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Cotidiano

Defesa de ex-policial federal acusado de matar filha no AC tem 10 dias para ajustar provas

Ex-policial teve primeira audiência de instrução na 2ª Vara do Tribunal do Júri adiada no último dia 27 de abril após alegar que não teve acesso à prova inserida nos autos.

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Defesa de ex-policial federal acusado de matar filha no AC tem 10 dias para ajustar provas — Foto: Arquivo pessoal

A 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar deu um prazo de 10 dias para que a defesa do ex-policial federal Dheymersonn Cavalcante, e da mãe dele, Maria Gorete, resolva o problema de acesso ao arquivo de prova no processo. Os dois são acusados pela morte da pequena Maria Cecília, de 2 meses, filha de Cavalcante.

Os réus tiveram a primeira audiência de instrução e julgamento adiada no último dia 27 de abril. A medida foi porque a defesa alegou que não teve acesso à mídia inserida pela denúncia nos autos por estar em blu-ray e o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) não ter o equipamento apropriado para leitura desse tipo de arquivo. O G1 não conseguiu contato com a defesa do policial e da mãe dele.

No mais recente despacho, o juiz Alesson Braz determinou que a defesa dos acusados converta o arquivo de blu-ray para MP4, documento compatível com o SAJ. Após esse prazo de 10 dias, a audiência de instrução deve ser remarcada.

Conforme o documento, o magistrado ressaltou que não cabe ao poder judiciário interferir na produção de provas e que o Ministério Público não tem interesse na prova em questão.

“A prova foi pedida pela defesa, razão pela qual, caso queira utilizá-la no processo, deve converter o arquivo para algum compatível com o SAJ (MP4). Por fim, tão logo aporte em juízo a conversão do arquivo em MP4 ou decorrido o prazo sem manifestação da defesa, proceda-se com a designação imediata da audiência de instrução na modalidade virtual”, pontuo o juiz no despacho.

Inicialmente, o magistrado havia dado prazo para que o MP convertesse o arquivo para o formato de MP4 e determinado que se não fosse possível fazer a conversão, o vídeo seria excluído do processo. Mas, agora, é a defesa dos réus que devem ajustar o arquivo de prova.

Demitido

No diário oficial da União publicado no dia 17 de dezembro do ano passado, o ministro da Justiça, André Luiz Mendonça assinou a demissão de Dheymersonn. A portaria 594 diz que a decisão foi tomada porque o agente abandonou o cargo.

Denúncia

O policial federal e a mãe dele se tornaram réus no processo em junho do ano passado e respondem por homicídio qualificado por motivo torpe, emprego de asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima.

A pequena Maria Cecília morreu por broncoaspiração logo após ter ingerido leite. O processo aponta que foi dado uma dose maior de leite do que a criança suportava.

Foi dado à menina pelo menos duas mamadeiras de leite artificial, segundo o processo, quando ela poderia ter tomado apenas 10 mililitros de leite artificial, segundo a mãe. No dia da morte da criança, o policial e a mãe dele pediram para levar a bebê para casa para tirar umas fotos em família.

A mãe da menina, a enfermeira Micilene Souza, alega que o policial premeditou a morte da menina junto com a mãe dele porque não queria pagar pensão alimentícia.

Ela chegou a dizer que ele nunca aceitou a gravidez e que, inclusive, sugeriu um aborto. A avó da criança contou que teria alimentado e menina com as duas mamadeiras de leite artificial, segundo Micilene, mesmo sabendo que não poderia. Depois disso, a bebê passou mal e o pai teria acionado o Samu.

O processo corre em segredo de Justiça na 2ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Por isso, nem Tribunal de Justiça (TJ-AC) e nem o Ministério Público do Acre (MP-AC) se posicionam com detalhes sobre o caso.

Dheymersonn alega que o que aconteceu foi uma fatalidade — Foto: Arquivo pessoal

‘Fantasia de excesso de leite’

Morando ainda em Alagoas com a família, o policial federal falouapós virar réu no processo. Em um vídeo de 17 minutos, ele rebate todas as acusações e alega que a menina já tinha se engasgado outras vezes. Foi o próprio Dheymersonn Cavalcante que montou a defesa e ele continua dizendo que o que aconteceu foi uma fatalidade. Ele também é acompanhado por um advogado.

“E eu que tantas vezes me vi em tantos acidentes e mantinha a calma, aplicava o protocolo, salvava vidas, vi-me impotente, desesperado e perdido. Tentei fazer algo? Sim. Não foi o ideal, corri e interceptei o Samu, isso me deu esperança. Mas, a minha esperança (filha) se foi 4 horas depois, às 23h15. Se eu tivesse chegado 2 minutos mais cedo ou se eu não tivesse saído de casa para comprar fraldas quando isso aconteceu…malditas fraldas. O “se” é torturador e por mais que doa, depois das 23h15 nada podia ser feito, por que a morte toma quem você ama de surpresa e não negocia, não faz acordos”, disse em nota enviado a reportagem.

