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Covid-19 afeta sistema renal das vítimas

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Segundo especialista, trata-se de um problema que pode exigir mais da rede de atendimento de hemodiálise

Conhecida por afetar, principalmente, o sistema respiratório das vítimas, a Covid-19 é uma doença que também pode comprometer o funcionamento dos mais variados órgãos humanos, inclusive dos rins. A organização das Nações Unidas (ONU) apresentou informes acerca da proliferação da variante Delta pelo mundo e fez alertas para o peso das sequelas no sistema renal das vítimas.

O médico nefrologista Milton Kalil explica que as alterações no funcionamento dos rins não estão relacionadas de forma exclusiva às consequências provocadas pela variante Delta. Ou seja, qualquer dos tipos de coronavírus pode causar esse problema. Ainda segundo o especialista, trata-se de um problema que pode exigir mais da rede de atendimento de hemodiálise.

“Principalmente aqueles pacientes mais graves, que precisam de internação, de UTI, e têm uma demanda muito grande metabólica, ou seja, sob muita medicação, muito soro, muito antibiótico. Isso acaba gerando uma demanda na qual o rim fica incapaz de conseguir concertar essa demanda exigida. Muitos desses pacientes da UTI acabam precisando fazer hemodiálise”, afirma.

A preocupação voltada para a variante Delta, neste caso, está relacionada à propagação mais rápida do vírus. Sendo assim, quanto mais pessoas forem infectadas com este tipo, maior poderá ser o número de pessoas com problemas renais e, possivelmente, de tratamentos de hemodiálise.

Maria das Graças da Silva, 54, mora no Distrito Federal e trabalha como auxiliar odontológica. Ela conta que foi diagnosticada com Covid-19 em março de 2021, e que, incialmente, não sofreu tanto com os sintomas, mas depois de alguns dias começaram a surgir calafrios e febre. Ela chegou a ser entubada.

O quadro de Maria não exigiu que fosse feito procedimentos de hemodiálise, no entanto, os exames provaram que houve alteração no sistema renal. “Só vim descobrir no Hospital de Taguatinga. Depois que eu melhorei, saí do oxigênio, comecei a fazer os exames para ver, foi quando detectaram. Eu tomei três bolsas de sangue”, relata.

Para Fabricio da Silva, médico especialista em cardiologia, clínica médica e emergências clínicas pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e pelo Instituto de Cardiologia do Distrito Federal, a correlação direta sobre sequelas renais e, necessariamente, o tratamento de hemodiálise, ainda não pode ser estabelecido, uma vez que o grau de comprometimento é variável.

“Qualquer forma mais grave da Covid-19 pode causar esse tipo de alteração da função renal. Na maioria dos casos não é um grau de comprometimento significativo, que evolui para necessidade de terapia dialítica” considera o médico.

https://youtu.be/CdOUX05TUc8

 

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que, entre os pacientes internados com Covid-19, 71,2% deles apresentavam lesão renal aguda (LRA). Fatores como histórico de hipertensão, por exemplo, estão associados a essa condição nos rins.

Covid-19 como fator e agravo do sistema renal

O nefrologista Milton Kalil lembra que a Covid-19 pode provocar prejuízos aos rins de pacientes assintomáticos e com quadros leves a moderados. O médico pontua, ainda, que boa parte dos pacientes recupera a função renal e não precisa passar por hemodiálise. No entanto, o funcionamento dos órgãos não terá a mesma eficiência, pelo menos por um tempo.

“Não recuperam totalmente a função. Ficam com um pouquinho de escape de proteína na urina, às vezes um pouquinho de sangue, indicando que ficou uma sequela no aparelho urinário, assim como fica no sistema cerebral” destaca o especialista.

As pessoas que convivem com doença renal crônica pertencem aos grupos vulneráveis para a Covid-19. Esses pacientes precisam ter um cuidado maior com o vírus.  Neste caso, quanto pior for o quadro de doença renal crônica apresentado anteriormente, mais grave pode ser a infecção por Covid-19.

“Um estudo mostrou que um terço dos pacientes com doença renal crônica que já faziam hemodiálise e que necessitaram internação por Covid-19 morreram. A maioria destes pacientes apresentavam outras doenças crônicas como diabetes e hipertensão associada a doença renal”, alerta Kalil.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia, os rins são responsáveis pelo equilíbrio da química interna dos corpos e atuam na eliminação de toxinas do sangue por um sistema de filtração. Os órgãos também servem para regular a formação de sangue e dos ossos, a pressão sanguínea e controlar o balanço químico e de líquidos do corpo.

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Acre tem quase 200 pessoas com nome ou sobrenome em alusão ao Natal

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Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), há 186 pessoas entre Natalinos, Natalinas, Natalícios, Natalícias e Natais

No Acre, há mais de 72 mil “Marias”, sendo o oitavo estado com mais registros em termos de proporcionalidade, e cerca de 25 mil “Josés”, ficando em nona posição neste mesmo quesito. Foto: captada 

Valeu, Natalina! Muitos brasileiros nascidos nos dias 24 e 25 de dezembro recebem nomes para homenagear a data alusiva ao nascimento de Jesus Cristo. No Acre, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia de Estatística (IBGE), há 186 Natalinos, Natalinas, Natalícios e Natais.

