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Cotidiano

Discussão sobre Bíblia provoca briga entre pastores e acaba em morte em PE

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Uma discussão entre dois pastores da igreja Pentecostal, em Timbaúba, na zona da Mata de Pernambuco, acabou em morte no início da manhã de ontem. Segundo a Polícia Civil, o pastor José Carlos da Silva, 52, matou a facadas e pedradas o também pastor Paulo Germano da Silva, 58, durante desentendimento “sobre a palavra de Deus”.

O assassinato ocorreu na parte de trás da igreja, por volta das 5h de ontem. Os dois pastores estavam na cozinha da igreja tomando café da manhã, após a realização de um culto, quando começaram um debate acalorado com a Bíblia.

De acordo com a polícia, testemunhas contaram que Paulo ainda tentou fugir, mas o acusado o alcançou e desferiu vários golpes de faca no abdômen. José Carlos aproveitou que o pastor estava caído no chão, pegou uma pedra, que estava na escadaria, e jogou na cabeça da vítima. Paulo morreu no local.

Após o crime, o suspeito tentou se esconder em uma casa vizinha, mas foi capturado pela Polícia Militar. Ele foi preso em flagrante e levado para a 46ª Delegacia de Polícia de Timbaúba.

Em depoimento, o acusado confessou o crime e, segundo polícia, não se mostrou arrependido pelo assassinato. “Ele disse que sentiu uma vontade dentro dele, algo que dizia para ele matar o outro pastor. Em seguida, pegou uma faca na cozinha e atacou a vítima. O outro pastor ainda tentou correr, mas não conseguiu”, disse um policial, que pediu para não ser identificado.

Segundo a polícia, o suspeito não soube dizer a interpretação da Bíblia que discordou do outro pastor, mas afirmou que o colega “não representava a palavra de Deus”.

O corpo dele foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) de Recife. Até o final da tarde de hoje, o corpo de Paulo Germano permanecia no IML de Recife à espera de familiares.

Familiares de José Carlos contaram a polícia que havia três dias que ele não dormia. O acusado está detido no presídio de Limoeiro e deve ser indiciado pelo crime de homicídio qualificado, com duas qualificadoras: motivo torpe e sem chance de defesa da vítima.

Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, durante audiência de custódia realizada no Fórum de Nazaré da Mata. O suspeito não constituiu advogado e foi assistido por um defensor público.

O UOLprocurou a defesa, mas ela não se manifestou até a publicação da reportagem.

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Da bacia de roupa aos diplomas, mãe vence obstáculos e forma filho policial

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Mãe solo, Maria do Socorro chegou a lavar e passar roupas para sete famílias ao mesmo tempo. De segunda a sábado, seu tempo era dividido entre tanques e ferros de passar, indo de casa em casa para sustentar os filhos

“Ela nos ensinou sobre dignidade, trabalho e fé”, atesta Wellington Mota sobre a mãe, Maria do Socorro. Foto: Joabes Guedes/PMAC

A dona de casa Maria do Socorro Mota carrega no corpo as marcas de uma vida difícil. Aos 63 anos, seu olhar sereno e resiliente revela a história de uma mulher que nunca se rendeu. Com pouco estudo, abandonada pelo marido e sem muitas opções, sustentou os dois filhos lavando e passando roupas.

Lutou com dignidade para impedir que a pobreza apagasse os sonhos que tinha para sua família. Hoje, celebra algumas vitórias: venceu um câncer e vê os filhos ganhando a vida com honestidade, longe das armadilhas da periferia, onde cresceram. O mais velho, Wellington Mota, de 34 anos, formou-se em três faculdades – Filosofia, Jornalismo e Direito – e está prestes a realizar um sonho que também é dela, o de tornar-se oficial da Polícia Militar do Acre (PMAC).

Sua trajetória é feita de coragem, fé e da força silenciosa de quem nunca deixou de lutar. “Apesar de ter somente a quinta série, ela nos ensinou sobre dignidade, trabalho e fé. Foi quem me mostrou que era possível sair daquele lugar sem me tornar um daqueles que nos cercavam”, diz o aluno-oficial, com voz embargada.

