cidades. As cidades de Cruzeiro do Sul, Feijó, Manoel Urbano, Sena Madureira, Senador Guiomard, Xapuri, Assis Brasil e Brasiléia receberam às integrantes da COMSIV. Em Tarauacá, primeira localidade visitada pelo Judiciário, por figurar como a segunda cidade do Acre com maior número de casos de violência doméstica, a Lei foi aprovada pela Câmara Municipal.

A assinatura da Lei em Cruzeiro do Sul é resultado desse trabalho de mobilização dos setores públicos, feito pela equipe da COMSIV. Após, a visita das integrantes da Justiça, a Câmara Municipal de Cruzeiro do Sul aprovou a proposta de Lei no dia 1º de dezembro de 2021 e encaminhou a legislação para estudo e aprovação do prefeito da cidade.

No artigo 2° da norma sancionada pelo prefeito de Cruzeiro do Sul, José Lima, conhecido por Zequinha Lima, é expresso: “O Programa a que se refere esta lei tem como objetivos principais a reflexão, conscientização e ressignificação sobre o papel masculino e distorções que possam levar a potencial agressividade dos autores de violência, bem como a prevenção, combate e redução dos casos de violência doméstica contra as mulheres”.

Para a primeira-dama de Cruzeiro do Sul, Lurdinha Lima, é essencial a união dos esforço para enfrentar o problema da violência doméstica. “O programa estará trazendo inúmeros benefícios para o Município de Cruzeiro do Sul e a Prefeitura Municipal não poderia ficar de fora de uma pauta tão essencial para a nossa sociedade. A luta da mulher em busca de respeito, de igualdade e, especialmente, contra a violência doméstica ou afetiva já é uma luta de longas datas. Mas, unidos podemos fazer mais. Por isso, estabelecemos um compromisso, enquanto gestão municipal de fortalecer toda e qualquer ação em prol dessa causa”.

Educação contra a violência

Com a legislação, espera-se combater a reentrada dessas pessoas no sistema penal pela prática dos mesmos tipos de crime por meio da educação e autorreflexão. Para tanto os grupos seguem a metodologia de trabalho desenvolvida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Recomendação n.°124/2022, como duração mínima, forma de atuação e sugestões de temas a serem tratados nas reuniões do grupo.

Seguindo essas orientações, a Lei n.°916 de Cruzeiro do Sul também elenca que é necessário romper com a violência contra as mulheres, por meio da desconstrução da cultura do machismo, articulando ações em rede que envolvam instituições do sistema de Justiça, assim como, as de ensino e educação.

Outro avanço da medida além da institucionalização desse mecanismo é que com a sansão da Lei será possível prever dotação orçamentária para que o grupo funcione, com a destinação ou contratação, de profissionais, como assistente social e psicólogo.

O delegado Rômulo Carvalho, titular da Delegacia Especializada em Atendimento a Mulher em Cruzeiro do Sul, reforçou a importância desse processo de autorreflexão para que a pessoa que cometeu o crime dessa natureza não volte a praticar as mesmas ações, com outras mulheres.

“Há um grande avanço no trabalho de prevenção, no trabalho de combate a violência doméstica. Essa lei traz instrumentos como a criação de grupos reflexivos e a implementação de equipes psicossociais que irão trabalhar tanto à vítima como o agressor. Qual é a importância disso? Hoje muitas dessas agressões, dessas violências domésticas que ocorre no nosso município e no Brasil, pode ser evitada se for possível trabalhar também o agressor. Porque a vítima ela vai ser orientada, vai ter o atendimento psicossocial, mas o agressor vai simplesmente mudar de vítima. Então, se não trabalharmos o agressor, ele continuará a perpetrar aquele seu jeito criminoso de atuar dentro do âmbito familiar com outras mulheres”, comentou o delegado.

 Emanuelly Falqueto | Comunicação TJAC

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Acre

Prêmio Sebrae de Jornalismo valoriza e premia a comunicação voltada ao empreendedorismo

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Profissionais de comunicação e universitários podem se inscrever até 9 de junho

O Prêmio Sebrae de Jornalismo (PSJ) está com inscrições abertas até 9 de junho de 2025. A iniciativa reconhece conteúdos jornalísticos que destaquem o universo do empreendedorismo e dos pequenos negócios, nas categorias Texto, Áudio, Vídeo e Fotojornalismo, além da categoria especial Jornalismo Universitário.

Na edição do Acre, o primeiro colocado de cada categoria vai receber premiações em dinheiro. Sendo

  • Vídeo: R$ 5 mil
  • Texto, Foto e Áudio: R$ 3 mil cada
  • Jornalismo Universitário: R$ 2 mil

A gerente da Assessoria de Comunicação do Sebrae no Acre, Izabel Barros, ressalta a importância do reconhecimento profissional: “O Prêmio Sebrae de Jornalismo valoriza o trabalho dos comunicadores que dão visibilidade aos pequenos negócios e ao empreendedorismo acreano. Em 2024, recebemos materiais riquíssimos em informação, mostrando a força do empreendedor local. Em 2025, buscamos ainda mais histórias inspiradoras que mostrem o potencial transformador do Acre”, declarou a gerente.

