Extra
Ditador cubano Fidel Castro morre aos 90
O ditador cubano Fidel Castro morreu nesta sexta-feira (25), aos 90 anos, em Havana, informou seu irmão, Raúl, em pronunciamento na televisão estatal.
“Em cumprimento da vontade expressa do companheiro Fidel, seus restos serão cremados nas primeiras horas” de sábado, disse ainda Raúl.
Símbolo da Revolução Cubana em 1959, Fidel permaneceu 49 anos no poder, antes de renunciar em nome do irmão, em 19 de fevereiro de 2008.
Embora não estivesse mais na Presidência do Estado cubano, Fidel permaneceu como o grande líder da ilha. Sua morte marca o fim de uma era de discursos longos, frases emblemáticas e confrontos com os Estados Unidos que levaram a um embargo – indicado por Fidel como o principal determinante para o empobrecimento da população cubana.
No longo período em que esteve à frente do país, Fidel sobreviveu a nove diferentes governos americanos e a várias tentativas de assassinato. Para os EUA, ele representava uma lembrança constante e incômoda dos ideais comunistas que, apesar de praticamente abandonados no resto do mundo, permaneceram vivas a apenas 144 quilômetros de distância de sua costa.
Com uma interpretação própria sobre como encerrar as desigualdades sociais na ilha, Fidel liderou um golpe ao regime do ditador Fulgêncio Batista (1933-1959). Sua resistência o transformou em herói nacional e seu carisma o transformou em um líder popular. Assim, ele assumiu após a queda de Batista com promessas de restauração da Constituição de 1940, e de promover uma administração honesta, restabelecer as liberdades civis e políticas e instaurar reformas moderadas.
REVOLUÇÃO E LIDERANÇA
Um dos motivos pelos quais Fidel se manteve durante tanto tempo no poder é a sua figura profundamente carismática. Desde o início da revolução, ele frequentou atividades populares, desde seus longos discursos em tribunas abertas até a participação em debates sobre temas variados na televisão. Fidel costumava frequentar ainda eventos esportivos e culturais, sempre protegido por um forte esquema de segurança.
Membro do Partido Ortodoxo (social-democrata) nos anos 1940 e no começo dos anos 1950, Fidel tinha ideias políticas nacionalistas, anti-imperialistas e reformistas.
Em dezembro de 1956, Fidel e outros 81 rebeldes, incluindo Ernesto Che Guevara, entraram em Cuba e se estabeleceram na Sierra Maestra, de onde lançaram uma guerrilha que derrubou Batista. Fidel assumiu como primeiro-ministro de 1959 a 1976 e presidente do governo e primeiro secretário do Partido Comunista desde 1976.
No poder, nacionalizou os setores do comércio e da indústria, realizou uma extensiva reforma agrária e expropriou negócios norte-americanos e grandes propriedades rurais. Seu governo logo foi tachado de autoritário e radical e Fidel passou a acumular críticas de grupos de defesa dos direitos humanos –principalmente quanto ao tratamento dado a presos políticos e dissidentes do regime.
COMUNISMO E O EMBARGO
Desde o triunfo da revolução, Cuba manteve relações estreitas com o bloco socialista, principalmente com a ex-URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas), o que o afastou dos EUA. Em 1961, Fidel declara Cuba Estado socialista. No mesmo ano, Washington corta relações diplomáticas com Cuba e inicia um embargo econômico ao país, que dura até hoje.
Fidel assumiu para si a causa socialista e a luta contra o capitalismo na Guerra Fria. Já afetado pelo embargo americano, sofreu duro golpe quando Mikhail Gorbatchov (1985-91) assumiu o poder na URSS e instaurou abertura política e econômica e suspendeu o crucial apoio à ilha.
REAPROXIMAÇÃO COM OS EUA
Em dezembro de 2014, os líderes Barack Obama e Raúl Castro iniciaram o processo que restabelece relações diplomáticas entre EUA e Cuba, rompidas em 1961.
O acordo, fechado após 18 meses de negociações em segredo, foi mediado pelo Canadá e pelo papa Francisco. As embaixadas foram reabertas em julho de 2015.
FAMÍLIA
Fidel Alejandro Castro Ruz nasceu no dia 13 de agosto de 1926, em Birán, atual província de Holguín (leste de Cuba). Filho de Lina Ruz, foi reconhecido pelo pai, Ángel Castro, imigrante espanhol e latifundiário, somente aos 17 anos.
Fidel frequentou escolas católicas nas províncias de Santiago de Cuba e Havana, onde estudou também em uma escola jesuíta, o Colégio de Belen. Em 1945, entrou na Universidade de Havana, onde se graduou em Direito e atuou como líder estudantil.
Fidel se casou com Mirta Diaz-Balart em 1948 e divorciou-se em 1954. Seu filho, Fidel Castro Diaz-Balart (Fidelito), que nasceu em 1949, trabalhou como chefe da comissão de energia atômica cubana. É físico nuclear e assessor científico do governo cubano. Em 1956, Fidel teve um caso extraconjugal com Natalia Revuelta. Alina Fernandez, filha dos dois, só soube aos dez anos que era filha do grande ditador cubano. Ela vive como exilada nos EUA desde 1993.