Foi em 2005 que o mundo de Socorro desabou, quando o marido vendeu a casa da família e partiu pra nunca mais voltar, deixando Wellington, então com 13 anos, e o caçula, de apenas 6. Sem ter para onde ir, mudou-se para um aluguel modesto em outro bairro de Rio Branco.

Para sobreviver, vendeu móveis e utensílios. Em pouco tempo, já não conseguia pagar o aluguel, e os três passaram a morar de favor na casa de uma tia, dividindo um quarto e uma cama de casal. O bairro era um dos mais violentos da época. “Era um lugar muito difícil. Vi amigos sendo aliciados, morrendo, desaparecendo”, recorda o militar.

Em 2024, Mota foi convocado para o Curso de Formação de Oficiais (CFO), em Minas Gerais. Foto: Joabes Guedes/PMAC

Recomeço no caos

Mãe solo, Maria do Socorro chegou a lavar e passar roupas para sete famílias ao mesmo tempo. De segunda a sábado, seu tempo era dividido entre tanques e ferros de passar, indo de casa em casa para sustentar os filhos. Como patrão, um dos que testemunharam a luta de perto foi o capitão da reserva remunerada da PMAC, Waldir Mendonça.

“Dona Socorro sempre foi honesta, trabalhadora e amorosa. Ela não criou apenas filhos, formou homens de caráter”, diz Mendonça, com satisfação. E relata que a relação entre a mãe e os filhos sempre foi marcada por respeito e cumplicidade: “Ela nunca mediu esforços. Sempre os apoiou, incentivou. É o papel de mãe, não é? E a relação deles é linda. Filho que honra a mãe abre portas para o sucesso”, verifica.

Waldir Mendonça, um dos patrões de dona Socorro: “Ela não criou apenas filhos, formou homens de caráter”. Foto: Joabes Guedes/PMAC

Waldir também relembra os conselhos que deu ao filho mais velho: “Sempre dizia ‘estude, meu filho. O resto vem com o tempo’. E foi o que aconteceu. Quando a chance apareceu, ele agarrou. Olha ele agora, graças a Deus, firme e bem”. Para Mendonça, a formação militar de Mota está apenas no começo: “A academia é o primeiro passo. Se seguir com dignidade e comprometimento, vai longe; dona Socorro soube educá-lo muito bem”.

Educação como legado

Em meio às dificuldades, dona Socorro constantemente repetia: “Enquanto eu estiver viva, vou dar estudos para meus filhos”. Wellington levou isso a sério, sabendo equilibrar o estudo com o trabalho para ajudar a mãe. Foi estagiário, lavou carros e, em 2012, prestou concurso para a Polícia Militar, ingressando como soldado no ano seguinte.

Dona Socorro viu com orgulho o filho se formar em três faculdades. Foto: Joabes Guedes/PMAC

Foi em 2019 que veio mais uma dura batalha: a mãe foi diagnosticada com câncer. “Eu não sabia o que fazer. Pedi afastamento da PM para acompanhá-la em Porto Velho. A faculdade estava prestes a cancelar minha matrícula. Aí veio a pandemia, que suspendeu as aulas e me permitiu continuar”, conta.

Em 2024 foi convocado para o Curso de Formação de Oficiais (CFO), promovido pelo governo do Estado, que seria ministrado em Minas Gerais. A notícia comoveu dona Socorro, mas não pôde acompanhá-lo: estava em tratamento no Acre.

“Pensava no meu filho. Lutei e sempre mantive a fé de que ele viria terminar a formação aqui na nossa terra”, diz, com os olhos marejados. “Hoje estou curada. Meu filho voltou pra terminar o curso aqui e vai ser oficial; não tenho nem palavras: esse era o grande sonho dele”.

