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Em 2ª fase de operação contra facções criminosas, MP e PM cumprem 32 mandados no Acre e mais dois estados
Operação foi deflagrada nesta quarta-feira (3) nos bairros Cidade do Povo, Santa Inês e Boa União, em Rio Branco, assim como nos municípios de Boca do Acre (AM) e Dourados (MS). Três mandados foram cumpridos dentro no Complexo Penitenciário de Rio Branco.

Em 2ª fase de operação contra facções, MP e PM cumprem 32 mandados no AC e mais dois estados — Foto: Arquivo/MP-AC
Por Iryá Rodrigues
A segunda fase da Operação Livro Caixa foi deflagrada nesta quarta-feira (3) pelo Ministério Público do Acre (MP-AC) e Batalhão de Operações Especiais (Bope) da Polícia Militar em Rio Branco e mais dois estados.
Durante a ação foram cumpridos 32 mandados judiciais contra integrantes de duas organizações criminosas que atuam em pelo menos três bairros de Rio Branco.
Do total de mandados, 18 são de prisão e outros 14 de busca e apreensão nos bairros Cidade do Povo, Santa Inês e Boa União, em Rio Branco, além dos municípios de Boca do Acre (AM) e Dourados (MS). Outros três mandados foram cumpridos no Complexo Penitenciário de Rio Branco.
Após a análise dos documentos apreendidos na primeira etapa da operação, que ocorreu em agosto do ano passado, foram identificadas chefias de duas organizações criminosas. Essas pessoas seriam, segundo o MP, as responsáveis pelos núcleos de cadastramento, contabilidade e disciplina de três bairros da capital.
“Se trata de um trabalho de aprofundamento dos elementos de prova que já foram colhidos quando da deflagração da primeira fase da operação. Relembrando, que na primeira fase foi identificado um núcleo da organização criminosa que realizava extorsão de comerciantes e também o cadastramento de novos integrantes. Então, naquele primeiro momento, nós tivemos a desarticulação desse núcleo. Com a apreensão dos elementos de prova da deflagração da primeira fase, nós chegamos à identificação dessas novas lideranças”, afirmou o coordenador adjunto do Gaeco, promotor Bernardo Albano.
Mais de 60 policiais militares foram empregados na deflagração da operação, além de promotores de Justiça do Gaeco e servidores do Ministério Público do Acre.
“Hoje tivemos a prisão de pessoas que ocupavam a função de conselheiro dessas organizações criminosas, também pessoas que ocupavam a posição de disciplina, ou seja, que cuidavam do chamado tribunal do crime, além de lideranças locais que faziam a gestão de bairro. Destacamos ainda que, paralelamente a deflagração aqui em Rio Branco onde estava a maior parte dos alvos também tivemos alvos no Amazonas e Mato Grosso do Sul”, informou Albano.
Primeira fase da operação
Na primeira etapa da Operação Livro Caixa, deflagrada no dia 5 de agosto do ano passado, foram cumpridos 18 mandados contra um grupo criminoso que atua em Rio Branco.
Na época, o MP informou que comerciantes do Conjunto habitacional Cidade do Povo e de pelo menos mais dois bairros eram vítimas de extorsão e tinham que pagar mensalidades a um grupo criminoso em troca de “segurança”.
Por isso o nome da operação, que faz referência à apreensão de registros da contabilidade da facção, que revelam o crime de extorsão contra esses comerciantes.
Redução de homicídios
Durante a apresentação dos resultados da operação, o secretário de Segurança Pública do Acre, Paulo César falou que esse tipo de ação tem contribuído para a redução dos índices de criminalidade do estado. Ele afirmou que no mês de janeiro deste ano houve uma redução de 70% nos homicídios.
Conforme o secretário, em janeiro do ano passado foram registrados 42 homicídios no estado, sendo que este ano foram 13 no mesmo período.
“Isso é fruto exatamente dessa política. Uma política de policiamento orientado para o problema, pautado na análise criminal, na ciência criminal que determina que a polícia deve estar presente. E uma política também baseada no trabalho de inteligência, que consegue prever e se antecipar às ações das organizações criminosas e, consequentemente promover a apreensão de entorpecentes e de armas que impacta efetivamente na redução da violência”, disse o secretário.
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Idosa de 60 anos é atropelada por moto em ponto movimentado de Cruzeiro do Sul
Vítima foi atingida ao atravessar a rua com uma criança, que sofreu escoriações leves; condutor colaborou com a polícia

A vítima apresentava fortes dores, especialmente na região das pernas, e demonstrava dificuldade para se mover. Até o fechamento desta matéria, a equipe do SAMU ainda estava a caminho do local. Foto: cedida
Cruzeiro do Sul, 12 de maio de 2025 – Uma senhora de aproximadamente 60 anos foi atropelada por uma motocicleta na manhã desta segunda-feira (12), próximo à Praça Orleir Cameli, no centro da cidade. O local, um dos mais movimentados de Cruzeiro do Sul, ficou parcialmente interditado após o acidente.
Segundo testemunhas, a idosa atravessava a rua acompanhada de uma criança quando foi surpreendida por uma moto em alta velocidade. A mulher foi atingida com força e caiu no asfalto, enquanto a criança sofreu apenas escoriações leves. Populares imobilizaram a vítima e acionaram o SAMU, que ainda estava a caminho no momento do fechamento desta reportagem.
A Polícia Militar isolou o local e registrou a ocorrência. O motociclista permaneceu no local e prestou esclarecimentos às autoridades. A idosa apresentava dores intensas nas pernas e dificuldade para se mover, sendo aguardado atendimento médico especializado.
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PMAC realiza curso de capacitação sobre câmeras corporais e uso da força para 80 policiais militares