Fontes: Folha, com Reuters, “Enciclopédia Britannica” e “Almanaque Abril 2009”
Comentários
Extra
Suspeito de homicídio de jornalista Moisés Alencastro se entrega à Polícia Civil após se esconder em área de mata em Rio Branco
Investigado foi localizado na região do Eldorado e conduzido à Delegacia de Homicídios para interrogatório e audiência de custódia
Antônio de Souza Morais, de 22 anos, principal suspeito de um homicídio ocorrido recentemente em Rio Branco, se entregou à Polícia Civil na madrugada desta quinta-feira, após intensas buscas realizadas pela equipe da Delegacia de Homicídios. O investigado estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Segundo o delegado responsável pelo caso, as diligências começaram ainda na quarta-feira, logo após a expedição do mandado de prisão, e seguiram de forma ininterrupta ao longo do dia e da noite. Durante os trabalhos, a polícia recebeu denúncias de que o suspeito estaria refugiado em uma região de mata, o que orientou as equipes até o local.
Durante a madrugada, Antônio procurou pessoas ligadas à sua família, o que permitiu à polícia chegar à localização exata. Com a aproximação dos agentes, ele decidiu se entregar sem oferecer resistência.
“Diante dessas informações, nós fomos até o local e ele acabou se entregando à equipe da Delegacia de Homicídios. Em seguida, foi conduzido até a nossa sede, onde passou por interrogatório e por todos os procedimentos legais, sendo encaminhado conforme prevê a lei, inclusive para a audiência de custódia”, explicou o delegado.
Questionado sobre a motivação do crime, o delegado informou que o suspeito relatou a dinâmica dos fatos durante o interrogatório, mas que, por estratégia investigativa, os detalhes ainda não serão divulgados. A Polícia Civil também apura a participação de outras pessoas no crime.
De acordo com a autoridade policial, a perícia realizada no local já indicava a possível presença de um segundo envolvido. “No cenário do crime, é possível perceber a dinâmica de uma terceira pessoa. Agora estamos trabalhando na identificação desse outro suspeito para dar continuidade às buscas e efetuar a prisão do coautor”, afirmou.
O caso segue sob investigação da Delegacia de Homicídios da Polícia Civil do Acre.
VEJA VÍDEO
Comentários
Extra
Corpo com mãos amarradas é encontrado boiando no Igarapé São Francisco, em Rio Branco
Vítima apresentava perfuração no peito e sinais de agressão; Polícia Civil investiga homicídio
O corpo encontrado boiando na manhã desta quinta-feira (25) no Igarapé São Francisco, no bairro Conquista, em Rio Branco, foi identificado como sendo de Weligton Carlos Martins Werklaenhg, de 48 anos.
De acordo com informações repassadas por familiares, Weligton estava desaparecido desde a semana passada, quando foi visto pela última vez.
A perícia inicial realizada no local constatou que a vítima foi atingida por um golpe de faca na região do peito e apresentava indícios de agressões físicas anteriores à morte.
Ainda segundo a família, Weligton morava nas proximidades do Conjunto Manoel Julião.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, por meio da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que apura a motivação e a autoria do crime.
Comentários
Extra
Polícia Civil detém suspeito pela morte do ativista cultural Moisés Alencastro em Rio Branco
A Polícia Civil do Acre (PC-AC) deteve um suspeito pela morte do ativista cultural, jornalista e colunista social Moisés Alencastro (foto), assassinado a facadas em seu apartamento, em Rio Branco. Durante a ação, os investigadores localizaram objetos pessoais da vítima na residência do suspeito, que teve o nome preservado para não comprometer o andamento das investigações.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que trabalha para concluir as oitivas até a manhã desta terça-feira, quando deverá se pronunciar oficialmente sobre o caso. Por enquanto, a Polícia Civil informou que não irá se manifestar para não interferir nas apurações.
O caso está sendo conduzido pelo delegado Alcino Júnior, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trabalha com duas principais linhas de investigação: a primeira aponta para crime motivado por homofobia; a segunda considera a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) realizada no apartamento da vítima e no veículo abandonado na estrada do Quixadá, encontrado com os pneus furados e o porta-malas aberto, pode ser determinante para esclarecer a dinâmica do crime. Dentro do carro, foram encontrados alguns pertences pessoais de Moisés.
Segundo o delegado, o estado em que o veículo foi localizado reforça, até o momento, a hipótese de latrocínio. “O modus operandi indica que o homicídio ocorreu primeiro e, em seguida, o autor teria se aproveitado da situação para subtrair os bens da vítima”, afirmou.
Os peritos não encontraram sinais de arrombamento no apartamento, o que indica que Moisés provavelmente conhecia o autor do crime. Vizinhos relataram à polícia que viram o carro da vítima deixando o estacionamento do condomínio por volta das 21h. O motorista, em atitude apressada, teria batido duas vezes no portão antes de fugir em rumo ignorado.
O corpo de Moisés Alencastro foi encontrado ao lado da cama, com diversas perfurações provocadas por faca, dentro do apartamento localizado no Condomínio Nehine, no bairro Morada do Sol.
A Polícia Civil recolheu material biológico e outros vestígios tanto no local do crime quanto no veículo abandonado em uma estrada vicinal na parte alta do bairro São Francisco. Exames genéticos e papiloscópicos foram realizados para auxiliar na reconstituição dos fatos e na identificação da autoria.
“Agora estamos buscando novas pistas no veículo abandonado na zona rural para esclarecer completamente o caso”, afirmou o delegado Sandro Martins.
As investigações seguem em andamento.



















Você precisa fazer login para comentar.