Socorro Mota chegou a lavar roupas para sete famílias ao mesmo tempo. Foto: Joabes Guedes/PMAC

Colhendo os frutos

Wellington hoje é pai de dois filhos, um de 3 anos e outro de 10 meses. O irmão, Antônio Correia, hoje tem 27 anos e é pai de uma criança de 8. Eles buscam passar adiante os valores que receberam.

“Tudo o que sou devo a ela. Se meus filhos têm uma referência hoje, é porque ela não deixou nossa história ser apagada”, afirma Wellington, que mantém contato diário com a mãe. “Se não posso ir eu ligo. Não passo um dia sem ouvir sua voz. Ela é meu norte”, conta.

O militar reconhece, acima de tudo, o papel da mãe em acreditar na educação: “Só tenho a agradecer. Seu esforço, perseverança e visão de futuro foram essenciais. Mesmo sem estudo, ela viu na educação nosso caminho. Nunca desistiu de nós. Hoje colhemos os frutos de seu suor, de tudo que enfrentou, do trabalho duro para nos dar um futuro digno. Minha gratidão a essa guerreira, que é exemplo para todos nós”.

Wellington bate continência para a matriarca: “Exemplo para todos nós”. Foto: Joabes Guedes/PMAC

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Bombeiros realizam resgate de emergência em área rural de Cruzeiro do Sul

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Equipe percorre 6,5 km em quadriciclo para socorrer idosa com ferimento grave na mão

A vítima apresentava um ferimento grave na mão, causado pela ruptura de um tumor. Após os primeiros socorros e curativo para conter o sangramento, a equipe iniciou o retorno. Foto: cedida 

Militares do 4º Batalhão de Bombeiros executaram uma operação de resgate complexa para atender uma idosa com ferimento grave no Ramal do Escondido, zona rural de difícil acesso em Cruzeiro do Sul.

A ação conjunta com o SAMU exigiu:

  • Uso de quadriciclo para percorrer 6,5 km de estrada precária

  • Realização de primeiros socorros para conter sangramento de tumor rompido

  • Manobras manuais em trechos intransitáveis do caminho

Operação em terreno hostil

A paciente, que apresentava um ferimento grave na mão causado pela ruptura de um tumor, recebeu atendimento inicial no local antes de ser transportada. “Foi necessário descer do veículo várias vezes para superar obstáculos naturais do terreno”, relatou um dos bombeiros.

Após o difícil trajeto de retorno, a idosa foi transferida para a equipe do SAMU na entrada do ramal, que assumiu os cuidados médicos e a transportou ao hospital municipal. O caso destaca os desafios do atendimento de emergência em áreas remotas do Acre.

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Assis Brasil celebra Dia das Mães com festa emocionante e sorteio de prêmios na Praça Central

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Evento reuniu centenas de mães em tarde de homenagens com música, brindes e muita emoção

Entre os prêmios distribuídos estavam geladeira, fogão, TV, ventilador, bicicletas e muitos outros itens que fizeram a felicidade das mães presentes. Foto: cedida 

A Prefeitura de Assis Brasil transformou a Praça Central em um grande palco de celebração neste Dia das Mães. Centenas de mães e famílias participaram de uma programação especial repleta de surpresas, emoção e diversão.

O evento contou com:

  • Sorteio de eletrodomésticos (geladeira, fogão, TV)

  • Brindes como bicicletas e ventiladores

  • Animado bingo com prêmios instantâneos

  • Painel fotográfico temático para registros especiais

O evento reuniu centenas de mães e famílias em um momento especial, marcado por alegria, música e emoção. Foto: cedida 

Música e emoção marcam a celebração

Um show ao vivo animou a tarde, criando um clima de festa e descontração para as homenageadas. A organização preparou a praça com decoração especial, oferecendo um ambiente acolhedor para as famílias.

“Esta é nossa forma de reconhecer o papel fundamental das mães na construção de uma cidade mais humana”, declarou a prefeitura em nota, agradecendo aos parceiros que tornaram o evento possível.

A ação reforçou o compromisso da gestão municipal com políticas de valorização familiar e comunitária, encerrando com mensagens de carinho e gratidão a todas as mães de Assis Brasil.

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