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Depois de 3 anos, Acre voltou a registrar saldo positivo na abertura de empresas em 2019
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O IBGE divulgou no dia 22/10 o resultado da pesquisa sobre Demografia das Empresas e Empreendedorismo 2019. A publicação do IBGE compreende a Demografia das Empresas, que estuda a dinâmica das empresas e unidades locais a partir dos eventos de entrada, saída e sobrevivência, além da mobilidade das empresas sobreviventes e as Estatísticas de Empreendedorismo, que destaca a importância das empresas de alto crescimento na geração de postos de trabalho assalariados formais. O âmbito da pesquisa é por natureza jurídica, as informações referem-se somente às entidades empresariais, excluindo-se: órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e organizações internacionais constantes no Cadastro Central de Empresas (CEMPRE). Demais entidades e os Microempreendedores Individuais (MEI) não são considerados no estudo.
O estudo evidencia que no Brasil, depois de cinco saldos negativos (2014 a 2018), a diferença entre o número de empresas entrantes e encerradas foi positiva em 2019, chegando a 290,9 mil. Parte deste saldo positivo, pode estar relacionado ao fato de que, em 2019, a Demografia das Empresas, que tem como base de dados o Cadastro Central de Empresas (CEMPRE), passou a incorporar também as informações do eSocial, em um processo de substituição gradativa dos dados da RAIS. Nosso objetivo de hoje é analisar essas estatísticas para o Acre.
No Acre, conforme demonstrado no gráfico acima, depois de apresentar três saldos negativos, de 2016 a 2018, a diferença entre o número de empresas entrantes e encerradas foi positiva em 2019, chegando a 777 empresas. A taxa de entrada de empresas em 2019 foi de 23,91% (ou 2.047), sendo 17,95% de novas empresas (ou 1.537) e 5,96% de reentradas (ou 510). A taxa de saída ficou em 14,83% (ou 1.270 empresas). Dentre os estados, as maiores taxas de saída ocorreram no Amapá (22,0%), Maranhão (20,3%) e Roraima (18,2%). As menores taxas foram, em Santa Catarina (10,7%), Rio Grande do Sul (12,6%) e Espírito Santo (12,8%).
Dentre os setores de atividades no Acre, o maior saldo de empresas foi registrado nas atividades de comércio; reparação de veículos automotivos e motocicletas (348 empresas) e nas atividades profissionais, científicas e técnicas (86 empresas).
Em 10 anos o número de empresas formais cresceu 19,3% e os empregos 31,2%
Conforme pode ser observado nos gráficos abaixo, em dez anos, o maior crescimento dentre os setores ocorreu nos serviços 67,2%, saindo de 1.755 para 2.935 empresas e representou, em 2019, 34,3% do total, menor somente que o setor do comércio que representou no ano, 52,8% de todas as empresas do Acre. No pessoal ocupado assalariado, em 2019, a maior representatividade ficou por conta do setor de serviços com 44,2% dos empregos. O setor saiu de 16.479 para 28.124 empregos.
Somente 17,6% das empresas criadas em 2009 sobreviveram até 2019
Quanto à sobrevivência das empresas criadas em 2009, apenas 17,6% sobreviveram até 2019 e apenas 33,0%, até 2014. No gráfico abaixo destacamos as respectivas taxas para a Região Norte e para o Brasil. Verifica-se que as taxas do Acre ficam abaixo, tanto do Norte como do Brasil, o que demonstra uma maior vulnerabilidade das nossas empresas. No estado a taxa de sobrevivência das empresas nascidas em 2009 até 2019 foi a quarta mais baixa dentre os estados da federação, ficando à frente somente do Amapá (13,2%), Amazonas (16,3%) e Roraima (16,4%).
Por outro lado, quando se trata da taxa de entradas o Acre e Mato Grosso, ambos com 23,9%, apresentaram a segunda maior taxa de entrada do Brasil, sendo superado somente pelo Amazonas (26,9%). As menores taxas vieram do Rio Grande do Sul (17,0%), Santa Catarina (18,9%) e Minas Gerais (19,1%).
Em 2019, depois de 3 anos o saldo foi de 777 empresas ativas
Em 2018, a taxa de sobrevivência foi de 83.3%, que representa 6,5 mil empresas permanecendo ativas no Acre (de um total de 7,8 mil) e foi ligeiramente superior à de 2017 (81,7%) e bem superior à de 2019 (76,1%). Já a taxa de entrada de novas empresas, em 2018, foi de 16,7%, enquanto a taxa de saída ficou em 19,9%. Com isso, o saldo de empresas ativas foi negativo (-248) e representou uma perda mais acentuada que a de 2017 (-157 empresas). Em 2019 a taxa de entrada de novas empresas foi de 23,9% e a taxa de saída foi de 14,8%, resultando num saldo de empresas ativas positivas (777 empresas).
Empreendedorismo: Em 2019, houve um aumento de 66% das empresas de alto crescimento
Em relação ao empreendedorismo, em 2019, o número de empresas de alto crescimento chegou a 161, com aumento de 66,0% frente a 2018. São consideradas de alto crescimento aquelas que apresentam crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos, e têm 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da observação. Essas empresas de alto crescimento representaram 1,2% das empresas com pessoal assalariado e 8,6% das empresas com dez ou mais pessoas ocupadas do estado. Elas ocuparam 8,5 mil de pessoas assalariadas e pagaram R$ 141,5 milhões em salários e outras remunerações, com um salário médio mensal de 1,3 salários mínimos. Representavam 19,6% do pessoal assalariado das empresas com 10 ou mais pessoas assalariadas.
A atividade com maior número de empresas de alto crescimento é o comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas, com 90 empresas, representando 56% do total. Em seguida, estão atividades administrativas e serviços complementares, com 18 empresas – 11,2% do total.
Em 2019, havia 11 empresas gazelas (aquelas de alto crescimento, com até cinco anos de idade) que ocuparam 584 assalariados.
Finalizando, vimos que, em termos proporcionais, de 100 empresas criadas no Acre em 2009, 31 delas fecharam no primeiro ano de vida e que, 10 anos depois, em 2019, somente 18 delas sobreviveram. A saúde das empresas é fundamental para o desenvolvimento econômico. Joseph Schumpeter, o grande economista e cientista político Austríaco, considerado um dos mais importantes economistas da primeira metade do século XX, dizia que os empreendedores são aqueles que destroem a ordem econômica existente pela introdução de novos produtos e serviços, eles são os verdadeiros agentes de mudança na economia.
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Novos juízes do TJAC visitam sede da Polícia Civil do Acre e conhecem estrutura da instituição
O juiz Clóvis Augusto destacou a importância do diálogo e da cooperação entre as instituições. O Delegado-Geral José Henrique Maciel também ressaltou o valor do encontro

