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Discurso duro e aumento da violência leva policiais a compor chapas majoritárias nos estados

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Além da escalada da violência, Bolsonaro impulsionou as candidaturas dos militares

Eles tiraram as fardas para entrar na política. E ocuparão postos de destaque na disputa majoritária nos estados nas eleições deste ano.

Dois generais da reserva do Exército e um coronel da Polícia Militar disputam governos estaduais. Um capitão, um major da PM e um brigadeiro reformado vão tentar o Senado. E oficiais e praças da PM, delegados da Polícia Civil e agentes da Polícia Federal serão vices em pelo menos cinco estados. São pelo menos 28 candidatos, 8 ao governo, 12 vices e 8 ao Senado.

No Acre, as três principais candidaturas ao governo terão policiais em suas chapas. Coronel Ulysses disputa como candidato a governador, enquanto Wherles Rocha (major da PM) e Emylson Farias (delegado) foram indicados como vice nas chapas de Gladson e Marcus Alexandre, respectivamente. O estado, segundo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, é o segundo com maior taxa proporcional de mortes violentas, com 63,9 homicídios a cada 100 mil habitantes.

Parte dos policiais já tinha carreira política e agora tenta um voo mais alto. É o caso dos deputados Marcelo Delaroli (PR) e Zaqueu Teixeira (PSD), ambos candidatos a vice-governador no Rio.

Zaqueu, que foi comandante-geral da Polícia Civil do Rio em 2002 e liderou as operações para prisão do traficante Elias Maluco, será vice candidato na chapa liderada por Índio da Costa (PSD).

“Nosso estado precisa de segurança e eu tenho minhas credenciais de uma história sólida nesta área”, afirma Zaqueu.

Já o deputado Marcelo Delaroli (PR), que chegou a negociar uma aliança com Eduardo Paes (DEM), fechou aliança com o senador Romário (Podemos), que também disputa o governo

O senador Romário (Podemos) ao lado do deputado federal Marcelo Delaroli (PR-RJ) – Reprodução Twitter Romário

Ao anunciar a parceria, Romário destacou que Delaroli foi policial militar e tem atuação na área de segurança. A segurança pública do Rio de Janeiro está sob intervenção federal desde abril deste ano.

Em São Paulo, o governador Márcio França (PSB) e o candidato Paulo Skaf (MDB) terão como vices oficiais da PM. Em ambos os casos, são mulheres e sem experiência prévia com política partidária.

Primeira mulher a assumir o comando da Polícia Militar no Vale do Paraíba, a coronel Eliane Nikoluk (PR) será a vice de França.

Desde que assumiu o governo em abril, com a renúncia de Geraldo Alckmin (PSDB), França buscou estreitar relações com a Polícia Militar. Homenageou uma cabo que atirou num assaltante no Dia das Mães e costuma prestar condolências a familiares de policiais que morrem em serviço.

Na mesma linha, Paulo Skaf (MDB) escolheu a tenente-coronel Carla Basson com ênfase no combate à violência.

A escalada da violência também levou policiais a disputar eleições em chapas majoritárias no Norte e Nordeste.

Além da escalada da violência, a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência também foi um dos fatores que impulsionaram as candidaturas dos militares. Pelo menos cinco policiais filiados ao PSL disputarão governo, vice ou Senado nos estados.

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Rio Acre ultrapassa cota de transbordo e mantém Rio Branco em alerta máximo

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Defesa Civil registra 15,36 metros no nível do rio; aumento contínuo preocupa autoridades e moradores ribeirinhos

O Rio Acre segue em uma subida constante e preocupante em Rio Branco. Segundo medição da Defesa Civil Municipal realizada às 9h desta segunda-feira (29), o rio atingiu 15,36 metros, ultrapassando a cota de transbordo, que é de 14 metros, por mais de um metro e meio.

Nas últimas horas, o nível apresentou aumento de quatro centímetros em relação à medição anterior, realizada às 5h21, quando marcava 15,32 metros.

