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Estudante que matou desafeto acusa PM de omissão

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Foto: Raimari Cardoso

Foto: Raimari Cardoso

Antônio Elio dos Santos Silva, o Elinho, 22 anos, não se enquadra no perfil da maioria dos autores de crimes de homicídio registrados em Xapuri nos últimos tempos. Calouro do curso de Química do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Acre (IFAC), o estudante não tem passagem pela polícia nem histórico de violência ou envolvimento com drogas. Essa condição, no entanto, não impediu que ele matasse pelas costas, com duas facadas, o seu desafeto Valmir Monteiro da Silva, de 21 anos, que não teve qualquer chance de defesa, indo a óbito no local dos fatos.

O crime aconteceu na madrugada do último dia 10 de março, um domingo, nas proximidades do Bar da Vivi, onde se realiza uma das festas noturnas mais conhecidas da cidade. A reação de extrema violência se deu depois de uma confusão na qual Elinho foi esbofeteado por Valmir, segundo relatou o próprio acusado ao se entregar à polícia depois de ficar foragido por dois dias. O motivo do crime estaria ligado a uma rixa antiga motivada por uma disputa amorosa cujo pivô é uma garota que havia namorado a vítima e que atualmente se relaciona com o acusado.

Conversei com Elinho na tarde da última quinta-feira (15) em uma das celas da Delegacia Geral de Polícia, onde foi recolhido depois de se apresentar acompanhado pelo advogado Silvano Santiago. Ao se apresentar, encontrou um mandado de prisão preventiva expedido pelo juiz Luiz Gustavo Alcaide Pinto, da Vara Criminal de Xapuri. Numa conversa de oito minutos, Antônio Elio afirmou ter se arrependido de maneira imediata do crime cometido e acusou a Polícia Militar de haver se omitido com relação à agressão que ele sofreu da vítima que ele mataria instantes depois.

Elinho acusa uma guarnição da Polícia Militar de haver lhe negado atendimento quando solicitou ajuda depois de receber um tapa no rosto desferido por Valmir. Ele afirmou que, sentindo-se desassistido, resolveu fazer justiça com as próprias mãos. “Eles poderiam ter evitado essa tragédia se pelo menos dois policiais tivessem descido do carro e me atendido”, afirmou ao blog o que já havia dito em seu depoimento ao delegado Sérgio Lopes, da delegacia de Epitaciolândia, que substituía o titular de Xapuri, Antônio Carlos Marques Mello, no dia do crime.

Antônio Elio afirmou que já havia apanhado outras vezes de Valmir pelo mesmo motivo. Falou também que acredita ter sido o excesso de bebidas alcoólicas consumido naquele dia um dos principais motivos para tamanho desatino. Com uma Bíblia na mão, disse: “Acho que foi o diabo que tomou conta de mim naquele momento. Fui tomado por uma ira que jamais havia sentido na vida”. E completou: “Entreguei-me para que isso possa servir de um mínimo consolo para a mãe dele, que perdeu mais um filho dessa maneira”. Um irmão de Valmir Monteiro também foi assassinado, há dois anos, de maneira semelhante, em um bar no centro de Xapuri.

Vamir Monteiro. Morto com duas facadas nas costas.

Vamir Monteiro. Morto com duas facadas nas costas.

Através do blog Xapuri Amax, da Associação dos Militares e Amigos de Xapuri, o comandante da 2º Cia. PM de Xapuri, Silvio Araújo da Silva, divulgou Nota de Esclarecimento sobre a acusação feita por Antônio Elio. Segundo ele, uma guarnição da Polícia Militar realmente passava pelo local onde o acusado foi agredido por Valmir, mas esta não pôde atender o caso naquele momento porque estava levando para o hospital local um homem ferido com um corte profundo em um dos braços. Tratava-se de uma ocorrência de violência doméstica na qual o autor teria levado a pior.

De acordo com o comandante Sílvio, foi dito a Elinho que permanecesse no local e que não revidasse à agressão sofrida, pois a guarnição retornaria para atendê-lo depois de prestar assistência ao homem que sangrava muito no interior da viatura. Depois de aguardar, no hospital, o atendimento médico referente à ocorrência anterior, a guarnição da PM foi informada via rádio dos novos fatos. Ao chegar ao local, os policiais já encontraram a vítima morta, tendo o acusado tomado rumo ignorado em uma motocicleta.

Silvio Araújo diz ainda que no dia em que aconteceu o homicídio haviam cinco pontos de festa dançante em Xapuri, todas com farta vendagem e consumo de bebidas alcoólicas. Segundo ele, nas condições em que a Polícia Militar se encontra atualmente é impossível proporcionar segurança pública em todos esses locais. “A segurança tem que ser feita em todos os locais, e não apenas nas festas”. O militar concluiu a Nota de Esclarecimento isentando a guarnição da PM de qualquer responsabilidade sobre a conduta do autor do crime. “A Polícia Militar não pôs faca na mão de ninguém”.

Fonte: Xapuri Agora!

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Nível do Rio Acre atinge 15,51 metros na capital e mantém tendência de subida

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Foto: Jardy Lopes/ac24horas

O Rio Acre atingiu a marca de 15,51 metros às 21h desta sexta-feira, 14, em Rio Branco, segundo o boletim divulgado pela Defesa Civil do município. O nível está acima da cota de transbordo, que é de 14,00 metros.

Ao longo do dia, o rio apresentou uma tendência de elevação constante. A medição começou às 06h, com 14,98 metros, e seguiu subindo, atingindo 15,17 metros às 09h, 15,24 metros ao meio-dia, 15,33 metros às 15h e 15,40 metros às 18h.

Além do nível elevado do rio, a Defesa Civil registrou um acumulado de 22,8 milímetros de chuva nas últimas 24 horas, o que contribuiu para o agravamento da situação. A cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros, já havia sido ultrapassada no último final de semana.

 

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MPAC recorre de decisão que concedeu prisão domiciliar a mulher envolvida na execução do jovem João Vitor

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) recorreu da decisão que concedeu prisão domiciliar a uma mulher acusada de envolvimento na execução do jovem João Vitor, em Cruzeiro do Sul. O crime, atribuído a integrantes de uma organização criminosa, ocorreu em uma área verde do bairro Saboeiro.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a acusada, amiga da vítima, teve um papel fundamental no crime ao atraí-lo para uma emboscada. O corpo de João Vitor foi encontrado às margens do Rio Juruá, próximo ao município de Guajará, no Amazonas, com as mãos amarradas para trás e diversas perfurações de faca nas costas.

Durante a audiência de custódia, o MPAC se manifestou pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva. No entanto, a Justiça concedeu a prisão domiciliar, levando o órgão ministerial a recorrer da decisão, considerando a gravidade do crime.

Além disso, o MPAC instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o andamento das investigações sobre o caso.

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Afluente do Rio Acre, Riozinho do Rola ultrapassa cota de transbordo

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Foto: Kennedy Santos/ac24horas

O Riozinho do Rola, principal afluente do Rio Acre, ultrapassou nesta sexta-feira, 14, a cota de transbordamento, que é de 15 metros, atingindo 15,19 metros às 15h15, segundo dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB).

O transbordamento manancial ocorreu por volta das 10 horas da manhã, quando o rio atingiu a marca de 15 metros. Desde então, o nível tem se mantido acima da cota de inundação, com tendência de aumento.

Além do Riozinho do Rola, o nível do Rio Acre também preocupa em Brasileia, onde a cota de transbordamento é de 8 metros. Nesta sexta-feira, 14, às 15h15, o rio registrou 6,94 metros, um aumento de quase 60 centímetros em relação ao início do dia.

 

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