Durante mais de um ano, o policial diz que se dedicou em juntar provas para montar sua defesa no tribunal e que quer logo que o julgamento seja feito.

“Não existia abdômen inchado, não existia sangue nas fezes, não existia proibição ao NAN, não existia maus-tratos, nunca existiu essa fantasia de excesso de leite no laudo. Existe a acusação da Micilene, o perito não fala nada disso, os médicos do hospital jamais levantaram essa questão”, pontuou.

Dheymersonn diz que tentou salvar a filha ao vê-la engasgada — Foto: Reprodução

‘Processo nasceu morto’

O policial disse ainda que há equívocos e até erros em provas apresentadas pelo MP e testemunhas que foram ouvidas no caso. Ele alegou que a enfermeira não aceitava que ele havia voltado para a mulher porque queria formar uma família com ele.

“Alguém já viu um outro caso no mundo em que uma criança morre porque tomou 80 ml ou 90 ml de leite (duas chuquinhas)? Eu procurei, não existe. Além disso, diante do perigo, a avó chama o filho, o filho tenta a ressuscitação, chama o Samu e interceptam a viatura”, completou.

O policial disse ainda que é vítima de diversos erros cometidos durante o processo. Por conta disso, alegou ter promovido oito representações criminais, sendo seis no Ministério Público Federal e duas no estadual (MP-AC) contra servidores públicos e outras pessoas.

“Se levaram pelo relato falso de uma mulher com raiva, por fofoquinhas de ‘disse me disse’, não se ativeram a fatos e perícias e agora não querem admitir. O processo existe, gera dor, mas nasceu morto, eu não vou me tornar o borracheiro que ficou preso 5 anos pra conseguir provar que é inocente, isso já tenho provado. Meu desejo é que o processo siga seu curso, acabe e minha filha possa descansar em paz e todos seguirem”, finalizou.

A assistente de acusação Vanessa Facundes, que está no caso desde o início, destacou que acredita nas investigações. “Acrescento somente que acreditamos no trabalho do Ministério Público e na justiça que será feita”, disse.

Maria Cecília morreu aos dois meses de vida em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal

Prisão em hospital em Alagoas

O policial foi preso somente em outubro após ficar algum tempo foragido, já que estava com a prisão preventiva decretada desde 11 de julho de 2019 pela morte da filha. A prisão foi no dia 10 de outubro em um hospital em Maceió, Alagoas. Ele foi solto logo depois após a defesa comprovar que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) tinha julgado um pedido de habeas corpus. Ele foi solto no mesmo dia.

Em entrevista, no dia 10 de junho do ano passado, ele disse que a prisão dele foi um “circo”.

“O MPF destacou que dos fatos nem vislumbra essa fantasia de homicídio. O STJ corrigiu o equívoco do decreto de prisão. Classifico o que aconteceu no hospital (suposta prisão) de sequestro, não se pode prender alguém que já tem habeas corpus concedido por Superior Tribunal de Justiça. Foi falado aos policiais federais em Alagoas que verificassem, mas resolveram criar um “circo”. Fim das contas me sequestraram, assinei uns papeis, e sai pela porta da frente horas depois no mesmo dia”, disse.

E finalizou dizendo que desde a morte da filha vem sofrendo com todo o processo. “Tudo é intensamente doloroso, mas não há outro caminho senão seguir”, finalizou.

Por Iryá Rodrigues e Tácita Muniz

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Cotidiano

Agosto Dourado reforça campanha por doações de leite materno e potes de vidro no Acre

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Bancos de leite realizam atendimento domiciliar para doadoras; leite humano é vital para bebês prematuros e ajuda a prevenir doenças na vida adulta

”O leite é importante, tem vários benefícios, principalmente para os prematuros e para ganhar peso”, disse Janilda, nutricionista especialista em nutrição neonatal. Foto: cedida 

A campanha Agosto Dourado está intensificando as ações de conscientização sobre a importância do aleitamento materno e convocando lactantes a doarem leite humano e potes de vidro com tampa plástica para armazenamento em todo o estado. O material será destinado a recém-nascidos necessitados, especialmente prematuros internados em UTIs.

Para doar, as mães precisam estar com a saúde em dia e se sentirem confortáveis. Os bancos de leite do estado oferecem atendimento domiciliar para facilitar o processo.

Segundo a nutricionista especialista em nutrição neonatal Janilda Moraes, o leite materno é “um líquido precioso” que auxilia no crescimento, desenvolvimento e ganho de peso dos bebês.

