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Estudo mostra que rodovias perdem espaço para ferrovias e hidrovias

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O estudo destacou ainda que o modal hidroviário para a soja avançou, passando de 8% para 12%, enquanto o uso de caminhões nas exportações subiu para 12%. Em contraste, a participação ferroviária caiu de 47% para 34%.

Sérgio Mendes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), ressaltou que a escassez de ferrovias ainda é um grande entrave para a competitividade logística do Brasil. Foto: divulgacão 

Com assessoria 

Um estudo do Grupo de Extensão em Logística da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiróz (EsalqLog/USP) revelou mudanças significativas nos modais de transporte de grãos no Brasil entre 2010 e 2023. A pesquisa indica que aponta que a participação do modal rodoviário caiu no transporte interno de soja e milho, mas a dependência de caminhões nas rotas de exportação aumentou.

No caso do milho, a utilização do transporte rodoviário caiu de 84% para 76%, enquanto o ferroviário aumentou de 15% para 17%, e o hidroviário saltou de 1% para 8%. Já no transporte de soja, a dependência do modal rodoviário reduziu de 75% para 69%, com avanços na utilização de ferrovias, que agora representam 22% do total, e um aumento nas barcaças de 4 pontos percentuais, alcançando 9%.

Thiago Péra, coordenador da EsalqLog, apontou que os investimentos em infraestrutura no período não acompanharam o crescimento nas exportações, que aumentaram 250% para a soja e 416% para o milho. A produção também registrou alta, com um crescimento de 125% na soja e 135% no milho.

O estudo destacou ainda que o modal hidroviário para a soja avançou, passando de 8% para 12%, enquanto o uso de caminhões nas exportações subiu para 12%. Em contraste, a participação ferroviária caiu de 47% para 34%.

Vitor Vinuesa, diretor de logística da ADM, afirmou que a introdução das barcaças para o Arco Norte foi uma das mudanças mais marcantes na última década. Contudo, fatores como a seca nos rios da região têm limitado o transporte fluvial. Com isso, alternativas rodoviárias foram intensificadas para abastecer os portos do Sul, especialmente em Paranaguá (PR) e Rio Grande (RS), onde a entrada de grãos por caminhões subiu para 78% e 90%, respectivamente.

Além de ser mais lento, o transporte rodoviário encarece o produto final. Vinuesa estimou que a ferrovia pode reduzir os custos de frete em cerca de 30%, enquanto o transporte hidroviário possibilita uma redução de até 50%. Para a exportação de soja à China, aproximadamente 25% do custo logístico é direcionado ao frete, com 19% desse valor vindo do transporte rodoviário.

Sérgio Mendes, diretor-executivo da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), ressaltou que a escassez de ferrovias ainda é um grande entrave para a competitividade logística do Brasil. Atualmente, o país possui projetos avaliados em R$ 63 bilhões para ampliar a malha ferroviária em 20 mil quilômetros, incluindo a Ferrogrão, que conectará Sinop (MT) ao porto fluvial de Miritituba (PA), sendo estratégica para o agronegócio.

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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Nova lei de isenção do IR deve beneficiar 42 mil contribuintes no Acre a partir de 2026

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Professores da educação básica são um dos grupos mais impactados; percentual de isentos no estado deve saltar de 12,7% para 47,5%

Ainda de acordo com o estudo, o estado do Acre é uma das unidades da Federação com número expressivo de professores da educação básica beneficiados pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foto: internet 

A lei que isenta do Imposto de Renda contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais deve beneficiar cerca de 42 mil pessoas no Acre a partir de 2026, segundo projeção da Presidência da República. A medida, sancionada pelo presidente da república, também estabelece descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350 mensais e deve injetar mais dinheiro na economia local.

Um dos grupos mais impactados será o dos professores da educação básica. Antes da nova regra, 12,7% dos docentes acreanos estavam isentos do IR. Com a mudança, esse percentual deve subir para 47,5%, segundo estudo do Ipea. Além disso, outros 27,5% terão redução nas alíquotas, e a fatia de professores que pagam a alíquota máxima de 27,5% deve cair de 56,9% para 25%.

A mudança faz parte da ampliação da faixa de isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil e da criação de uma tabela progressiva para rendas de até R$ 7.350, aprovada pelo Congresso e sancionada este mês.

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