Cotidiano
Deputado solicita intervenção federal na Segurança Pública do Acre: “esgotadas as medidas”
O emedebista destaca que não cabe mais negar a necessidade de uma intervenção federal

Segundo o deputado, o quadro de pessoal insuficiente nas Polícias Militar, Civil, Penal e Agentes Socioeducativos, vem acarretando a ascensão de poder e disputa entre organizações criminosas
SAIMO MARTINS
Na sessão deliberativa realizada na manhã desta quarta-feira (5), o deputado estadual Roberto Duarte Jr (MDB) usou a tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para apresentar um ofício solicitando intervenção federal na Segurança Pública do Acre.
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O documento diz que a proposta está baseada no artigo 34, inciso III da Constituição Federal.
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“O Estado do Acre enfrenta, na atualidade, crise em diversos setores da Segurança Pública. Por exemplo, domínio das facções advindas de São Paulo e Rio de Janeiro, fuga de presos do Sistema Prisional, mortes violentas, assaltos, furtos e um grande número de mortes oriundas da violência urbana”, diz o ofício.
O emedebista destaca que não cabe mais negar a necessidade de uma intervenção federal. “As pessoas de bem estão presas em suas casas, enquanto os vagabundos estão soltos. Precisamos de uma solução emergencial”, reclamou.
Duarte destacou que na cidade de Rio Branco, o consumo de drogas aumentou absurdamente e, por isso, solicitou a assinatura do documento.
Segundo o parlamentar, o quadro de pessoal insuficiente nas Polícias Militar, Civil, Penal e Agentes Socioeducativos, vem acarretando a ascensão de poder e disputa entre organizações criminosas, notadamente entre integrantes das facções. Outro tema destacado é a deficiência do sistema prisional e socioeducativo.
“Não menos certo é, porém, que, esgotadas inúmeras medidas tendentes a recompor a ordem e a restaurar a estabilidade da Segurança Pública do Estado, alternativa não resta senão a Intervenção da União na Secretaria de Segurança Pública e Justiça do Estado do Acre, com o intuito de assegurar a ordem pública”, finalizou Duarte.
Na ocasião o deputado apresentou ofício pedindo intervenção federal na Segurança Pública do Acre

Deputado Roberto Duarte (MDB), pediu o apoio dos pares para assinar o documento. Ele frisou que a cúpula da Segurança Pública atual utiliza o mesmo discurso do governo Tião Viana, depositando a culpa no governo federal.
“Nós vamos encaminhar ainda hoje ao governador. Não temos mais condições de suportar. Nós temos um déficit acima de 50% de policiais militares. Na Polícia Civil também temos um déficit acima de 50%. Como vamos combater essa criminalidade com esse déficit. Eu vou relembrar aqui que em junho ou julho de 2018 estiveram a maioria da bancada federal do Acre, solicitando uma intervenção federal na Segurança Pública”, disse o parlamentar.
Seguindo a mesma linha de raciocínio, Duarte acentuou que “não mudou nada, a não ser piorar a violência que estamos sofrendo no Estado do Acre. As pessoas de bem estão presas em suas casas, em seus comércios, enquanto os vagabundos estão soltos. Eu pergunto onde acontece os crimes? Nas fronteiras ou dentro das cidades do Acre?”, questionou o deputado emedebista.
Roberto Duarte chegou a se irritar com o líder do governo, deputado Gehlen Diniz (Progressistas), que ironizou pontos da sua fala.
“Vossa Excelência brinca com a Segurança Pública do Acre. O senhor é o líder desse governo. Qual a resposta que o senhor tem para dar a população. Agora ficar fazendo brincadeira é fácil. No Estado do Acre aumentou em muito o número de usuários de drogas no Estado do Acre”, salientou.
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19ª Copa AAJJ de Jiu-Jitsu reúne mais de 400 atletas e destaca nova equipe da Baixada da Sobral
No último dia 14 de dezembro, foi realizada, na quadra de esportes da ABB, a 19ª edição da Copa AAJJ de Jiu-Jitsu, evento já tradicional no calendário do jiu-jitsu acreano. A competição reuniu mais de 400 atletas, com disputas em diversas categorias, abrangendo desde crianças até adultos, e contou com a participação de inúmeras equipes consagradas do estado.
Entre os destaques do evento esteve a equipe Magno de França Atitude, representante do núcleo da Visual Academia, localizado na Baixada da Sobral. Apesar de ser uma equipe recente no cenário competitivo, com apenas um ano de existência, o grupo demonstrou alto nível técnico e surpreendeu pelos resultados expressivos.
Mesmo levando um número reduzido de atletas, a equipe alcançou um desempenho notável: a cada três competidores inscritos, dois subiram ao pódio, índice que a colocou à frente de equipes maiores, algumas com o dobro ou até o triplo de atletas inscritos. O resultado evidenciou a qualidade técnica do trabalho desenvolvido.
O excelente desempenho é atribuído à atuação dos instrutores e à coordenação do supervisor do projeto, o major da Polícia Militar Magno de França. O núcleo conta com dois instrutores faixas-pretas: o perito criminal Charles França e o professor de jiu-jitsu Antônio José, conhecido como professor Tony, ambos com longa trajetória no ensino da modalidade no Acre.
Além de atletas e disseminadores do jiu-jitsu, o major Magno de França e o perito criminal Charles França atuam há mais de 20 anos no ensino de modalidades de lutas policiais, o que contribui significativamente para o aprimoramento técnico aplicado ao jiu-jitsu.
Os bons resultados se estenderam por todas as categorias, das infantis às adultas. Um dos grandes destaques individuais foi o atleta Raísson, que se consagrou campeão na categoria pesadíssimo adulto. O atleta já vinha de uma conquista anterior no Campeonato Acreano, promovido pela Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, realizado nos meses anteriores.
Com isso, o núcleo de jiu-jitsu da Visual Academia / Magno de França Atitude passa a deter atualmente dois títulos importantes na categoria pesadíssimo adulto: o da Copa AAJJ e o da Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, consolidando-se como uma equipe promissora e de alto nível técnico no cenário do jiu-jitsu acreano.
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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.
“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.
Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.
De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.
“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.
Custos extras
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.
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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca
Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.
Destinação dos recursos:
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R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;
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R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.
As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.
Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).
Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.
Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.
A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.
Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.












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