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Como é o processo de deportação nos Estados Unidos?

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Fila de pessoas para deportação na fronteira, em 21 de Janeiro, após posse de Trump, que prometeu deportação em massa. — Foto: Getty Images via BBC

A remoção de imigrantes sem documentos nos Estados Unidos pode ser acelerada para aqueles que entraram no país sem nenhuma fiscalização ou por meio de um julgamento no tribunal de imigração.

No entanto, segundo o jornal “The New York Times”, o novo presidente concedeu poder a agentes de imigração para ‘deportar rapidamente’ também imigrantes beneficiados por programas de asilo do governo anterior, do democrata Joe Biden.

Entenda melhor o processo:

Quem pode ser detido e como funciona o processo?

Um estrangeiro pode ser removido dos EUA se tiver entrado de forma irregular no país, cometido um crime, violado as leis de imigração ou estiver envolvido em atos criminosos que ameacem a “segurança pública”, de acordo com dados oficiais.

“O processo geralmente começa com uma prisão pela polícia local ou federal antes de ser transferido para o Immigration and Customs Enforcement (Serviço de Imigração e Alfândega)”, conhecido como ICE, diz o escritório de advocacia New Frontier Immigration Law em seu site.

A poderosa American Civil Liberties Union (ACLU) lembra que, em geral, o migrante deve mostrar os documentos de imigração, se os tiver, e, caso contrário, pedir para “permanecer em silêncio” ou “consultar um advogado”.

Se for detido, “diga que deseja permanecer em silêncio e peça um advogado imediatamente. Não dê nenhuma explicação”, diz ele.

Se tiver sido preso pela polícia, “você tem o direito de fazer uma ligação local” e se for preso pelo ICE, “você tem o direito de entrar em contato com seu consulado”, explica a ACLU.

“Os voos de deportação começaram”, publicou no X a nova Secretária de Imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt 22 posts Ver novos posts Karoline Leavitt — Foto: X/Reprodução

O que acontece quando se é preso?

O migrante detido pode permanecer em um centro de detenção até julgamento em um tribunal de imigração ou até ser expulso, segundo a legislação americana.

Aqueles que não passaram pelo controle migratório ao entrar no país podem ser expulsos rapidamente, o que é conhecido como ordem de deportação acelerada, sem passar por um tribunal migratório.

Outros passam por um tribunal, o que prolonga o processo. O juiz examina o caso.

Às vezes o estrangeiro pode pedir asilo, um ajuste de status ou solicitar o cancelamento da remoção.

Às vezes, o Departamento de Segurança Interna (DHS) pode libertar um estrangeiro sob fiança enquanto o processo de imigração continua.

Se ordenar a deportação, o migrante tem a possibilidade de sair do país por conta própria (saída voluntária), mas “os critérios de elegibilidade são muito rígidos” para saídas voluntárias, precisa a Lei de Imigração da Nova Fronteira.

Algumas ordens de deportação podem ser apeladas.

“Eles podem apelar para o Conselho de Imigração, embora em alguns casos também pode ser feito no Supremo Tribunal. No entanto, enquanto tudo isso acontece, o que pode levar meses, os acusados estarão presos, mesmo aqueles que têm opção de fiança”, nota a firma migratória em seu portal.

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Como eles são deportados?

Em muitos casos, se os acusados são do México, eles são transportados para a fronteira mais próxima, diz a Lei de Imigração da Nova Fronteira.

De acordo com informações do governo, a maioria das pessoas são expulsas por avião e os EUA pagam as despesas.

Aqueles que cometeram crimes não violentos podem se inscrever em um programa chamado Rapid REPAT, que permite que eles saiam da prisão para seus países.

Não se sabe se Cuba, Venezuela e Nicarágua estão dispostos a receber seus migrantes e quantos aceitarão os outros países da América Latina e sob que condições.

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Médico do Acre se destaca em congresso europeu e leva expertise sobre autismo para o mundo

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Dr. Mazinho Maciel, fundador do CENTRIN em Cruzeiro do Sul, representa o Brasil em evento internacional em Portugal após atuações nos EUA e África

O médico já tem presença confirmada em eventos no Brasil e no exterior, incluindo cidades como São Paulo, Goiânia, Salvador, Fortaleza, Assunção (Paraguai), além de novos compromissos na África e nos Estados Unidos.