Para o diretor-superintendente do Sebrae no Acre, Marcos Lameira, valorizar o jornalismo que aborda o empreendedorismo é essencial para fomentar o desenvolvimento econômico local. “A imprensa tem um papel fundamental ao informar, inspirar e provocar reflexões sobre os desafios e oportunidades dos pequenos negócios”, afirma.

Os vencedores da categoria estadual também concorrerão nas etapas regional e, se selecionados, na nacional concorrendo ao Grande Prêmio Sebrae de Jornalismo, que celebra os melhores trabalhos do país sobre empreendedorismo.

Em 2024, o prêmio recebeu 3.076 trabalhos de todo o Brasil, consolidando-se como uma das maiores premiações do jornalismo brasileiro. No Acre, 49 profissionais se inscreveram, e 27 foram selecionados para a etapa estadual.

Requisitos para participar

 Os conteúdos concorrentes devem ter sido veiculados entre 3 de junho de 2024 e 8 de junho de 2025, nos veículos de comunicação de jornalismo impresso, webjornalismo, nas emissoras de rádio e de televisão sediadas no Brasil, assim como em outras plataformas digitais. As matérias/reportagens deverão ser necessariamente editadas em português.

Cada profissional poderá concorrer com, no máximo, 3 (três) trabalhos, independentemente da categoria. No entanto, não há limite de inscrições por veículo. Mais informações e o formulário para inscrições está disponível no site www.premiosebraejornalismo.com.br

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Acre

Mapa aprova zoneamento para cultivo de sorgo no Acre

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Foto: Flávio Tardin/Embrapa

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Secretaria de Política Agrícola, publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 12, a Portaria SPA/MAPA nº 115, que aprova o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura do sorgo granífero no estado do Acre, referente à safra 2025/2026.

O ZARC visa orientar o cultivo de sorgo granífero em condições de sequeiro, considerando as variações climáticas, e define os municípios aptos ao cultivo, bem como os períodos indicados para semeadura.

A medida foi tomada após análise técnica que utilizou dados de precipitação e evapotranspiração, além de levar em conta as exigências térmicas e hídricas para o desenvolvimento da cultura.

A cultura do sorgo, resistente à seca, é afetada por déficits hídricos, especialmente na fase de florescimento e enchimento de grãos. O zoneamento busca minimizar esses riscos ao indicar as melhores condições climáticas para o cultivo, classificando as áreas com risco de acordo com a probabilidade de déficit hídrico.

A portaria também detalha os tipos de solo aptos ao cultivo e as cultivares recomendadas para a região. Além disso, reforça a importância da consulta aos órgãos de pesquisa e assistência técnica para garantir o sucesso da lavoura.

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Acre

Governo busca liberação de recursos para continuidade das obras da Orla do Rio Acre em Brasileia

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Secretário Fabio Rueda reforça necessidade de liberação de verba para conclusão do projeto, orçado em R$ 16,7 milhões

Além de conter a erosão da margem do rio, o local se transformará em um espaço de turismo e lazer para os 26,7 mil habitantes da cidade. Foto: cedida

Brasília, 12 de maio de 2025 – A Representação do Governo do Acre em Brasília (Repac) formalizou, nesta segunda-feira (12), um pedido ao Ministério das Cidades para a liberação de recursos adicionais destinados às obras da futura Orla do Rio Acre, em Brasileia. O secretário da Repac, Fabio Rueda, se reuniu com o secretário nacional de Habitação, Hailton Madureira, para tratar do andamento do projeto.

Madureira assegurou que o governo federal analisará a demanda com prioridade.

“Vamos verificar se a emenda já tem indicação do parlamentar para executá-la nas próximas semanas”, afirmou.

O empreendimento, orçado em R$ 16,7 milhões, é financiado por uma emenda do senador Marcio Bittar e executado pelo Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre).

Iniciadas em novembro de 2023, as obras devem ser concluídas até o fim deste ano. A nova orla, além de conter a erosão das margens do rio, vai se tornar um ponto de turismo e lazer para os 26,7 mil moradores de Brasileia.

Governo do Estado solicitou ao Ministério das Cidades, nesta segunda-feira, 12, a liberação de mais recursos para as obras da Orla do Rio Acre, em Brasileia. Foto: Wesley Moraes/Repac

O pedido foi feito pelo secretário do órgão acreano na capital federal, Fabio Rueda, ao secretário nacional de Habitação, Hailton Madureira, durante reunião realizada na sede do ministério.

“Essa obra é muito importante não só para Brasileia, mas para toda a região do Alto Acre. O governador Gladson Camelí determinou que 2025 é o ano do executar. A nossa missão tem sido atender a esse pedido e, consequentemente, contribuir com o desenvolvimento do nosso estado”, afirmou Rueda.

Madureira prometeu empenho do governo federal no atendimento à demanda. “Vamos analisar se a emenda já tem a indicação do parlamentar, para que possamos executá-la nas próximas semanas”, declarou.

As obras foram iniciadas em novembro de 2023 e a expectativa é que a orla seja entregue até o fim deste ano. Além de conter a erosão da margem do rio, o local se transformará em um espaço de turismo e lazer para os 26,7 mil habitantes da cidade.

O pedido foi feito pelo secretário do órgão acreano na capital federal, Fabio Rueda, ao secretário nacional de Habitação, Hailton Madureira, durante reunião realizada na sede do ministério.

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