Oitenta policiais militares da capital e do interior do Estado participam da formação. Foto: Joabes Guedes/PMAC
Com foco na qualificação técnica e no uso responsável da força, a Polícia Militar do Acre (PMAC), em parceria com a Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), está promovendo o “Curso de Câmeras Corporais e Uso da Força: Princípios e Prática”, que capacita 80 policiais militares da capital e do interior para atuarem com o uso das tecnologias e instrumentos de menor potencial ofensivo. A abertura da formação, que faz parte da grade de programações em comemoração ao aniversário de 109 anos da PMAC, ocorreu na manhã desta segunda-feira, 12, no Anfiteatro da Universidade Federal do Acre (Ufac), em Rio Branco.
As turmas iniciados no Acre correspondem à 21ª e 22ª edições do curso, que já foi realizado em diversos estados do país. O objetivo é qualificar os participantes para atuarem como multiplicadores do conhecimento sobre o uso responsável da força e a correta utilização das câmeras corporais, contribuindo para a transparência, eficiência e legalidade nas ações policiais.
A formação conta com 40 horas-aula e é dividida em módulos teóricos e práticos. O conteúdo abrange desde fundamentos legais para a gestão de dados audiovisuais até técnicas de presença, postura, verbalização e uso de instrumentos de menor potencial ofensivo, como armas de choque e espargidores de pimenta.
Além da comandante-geral da PMAC, coronel Marta Renata, e do subcomandante-geral, coronel Kleison Albuquerque, participaram da solenidade de abertura representantes da Senasp, oficiais e praças da instituição. A coordenação e instrução do curso estão a cargo de profissionais da própria PMAC e da Senasp, que trouxe instrutores dos estados do Ceará, Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Bahia, reforçando o intercâmbio técnico-operacional entre instituições.

O objetivo é qualificar os participantes para atuarem como multiplicadores do conhecimento. Foto: Davi Barbosa/PMAC
A comandante-geral, coronel Marta Renata, destacou que o curso faz parte de um convênio firmado entre o Estado do Acre e a Senasp, com um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões. Ela também esclareceu que a aquisição das câmeras corporais ainda está em fase de licitação, e que a PMAC está construindo seu próprio protocolo de uso.
“Nesse primeiro momento, estamos focando na capacitação, para que o policial militar saiba utilizar o equipamento com base em regras claras. Ainda não temos o protocolo finalizado, pois há muitas situações que precisam ser consideradas, desde a privacidade do policial até a transparência exigida pela sociedade. Mas acredito que todos ganham: a população, com mais transparência, e o policial, com mais proteção frente a acusações, muitas vezes injustas e infundadas. A câmera também protege o bom trabalho policial realizado dentro da legalidade”, afirmou a comandante.

A coronel Marta Renata, comandante-geral, esteve à frente da solenidade. Foto: Davi Barbosa/PMAC
Representando a Senasp, o major Alder Albuquerque explicou que o curso está sendo aplicado em todo o país com o objetivo de uniformizar os procedimentos e reduzir a letalidade nas ações policiais. “Esses cursos estão sendo implementados em todas as regiões. Com Rio Branco, já são 18 capitais atendidas. O objetivo é capacitar todos os policiais do Brasil para o uso adequado dos instrumentos de menor potencial ofensivo, promovendo uma atuação mais técnica e menos letal”, disse.

O major Alder Albuquerque faz parte da equipe da Senasp envolvida na coordenação do Curso. Foto: Davi Barbosa/PMAC
O Acre está em processo de adesão ao programa de câmeras corporais do Ministério da Justiça, conduzido por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Estado (Sejusp), e paralelo a isso deverá receber quase dois mil equipamentos de menor potencial ofensivo, entre espargidores e armas de choque.
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Briga violenta na Penitenciária de Villa Busch deixa dois detentos gravemente feridos
Internos sofreram traumatismo craniano e facadas no peito; autoridades reforçam investigação sobre o caso na Penitenciária de Villa Busch

Com graves lesões os dois apegados foram encaminhados para o Hospital Roberto Galindo, onde confirmaram um traumatismo craniano moderado e trauma torácico cansados pela arma branca. Foto: cedida
Um violento confronto entre detentos na Penitenciária de Villa Busch, em Cobija, deixou dois internos com ferimentos graves na madrugada desta segunda-feira, dia 12. Os envolvidos, identificados como Elio G. C. e Johan V. D. S., foram socorridos pelo Comando da Guarda e encaminhados ao Hospital Roberto Galindo Terán.
Ferimentos graves exigem cuidados intensivos
De acordo com relatório preliminar da polícia boliviana, Elio G. C. sofreu um traumatismo craniano moderado após agressões na cabeça, enquanto Johan V. D. S. chegou ao hospital com perfurações por arma branca no tórax, necessitando de cuidados médicos mais delicados.

As autoridades investigam o caso para esclarecer as causas da altercação e reforçar as medidas de segurança, os apegados de nacionalidades brasileira não tiveram nomes divulgados. Foto: cedida
Investigação em andamento
As autoridades locais trabalham para esclarecer as causas da briga e reforçar a segurança no presídio. Ainda não há informações sobre possíveis envolvidos na agressão ou motivações para o conflito.
O caso ocorre em meio a preocupações com a superlotação e violência em unidades prisionais na região de fronteira. A direção da penitenciária não divulgou detalhes sobre a nacionalidade dos outros detentos possivelmente envolvidos no episódio.
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