Acre
Friale prevê inverno com temperaturas abaixo da média e chuvas moderadas no Acre

FOTO: WHIDY MELO
O inverno no Acre começa oficialmente nesta sexta-feira, 20, e vai até o dia 22 de setembro. Segundo o meteorologista Davi Friale, a estação será marcada por características típicas da época: ondas de frio polar, dias secos e ensolarados, além de noites amenas e estreladas.
Friale destaca que, como em todo o hemisfério sul, o inverno inicia com o dia mais curto e a noite mais longa do ano. “O inverno, no Acre e em todo o hemisfério sul da Terra, começa quando o Sol fica momentaneamente posicionado sobre o Trópico de Câncer, ou seja, a 23 graus ao norte da linha do equador, ou a 33 graus ao norte da capital acreana, quando o dia é o mais curto e a noite, a mais longa do ano. Este fenômeno é conhecido como solstício de inverno, que, neste ano de 2025, ocorre no dia 20 de junho, às 21h42min (horário de Rio Branco)”, explica.
Ainda segundo o meteorologista, na sexta-feira, 20, as sombras projetadas pelas árvores e pelas construções ao meio-dia são as mais longas do ano na direção sul. No Acre, especialmente no leste e sul do estado, são comuns as fortes incursões de ar frio de origem polar, que derrubam as temperaturas de forma brusca e acentuada.
“As menores temperaturas do ano são registradas durante as friagens. Após alguns dias frios e bastante ventilados, com céu encoberto, o tempo fica ensolarado, com baixa umidade do ar, e as noites, amenas e estreladas”, afirma Friale.
Quanto à previsão específica para este inverno de 2025, Davi Friale explicou que é de um inverno dentro da normalidade.“As chuvas deverão ficar dentro ou um pouco acima da média na maior parte do estado, inclusive em Rio Branco. Portanto, a seca não deverá ser excessiva, mas dentro do que é normal para a época. Deverão ficar, também, dentro ou um pouco abaixo da média. Deverão ocorrer várias incursões de ondas polares, sendo que, pelo menos uma, de forte intensidade, com registros inferiores a 12ºC”, justificou.
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Acre
Na Expoacre, café feito de açaí é apresentado para os acreanos por associação de bolivianas
Por Wanglézio Braga
Direto da comunidade de Santa Rosa do Abunã, no Departamento de Pando, na Bolívia, um grupo de produtoras da Associação S.O.S Mulheres de Pando trouxe à Expoacre 2025 uma novidade que está chamando atenção de quem circula pelos estandes: o Café de Açaí. Feito a partir da torragem e moagem da semente do açaí, o produto é 100% natural, não contém cafeína e carrega um potencial nutritivo impressionante, com vitaminas A, D, E e K.
Segundo a promotora de vendas Sandra Zairo, o produto integra uma linha chamada TAPEC e é fruto do trabalho artesanal de mulheres que selecionam cuidadosamente as sementes antes do processamento. “É um café bem orgânico, saudável e diferente de tudo o que a gente conhece. Mesmo quem não gosta de café tradicional, costuma aceitar bem o sabor do nosso produto”, contou Sandra ao Portal Acre Mais.
Por enquanto, a produção ainda é modesta — cerca de uma tonelada por ano — mas a proposta é expandir conforme cresce o interesse do público. O processo de fabricação é simples e segue os moldes tradicionais: a semente (ou “semelha”, como chamam por lá) é separada, torrada e moída, sem adição de químicos ou conservantes.
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Secretário Luiz Tchê comemora decisão judicial que libera recursos da Expoacre: “Constituição foi respeitada”
Tribunal de Justiça revogou medida do TCE que bloqueava verba para premiações do rodeio; secretário critica atuação da conselheira Naluh Gouveia
O secretário de Agricultura do Acre, Luiz Tchê, celebrou nesta segunda-feira (28) a decisão do Tribunal de Justiça do Estado (TJAC) que suspendeu a medida da conselheira do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Naluh Gouveia, a qual bloqueava recursos destinados ao pagamento de prêmios das competições de rodeio da Expoacre 2025.
Em entrevista ao consórcio de veículos formado pelos portais AcreNews, O Alto Acre, Correio Online e AcreMais, Tchê afirmou que a decisão do Judiciário garantiu o cumprimento da Constituição. “Ela [a conselheira] não olhou a Constituição Estadual, nem a Federal. O Tribunal de Contas apenas fiscaliza, quem aprova orçamento é a Assembleia Legislativa”, declarou.
A decisão liminar foi proferida pelo desembargador Junior Alberto, que entendeu que a suspensão dos repasses ultrapassava a competência do TCE, uma vez que apenas o Poder Legislativo pode impedir a execução de contratos. O governo do Estado reforçou seu compromisso com a legalidade e o bom uso dos recursos públicos.
A Expoacre, que este ano celebra 50 edições, é considerada o maior evento de negócios e cultura do estado e segue com programação intensa até o próximo domingo.
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DPE/AC aciona Justiça para garantir energia elétrica a moradores da Resex Chico Mendes em Brasileia
Por Fernando Oliveira
Pela garantia de direitos e da dignidade da pessoa humana. A Defensoria Pública do Estado do Acre ingressou no dia 24 de junho com uma Ação Civil Pública contra a Energisa Acre – Distribuidora de Energia S/A, para garantir a conclusão da instalação da rede elétrica na comunidade Etelvir, localizada no km 75 + 8 do ramal da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes, em Brasiléia. A ação foi protocolada após solicitação da presidente da Associação dos Seringueiros e Pequenos Produtores Rurais João Barbosa, Sarlene Oliveira Brito.
Segundo a presidente, a comunidade vem enfrentando sérias dificuldades devido à ausência do serviço essencial de energia elétrica. Ela destaca que, mesmo com a autorização ambiental em mãos, a empresa não cumpriu com a obrigação de finalizar as obras.
“A autorização para a obra foi conquistada com muito esforço junto ao Ministério do Meio Ambiente e ao ICMBio. A rede elétrica chegou a ser parcialmente instalada, mas boa parte das famílias da comunidade segue sem energia. Isso afeta diretamente a qualidade de vida, o armazenamento de alimentos, o funcionamento de equipamentos e o acesso à educação e saúde”, argumenta Sarlene Oliveira Brito.
A obra, vinculada ao Programa Luz para Todos, foi autorizada oficialmente por meio da Autorização Direta nº 42/2023, emitida em 27 de julho de 2023, com validade de dois anos. No entanto, com cerca de um mês para o fim do prazo, parte da instalação, equivalente a aproximadamente 8 a 10 km — ainda não foi concluída, deixando sete famílias fora do atendimento.
A Energisa, segundo a ação, justificou o atraso com a falta de empresa terceirizada disponível para finalizar os serviços. No entanto, a Defensoria Pública, por meio do defensor Dr. Henry Sandres, vê a situação como um grave desrespeito à população tradicional da floresta e uma violação dos direitos básicos garantidos por lei.
“Neste sentido, a Defensoria Pública do Estado do Acre lança mão do presente instrumento legítimo, qual seja, a Ação Civil Pública, buscando a tutela de direitos coletivos relacionados à relação de consumo, visto se tratar de serviço essencial de fornecimento e distribuição de energia elétrica”, destacou o defensor público Dr. Henry Sandres, que atua em Brasiléia.
A ação aguarda agora a decisão do juiz, após a empresa Energisa se manifestar dentro do prazo legal e propor um acordo, que inclui a apresentação de um plano de execução da obra ainda este ano para a comunidade em questão.