Cruzeiro do Sul/AC – Lisboa/Portugal – O médico acreano Mazinho Maciel, fundador do CENTRIN (Centro de Estimulação Neuropsicomotora) em Cruzeiro do Sul, marcou presença no Congresso Europeu de Autismo (CEA), realizado em Lisboa, Portugal. O evento reuniu especialistas globais para discutir avanços no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA), colocando o Acre no mapa das discussões internacionais sobre neurodesenvolvimento.

O Congresso Europeu de Autismo (CEA), reuniu especialistas de renome internacional para debater os avanços e desafios no tratamento do Transtorno do Espectro Autista (TEA). Entre os convidados estava o médico cruzeirense Mazinho Maciel, referência na área e fundador do CENTRIN – Centro de Estimulação Neuropsicomotora, localizado em Cruzeiro do Sul.

Com uma trajetória marcada por dedicação e estudos voltados ao autismo, Dr. Mazinho tem representado o Brasil em eventos internacionais, como conferências em San Diego, nos Estados Unidos, onde mantém colaboração com o neurocientista Alysson Muotri, responsável por pesquisas de ponta envolvendo organoides cerebrais.

O médico acreano Mazinho Maciel, fundador do CENTRIN (Centro de Estimulação Neuropsicomotora) em Cruzeiro do Sul, marcou presença no Congresso Europeu de Autismo (CEA), realizado em Lisboa, Portugal

Sua atuação também já alcançou o continente africano. Em Angola, ele participou da primeira caravana médica voltada à conscientização sobre o autismo, levando informação e conhecimento a comunidades que ainda não contavam com esse tipo de atendimento.

Durante o evento em Lisboa, o médico compartilhou suas experiências e o trabalho desenvolvido no interior do Acre, destacando o reconhecimento internacional que vem conquistando. “Temos lutado diariamente para oferecer um atendimento digno e eficaz às crianças com TEA. Ver esse esforço sendo valorizado fora do Brasil é motivo de orgulho e gratidão”, comentou.

Dr. Mazinho Maciel iniciou sua jornada na área após o diagnóstico de sua filha com autismo, em 2017. Diante da carência de serviços especializados na região do Juruá, decidiu se aprofundar no tema e, em 2018, inaugurou o CENTRIN, que hoje atende dezenas de crianças em Cruzeiro do Sul.

Dr. Mazinho tem representado o Brasil em eventos internacionais, em San Diego, nos Estados Unidos, onde mantém colaboração com o neurocientista Alysson Muotri.

Com agenda cheia para os próximos meses, o médico já tem presença confirmada em eventos no Brasil e no exterior, incluindo cidades como São Paulo, Goiânia, Salvador, Fortaleza, Assunção (Paraguai), além de novos compromissos na África e nos Estados Unidos.

Trajetória internacional:
  • EUA: Colabora com o neurocientista Alysson Muotri (San Diego) em pesquisas com organoides cerebrais;
  • África: Participou da 1ª caravana médica sobre autismo em Angola, levando capacitação a comunidades carentes;
  • Europa: Único representante da região Norte no CEA, destacando práticas inovadoras aplicadas no interior amazônico.
O CENTRIN – Um case acreano

Fundado em Cruzeiro do Sul (2ª maior cidade do Acre), o centro se tornou referência em:

  • Diagnóstico precoce do TEA;
  • Estimulação multidisciplinar;
  • Formação de profissionais para atuação em contextos de baixa estrutura.
Fala do especialista:

“Estamos provando que mesmo em regiões afastadas dos grandes centros, é possível desenvolver trabalho de excelência em neurodesenvolvimento. Essa troca global fortalece nosso compromisso com as famílias acreanas”, destaca Dr. Mazinho.