Juízes recém-empossados conhecem os departamentos e delegacias especializadas da Polícia Civil do Acre. Foto: assessoria/ PCAC.
Na manhã desta segunda-feira, 14, a Polícia Civil do Acre (PCAC) recebeu, em sua sede, a visita institucional dos novos juízes de direito do Tribunal de Justiça do Estado do Acre (TJAC), empossados na última semana. O encontro foi conduzido pelo Delegado-Geral de Polícia Civil, José Henrique Maciel, que esteve acompanhado da cúpula da instituição.
Durante a visita, os magistrados puderam conhecer de perto a estrutura da Polícia Civil, incluindo seus departamentos e delegacias especializadas, além de entender melhor o funcionamento da polícia judiciária acreana. A aproximação teve como objetivo fortalecer os laços entre as instituições que atuam em conjunto na garantia da segurança e da justiça no estado.

Delegado-Geral José Henrique Maciel apresenta estrutura da PCAC aos novos magistrados do TJAC. Foto: assessoria/ PCAC.
O juiz Clóvis Augusto destacou a importância do diálogo e da cooperação entre as instituições. “Acreditamos que essa conversa irá unir ainda mais o Judiciário e a Polícia Civil em prol da sociedade acreana. Essa integração fortalece nosso trabalho e traz benefícios diretos à população”, afirmou o magistrado.
O Delegado-Geral José Henrique Maciel também ressaltou o valor do encontro. “É fundamental estarmos juntos e mantermos um canal de diálogo aberto com o Judiciário. Poder contar com a confiança e o apoio mútuo entre as instituições é essencial para o bom funcionamento da justiça e para que possamos prestar um serviço eficiente à sociedade”, declarou.
A visita dos novos juízes reforça o compromisso conjunto entre o Tribunal de Justiça e a Polícia Civil na construção de um sistema de justiça mais célere, integrado e eficaz.

