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Em uma única imagem, o registro da tragédia social decorrente de um governo catastrófico

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PIMENTA NO Reino

A foto de um paciente que caiu da maca, no Huerb, poderia ser um mero incidente, não fosse outra consequência do descaso político que arruinou o Acre

ARCHIBALDO ANTUNES, DA CONTILNET

 

Feliz ano velho

O senador Jorge Viana (PT), derrotado em sua tentativa de reeleição no pleito de outubro, promoveu, dias atrás, um evento de apresentação do balanço do mandato que se encerra no dia 31 de janeiro de 2019. A melancólica despedida serviu, claro, a mais uma exibição do orgulho exagerado que ele tem de si mesmo.

Méritos e ressalvas

Longe de querer depreciar a importância das funções que ele exerceu como relator do Código Florestal, do novo Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação e da Lei da Biodiversidade, é preciso destacar que nem tudo é glória em sua passagem pelo Senado da República.

Contradições

A começar pelas contradições presentes em alguns dos seus posicionamentos políticos. Me refiro, por exemplo, ao seu autoproclamado esforço em favor da reforma do Código Penal Brasileiro (CPB). No embalo de um país sufocado pela criminalidade incontida, o senador do PT chegou a propor penas mais rigorosas para estupradores e homicidas – desde que estejam acima dos 18 anos.

O avesso do avesso

Enquanto pregava em desfavor da redução da maioridade penal, independente da gravidade dos crimes cometidos por impiedosos imberbes, Jorge tentava emplacar, nos idos de 2013 no Senado, o projeto de lei 122/2006 (já aprovado na Câmara), que visava criminalizar a homofobia.

Dura lex

Pela proposta, a manifestação de preconceito contra a homossexualidade seria punida com até cinco anos de cadeia, além da perda do cargo de servidor público, inabilitação para contratos com a administração pública e impossibilidade de acesso a crédito em bancos oficiais.

Como é que é?

Em suma, o petista, como de resto toda a esquerda, julga mais grave o preconceito contra os homossexuais do que o assassinato a sangue frio cometido por um ‘pobrezinho’ que ainda não chegou aos 18.

Fala sério!

Mas o pior e mais repugnante foi ler que o senador teria travado uma luta sem tréguas pela redução do preço dos combustíveis. A verdade, porém, é que pagamos a gasolina mais cara do Brasil porque o Sr. Jorge Viana, uma vez eleito governador do estado, aumentou o ICMS dos combustíveis para 25%, quando a média nacional gira em torno de 17%.

Dois pesos e duas medidas

De volta à versão segundo a qual o petista lutou pela reforma das leis penais, em 2012, durante uma entrevista à Rádio Senado, ele criticou a brandura das punições impostas aos criminosos. “O Brasil é o país das penas mínimas”, esbravejou, sem sequer imaginar que anos mais tarde, ao ver Lula atrás das grades, haveria de se tornar um ferrenho defensor da impunidade.

Registro

A coluna registra o recebimento de convite para a posse do secretariado do futuro governo Gladson Cameli (Progressistas). O evento será realizado às 9 horas do dia 2 de janeiro de 2019, no Palácio Rio Branco, na Praça Eurico Dutra.

Mobilização

O risco de calote por parte do governo petista, que só no dia 27 deverá anunciar a quitação ou não do 13º salário de 23 mil servidores estaduais, já faz com que algumas categorias profissionais, apreensivas, se mobilizem por meio de seus representantes sindicais.

É greve!

É o caso, por exemplo, do Sintesac (Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado), que convoca uma assembleia geral a ser realizada na próxima quarta-feira (26), às 16 horas, no auditório do Huerb (Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco).

Imagem do caos

Na noite da última sexta (21), com a superlotação do Pronto Socorro e uma equipe reduzida para atender aos 70 pacientes, um deles chegou a cair da maca na qual aguardava atendimento. O registro fotográfico foi enviado à coluna pelo presidente do Sintesac, Adailton Cruz.

Desproporção

Horas antes, Adailton havia relatado à ContilNet que o setor de observação adulto do Huerb, composto de 22 leitos, não era suficiente para abrigar as 70 pessoas que necessitavam de socorro médico. A maioria precisou ocupar os corredores do hospital. Pra piorar, a equipe plantonista, formada por oito profissionais, contava com apenas cinco na ocasião.

Vale por mil palavras  

Junto com a imagem revoltante do paciente no chão, depois da queda, veio o desabafo do presidente do Sintesac, que dava plantão naquela noite. “Ele é cardiopata e caiu por falta de profissional para assisti-lo”.

Descaso

Segundo Adailton, nesse cenário de enormes demandas e muitas carências, os servidores da Saúde estadual são ainda obrigados a trabalhar dobrado e sob a incerteza quanto ao recebimento do 13º e dos plantões emergenciais.

