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Governo boliviano deporta 36 haitianos encontrados em Pando
Por Raimari Cardoso
O diretor regional de Migração de Pando, Arnolfo Puerto, informou que 36 cidadãos haitianos que estavam em território boliviano foram deportados para o Brasil na última terça-feira, 13. Entre os estrangeiros com situação irregular havia pelo menos 10 menores de idade.
“Não dá para fazer isso porque eles (os haitianos) estão entrando sem exame médico. Não sabemos se eles estão nos trazendo um vírus ou algo assim. Com esta pandemia, podemos estar causando muitos problemas para a população ”, disse Puerta a um jornal local.
Os imigrantes caribenhos estavam em residências particulares na cidade de Porvenir, quando a Interpol e a polícia boliviana prenderam e depois mandaram de volta à cidade acreana de Epitaciolândia, por onde entraram no território de Pando.
“Haitianos têm chegado ao Brasil pelo Peru e tentam passar pela Bolívia para chegar ao Chile, onde uma grande comunidade de seus compatriotas os espera para começar uma nova vida em solo transandino”, diz o jornal boliviano El Deber.
Segundo grupo de haitianos presos este mês
Durante o último feriado da Páscoa, 30 pessoas, também haitianas, foram presas em Pando. Na ocasião estavam em um ônibus com destino à cidade de La Paz.
Naquela oportunidade, as autoridades bolivianas informaram que apenas 10 pessoas possuíam identificação pessoal e de imigração. No entanto, eles entraram na Bolívia ilegalmente e sem controle sanitário, por isso também foram devolvidos ao lado brasileiro.
O diretor de Migração de Pando anunciou à população que as pessoas que ajudarem estrangeiros a atravessar a fronteira ilegalmente serão processadas. O temor das autoridades é que os ilegais sejam portadores da nova variante amazônica do Covid-19, mais letal e que vem devastando a população do país vizinho.
A medida do país andino não agradou a muitos internautas que tiveram acesso à informação, inclusive bolivianos. Um dos leitores, publicou comentário afirmando que com a quantidade de imigrantes que a Bolívia tem em outros países, deveria ser mais solidária com outros povos que chegam às suas fronteiras pedindo ajuda e asilo.
“Com 3 milhões de imigrantes bolivianos fora do país, a república da Bolívia deveria ter mais solidariedade com as pessoas que vêm às nossas fronteiras pedindo asilo e ajuda. A Bolívia deve construir uma imagem sólida de um país humanitário e não de uma republiqueta indolente ante à dor de outros”.
Apenas em São Paulo, viviam até 2019 mais de 75 mil bolivianos, formando a maior colônia de estrangeiros no estado, segundo um levantamento da época da Polícia Federal e da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC). Em segundo lugar vinham os portugueses, com 52 mil indivíduos.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.
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PAA: Nova portaria libera R$ 4 milhões para compra direta de alimentos de produtores acreanos
Por Wanglézio Braga
O Governo Federal destinou até R$ 4 milhões para o Acre executar a modalidade Compra com Doação Simultânea (CDS) do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), voltada à compra de produtos da agricultura familiar para doação a povos indígenas em situação de insegurança alimentar. A medida foi oficializada por portaria do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, publicada no Diário Oficial da União (DOU) do dia 23, e terá vigência inicial de 12 meses, com possibilidade de prorrogação.
Pela regra, o Estado deverá priorizar a compra direta de alimentos produzidos pelos próprios povos indígenas. Caso a oferta não seja suficiente, a aquisição poderá ocorrer junto a outras comunidades tradicionais e, em último caso, a agricultores familiares em geral. Os alimentos, in natura ou industrializados, deverão respeitar os hábitos alimentares locais e serão distribuídos diretamente nas aldeias ou em equipamentos públicos instalados nos territórios indígenas.
O pagamento aos fornecedores será feito diretamente pelo Governo Federal, por meio do MDS, garantindo mais segurança ao produtor e evitando atrasos. Para ter acesso aos recursos, o Acre precisa confirmar o interesse no programa em até 30 dias após a publicação da portaria, aceitando as metas no sistema do PAA. Caso o prazo não seja cumprido, o recurso poderá ser remanejado para outros estados.
O Estado terá até 90 dias para cadastrar a proposta no sistema e iniciar as operações, após aprovação do plano operacional e emissão dos cartões dos beneficiários fornecedores.










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