Autoridades discutem integração entre Polícia Civil e Poder Judiciário para fortalecimento da justiça no Acre. Foto: assessoria/ PCAC.
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Rompimento de aterro em obra de ponte deixa moradores ilhados em reserva extrativista em Xapuri
Prefeitura de Xapuri anuncia reparos emergenciais após segundo colapso em um mês; nova ponte em concreto está prevista para após o período chuvoso
Um desvio provisório construído para as obras da ponte no bairro Sibéria, em Xapuri (AC), rompeu-se nesta segunda-feira (14) devido às fortes chuvas, isolando moradores da Reserva Extrativista Chico Mendes. Este é o segundo colapso no local em um mês – o primeiro ocorreu em 14 de março.
O que aconteceu?
- Causa: Chuvas intensas elevaram o nível do igarapé, pressionando o aterro próximo à Ponte do Euzébio (que liga o bairro Sibéria à Estrada de Petrópolis).
- Impacto: A via de acesso foi interditada, deixando famílias ilhadas.
- Histórico: O mesmo trecho já havia cedido em março, mas foi reparado pela prefeitura.
Resposta da prefeitura
Em nota, a Secretaria Municipal de Infraestrutura informou que:
- Reparos emergenciais começariam nesta terça-feira (15).
- Uma nova ponte em alvenaria será construída após o período chuvoso.
- A atual gestão atribui o problema a “heranças da administração anterior”.
“A Secretaria de Infraestrutura informa que os trabalhos para recomposição do aterro terão início já na manhã desta terça-feira (15), com o objetivo de restabelecer o tráfego o mais rapidamente possível. A atual gestão reforça que a situação da Ponte do Euzébio é uma herança da administração anterior e que está plenamente comprometida em resolvê-la de forma definitiva. Para isso, já está programada a construção de uma nova ponte em alvenaria, cuja execução será iniciada ao término do período chuvoso”, diz a prefeitura em nota enviada.

Por volta do meio-dia, a barragem do desvio não aguentou, o rompimento foi no aterro ao lado da Ponte do Euzébio, estrutura que liga o Bairro da Sibéria à Estrada de Petrópolis. Foto: captada
Críticas e pendências
- Moradores questionam a paralisação das obras da ponte definitiva, iniciadas mas não concluídas.
- A prefeitura não detalhou prazos para a nova estrutura nem explicou por que a obra original está parada.

A atual gestão atribui o problema a “heranças da administração anterior”. Foto: captada
Contexto:
A Ponte do Euzébio é vital para o escoamento de produção e deslocamento de comunidades ribeirinhas. Com as chuvas previstas até maio, a situação pode se agravar. A Defesa Civil local monitora o risco de novos alagamentos, enquanto a população aguarda soluções definitivas.
Veja vídeo:
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Alerta! Surto de bronquiolite lota Hospital da Criança e só um leito de UTI está disponível
Os sintomas da bronquiolite começam, muitas vezes, com manifestações típicas de um resfriado comum, como coriza, espirros, febre baixa e tosse. Com a progressão da doença, podendo se agravar rapidamente