Os dados fazem parte do banco de nomes do IBGE com base no Censo 2022 e abrangem os nomes e sobrenomes de todos os moradores dos 90,7 milhões de domicílios registrados, de 1940 até 2022.

No estado, o nome Natalino foi escolhido como primeiro nome por 57 pais e também se faz presente como sobrenome no registro de nascimento de 19 pessoas.

Já o nome Natal, especificamente, foi escolhido 27 vezes. Suas variações como Natalícios, por exemplo, foram registradas em 22 pessoas.

No Brasil, mais de 8 mil pessoas se chamam Natal. Outros 12.453 pessoas têm o sobrenome Natal, além de mais de 16 mil Natalinos e mais de 21 mil Natalinas.

Confira os principais nomes escolhidos em alusão ao Natal no Acre:
  • Natalino (1º nome): 57 pessoas
  • Natalino (sobrenome): 19 pessoas
  • Natalina (1º nome): 61 pessoas
  • Natal (1º nome): 27 pessoas
  • Natalício (1º nome): 22 pessoas
  • Natalícia (1º nome): 26 pessoas

No geral, os nomes José (masculino) e Maria (feminino) são os mais populares do Acre, segundo levantamento do IBGE, divulgado em novembro deste ano, a partir do Censo de 2022.

No Acre, há mais de 72 mil “Marias”, sendo o oitavo estado com mais registros em termos de proporcionalidade, e cerca de 25 mil “Josés”, ficando em nona posição neste mesmo quesito. Já na região Norte, o estado é o que mais tem registros proporcionais de ambos os nomes.

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Servidores do Estado terão ponto facultativo na sexta (26) e 2 de janeiro

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Decreto de Gladson Cameli prevê recesso prolongado entre Natal e Ano Novo; exceção vale para profissionais da saúde

Com a medida, repartições estaduais podem suspender o expediente nessas datas, mas os gestores de cada órgão têm autorização para convocar servidores, caso haja necessidade de funcionamento. Foto: captada 

Os servidores públicos estaduais terão ponto facultativo nesta sexta-feira (26) e no dia 2 de janeiro de 2026, conforme decreto publicado pelo governador Gladson Cameli. As datas, que ficam entre os feriados de Natal (25) e Ano Novo (1º), permitirão um recesso prolongado em ambas as semanas.

A medida, publicada no Diário Oficial do Estado na última sexta (19), autoriza os gestores a convocar servidores em caso de necessidade, sem compensação posterior de horas. No entanto, a regra não se aplica aos profissionais da saúde, que permanecerão em atividade normal em hospitais, UTIs, centros cirúrgicos e demais serviços médicos estaduais.

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Médicos vão reavaliar Bolsonaro na segunda sobre procedimento contra soluço

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Equipe decidiu testar novos medicamentos e ajustes na dieta antes de partir para um procedimento invasivo contra as crises de soluço

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) • Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A equipe médica que acompanha o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou nesta quinta-feira (25) que ele será reavaliado na próxima segunda-feira (29) para decidir sobre a necessidade de um procedimento mais invasivo para tratar crises de soluços persistentes.

O ex-presidente passou por uma cirurgia para correção de hérnia inguinal. Segundo os médicos, o procedimento ocorreu sem intercorrências e durou cerca de 3 horas. A equipe avaliava a possibilidade de ampliar a cirurgia para incluir uma intervenção contra as crises de soluço de Bolsonaro. Seria um “bloqueio anestésico do nervo frênico”.

No entanto, os médicos consideraram que seria uma intervenção invasiva e optaram por tentar um novo tratamento medicamentoso, aliado a um ajuste na alimentação.

“Vendo que há uma relação direta com a esofagite severa, preferimos otimizar a medicação, ajustar a dieta e observar a evolução nos próximos dias […] Até segunda-feira vamos ver como será a evolução clínica dele”, disse.

Ainda de acordo com a equipe, Bolsonaro deve ficar internado entre cinco e sete dias para cuidados pós-operatórios. Esse tempo pode ser maior se a intervenção para soluços for, de fato, realizada na segunda-feira.

A alta hospitalar, segundo os médicos, dependerá da evolução clínica e da capacidade de o ex-presidente retomar os cuidados básicos, como tomar banho e realizar o autocuidado. Questionados sobre a possibilidade de ele seguir para a Polícia Federal após a internação, os médicos afirmaram que ainda é cedo para avaliar e que tudo dependerá da recuperação nos próximos dias.

Bolsonaro já está acordado e permanece em um quarto do hospital, sem necessidade de UTI. “Agora deve se alimentar e, nos próximos dias, os cuidados serão voltados à analgesia, fisioterapia e à profilaxia de tromboembolismo venoso”, afirmaram os médicos.

Fonte: CNN

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