Em breve, o adeus

Resta-nos o alívio de saber que falta apenas uma semana para darmos adeus ao Sr. Tião Viana.

Migração partidária

Conforme antecipado pela coluna, o site O Antagonista confirmou, no sábado, que o MDB poderá receber dois senadores após a posse dos eleitos no pleito de outubro. A bancada do partido então saltará de 12 para 14 parlamentares. Elmano Férrer (Podemos-PI) e Eduardo Gomes (SD-TO) são os nomes que pretendem migrar para o MDB.

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Justiça decreta prisão preventiva de suspeito de articular ataques na Cidade do Povo

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Entre nove detidos em operação, dois seguem presos – incluindo líder acusado de comandar onda de violência no maior conjunto habitacional do Acre

O principal suspeito de articular os ataques no Conjunto Habitacional Cidade do Povo, teve a prisão preventiva decretada pela justiça em audiência de custódia. Foto: cedida 

A Justiça do Acre determinou na manhã deste domingo (06) a prisão preventiva de Francisco Gleidson de Souza Nunes, 31 anos, conhecido como “Neném”, considerado pela polícia o principal articulador dos recentes ataques no Conjunto Habitacional Cidade do Povo (CDP). A decisão foi proferida pelo Juiz da Vara das Garantias de Rio Branco durante audiência de custódia.

Dos 9 conduzidos para a Delegacia Central de Flagrantes (Defla), 7 foram liberados após prestarem depoimentos ao delegado plantonista

Francisco Gleidson de Souza Nunes, de 31 anos, o “Neném” e Marlon Kelvy Cruz Dantas, de 20 anos, serão os únicos a serem encaminhados ao complexo prisional de Rio Branco e aguardaram o posicionamento da justiça.

Durante a operação, os agentes apreenderam um revólver calibre .38 com 17 munições e dois veículos. Foto: cedida 

Marlon Kelvy, de 20 anos, possuía um mandado de prisão (MP), em seu desfavor por romper a tornozeleira eletrônica, segundo a polícia, ele teria rompido o aparelho, supostamente para cometer crimes de homicídios a mando de Neném, fato esse que está sobe investigação.

Detalhes da operação:
  • 9 suspeitos foram inicialmente detidos na noite de sábado (05)
  • 7 foram liberados após prestarem depoimento
  • 2 permanecem presos: “Neném” e Marlon Kelvy Cruz Dantas, 20 anos
Perfil dos detidos:
  1. “Neném”
    • Acusado de comandar organização criminosa
    • Investigado por ordenar ataques no CDP
    • Já tinha passagem por outros crimes violentos
  2. Marlon Kelvy
    • Cumpria medida eletrônica que foi rompida
    • Suspeito de participar de homicídios a mando de “Neném”
    • Tinha mandado de prisão em aberto

Marlon Kelvy havia rompido a tornozeleira de monitoramento e estava com um mandado de prisão em aberto.

Contexto da operação:

PM mantém reforço no CDP, considerado:

Maior conjunto habitacional do Acre
Área com maior índice de crimes violentos
Alvo constante de operações policiais

Segundo as investigações da polícia, Neném é acusado de articular os ataques que ocorreram recentemente na CDP.

A Defla continua as investigações para desarticular completamente a organização criminosa. A polícia pede que a população colabore com informações através do Disque Denúncia 181.

A ação foi coordenada por uma força-tarefa envolvendo o (Bope), 2º Batalhão da Polícia Militar, (Gefron) e (Ciopaer), que deu apoio com helicóptero. Foto: arquivo

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Família acusa IML de negar resgate após homem morrer em casa em Cruzeiro do Sul: ‘disseram que não podiam levar’

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Corpo de Vaval, foi levado dentro de uma rede até a casa da irmã, onde foi colocado em uma tábua até que ela conseguisse um caixão por meio da assistência social de Cruzeiro do Sul

Genivaldo sofria de epilepsia e era usuário de álcool. A família acredita que ele teve uma crise e teria morrido sufocado em um poço de agua. Foto: capturada 

Um homem de 48 anos, identificado como Genivaldo Augustinho da Silva, foi encontrado morto dentro de uma casa na Rua Rio Grande do Sul, no bairro Remanso, em Cruzeiro do Sul, interior do Acre e a família dele acusa o Instituto Médico Legal (IML) de não ter feito o resgate do corpo.

O órgão disse, em resposta à Rede Amazônica Acre, que o procedimento de resgate só é feito quando há perícia a ser feita

A reportagem, os familiares de Vaval, como era conhecido pelos moradores da região, contam que o corpo ficou mais de três horas no local após terem acionado o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que foi ao local, atestou o óbito e pediu para chamarem o Instituto Médico Legal (IML).

