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Famílias cobram justiça após morte de trabalhadores em caixa d’água

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Oito dias após a tragédia que tirou a vida dos trabalhadores Ruan Roger, de 32 anos, e Diony Magalhães, de 22, a dor e a revolta ainda tomam conta das famílias. Eles morreram na última quinta-feira, 12, enquanto realizavam a pintura interna de uma caixa d’água no condomínio residencial Via Parque, no bairro Floresta Sul, em Rio Branco.

Segundo os relatos, os trabalhadores teriam inalado uma grande quantidade de vapores tóxicos da tinta, o que provocou um quadro de hipóxia — condição causada pela falta de oxigênio no cérebro. O acidente levanta sérias dúvidas sobre as condições de segurança oferecidas pela empresa responsável pela obra, que, de acordo com os familiares, ainda não prestou qualquer tipo de assistência ou esclarecimento.

Para Dionelio de Freitas, pai de Diony, o sentimento é de abandono e impotência diante da perda do filho, que estava nos primeiros dias de seu primeiro emprego. “Então a gente só quer uma resposta do Poder Judiciário, de como que vai ficar ou pelo menos como que aconteceu, o que de fato aconteceu. E até agora ninguém teve uma resposta. Já faz mais de sete dias que aconteceu e até agora é como se… morreram e acabou. Ninguém tem resposta de nada. E a gente quer sentir a sensação de justiça pela vida deles”, desabafou, em entrevista a TV Ecoacre.

Diony faria aniversário nesta quinta-feira, 19. A data, que seria marcada por comemoração, agora é lembrada com tristeza por familiares como a irmã, Denise de Freitas. “Ele estava animado com esse emprego porque ia fazer o aniversário dele. Estava praticamente tudo certo pra gente fazer essa festinha, e infelizmente foi interrompido o sonho dele.”

A mãe de Diony, dona Irla Marcela, também lamenta os planos interrompidos do filho, que sempre falou do desejo de construir uma vida com dignidade. “Ele sempre falava que queria trabalhar para construir as coisinhas dele, e depois para construir uma família, que era sempre o sonho dele. Mas agora o sonho dele foi destruído.”

As famílias ainda esperam por esclarecimentos oficiais sobre o que realmente ocorreu dentro da caixa d’água e se havia os equipamentos e protocolos de segurança necessários para a realização do serviço. Enquanto aguardam por justiça, os familiares de Ruan e Diony seguem tentando encontrar forças para lidar com a ausência de quem saiu para trabalhar e não voltou mais.

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Rio Tarauacá sobe mais de 3 metros em 24 horas e começa a atingir as primeiras áreas da cidade

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O Rio Tarauacá registrou elevação superior a três metros em apenas 24 horas e já começou a atingir as primeiras áreas urbanas do município. A rua Simão Leite Damasceno foi a primeira a ser alcançada pelas águas após a elevação repentina do nível do rio.

De acordo com o prefeito Rodrigo Damasceno, na sexta-feira, 26, o rio estava com 6,64 metros. Na última medição realizada neste sábado, 27, o nível chegou a 9,62 metros, ultrapassando a cota de transbordamento no município, que é de 9,50 metros.

“Estamos acionando toda a nossa equipe para ficar monitorando a situação e, se for o caso, iniciar as ações necessárias”, afirmou o prefeito.

Segundo ele, as equipes da Defesa Civil e da Assistência Social do município estão acompanhando de perto o cenário. A expectativa é que o rio comece a dar sinais de vazante a partir da manhã deste domingo.

VEJA O VÍDEO:

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Defesa Civil emite alerta de alto risco de inundação no Acre neste domingo

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Foto: Sérgio Vale

A Defesa Civil do Acre emitiu um alerta de alto risco hidrológico para este domingo, 28, diante da previsão de fortes chuvas em Rio Branco e em outras regiões do estado. O aviso aponta alta possibilidade de transbordamento do Rio Acre e de seus principais afluentes, o que pode provocar inundações em áreas urbanas e rurais.

De acordo com o órgão, o cenário é de atenção máxima, especialmente nas localidades ribeirinhas e em áreas historicamente atingidas por cheias. A previsão indica volumes elevados de chuva, capazes de provocar elevação rápida dos níveis dos rios.

Em Rio Branco, a situação já é considerada crítica. O Rio Acre encontra-se aproximadamente meio metro acima da cota de transbordamento, medindo 14,40m ao meio-dia, com vários bairros atingidos e os abrigos começaram a ser montados no Parque de Exposições Wildy Viana.

A Defesa Civil reforça que a população dessas áreas deve permanecer atenta aos comunicados oficiais e seguir as orientações de segurança.

O alerta permanece válido enquanto persistirem as condições de chuvas intensas previstas para o estado.

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Regularização fundiária beneficia quase 40 mil pessoas e reforça protagonismo feminino

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A entrega de títulos definitivos de propriedade no Acre vai além da garantia documental e representa um impacto social direto para milhares de famílias. Levando em consideração dados do IBGE, que apontam que na região norte a média é de três pessoas por família, o número de títulos entregues pelo governo do Estado alcança um benefício indireto para quase 40 mil pessoas, que passam a viver com mais segurança jurídica, dignidade e acesso a políticas públicas.

A regularização fundiária assegura direitos fundamentais, fortalece a cidadania e possibilita que famílias tenham acesso a crédito, investimentos, herança legal e valorização de seus imóveis. Cada título entregue representa uma transformação concreta na vida de quem há anos aguardava o reconhecimento oficial de sua moradia ou área produtiva.

Esse trabalho segue os princípios da Lei nº 13.465, de 2017, conhecida como Lei da Regularização Fundiária, que trata da regularização urbana e rural em todo o país. A legislação estabelece, de forma clara, a preferência pela mulher no registro do título de propriedade, especialmente quando ela é chefe de família, reconhecendo seu papel central na manutenção e organização do lar.

A escolha do governador Gladson Camelí (PP) e da vice-governadora Mailza (PP) de montar um time majoritariamente feminino para conduzir esse processo no Acre reforça o compromisso com a Constituição Federal e com a promoção da justiça social. À frente do Iteracre está uma mulher, Gabriela Câmara, acompanhada por mulheres em posições estratégicas, como a chefia do cadastro, do patrimônio, do gabinete, da regularização urbana e da regularização rural. Um time forte, técnico e sensível à realidade das famílias acreanas.

Os dados nacionais reforçam a importância dessa política. Segundo o Censo do IBGE 2022, o Brasil registrou cerca de 7,8 milhões de mulheres vivendo com filhos sem a presença do cônjuge ou de outros parentes. Esse tipo de composição familiar estava presente em 11,6% das famílias em 2000 e passou para 13,5% em 2022, demonstrando que, a cada ano, mais mulheres assumem a chefia dos lares brasileiros.

Nesse contexto, a política de regularização fundiária executada no Acre ganha ainda mais relevância ao garantir que essas mulheres tenham seus direitos assegurados, promovendo autonomia, segurança e estabilidade para milhares de famílias. A entrega de títulos, portanto, não é apenas um ato administrativo, mas uma ação concreta de transformação social e valorização do papel da mulher na construção de um Acre mais justo e regularizado.

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