Cotidiano
Em três dias, povo Paiter Suruí perde duas lideranças indígenas para a Covid-19
Renato Suruí estava internado a cerca de 20 dias no Hospital Regional de Cacoal, devido agravamento do novo coronavírus. A 1ª morte de indígena com Covid-19 na etnia Suruí foi registrada dia 25 de agosto.
Por Ana Kézia Gomes e Maríndia Moura
O indígena Renato Suruí morreu na noite da quinta-feira (27) em Cacoal (RO).
Ele é a segunda vítima da Covid-19 na etnia. A primeira foi Iabibi Suruí, que faleceu na última segunda-feira (24). A informação foi confirmada pela Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé).
Renato foi forte liderança indígena em Rondônia, professor e pesquisador.
Ivaneide Bandeira, que também atua na Kanindé, era cunhada de Renato. Segundo a ambientalista, ele já estava 21 dias internado no Hospital Regional de Cacoal, devido agravamento da Covid-19.
“Ele era meu cunhado, morreu vítima de Covid-19. A situação é muito triste, a doença está se alastrando pelas aldeias. Em poucos dias havia morrido Iabibi Suruí e essas perdas têm nos causado muita dor. O povo Paiter Suruí de Rondônia está em luto”, disse Ivaneide.
De acordo com a Kanindé, atualmente três indígenas Suruí estão internados por causa da Covid-19.
Legado na educação
Em um dos capítulos do trabalho de conclusão de curso apresentado à Universidade Federal de Rondônia (Unir), Renato contou a história de como a educação mudou a sua vida e como ele levou conhecimento para dentro da comunidade com a carreira de professor.
No texto ele explica que começou a estudar na aldeia Sete de Setembro com um funcionário da Fundação Nacional do Índio (Funai), chamado Neli. Quando tinha oito anos foi à escola para aprender o alfabeto.
“Depois disso não tinha aula na aldeia porque professora tinha ido embora para a cidade. Assim, comecei a estudar no distrito de Riozinho, município de Cacoal, na Escola do Carmo Santana, onde estudei do primeiro até o quinto ano”, comentou Renato no TCC.
Após isso ele voltou para a aldeia e fez parte do projeto de acompanhamento da saúde indígena. Adiante fez um curso para ser monitor professor, perto de Vilhena, num lugar chamado de Pira Colina.
Depois do curso iniciou na carreira como docente em 1991, na Prefeitura de Cacoal, onde trabalhou por quatro anos. Em 1994 migrou para as aulas na rede estadual.
“No ano de 2000 fui estudar no Projeto Açaí I onde durante quatro anos aprendi novas experiências para melhorar minha atuação na Escola Indígena como professor. Terminei o projeto em 2004, pegando o certificado de Magistério Indígena no ano de 2007. Foi assim que pude aprender a valorizar meu conhecimento e contribuir com a comunidade ensinando o que aprendi na Escola Indígena”.
Querendo seguir em frente e aprender mais, Renato fez o vestibular da Unir e ingressou no ensino superior em 2010. Em 2015 pegou o diploma no curso de Licenciatura em Educação Básica Intercultural.
“Obtive todo esse conhecimento e pude levar para dentro da minha comunidade, querendo assim continuar minha carreira sempre como professor”, disse ele em texto.
Pedido de socorro
Duas semanas antes das mortes de Iabibi e Renato, lideranças do povo Paiter Suruí divulgaram um pedido de socorro para conter a doença na região e solicitaram providências das autoridades.
“A nossa aldeia está realmente com grande dificuldade de infraestrutura para o enfrentamento dessa doença, portanto, vimos que era uma necessidade alertar organizações que são responsáveis por combater essas doenças […] Esta situação não é fato isolado do Povo Paiter Suruí, pois várias comunidades indígenas do estado de Rondônia e do Brasil se encontram do mesmo jeito”, consta na carta.
‘Bibliotecas pegando fogo’
As mortes de lideranças indígenas colocam em risco a história, culturas, línguas e tradições. São como se bibliotecas pegassem fogo. Os idosos, grupo de risco da Covid-19, são a fonte histórica dos indígenas brasileiros.
Os anciãos, que ensinam os mais jovens, correm risco de morrer ou já foram perdidos para a doença. O medo é que está em curso um “genocídio” em distritos indígenas devido à pandemia do novo coronavírus.