O IML então foi ao local, mas a família alega que apenas liberaram o corpo
“Só disseram que o corpo tinha sido liberado porque não foi morte violenta. Só disseram isso. Eles disseram que não podiam levar e que não era eles que resolviam […] [disseram que] se eu quisesse trazer pra residência, que trouxesse, e isso não é coisa que se faça, porque ele era um ser humano”, falou Maria Ocelilda Araújo, irmã de Genivaldo.

Enquanto a irmã resolvia os trâmites para conseguir um caixão por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania, os próprios familiares limparam o corpo e o puseram em cima de uma tábua.

“A gente sem saber o que fazer, a PM disse que não tina mais o que fazer, e liberaram [o corpo], mas a gente sem saber como pois não tinha laudo da morte, não foi feito nada, e a população ficou revoltada e triste. Fizemos a limpeza do corpo e improvisamos o local”, disse o barbeiro João Mota de Souza.

A comunidade local lamentou a morte do homem, conhecido por ser dependente químico e viver em situação de vulnerabilidade. Genivaldo sofria de epilepsia e era usuário de álcool. A família acredita que ele teve uma crise e teria morrido sufocado em um poço de agua.

Genivaldo da Silva tinha 48 anos e foi encontrado morto dentro de casa; família disse que ele tinha epilepsia e era dependente de álcool. Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

O que diz o IML

Após a repercussão do caso, a equipe da Rede Amazônica Acre entrou em contato com o diretor-geral do departamento de polícia científica em rio branco, Mário Sandro Martins, que disse que o IML só faz o resgate do corpo quando há uma perícia a ser feita.

Nesse caso, segundo o diretor, a orientação era mesmo o acionamento do Samu para atestar o óbito e, posteriormente, a família fica encarregada de acionar os serviços funerários para o recolhimento do corpo, velório e sepultamento.

IML de Cruzeiro do Sul, no interior do estado. Foto: Adelcimar Carvalho/g1

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Operação Fluvial intensifica combate ao tráfico de drogas em Santa Rosa do Purus

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8º Batalhão da PM acreana reforça patrulhamento na fronteira com Peru; ações anteriores já apreenderam 1 kg de entorpecentes

A PM reforça que a colaboração da população é essencial. Denúncias anônimas podem ser feitas através do número 190. Foto: cedida 

A Polícia Militar do Acre, por meio do 8º Batalhão, deflagrou neste fim de semana mais uma Operação Fluvial na cidade de Santa Rosa do Purus. A ação visa reforçar a presença das forças de segurança na região de fronteira e coibir práticas criminosas, especialmente o tráfico de entorpecentes.

De acordo com informações repassadas pelo comandante do 8º BPM, Fábio Diniz, a operação faz parte de um conjunto de ações estratégicas realizadas nos rios da região. “Estamos intensificando o policiamento fluvial para garantir mais segurança à população e dificultar o acesso de criminosos à cidade”, destacou.

 A ação mobilizou efetivos especializados para:

• Intensificar o patrulhamento nos rios da região
• Bloquear rotas de acesso de criminosos
• Coibir o tráfico internacional de drogas

Resultados e estratégias:

O comandante Fábio Diniz destacou que a operação já rendeu frutos importantes:
1 kg de drogas apreendidas em ações anteriores
Aumento da sensação de segurança na população ribeirinha
Desarticulação de rotas criminosas em áreas de difícil acesso

Contexto geopolítico:

Santa Rosa do Purus representa:
Último município acreano no mapa do Brasil
Ponto vulnerável para entrada de entorpecentes
Área de atuação desafiadora para as forças de segurança

Apoio comunitário:

A PM reforça o canal de denúncias pelo 190 e destaca que:

  • 70% das apreensões recentes partiram de informações populares
  • O anonimato é garantido aos denunciantes
  • Novas operações estão programadas para as próximas semanas

Em operações anteriores, os policiais conseguiram apreender quase 1 quilo de entorpecentes, resultado que demonstra a eficácia da atuação preventiva e repressiva da corporação nas áreas de difícil acesso.

A operação integra o Plano Estadual de Segurança Fronteiriça, que prevê investimentos em equipamentos fluviais e treinamento especializado. Foto: cedida 

A Polícia Militar segue com o compromisso de proteger os cidadãos acreanos, atuando com firmeza também nos municípios mais isolados do estado, como é o caso de Santa Rosa do Purus, que faz fronteira com o Peru e é um dos principais pontos de entrada de drogas no Acre.

A PM reforça que a colaboração da população é essencial. Denúncias anônimas podem ser feitas através do número 190.

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