Brasil
Em vídeo, líder do Hamas agradece apoio de Lula à Palestina
Dirigente do grupo terrorista diz que todos estão “honrados” pelas declarações do Estado brasileiro sobre a guerra
O chefe de relações políticas e internacionais do Hamas, Dr. Basem Naim, agradeceu ao governo brasileiro e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)pelas recentes manifestações de apoio à causa palestina. Nas últimas semanas, o chefe do Executivo brasileiro tem afirmado que a ação do Exército de Israel na Faixa de Gaza é um “genocídio”.
Os comentários de Naim foram transmitidos em vídeo para a conferência nacional do Partido da Causa Operária (PCO). O dirigente do grupo terrorista responsável pelo ataque a Israel em 7 de outubro diz que os membros da organização estão “honrados” por todas as declarações do Estado brasileiro.
“Hoje, estou falando para a audiência dessa conferência em um dos maiores Estados, de um dos maiores países do mundo, uma nação em ascensão, Brasil, que é um país amigo dos palestinos, apoiador da causa palestina. E estamos muito honrados por todas as declarações recentes dos funcionários do governo, particularmente as declarações do presidente Lula sobre seu compromisso e sua postura corajosa de apoiar a causa palestina e especificamente, exigir um cessar-fogo para parar essa agressão contra nosso povo”, afirmou Basem Naim.
O representante do Hamas também declarou que aguarda o dia em que a organização poderá comemorar a “liberdade da Palestina” junto com o Brasil e outros aliados.
“Esperamos o dia em que estaremos na Palestina com todos os nossos amigos ao redor do mundo, incluindo nossos amigos e companheiros do Brasil para celebrar a liberdade da Palestina. E penso que será em breve. Mas, até chegarmos a esse momento, temos que fazer nosso dever de casa”, afirma Naim. “Estamos no solo, estamos lutando, estamos firmes, estamos comprometidos com nossa causa. Mas, também queremos o apoio de todos os nossos amigos ao redor do mundo, em particular, no grande e amado Brasil”, continua ele.
Veja: Lideranças pedem que Lula se retrate por fala que comparou Israel ao nazismo
As declarações do dirigente do Hamas vêm à tona poucas semanas após a eclosão da crise diplomática entre Brasil e Israel com as polêmicas falas do presidente Lula em relação às ações das Forças Armadas Israelenses na Faixa de Gaza. Em 18 de fevereiro, durante uma entrevista coletiva em Adis Abeba, capital da Etiópia, Lula criticou Israel pelo número de mortes registrado durante seus ataques em Gaza, e comparou a morte de palestinos com o extermínio de judeus feito pelo líder da Alemanha Nazista, Adolf Hitler. Ao menos 6 milhões de judeus foram mortos pelo regime nazista, entre 1933 e 1945.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, declarou o presidente. Além disso, Lula afirmou que Israel não obedece as decisões da ONU e que a ofensiva israelense promove um genocídio. Ele também se disse a favor da criação de um Estado palestino.
De acordo com o presidente, o conflito “não é uma guerra entre soldados e soldados, é uma guerra entre um Exército altamente preparado e mulheres e crianças”. “Não é uma guerra, é um genocídio”, declarou ele.
O discurso de Lula teve reações imediatas de repúdio por parte comunidade judaica no Brasil e no Israel. Mas também gerou um amplo desconforto diplomático com Israel, que declarou o presidente persona non grata até receber uma desculpa oficial da República. O petista, contudo, tem resistido em recuar.
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Reagindo ao discurso, o primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu, disse que o presidente brasileiro havia cruzado uma linha vermelha. “Ao comparar a guerra de Israel em Gaza contra o Hamas, uma organização terrorista genocida, ao Holocausto, o presidente da Silva desonra a memória dos seis milhões de judeus assassinados pelos nazistas e demoniza o Estado judeu como o mais virulento dos antissemitas. Deveria ter vergonha”, comentou ele.
Com o acirramento da crise, o Brasil, convocou para consultas seu embaixador em Tel-Aviv e convocou o representante diplomático de Israel para declarar sua “insatisfação” com os acontecimentos.
Em uma reafirmação da política externa nacional, mas de forma cautelosa, Lula já classificou as ações do Hamas em 7 de outubro como terroristas. “Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas. Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas”, declarou Lula no dia do ataque a Israel.
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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.
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Nova lei de isenção do IR deve beneficiar 42 mil contribuintes no Acre a partir de 2026
Professores da educação básica são um dos grupos mais impactados; percentual de isentos no estado deve saltar de 12,7% para 47,5%

Ainda de acordo com o estudo, o estado do Acre é uma das unidades da Federação com número expressivo de professores da educação básica beneficiados pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foto: internet
A lei que isenta do Imposto de Renda contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais deve beneficiar cerca de 42 mil pessoas no Acre a partir de 2026, segundo projeção da Presidência da República. A medida, sancionada pelo presidente da república, também estabelece descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350 mensais e deve injetar mais dinheiro na economia local.
Um dos grupos mais impactados será o dos professores da educação básica. Antes da nova regra, 12,7% dos docentes acreanos estavam isentos do IR. Com a mudança, esse percentual deve subir para 47,5%, segundo estudo do Ipea. Além disso, outros 27,5% terão redução nas alíquotas, e a fatia de professores que pagam a alíquota máxima de 27,5% deve cair de 56,9% para 25%.
A mudança faz parte da ampliação da faixa de isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil e da criação de uma tabela progressiva para rendas de até R$ 7.350, aprovada pelo Congresso e sancionada este mês.

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