Brasil
“Era o amor da minha vida”, diz pai de jovem que comeu bolo envenenado
Ana Luiza Neves, de 17 anos, recebeu um bolo de pote no último sábado com um bilhete. Ela morreu menos de 24 horas após comer o doce

Após o velório e sepultamento de Ana Luiza, o pai conversou com a imprensa. Segundo ele, a jovem teria completado 17 anos na semana passada e era uma menina inocente. Foto: cedida
Por metrópoles
A adolescente de 17 anos que confessou ter matado uma colega da mesma idade com um bolo envenenado em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, disse à polícia que fez isso para “dar um susto” e que não tinha a intenção de matá-la. A vítima, Ana Luiza de Oliveira Neves, foi enterrada na manhã desta terça-feira (3/6) no Cemitério Recanto do Silêncio.
A menor infratora foi levada pela mãe à Delegacia de Itapecerica na manhã desta terça-feira (3/6) e confessou o crime. Após ser ouvida, a menina permanece no local sob os cuidados da autoridade policial, que aguarda manifestação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) para que ela seja apreendida.
Segundo a equipe de investigação, apesar de a adolescente dizer que não tinha a intenção de matar a colega, a suspeita é que ela tenha adotado o discurso para tentar amenizar o feito. Para a polícia, o que reforça essa tese é a escolha do arsênico como veneno, uma substância altamente letal.

Silvio Ferreira das Neves (foto de destaque), o pai da adolescente Ana Luiza de Oliveira Neves, de 17 anos, que morreu no domingo (1º/6) após ter comido um bolo de pote envenenado. Foto: cedida
“Perdi o amor da minha vida. Ela tinha 17 anos, fez na semana passada. É muito dolorido. Não tem nem palavra para falar o que eu estou sentindo. É difícil demais para mim. Só Deus para me dar força. Minha filha não merecia isso. Ela era uma pessoa do bem, não tinha vício nenhum, não mexia com ninguém, era trabalhadeira”, disse.
Veneno comprado na internet
A menor de idade teria comprado a dose de arsênico pela internet, por R$ 80, fez um brigadeiro com o veneno e cobriu o bolo com essa mistura. Em seguida, mandou um motoboy entregar na casa de Ana Luiza. “Um mimo para a garota mais linda que eu já vi”, dizia o bilhete.
Por volta das 18h, a adolescente chegou em casa e comeu o bolo. Menos de uma hora depois, ela começou a passar mal e mandou mensagem a um amigo sobre a situação. Esse amigo, então, questionou o fato de a jovem ter comido um alimento sem saber a procedência.
Com a piora dos sintomas, Ana Luiza foi encaminhada a um hospital particular pelo pai. Na unidade de saúde, ela foi atendida pela equipe médica e diagnosticada com um quadro de intoxicação alimentar. No hospital, a adolescente tomou remédio, soro e, após uma melhora do quadro de saúde, foi liberada.
Entretanto, no dia seguinte, ela piorou novamente e foi levada ao pronto-socorro, por volta das 16h. Desta vez, a adolescente já chegou à unidade morta, menos de 24 horas de ter comido o bolo.
O motivo do envenenamento, segundo a polícia, seria “inveja”. Inicialmente, a menor infratora teria dito que matou a colega porque ela teria ficado com seu namorado. No entanto, à polícia, mudou a versão, passando a dizer que tinha inveja, sem motivo específico.
O que se sabe
- Segundo a equipe médica, a jovem foi levada ao pronto-socorro após aproximadamente 20 minutos de parada cardiorrespiratória.
- Ela estava com cianose — coloração azulada e roxa na pele, causada por falta de oxigenação no sangue –, hipotermia, sem batimentos cardíacos e sem respiração.
- Os médicos tentaram reanimá-la, porém ela não resistiu.
- Segundo o boletim de ocorrência, a causa da morte foi apontada como intoxicação alimentar.
- O caso foi registrado como morte suspeita pela Delegacia de Itapecerica da Serra.
- O bolo e a embalagem na qual o produto chegou na casa da adolescente foram apreendidos, assim como um pacote de doces e o bilhete.
Loja se manifestou
A dona da loja que fabricou o bolo de pote ingerido pela adolescente esclareceu que não foi responsável pela entrega do doce à menina. A Menina Trufa, nome da marca, admitiu ter sido a fabricante do produto.
Segundo publicação no Instagram da loja, uma pessoa teria adquirido o produto como se fosse para consumo próprio e levado o bolo para outro lugar. Ainda de acordo com a Menina Trufa, a entrega à jovem que morreu foi realizada “de um local desconhecido” e por um motoboy que não presta serviços à empresa, sem autorização ou vínculo com a marca.
Além de repudiar as tentativas de associação indevida à marca, a fabricante decidiu fechar a loja nesta terça-feira (3/6), em respeito à família da jovem.

Segundo publicação no Instagram da loja, uma pessoa teria adquirido o produto como se fosse para consumo próprio e levado o bolo para outro lugar. Foto: captada
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.
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Nova lei de isenção do IR deve beneficiar 42 mil contribuintes no Acre a partir de 2026
Professores da educação básica são um dos grupos mais impactados; percentual de isentos no estado deve saltar de 12,7% para 47,5%

Ainda de acordo com o estudo, o estado do Acre é uma das unidades da Federação com número expressivo de professores da educação básica beneficiados pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foto: internet
A lei que isenta do Imposto de Renda contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais deve beneficiar cerca de 42 mil pessoas no Acre a partir de 2026, segundo projeção da Presidência da República. A medida, sancionada pelo presidente da república, também estabelece descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350 mensais e deve injetar mais dinheiro na economia local.
Um dos grupos mais impactados será o dos professores da educação básica. Antes da nova regra, 12,7% dos docentes acreanos estavam isentos do IR. Com a mudança, esse percentual deve subir para 47,5%, segundo estudo do Ipea. Além disso, outros 27,5% terão redução nas alíquotas, e a fatia de professores que pagam a alíquota máxima de 27,5% deve cair de 56,9% para 25%.
A mudança faz parte da ampliação da faixa de isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil e da criação de uma tabela progressiva para rendas de até R$ 7.350, aprovada pelo Congresso e sancionada este mês.


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