Apesar da ausência de chuvas na capital nas últimas 24 horas, o rio continua subindo devido ao grande volume de água acumulado nas cabeceiras, mantendo o alerta máximo para autoridades e população ribeirinha.

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Rio Tarauacá ultrapassa cota de transbordamento e mantém município em alerta

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Nível do rio atinge 10,05 metros e Defesa Civil intensifica monitoramento, apesar de não haver desabrigados

A cheia do Rio Tarauacá já ultrapassou a cota de transbordamento e mantém as autoridades em estado de atenção no município de Tarauacá, no interior do Acre. De acordo com o Informativo Hídrico divulgado pela Defesa Civil Municipal na manhã desta segunda-feira (29), o nível do rio atingiu 10,05 metros às 9h, registrando elevação em relação à medição das 6h, quando marcava 10,03 metros.

Os dados confirmam que o manancial permanece acima da cota de transbordamento, fixada em 9,50 metros, e bem acima da cota de alerta, estabelecida em 8,50 metros. Em apenas três horas, o aumento foi de dois centímetros, o que reforça a preocupação das equipes de monitoramento quanto à possibilidade de novos alagamentos em áreas ribeirinhas da cidade.

Apesar da elevação do nível do rio, a Defesa Civil Municipal informou que, até o momento, não há registro de pessoas desabrigadas em Tarauacá. As equipes seguem acompanhando a situação de forma contínua, realizando vistorias preventivas nas áreas mais vulneráveis, especialmente diante do histórico de grandes cheias no município.

O nível máximo já registrado no Rio Tarauacá foi de 11,15 metros, em 19 de fevereiro de 2021, referência que mantém as autoridades em vigilância permanente durante o atual período chuvoso.

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Homem é preso suspeito de matar a esposa e tentar simular suicídio em Porto Velho

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Pesquisas no celular e laudo do IML reforçam investigação por feminicídio ocorrido durante o Natal

Magno dos Santos Batista foi preso em Porto Velho suspeito de matar a esposa, Luciana, e tentar simular um suicídio durante o período de Natal. Segundo a Polícia Civil, além das contradições apresentadas em depoimento, análises realizadas no celular do investigado apontaram pesquisas na internet consideradas suspeitas, que reforçam a hipótese de feminicídio.

O crime ocorreu no dia 18 de dezembro, e a prisão preventiva foi cumprida no dia de Natal. Com autorização do próprio suspeito, os policiais acessaram o aparelho celular, onde encontraram buscas como “Como proceder após suicídio da esposa?”, “Se mexer no cadáver ele pode fazer barulho?” e “Quando a pessoa morre se vira o olho?”. Uma das pesquisas, realizada no dia anterior à morte, fazia referência ao que a Bíblia diz sobre pessoas que cometem suicídio.

Em depoimento, Magno afirmou que teve uma discussão com a esposa, que teria ficado “alterada”, e que foi dormir. Ao acordar, segundo ele, encontrou a companheira morta. No entanto, a investigação aponta que mensagens foram enviadas a partir do celular do suspeito no mesmo período em que ele alegou estar dormindo, o que levantou suspeitas sobre sua versão dos fatos.

Magno chegou a ser detido no dia do ocorrido, mas foi liberado inicialmente por falta de provas técnicas. A Polícia Civil, então, instaurou inquérito para apurar se a morte havia sido causada por suicídio ou homicídio.

Dias depois, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Luciana não morreu por enforcamento, mas por asfixia decorrente de estrangulamento. O exame também identificou outras lesões no corpo da vítima, reforçando a suspeita de violência.

Com base nas conclusões do laudo pericial, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) solicitou a prisão preventiva do suspeito, pedido que foi acatado pela Justiça. Após a decisão judicial, a Polícia Civil localizou Magno dos Santos Batista e cumpriu o mandado de prisão.

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