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Empresa de Manaus, que vai gerenciar consignados, é mal avaliada por bancos e deverá lançar cartão que endivida servidores

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Por Marcos Venicios

Durante audiência pública da Comissão de Serviço Público da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 14.

O presidente da Zetrasoft, Flavio Naufel, empresa que desde de 2005 gerenciar as margens de empréstimos consignados do governo do Acre e recentemente teve o seu contrato rescindido com o Estado, afirmou que em nenhum momento a atual gestão procurou operadora para tratar de qualquer problema de gestão de dados e destacou a forma “estranha” como o governo está rescindindo o contrato unilateralmente sem diálogo.

De acordo Naufel, a Zetrasoft é pioneira na gestão de margem consignada há 20 anos com quase colaboradores e uma carteira de mais de 400 clientes.

Entre eles as forças armadas, exército brasileiro, Marinha, Aeronáutica, STF e poderes executivo, judiciário e legislativo de vários Estado.

Ele ressaltou que além do governo do Acre, a empresa trabalha no Estado com a prefeitura de Rio branco, Tribunal de Contas, Tribunal de Justiça e Prefeitura de Rio Branco.

“O convênio do governo do Acre com a nossa empresa é muito importante. Nós da Zetra , em nome dos proprietários da empresa que acompanham a esse convênio , para essa parceria de sucesso que já estamos há 15 anos, tivemos uma surpresa de rescisão. Nunca fomos procurados pelo governo do Acre para pudesse demonstrar qualquer insatisfação com os serviços prestados. Eu gostaria encarecidamente que a comissão levasse em conta essas informações. Se nós tivéssemos tido a oportunidade de fazermos essas discussões prévias, com certeza não teremos chegado a esse ponto”, argumentou o presidente da Operadora.

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O diretor-jurídico da Zetra, advogado Moisés Monte, disponibilizou durante a transmissão da audiência pública uma série de documentos comparando a qualidade da empresa mineira com a empresa Fenixsoft, de Manaus, que é a nova contratada do governo para gerenciar as margens de consignados.

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Monte demonstrou, por meio de relatório da Federação dos Bancos (Febraban), que sua empresa é superior tecnicamente a empresa de Manaus. De acordo com dados disponibilizados, a Zeta trabalha com mais de 1,5 milhão de servidores em todo o Brasil, o que corresponde a 29% do mercado, enquanto a empresa de Manaus gerencia apenas 190 mil (3,6%) do total.

Outro ponto apresentado é com relação a avaliação. A Zetra tem 95% de aprovação enquanto a Fenixsoft tem 51%. “Nós estamos comparando uma Ferrari com fusca; Nós estamos muito a frente de tecnologia e governança em serviços. Investimos muito do nosso patrimônio em tecnologia. Nós somos especializados nisso”, frisa o diretor.

Monte aproveitou a oportunidade para desmentir o secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, que afirmou na semana passada, durante audiência pública, que o sistema da Fenixsoft é idêntico ao da Zetra. Ele destacou ainda que atualmente a Zetra faturava cerca de R$ 150 mil mensais dos serviços prestados ao governo, mas que em 2005 era apenas de R$ 109.

Questionado por deputados como a empresa de Manaus conseguiria doar ao governo do Acre R$ 100 mil ao Fundo Estadual de Desenvolvimento do Servidor e esse seria o fator preponderante para rescisão do contrato, o diretor diz que a proposta é inviável e ressaltou que um cartão de crédito que adianta salários em até 65% dos servidores deverá se lançado para que essa conta seja paga. “Na verdade, quem será onerado ai serão os servidores”.

O diretor ainda lembrou das declarações do Secretário de Planejamento de que os servidores estaria batendo na porta da secretaria cobrando uma intermediação do serviço de consignados e ressaltou que a legislação proíbe que a Zetra faça esse tipo de intermediação direta com o servidor já que detêm informações privilegiadas. “Nós apenas tiramos duvidas com o servidor quanto ao uso do sistema, mas jamais por intermediação de negócios que é o que está sendo feito pela empresa de Manaus. Nós temos informações privilegiadas e não podemos trazer esse tipo de informações de acordo com o Banco Central”, ressaltou.

Sobre o bloqueio do sistema, onde milhares de servidores estão prejudicados, não podendo fazer operações de crédito, Monte frisou que isso é uma discussão que faz parte do mandado de segurança que está tramitando na justiça do Acre. “O bloqueio do sistema é para não ficar vulnerável a retirada de dados . É um procedimento, é uma questão de segurança da informação. Esses relatórios são enviados. Estamos no aguardo do julgamento do MS pensando que o governo possa mudar de ideia de sua decisão unilateral”, explicou. Ele enfatizou ainda que mesmo havendo uma decisão unilateral, de acordo com o contrato, a Zetra tem obrigação de manter os serviços até janeiro de 2021, até o fim do exercício financeiro deste ano.

Cartão Avancard

Maio Monte explicou aos deputados que para a empresa Fenixsoft consiga doar os R$ 100 mil aos governo mensalmente precisará criar o Avancard, que é um cartão de crédito que adianta o salário dos servidores em até 65%.

“O Cartão avancard que e um cartão de crédito que faz o uso da margem consignável do servidor. É um cartão de adiantamento salarial, é um cartão que existe no Amazonas e o servidor ficar completamente endividado. O Avancard vai quebrar as empresas de empréstimo consignado”, disse o diretor, enfatizando que se for para criar o cartão para doar R$ 100 mil, a Zetra também faria, porém ressaltou que os valores são exorbitantes. “Nós não temos esse padrão de mercado. é um cartão que compete com as empresas de consignados. O servidor poderia se endividar em até 65 % da sua renda”, pontuou.

O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) lembrou que o secretário de planejamento afirmou que estaria pactuado com a Zetra o repasse dos dados para a nova empresa em até 48 horas, mas o diretor jurídico negou. “A gente foi informado por e mail da rescisão do contrato e fui procurar o secretário. Só fui recebido após a informação da nossa rescisão. Ele encaminhou um e-mail pedindo os dados em 48h, ai nosso jurídico respondeu o e-mail, afirmando que seguiríamos o que rege o contrato”, frisou.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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