“Quanto mais mães doadoras, mais crianças serão beneficiadas. Esse leite não só ajuda agora, mas previne doenças como diabetes no futuro”, destacou Janilda Moraes.

A cor dourada da campanha simboliza o valor nutricional do leite materno, considerado o alimento mais completo para os primeiros meses de vida. Além de salvar vidas, a doação fortalece o vínculo emocional entre mãe e bebê.

Para doar o leite materno é muito mais simples do que muita gente imagina. Basta buscar o Banco de Leite mais próximo da sua residência: toda região tem um banco de leite responsável. Daí é só ligar e agendar a visita das enfermeiras que vão até à sua casa colher os primeiros exames. Estando com os exames em dia, o próprio banco leva os potinhos de coleta à sua casa e depois, vem retirar.  Simples e sem precisar sair de casa.

  • Estar amamentando e saudável
  • Coletar o leite em frasco de vidro esterilizado
  • Entrar em contato com o banco de leite mais próximo
Eu tenho pouco leite

Esse é um dos grandes mitos que faz com que muitas mulheres deixem de doar: todo leite importa. Você sabia que 1 ml de leite materno pode salvar a vida de um bebê prematuro? Pois é, quando dizemos que todo leite importa, não é um exagero. Imagina 1 ml de cada mulher, que diferença faria na vida de tantos bebês? Não existe quantidade mínima para que seja feita a coleta: quanto você conseguir retirar, eles vêm buscar.

“Ah, mas como eu tenho pouco leite, meu filho vai ficar com fome”. Claro que não é para deixar o seu filho com fome, seu filho é sua prioridade, sempre. Doamos o excesso.

Outra dúvida muito frequente é se mães de bebês que estão com pouco ganho de peso podem doar. E a resposta é sim! No banco, o leite passa por testes e é feita a contagem de calorias, a acidez, enfim, são checados vários parâmetros para que a oferta seja feita de acordo com as necessidades individuais de cada bebê. Além disso, não existe leite fraco, portanto,  o pouco ganho de peso do seu bebê (se é que isso é verdadeiro pois muitos médicos ainda colocam uma régua irreal em todos os bebês) pode estar associado a uma pega inadequada, ao freio lingual… portanto o ideal é passar em consulta com uma Consultora de Aleitamento Materno ou com uma Pediatra pró-amamentação para checar o que pode estar ocasionando o baixo peso.

Quem NÃO PODE doar?

Todo leite que chega ao Banco de Leite passa por uma triagem e é submetido à testagem. Mães HIV positivas e usuárias de drogas, são as únicas que não podem doar. Se você toma qualquer medicamento que é compatível com a amamentação do seu bebê, seu leite pode ser doado.

Por quê não pode amamentação cruzada mas pode receber leite de outras mães via doação?

Contraindicada pelo Ministério da Saúde e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a amamentação cruzada, como é conhecida a prática de mães que amamentam filhos de outras mulheres, traz diversos riscos ao bebê, podendo transmitir doenças. Todo leite que chega ao Banco é testado e segue rigorosamente os protocolos de higiene, em seguida passa por um processo de pasteurização que amplia sua validade para 6 meses sob refrigeração.

O leite materno pode ser armazenado durante 15 dias no freezer ou 12 horas na geladeira. Para doar, o ideal é que esteja congelado. Foto: cedida 

Como armazenar o leite para doação?

O leite materno deve ser armazenado em potes esterilizados de vidro com tampa plástica. A maioria dos Bancos de Leite já doam esses potes. Caso vá utilizar um pote seu, a esterilização é bem simples: basta lavar bem, colocar em água fervente e deixar secar com a boca para baixo em um pano limpo. Secou, fechou, está estéril.

Como fazer a retirada do leite

É importante que a mulher use máscara e touca. A bomba extratora de leite auxilia, mas não é fundamental para fazer a retirada do leite. Para fazer a extração de forma manual, basta apertar a mama e desprezar o primeiro jato. Caso consiga tirar pouca quantidade, mas o pote de armazenamento for grande, basta pegar uma etiqueta e anotar o dia e a hora que fez a primeira coleta e colar no pote.

Quando conseguir extrair mais leite, pode colocar junto e anotar. A anotação é importante pois vai te ajudar a saber exatamente o dia da primeira coleta já que o leite coletado pode ser em até 15 dias da primeira coleta feita. Outra dica: procure deixar dois dedos longe da borda do pote já que quando o leite congela ele acaba aumentando e pode estourar o vidro.

