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Em caso sem explicação médica, adolescente volta à vida após passar duas horas morto
Sammy Berko, de 16 anos, teve uma parada cardíaca; ele foi diagnosticado posteriormente com uma doença rara no coração

Sammy Berko teve uma parada cardíaca enquanto escalava uma parede no ginásio
Reprodução/Caring Bridge
No dia 7 de janeiro deste ano, Sammy Berko, de 16 anos, teve uma parada cardíaca e morreu logo após ter chegado ao topo de uma parede de escalada, no que deveria ser um dia de brincadeiras no ginásio da escola. O adolescente, no entanto, voltou à vida depois de duas horas — acontecimento sem explicação médica.
“Ele escalou até o topo da parede, tocou a campainha, como nos disseram, e então seu corpo ficou mole e parecia que ele estava brincando ou desmaiado. Eles não tinham certeza e, quando perceberam que ele não respondia, eles o baixaram lentamente”, contou Jennifer Berko, mãe de Sammy, ao canal de TV americano Fox 26.
Quando os funcionários do local perceberam que não se tratava de uma brincadeira de mau gosto, começaram a fazer RCP (reanimação cardiopulmonar) no adolescente. Posteriormente, no Texas Children’s Medical Center de Houston, paramédicos e médicos se revezaram na manobra por duas horas, até que Sammy foi declarado morto.
“Eles olharam para nós e disseram: ‘Sinto muito, mas ele se foi'”, lembra a mãe dele, Jennifer.
Os pais, que ainda sofriam com a perda do irmão mais velho de Sammy, Frankie Berko, três anos antes, foram então se despedir do filho mais novo.
“Comecei a conversar com ele apenas dizendo quanto o amo e lamentando não saber como salvá-lo. De repente, quando comecei a orar, meu marido disse: ‘Meu Deus, ele está mudando'”, relata Jennifer.
Nesse momento, a equipe médica voltou imediatamente a prestar socorro ao garoto.
“São profissionais que fizeram isso a vida toda, que já viram o pior do pior. Cada um deles depois veio até nós e disse que nunca tinha visto nada assim antes”, afirma a mãe.
Para os pais, a sensação de ver o batimento cardíaco de Sammy voltar foi indescritível. “Não há palavras. Nós apenas ficamos lá. Quer dizer, grato é o maior eufemismo de saber que ele pôde fazer isso”, diz Jennifer.
O que foi chamado de “literalmente um milagre” pelos médicos ainda continuaria surpreendendo a todos. Esperava-se que Sammy tivesse graves lesões no cérebro, em razão do tempo sem oxigênio, porém ele teve apenas perda de memória a curto prazo por algumas semanas e perda de sensibilidade nas pernas (lesão isquêmica da coluna).
“Não me lembro de nada sobre o dia em que isso aconteceu. A última coisa que me lembro é que na noite anterior tínhamos que assinar renúncias online [para a academia de escalada], e então eu acordei”, disse o adolescente.
O garoto perguntava constantemente aos pais o que havia acontecido, onde ele estava e o porquê, como tudo ocorreu e o motivo de ele não conseguir sentir as pernas.
“Continuamos a contar a história tantas vezes que acabamos escrevendo e entregamos a ele em um pedaço de papel. Toda vez que ele perguntava, apenas apontávamos para a peça de papel. Ele fazia todas as vezes, na mesma ordem, exatamente as mesmas perguntas, a cada dois minutos”, conta Craig Berko, pai de Sammy.
Atualmente, depois de um mês internado, Sammy está fazendo tratamentos de reabilitação para recuperar a força das pernas. Esses esforços envolvem tarefas simples, como vestir roupas e tocar instrumentos, mas ele está progredindo.
“Eu sabia que seria uma experiência estranha e louca aprender a andar de novo e trabalhar força sem usar as pernas para conseguir me equilibrar. Tem sido uma experiência incrível aqui, na verdade, percebi que estou melhor todos os dias! Estou fazendo algo novo todos os dias”, afirma Sammy.
Para Stacey Hall, diretora médica do Programa de Reabilitação Pediátrica no TIRR Memorial Hermann (hospital de reabilitação dos EUA), não há explicação científica para o quadro do adolescente.
“Nós vemos crianças o tempo todo aqui que fizeram RCP, mas, com RCP muito prolongada, normalmente vemos lesões cerebrais anóxicas globais muito graves. Então, para mim, ele é um verdadeiro milagre”, alega.
Em meio ao susto, a família recebeu uma resposta a todos esses momentos ruins por que estavam passando. Sammy e a sua mãe foram diagnosticados com uma doença genética rara que afeta o coração: taquicardia ventricular polimórfica catecolaminérgica (CPVT, na sigla em inglês).