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Homem é preso por tráfico e confessa faturamento de R$ 8 mil por dia
Ao realizar a abordagem, os policiais avistaram uma bolsa prateada no interior do apartamento, contendo diversos pacotes com substâncias suspeitas
Uma ação do Policiais Militares do 1° Batalhão resultou na prisão de Denilson Ávila Evangelista, de 18 anos, na manhã desta quinta-feira, 30, pelo crime de tráfico de drogas. A prisão aconteceu em um residencial localizado na Travessa São Jorge, na bairro Ayrton Senna, em Rio Branco.
A guarnição policial realizava patrulhamento de rotina na região quando notou uma grande movimentação de pessoas suspeitas de estarem consumindo entorpecentes em um residencial.
Ao se aproximarem, um homem saiu apressadamente do local, mudando de direção de forma suspeita e na porta do apartamento de número 01, uma mulher entrou rapidamente e tentou esconder algo, o que chamou a atenção dos policiais.
Dentro do imóvel, a equipe encontrou um homem usando tornozeleira eletrônica, que já responde por tráfico de drogas e havia sido preso recentemente, no dia 8 de janeiro de 2025.
Ao realizar a abordagem, os policiais avistaram uma bolsa prateada no interior do apartamento, contendo diversos pacotes com substâncias suspeitas.
Na revista, foram encontrados: 13 papelotes de crack, 15 papelotes de maconha, e uma quantia de R$ 22,50 em dinheiro e o restante em moedas.
Questionado sobre a origem das drogas, o suspeito admitiu que realizava a comercialização no local, detalhando a movimentação do tráfico e afirmando que fazia vendas diárias, com um faturamento médio de R$ 8.000,00 por dia. No boletim de ocorrências consta que ele comprava as drogas por cerca de R$ 3.000,00, obtendo um lucro diário de R$ 4.000,00.
Diante dos fatos foi dada voz de prisão e Denílson foi encaminhado à Delegacia de Flagrantes (DEFLA) para os devidos procedimentos.
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Advogada é encontrada morta em Sena Madureira
A advogada Danielle Lima da Silva, de 31 anos, foi encontrada morta nesta quinta-feira, 30, no município de Sena Madureira, interior do Acre.
Segundo informações repassadas a reportagem, as circunstâncias da morte não foram divulgadas. O corpo foi encaminhado para os procedimentos legais.
O vereador Éber Machado (MDB) emitiu uma nota de pesar lamentando a perda da advogada. “É com grande pesar que lamentamos a partida precoce da nossa tão querida Dra. Danielle Lima. Desejamos que Deus, em Sua infinita bondade, acalme os corações de familiares e amigos.”
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Dois ganhadores da Mega da Virada ainda não retiraram o prêmio
Os prêmios de loteria da Caixa prescrevem em 90 dias a partir da data do sorteio. Ou seja, após esse prazo, o valor que não for retirado será repassado integralmente ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies), conforme a Lei 13 756/18.
Dois ganhadores da Mega da Virada 2024 ainda não foram buscar as premiações, de acordo com balanço divulgado pela Caixa Econômica Federal na manhã desta quinta-feira (30). Sorteada no dia 31 de dezembro, a loteria teve prêmio de R$ 635.486.165,38, o maior da sua história. Foram oito apostas ganhadoras, entre jogos individuais e bolões.
Todos os vencedores das apostas individuais contempladas com o prêmio principal (seis acertos) registradas nas cidades de Curitiba (PR), Nova Lima (MG) e Tupã (SP) se apresentaram para o recebimento do prêmio. Cada uma levou para casa R$ 79.435.770,67.
Em relação aos bolões contemplados com o prêmio principal da Mega da Virada 2024, dois ganhadores de Osasco, na região metropolitana de São Paulo, ainda não resgataram o prêmio de R$ 1.418.495,90.
Regras e prazos
Os ganhadores da Mega da Virada têm diferentes formas para receber os prêmios, dependendo do valor conquistado. Valores abaixo de R$ 2.259,20 podem ser retirados em casas lotéricas ou nas agências da Caixa Econômica Federal com a apresentação de documento de identidade original com CPF e recibo de aposta original e premiado.
Valores iguais ou acima de R$ 10 mil são pagos em até dois dias úteis após a apresentação em agências do banco federal.
“O bilhete é ao portador e o ganhador pode escrever, no verso do recibo da aposta premiada, seu nome completo e CPF. Dessa forma, o bilhete torna-se nominal. Em caso de bolão, cada participante pode fazer o mesmo no verso de seu recibo individual de cota”, lembra a Caixa.
Os prêmios de loteria da Caixa prescrevem em 90 dias a partir da data do sorteio. Ou seja, após esse prazo, o valor que não for retirado será repassado integralmente ao Fundo de Financiamento ao Ensino Superior (Fies), conforme a Lei 13 756/18.
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