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Acre

Fundhacre inaugura ambulatório para prevenir agravamento de doenças renais

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A Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre) inaugurou na quinta-feira (26), o Ambulatório Pré-Dialítico, novo espaço de atendimento voltado a pacientes com doença renal crônica (DRC) que ainda não iniciaram tratamento com hemodiálise. A proposta é oferecer cuidado especializado antes que o quadro clínico se agrave, evitando internações e melhorando a qualidade de vida dos usuários.

Instalado no Setor de Nefrologia da unidade, o ambulatório reúne uma equipe multiprofissional — formada por médicos nefrologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais — dedicada ao acompanhamento clínico contínuo de pessoas nos estágios iniciais ou intermediários da doença.

A criação do novo serviço atende a uma demanda urgente: segundo a Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), mais de mil pessoas aguardam atendimento na fila da nefrologia no estado. Muitas delas já estão em estágios avançados da doença, que podem ser controlados com tratamento clínico adequado.

“Um paciente que recebe atenção pré-dialítica pode viver melhor, por mais tempo, sem depender da hemodiálise. Estamos investindo em prevenção e planejamento, porque entendemos que a doença renal crônica não pode ser tratada apenas quando atinge um ponto crítico. Nosso objetivo é oferecer acesso ao tratamento certo, no tempo certo”, afirmou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.

Segundo a Fundhacre, houve um crescimento expressivo no número de atendimentos em nefrologia no último ano. As consultas mensais saltaram de 94 para 540 entre dezembro de 2023 e o final de 2024. Atualmente, 43 pessoas realizam hemodiálise na unidade — um tratamento considerado invasivo, com impactos físicos, emocionais e sociais.

A presidente da Fundhacre, Sóron Steiner, afirma que o ambulatório visa oferecer um plano de cuidado mais amplo. “O ambulatório pré-dialítico nasce com o propósito de acompanhar desde os primeiros sinais da doença, com escuta, orientação e um plano de cuidado personalizado. Sabemos o quanto a DRC impacta a vida das pessoas, então essa é uma conquista importante para os usuários do SUS, que agora passam a contar com um serviço estruturado e comprometido com a prevenção”.

O atendimento no ambulatório é feito por meio de encaminhamento do Sistema Único de Saúde (SUS). O paciente deve procurar uma unidade básica de saúde (UBS) ou uma unidade de referência em atenção primária (Urap), onde será avaliado por um clínico. Caso haja necessidade de consulta com nefrologista, o caso é encaminhado à Fundhacre.

Mayra Wolter, assessora técnica da Rede de Atenção às Pessoas com Doenças Crônicas da Sesacre, explica que a proposta é oferecer cuidado contínuo para retardar o início da diálise. “Aqui, os pacientes que ainda não têm indicação de hemodiálise, mas já estão em estágios avançados da doença [renal], recebem uma avaliação com nefrologista, enfermeiro, nutricionista, psicólogo e assistente social. É esse cuidado em conjunto que permite melhorar a adesão ao tratamento conservador e, muitas vezes, adiar o início da terapia dialítica”.

A nefrologista Gabriela Lazzare, que atua no ambulatório, avalia o novo serviço como um avanço importante. “Hoje é um dia muito feliz para nós. Esse serviço oferece mais qualidade de vida e prepara o paciente, se for necessário, para iniciar a terapia renal substitutiva com segurança, com sua fístula pronta, seu acesso vascular definitivo ou até mesmo encaminhado para a diálise peritoneal, já bem orientado e assistido”.

Maria Batista, de 73 anos, mora em Boca do Acre (AM) e descobriu a doença renal durante uma consulta de rotina. “A primeira vez que eu vim foi pra tratar uma dor no joelho, e acabei descobrindo que precisava cuidar dos rins. Marcaram minha consulta com a doutora e comecei o tratamento. Hoje eu tive uma explicação ainda melhor e saio com mais fé de que não vou precisar fazer hemodiálise. Estou muito agradecida por ter essa chance”, relatou.

Embora a Fundhacre seja referência em procedimentos de alta complexidade, como transplantes renais, o objetivo do novo ambulatório é justamente evitar que a doença avance a ponto de exigir hemodiálise ou transplante. A iniciativa busca conter a progressão da DRC desde os primeiros sinais, com foco em prevenção e planejamento do cuidado.

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Acre

Prefeitura de Rio Branco reforça ações de emergência

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A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.

O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas.

Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.

Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.

“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

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Cinco mulheres são presas ao tentar entrar com drogas escondidas em laranjas no presídio de Rio Branco

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Cinco mulheres foram presas na manhã deste sábado (27) ao tentarem introduzir drogas escondidas dentro de laranjas no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A prisão ocorreu durante o procedimento de fiscalização de rotina realizado por policiais penais da unidade.

Segundo informações da administração penitenciária, o material levado pelas visitantes passou pelo aparelho de raio X, que identificou irregularidades no interior das frutas. Durante a inspeção manual, os agentes localizaram 779 gramas de maconha, 105 gramas de cocaína e cerca de um quilo de tabaco.

Diante do flagrante, todo o material ilícito foi apreendido e as cinco mulheres receberam voz de prisão ainda dentro do complexo prisional. Elas foram conduzidas à Delegacia de Flagrantes (DEFLA), onde permaneceram à disposição da Justiça e devem responder por crimes relacionados à tentativa de introdução de drogas no sistema penitenciário.


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Acre

Rio Acre ultrapassa cota de transbordamento e atinge 14,55 metros em Rio Branco

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Elevação de 82 centímetros em um único dia aumenta risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital

Foto: Jardy Lopes

O nível do Rio Acre seguiu em elevação ao longo deste sábado (27), conforme boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal de Rio Branco. Na última medição do dia, realizada às 21h, o manancial atingiu 14,55 metros, permanecendo acima da cota de transbordamento, que é de 14,00 metros.

De acordo com os dados oficiais, a primeira aferição do dia, às 5h26, apontava 13,73 metros, já acima da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros. Às 9h, o rio chegou a 14,00 metros, alcançando oficialmente a cota de transbordo. O nível continuou subindo ao longo do dia: 14,14 metros ao meio-dia, 14,30 metros às 15h, 14,43 metros às 18h e, por fim, 14,55 metros às 21h.

Com isso, o Rio Acre acumulou uma elevação de 82 centímetros em apenas 24 horas, ampliando o risco de alagamentos em áreas ribeirinhas da capital acreana.

Apesar de não haver registro de chuvas nas últimas 24 horas em Rio Branco — com índice de 0,00 milímetro —, o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, explicou que a elevação do nível do rio é consequência das fortes chuvas registradas nas cabeceiras e em municípios do interior do estado.

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