Essa condição foi o motivo não só da parada cardíaca de Sammy, mas também da morte do irmão mais velho, Frankie, aos 16 anos. Ele estava passando por fortes convulsões, que desencadearam múltiplas lesões cerebrais. Até chegar o momento em que ele teve sua última convulsão.
“O teste voltou, e meu marido foi liberado, mas meus dois filhos e eu temos uma mutação genética que aparentemente começou comigo. Eu nunca soube que tivesse isso”, diz Jennifer.
Sammy passou por um procedimento para amenizar a doença e, agora, ele e sua mãe tomarão medicamentos pelo resto da vida para prevenir paradas cardíacas — embora Jennifer nunca tenha tido uma.
Os pais do jovem estão adaptando a casa às suas novas necessidades, enquanto lutam para que testes genéticos estejam disponíveis às famílias, logo após o nascimento do bebê, para prevenir diagnósticos tardios como os deles.
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Mega-Sena: sorteio deste sábado (19) pode pagar R$ 25 milhões

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Caixa Econômica Federal realiza neste sábado (19) o concurso 2.890 da Mega-Sena.
Sem vencedores no 2.889, a loteria acumulou o prêmio total e pode pagar R$ 25 milhões nesta noite.
O sorteio será realizado às 20h, no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, e será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Caixa.
Como apostar
Para concorrer, os apostadores podem registrar seus jogos até uma hora antes do sorteio, às 19h, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa, pelo site ou aplicativo do banco. O bilhete simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Para os jogos feitos pelo site da Caixa, o valor mínimo para apostar na Mega-Sena é de R$ 30, seja para uma única aposta ou mais.
Para fazer uma aposta maior, com sete números, o preço sobe para R$ 35. A seguir, confira os valores para se jogar e probabilidades de ganhar a Mega-Sena:
6 números jogados: R$ 5,00, probabilidade de 1 em 50.063.860;
7: R$ 35,00, 1 em 7.151.980;
8: R$ 140,00, 1 em 1.787.995;
9: R$ 420,00, 1 em 595.998;
10: R$ 1.050,00, 1 em 238.399;
11: R$ 2.310,00, 1 em 108.363;
12: R$ 4.620,00, 1 em 54.182;
13: R$ 8.580,00, 1 em 29.175;
14: R$ 15.015,00, 1 em 16.671;
15: R$ 25.025,00, 1 em 10.003;
16: R$ 40.040,00, 1 em 6.252;
17: R$ 61.880,00, 1 em 4.045;
18: R$ 92.820,00, 1 em 2.697;
19: R$ 135.660,00, 1 em 1.845;
20: R$ 193.800,00, 1 em 1.292.
Bolão
Uma forma de apostar na Mega-Sena, além dos jogos individuais, é formar um grupo para escolher os números, o chamado bolão.
Ao ser registrada no sistema, a aposta gera um recibo de cota para cada participante, que pode resgatar a sua parte do prêmio individualmente.
Os bolões têm valor mínimo de R$ 15 e cada cota deve ser de pelo menos R$ 6, sendo possível realizar um bolão de no mínimo duas e no máximo 100 cotas.
O apostador também pode adquirir cotas de bolões organizados pelas lotéricas. Basta solicitar ao atendente a quantidade de cotas que deseja e guardar o recibo para conferir a aposta no dia do sorteio.
Nesse caso, poderá ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota, a critério da lotérica.
O prêmio bruto corresponde a 43,35% da arrecadação. Dessa porcentagem:
35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (Sena);
19% entre os acertadores de 5 números (Quina);
19% entre os acertadores de 4 números (Quadra);
22% ficam acumulados e são distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0 ou 5;
5% ficam acumulados para a primeira faixa — sena — do último concurso do ano de final 0 ou 5 (Mega da Virada).
Não havendo acertador em qualquer faixa, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação.
Fonte: CNN
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Carne, mel, madeira e mais: as vendas brasileiras já prejudicadas por anúncio de tarifa de Trump
A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil já prejudica a economia do país, mesmo antes da data prevista, 1º de agosto.
Como as encomendas podem demorar a ser preparadas e transportadas, alguns importadores nos EUA já cancelam, por temerem que cheguem em agosto e sejam taxadas. Em outros casos, os próprios empresários brasileiros estão segurando a produção para evitar o prejuízo.
A incerteza não se restringe aos setores já afetados e já atinge outras regiões e produtos do país, que enxergam na medida uma ameaça à estabilidade econômica local. Da indústria de aviões à lavoura de laranja, a preocupação é grande.
Carne em Mato Grosso do Sul (MS)
Frigoríficos de MS paralisaram a produção de carne destinada aos EUA após o anúncio das tarifas, afirmou o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul e o governo do estado.
