Conecte-se conosco

Acre

Doença da vaca louca não deve afetar exportações no AC, mas sindicato prevê baixa no preço da carne bovina

Publicado

em

Grupo de miúdos bovinos e suínos somam 16,1% de exportação de produtos acreanos em janeiro deste ano. Como o Acre exporta para Hong Kong, teme-se apenas que haja barateamento no preço da arroba dos bovinos.

Apesar de o Acre não ser exportador direto de países que suspenderam importações brasileiras, Sindicarnes prevê barateamento no preço da carne — Foto: Reprodução/TVCA

Apesar da suspensão das importações de carne bovina por parte da China, Tailândia, Irã e Jordânia, o estado do Acre não terá impactos diretos na exportação, mas na possível retenção do produto, o que resultaria no barateamento da carne. Pelo menos é o que afirma o Sindicato das Indústrias de Frigoríficos e Matadouros do Estado do Acre (Sindicarnes).

O diretor executivo do Sindicarnes, José Aristides Junqueira Franco Júnior, também falou que em termos de prejuízo com exportação de carne propriamente dita, a tendência é de que não ocorra por ter sido um caso isolado. Contudo, teme-se pela desvalorização do produto em solo brasileiro.

“Como das exportações brasileiras, 60% vai para a China, o mercado interno fica com uma grande oferta de carne e, com isso, ocorrer uma baixa na venda da carne e, em consequência, o preço pago na arroba tanto do boi como da vaca ter uma baixa também“, disse, complementando que em razão da situação atípica, as exportações devem voltar em breve.

 

Exportação de miúdos bovinos e suínos

 

Segundo o relatório emitido em janeiro pelo Observatório do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, o grupo de bovinos e derivados detém o quinto maior quantitativo de exportações, perfazendo o percentual de 0,5%, gerando quase 11 mil dólares ao estado.

Com relação ao grupo de miúdos bovinos, que compõe 15,9%, a geração foi de mais de 362 mil dólares.

O secretário da Secretaria de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict) do estado, Assurbanipal Mesquita, confirmou ao g1 que os principais produtos importados são miúdos bovinos e suínos, principalmente, sendo este último o que mais preocupa a pasta.

“Até então, acreditamos que esse impacto não chega até aqui pelo movimento. As empresas tem reclamado dessa relação comercial, mas não é de agora […] a nossa carne aqui são mais miudos que vão para Hong Kong. As carnes que exportamos são suínos e miúdos bovinos, então se vê esse reflexo. Nossa preocupação é mais com suíno porque tem um certo volume”.

Mesquita complementou ainda que no Acre não há a preocupação de identificação de casos de vaca louca. “Nós temos área livre de aftosa, inclusive tivemos recentemente a República Dominicana para habilitar nossa carne, então estamos tranquilos”.

Vaca louca

 

Cérebro de animal afetado pela doença da vaca louca — Foto: Reprodução / Globo Rural

Cérebro de animal afetado pela doença da vaca louca — Foto: Reprodução / Globo Rural

A enfermidade que acomete bovinos adultos de idade mais avançada costuma ser fatal, uma vez que provoca a degeneração do sistema nervoso. Por conta disso, uma vaca pode se tornar agressiva e de difícil manejo – daí, o apelido.

A confirmação de um caso de Encagalopatia Espongiforme Bovina, conhecida como “vaca louca” no Brasil, mais precisamente no município de Marabá, no Pará, em fevereiro, fez com que países como China, Tailândia, Irã e Jordãnia suspendessem as importações.

Existem duas formas de o animal contrair a doença, sendo a primeira por mutação do prion, que é uma proteína infecciosa presente em mamíferos que pode se multiplicar descontroladamente; e a segunda por contaminação por meio de ração que contenha proteínas de animais contaminados, como ossos e carnes de outras espécies.

Nesse caso em si, o laboratório que investiga o caso disse que foi resultado de envelhecimento natural. Além disto, também não há risco de que o rebanho esteja contaminado também.

Em nota, o Ministério da Agricultura chegou a informar, nesta quinta-feira (2), a respeito da suspensão e do embargo, por parte da Rússia, à carne exportada do Pará.