A Secretaria de Saúde já está trabalhando para a abertura de 10 novos leitos, e caso seja necessário, outros 10 poderão ser instalados, totalizando até 70 leitos pediátricos na unidade. Foto: cedida
A capital acreana, Rio Branco, vive um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças, fazendo com que os leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e leitos clínicos pediátricos do Hospital da Criança estejam beirando a capacidade máxima. Entre as doenças que registraram elevação está a Bronquiolite.
Conforme dados disponibilizados no painel de monitoramento da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), no Hospital da Criança, dos 20 leitos de UTI, 19 já estão ocupados, enquanto que dos 50 leitos clínicos, apenas dois estão livres.
Diante da situação, a Secretaria de Saúde já está trabalhando para a abertura de 10 novos leitos, e caso seja necessário, outros 10 poderão ser instalados, totalizando até 70 leitos pediátricos na unidade.
Bronquiolite: sintomas
A bronquiolite é uma infecção respiratória que atinge, principalmente, crianças com menos de dois anos de idade. A condição é causada pela inflamação dos bronquíolos — pequenas estruturas pulmonares que fazem a conexão entre os brônquios e os alvéolos. Esses canais são extremamente estreitos em bebês, especialmente nos menores de seis meses, o que facilita o bloqueio da passagem de ar.
Quando ocorre o inchaço dessas vias, o ar tem dificuldade para sair dos pulmões, provocando um som característico semelhante a um assobio ou chiado no peito. Esse estreitamento é ainda mais preocupante em bebês muito pequenos, pois seus bronquíolos já são naturalmente diminutos.
Os sintomas da bronquiolite começam, muitas vezes, com manifestações típicas de um resfriado comum, como coriza, espirros, febre baixa e tosse. Com a progressão da doença, no entanto, o quadro pode se agravar rapidamente.

No Hospital da Criança, dos 20 leitos de UTI, 19 já estão ocupados, enquanto que dos 50 leitos clínicos, apenas dois estão livres. Foto Art
Entre os sinais mais preocupantes estão:
- Respiração acelerada e superficial
- Chiado ou assobio no peito
- Aumento do esforço para respirar
- Tosse persistente
Diante desses sintomas, especialmente se o bebê for muito pequeno, é importante buscar atendimento médico o quanto antes, já que alguns casos podem evoluir de forma grave e exigir internação.
- Leitos de UTI Pediátrica: 19/20 ocupados (95% da capacidade)
- Leitos Clínicos: 48/50 em uso (apenas 2 vagas)
- Principal Causa: Surto de bronquiolite entre crianças
Medidas Imediatas
Expansão de Leitos:
- 10 novos leitos sendo abertos esta semana
- Possibilidade de +10 leitos extras (totalizando 70)
Monitoramento Ativo:
- Painel da Sesacre atualizado diariamente
- Equipes em plantão 24h no Hospital da Criança
Recomendações à População:
- Evitar aglomerações com bebês
- Higienização reforçada de mãos e brinquedos
- Atenção a sintomas como:
✓ Dificuldade respiratória
✓ Chiado no peito
✓ Febre persistente
Dados Epidemiológicos
- SRAG: Aumento de 68% nos últimos 15 dias
- Faixa Etária Mais Atingida: 0 a 2 anos (73% dos casos)
- Vírus Identificados:
- VSR (Vírus Sincicial Respiratório) – 55%
- Rinovírus – 30%
- Influenza A – 15%
Fluxo de Atendimento
- Primeira avaliação em UPAs
- Casos graves encaminhados ao Hospital da Criança
- Ambulatório pós-alta para acompanhamento
Declaração Oficial
“Estamos em estado de atenção máxima. A população deve procurar unidades básicas para casos leves e evitar a sobrecarga do pronto-socorro” – Secretária de Saúde do Acre
Formas de prevenção
A prevenção da bronquiolite está relacionada à redução do risco de infecções respiratórias virais, principais responsáveis por desencadear a doença em crianças pequenas.
Uma das medidas mais eficazes é a higiene frequente das mãos, especialmente com o uso de álcool em gel, o que ajuda a evitar a propagação de vírus. Também é essencial manter os bebês longe de pessoas resfriadas ou gripadas, já que eles são mais vulneráveis a complicações.
Outro cuidado importante é adotar boas práticas ao tossir ou espirrar, cobrindo a boca e o nariz com um lenço descartável ou com o antebraço, para evitar a disseminação de partículas no ar.

Rio Branco, vive um aumento nos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em crianças, fazendo com que os leitos (UTI), e leitos clínicos pediátricos estejam beirando a capacidade máxima. Foto: captada
Para casos específicos, como o de prematuros extremos ou com doenças respiratórias crônicas e cardiopatias congênitas, pode-se utilizar a imunoglobulina hiperimune, aplicada nas épocas do ano com maior circulação do vírus sincicial respiratório (VSR).
Além disso, em alguns países já está disponível a vacina contra o VSR para gestantes, que promove a produção de anticorpos capazes de atravessar a placenta e proteger o bebê nos primeiros meses de vida.
Com Suene Almeida
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