Ainda segundo o sindicato, pelo menos quatro frigoríficos no estado interromperam a produção voltada ao mercado americano:
JBS
Naturafrig
Minerva Foods
Agroindustrial Iguatemi
Depois da China, os Estados Unidos são o maior comprador da carne nacional. O país importa 12% de todo o volume de carne que o Brasil vende para o exterior, enquanto os chineses levam praticamente metade (48%), segundo o Ministério da Agricultura. O preço da carne brasileira era o mais barato do mercado externo até então.
A suspensão das exportações visa evitar formação de estoques e prejuízos imediatos, já que as vendas se tornariam inviáveis economicamente com a tarifa extra de 50%.
Isso não significa que os frigoríficos brasileiros vão colocar mais carne no mercado nacional, é o que afirma Fernando Henrique Iglesias, analista do Safras & Mercados.
“Os frigoríficos vão tentar redirecionar esse produto para o mercado internacional para não gerar um efeito tão negativo. […] A nossa sorte é que tem mais 100 países comprando carne do Brasil”, diz.
Além da carne, o Mato Grosso do Sul também pode enfrentar prejuízos com pescados, uma vez que 99,6% da tilápia produzida no estado é exportada para os Estados Unidos. De acordo com o relatório do Anuário da Piscicultura 2024, da Peixe BR., o estado é o 5º maior produtor de tilápia do país.
Mel no Piauí (PI)
O tarifaço de Trump causou o cancelamento imediato de grandes encomendas de mel orgânico do Piauí ainda no dia 9 de julho, data em que o presidente americano anunciou a decisão.
O Brasil é um dos maiores produtores de mel do mundo. E o Piauí é um dos líderes da produção nacional.
Os compradores temem que o mel chegue aos EUA após a entrada em vigor da nova tarifa, gerando impacto em pelo menos 500 toneladas do produto. A decisão afetou uma das maiores exportadoras do mundo, o Grupo Sama, que compra o produto de pelo menos 12 mil pequenos produtores do Nordeste Brasileiro.
Os Estados Unidos consomem 80% do mel produzido no Brasil. Com o cancelamento, o produto precisa ser armazenado em câmaras refrigeradas, o que gera custos adicionais para as empresas.
Conheça diferenças de mel orgânico para mel convencional
Vinte contêineres com pedra bruta, mel e cera ficaram retidos no Ceará
Madeira no Paraná (PR)
Devido ao tarifaço de Trump, a indústria madeireira paranaense BrasPine anunciou férias coletivas para 700 funcionários da fábrica de Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná.
Os Estados Unidos recebem 42,4% das exportações de madeira do Brasil, sendo um dos principais mercados internacionais do setor paranaense.
De acordo com estimativas da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), o Paraná é um dos principais exportadores de produtos de madeira para os Estados Unidos.
O setor madeireiro gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no estado, considerando os trabalhadores florestais e os que atuam em indústrias do segmento, aponta a associação.
A madeira está entre os dez produtos mais exportados para os Estados Unidos e já foi alvo de um outro tarifaço de Trump em abril, taxada em 25%.
No Rio Grande do Sul (RS), as exportações de móveis também foram interrompidas nesta quarta.
Pescados do Nordeste (Bahia, Ceará e Pernambuco)
Apenas 24 horas após o anúncio de Trump, empresários norte-americanos suspenderam a compra de pescados brasileiros.
A decisão fez com que pelo menos 58 contêineres de peixes, lagostas e camarões fossem desembarcados de três dos principais portos do Nordeste, os de Salvador (BA), Pecém (CE) e Suape (PE).
O Brasil exporta peixes para os Estados Unidos há mais de cem anos. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, 70% das exportações feitas pelo setor têm como destino os EUA, o que torna os produtores vulneráveis.
Pedras (Rochas Naturais) no Espírito Santo (ES)
Compradores dos Estados Unidos suspenderam imediatamente o embarque de rochas naturais do Espírito Santo nesta quarta-feira (16), dias após o anúncio do tarifaço de Trump. O estado é potência no setor de mármore e granito.
Segundo empresas que exportam rochas naturais, os pedidos não foram cancelados, ainda que os norte-americanos tenham pedido a suspensão imediata dos embarques.
O Espírito Santo é líder nacional em exportação de rochas naturais, como granito e mármore, e 82% da receita do setor vêm do estado.
Até junho deste ano, os Estados Unidos compraram, em média, 66% das rochas naturais do Espírito Santo. O governo federal decidiu criar um comitê para ouvir os setores mais atingidos pela tarifa.
Na segunda-feira (14), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pasta que trata da política de exportações do país.
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