 

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Rio Acre segue acima da cota de transbordo e atinge 15,32 metros em Rio Branco

Publicado

em

Mesmo sem chuvas nas últimas 24 horas, nível do rio continua elevado e é monitorado pela Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale

O nível do Rio Acre permanece elevado em Rio Branco e continua acima da cota de transbordo. De acordo com boletim divulgado pela Defesa Civil Municipal, na medição realizada às 5h21 da manhã desta segunda-feira (29), o manancial atingiu 15,32 metros.

Ainda segundo a Defesa Civil, na última aferição feita à meia-noite, o rio marcou 15,24 metros, o que representa um aumento de 8 centímetros em relação às medições anteriores, confirmando a tendência de elevação.

Nas últimas 24 horas, não houve registro de chuva na capital acreana, com acumulado de 0,00 milímetro no período. A elevação do nível do rio é atribuída ao volume de água proveniente das cabeceiras e afluentes.

A cota de alerta do Rio Acre é de 13,50 metros, enquanto a cota de transbordo é de 14,00 metros, ambas já superadas. A Defesa Civil Municipal segue monitorando a situação e acompanhando a evolução do nível do rio, mantendo as equipes em prontidão para atendimento às áreas de risco.

Comentários

Continue lendo

Acre

Acre recebe novo alerta de chuvas intensas com risco potencial

Publicado

em

Em dias de chuva é preciso redobrar as medidas de segurança ao conduzir veículos. Foto: Eduardo Gomes/Detran

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas com grau de perigo potencial para o Acre. O alerta teve início às 9h23 desta segunda-feira (29) e segue válido até 23h59 de terça-feira (30).

De acordo com o Inmet, estão previstas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a até 50 milímetros por dia, acompanhadas de ventos intensos, com velocidade variando entre 40 e 60 km/h.

Apesar de classificado como de baixo risco, o aviso aponta possibilidade de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos em áreas urbanas e descargas elétricas durante o período de instabilidade.

Comentários

Continue lendo

Acre

Mais de 360 pessoas estão em abrigos municipais após cheias em Rio Branco

Publicado

em

Prefeitura atualiza situação e informa que Rio Acre atingiu 15,32 metros, com tendência de subida

A Prefeitura de Rio Branco divulgou, na manhã desta segunda-feira (29), a atualização mais recente sobre a situação dos abrigos montados para atender famílias afetadas pelas cheias do Rio Acre e dos igarapés da capital. De acordo com o boletim das 6h, um total de 364 pessoas, pertencentes a 135 famílias, estão acolhidas em seis pontos diferentes da cidade.

Segundo o levantamento, a Escola Municipal Álvaro Vilela Rocha abriga 14 famílias, somando 51 pessoas. Na Escola Municipal Anice Jatene, são 16 famílias, com 56 pessoas acolhidas. A Escola Municipal Maria Lúcia atende 13 famílias, totalizando 38 pessoas. Já a Escola Estadual Georgete Kalume recebe oito famílias, com 31 pessoas, enquanto a Escola Estadual Marilda Gouveia abriga nove famílias, reunindo 58 pessoas.

O maior número de desabrigados está concentrado no Centro de Cultura Mestre Caboquinho, onde 75 famílias estão acolhidas, totalizando 130 pessoas.

Em publicação nas redes sociais, o prefeito Tião Bocalom (PL) informou que esta é a última atualização das 6h da manhã e destacou que, na medição mais recente, o nível do Rio Acre atingiu 15,32 metros, apresentando tendência de elevação de aproximadamente um centímetro por hora.

O gestor ressaltou ainda que a atuação da Defesa Civil Municipal tem sido contínua no enfrentamento da situação e reafirmou o compromisso da gestão com o cuidado às famílias atingidas pelas alagações.

“Já enfrentamos outras alagações antes e nosso cuidado com a população sempre foi grande e presente, a ponto até de render um prêmio nacional à nossa Defesa Civil Municipal. Seguiremos trabalhando com fé e coragem para ajudar a nossa gente. Vamos juntos!”, afirmou o prefeito.

Comentários

Continue lendo