O leite materno pode ser armazenado durante 15 dias no freezer ou 12 horas na geladeira. Para doar, o ideal é que esteja congelado. Cuidado para não deixar o leite próximo à alimentos com cheiro forte, como peixe. O único leite que é descartado pelo Banco é o odorizado. Potinho pronto e congelado, basta ligar no Banco de Leite e aguardar a retirada.

Janilda Moraes, especialista em nutrição infantil, já trabalhou em seis países e agora reforça cuidados com recém-nascidos no Acre

Janilda com trabalho desenvolvido no Brasil, o que resultou em um convite para escrever um capítulo sobre bancos de leite humano em um livro que está sendo finalizado por um grupo de profissionais da América Latina.

Natural do Acre, a nutricionista Janilda Moraes construiu uma trajetória profissional internacional antes de retornar para atuar em Brasiléia, onde agora reside com a família. Especializada em nutrição neonatal, ela acumula experiência em seis países: México, Paraguai, Uruguai, Argentina, Costa Rica e Brasil.

Com conhecimentos técnicos e práticos adquiridos ao longo dos anos, Janilda Moraes destaca a importância da alimentação adequada para recém-nascidos, especialmente em casos de prematuridade e outras condições que exigem cuidados específicos.

“A nutrição nos primeiros meses de vida é fundamental para o desenvolvimento físico e cognitivo da criança. Cada detalhe, desde o aleitamento materno até a introdução alimentar, deve ser acompanhado com atenção”, explica a profissional.

De volta ao Acre, ela vem contribuindo com sua expertise para melhorar os protocolos de nutrição infantil na região, trabalhando em conjunto com equipes de saúde locais e regionais, reforça a ‘Campanha Agosto Dourado’ intensificando as ações de conscientização sobre a importância do aleitamento materno e reforça o pedido de doações, tanto de leite humano, como de potes de vidro com tampa plástica para armazenar o líquido, que será destinado a bebês necessitados no estado.

A profissional concedeu entrevista o Talk Show ‘Oaltoacre Entrevista’, onde falou da campanha em 2024. Foto: arquivo

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Falsos fiscais ambientais são presos por aplicar golpes contra agricultores em Cruzeiro do Sul

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Dupla se passava por servidores do Ibama e Imac para cobrar supostas multas; dois idosos foram extorquidos

Dois homens foram presos na tarde desta terça-feira (12) no Ramal 5, às margens da BR-364, em Cruzeiro do Sul, acusados de se passar por fiscais de órgãos ambientais, como o Ibama e o Imac, para aplicar golpes contra produtores rurais.

Segundo a Polícia Militar, os suspeitos extorquiram dois idosos no Ramal 7, exigindo R$ 1 mil de uma vítima e R$ 500 de outra, sob a falsa alegação de multas ambientais. Eles chegaram a fotografar documentos de propriedades e planejavam novas abordagens quando foram flagrados.

Um vídeo gravado por agricultores mostra o momento em que um dos detidos, identificado como Júlio, é obrigado a apagar imagens de documentos que havia registrado. Moradores impediram que a dupla deixasse o local até a chegada da PM, que realizou a prisão.

“Eles tinham aplicado o golpe em dois velhinhos e, hoje, já estavam no ramal do meu pai, dizendo que ele devia uma multa. Tiraram foto do documento da terra. Antes de saírem, nós pegamos eles e a polícia levou”, relatou um agricultor.

A dupla, juntamente com o material apreendido, foi encaminhada para a Delegacia de Polícia Civil de Cruzeiro do Sul, que dará continuidade às investigações.

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Cotidiano

Caminhonete sai da pista em trecho crítico da BR-364 entre Manoel Urbano e Feijó

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Acidente ocorreu em área com estrada precária; moradores reclamam de buracos e riscos constantes na principal rodovia do Acre

Moradores e motoristas que trafegam pela região relatam dificuldades de locomoção e riscos aumentados devido ao estado da rodovia, que é a principal estrada do que corta o estado do Acre. Foto: captada 

Uma caminhonete saiu da pista na tarde desta terça-feira (12) em um trecho problemático da BR-364, entre os municípios de Manoel Urbano e Feijó, no Acre. O acidente aconteceu em uma região conhecida pelas más condições da estrada, com buracos e irregularidades no pavimento que aumentam os riscos para motoristas.

Até o momento, não há informações oficiais sobre vítimas ou quantas pessoas estavam no veículo quando ocorreu o acidente. Moradores e condutores que frequentam o trajeto reclamam das dificuldades de tráfego e da falta de manutenção adequada na rodovia, que é a principal ligação do estado.

Autoridades como o SAMU e a Polícia Rodoviária ainda não confirmaram se já estão no local para prestar atendimento e avaliar os danos. A situação reforça os apelos da população por melhorias urgentes na BR-364.

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