Médico acreano já palestrou nos Estados Unidos. Foto: Arquivo pessoal

Palestras nos EUA

A especialização no assunto acabou rendendo convites para que ele desse palestras não apenas em outros estados brasileiros, mas até mesmo em instituições nos Estados Unidos. Foi Gustavo Teixeira quem fez o primeiro convite para ele palestrar em um dos seus eventos. Desde então, ele já deu palestras em San Diego, na Califórnia, em Fort Lauderdale, na Flórida e em Massachusetts.

“Desde então recebo convites para palestras em diversos lugares e de diferentes grupos científicos educacionais, estive em Angola ano passado”, diz o médico.

Transtorno do espectro autista

Dois milhões de famílias no Brasil convivem com o transtorno do espectro autista. Quanto antes a criança for estimulada, melhor ela vai se desenvolver. O Governo Federal sancionou a lei 13.438, que obriga o SUS a adotar um protocolo padronizado, com cerca de 20 perguntas, que avaliam os riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses; período em que o sistema nervoso está em formação. A lei vai evitar que o diagnóstico tardio comprometa o desenvolvimento das crianças.

São perguntas simples, mas fundamentais para detectar doenças. Tudo isso pode e deve ser observado desde que a criança é só um bebê. São perguntas como: seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou dois? Seu filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso? O seu filho imita você?

Transtorno do espectro autista é um transtorno de desenvolvimento da primeira infância em que ocorrem dificuldades na comunicação e interação social. Não há só um tipo de autismo, mas graduações dentro desse transtorno de desenvolvimento. Um espectro abrange diferentes gradações, intensidades.

Os transtornos do espectro autista podem afetar todo o organismo e por isso serem confundidos com outros problemas isolados. As crianças podem ter convulsões, distúrbios do sono, ansiedade, transtornos alimentares, TDAH, distúrbios de linguagem.

Crianças com transtorno do espectro autista têm direito a um tratamento com médicos especialistas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais que cuidem dos problemas físicos, da saúde mental e que também tenham preparo para ajudar a família a treinar novos comportamentos. A terapia comportamental é a intervenção com maior comprovação científica.

Mazinho Maciel iniciou sua jornada na área após o diagnóstico de sua filha com autismo, em 2017. Foto: cedida 

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Acreano que perdeu pernas e dedos em infecção grave busca ajuda para voltar a andar

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Rosenilson precisa de próteses e enfrenta custos de viagens médicas; campanha virtual recebe doações para reconstruir sua autonomia

“Meu sonho é recuperar minha dignidade”: acreano busca apoio após amputação. Foto: cedida 

Rosenilson, morador do Acre, enfrenta o maior desafio de sua vida após complicações de uma infecção grave que levou à amputação de ambas as pernas e dos dedos das mãos. Agora, ele corre contra o tempo e os altos custos para conseguir próteses que lhe devolvam a mobilidade e a independência.

Uma vaquinha virtual foi organizada por amigos para arrecadar fundos que cubram não apenas as próteses, mas também três viagens para outro estado — onde fará o processo de protetização — incluindo passagens, hospedagem e acompanhamento médico especializado.

Quem não puder contribuir financeiramente, pode ajudar compartilhando a campanha. “Foi um choque imenso, mas sigo com fé e esperança de reconstruir minha vida”, conta.

Para viabilizar o processo de protetização dos pés e mãos, Rosenilson precisa arcar com custos altos, que envolvem não apenas as próteses, mas também três viagens para outro estado, com despesas de passagens, estadia e acompanhamento médico.

Como ajudar Rosenilson:
  • Doações financeiras: Via PIX pela chave [email protected];
  • Divulgação: Compartilhar a campanha para ampliar o alcance;
  • Apoio emocional: Mensagens de solidariedade nas redes sociais.
O pedido emocionado:

“Meu maior sonho hoje é voltar a me movimentar com autonomia e ter de volta minha dignidade. Cada contribuição, por menor que seja, será fundamental nessa caminhada”, desabafa Rosenilson, que mantém a fé mesmo após o trauma.

Detalhes da campanha:
  • Valor necessário: Ainda não divulgado publicamente, mas os custos envolvem próteses de alta tecnologia e logística interstadual;
  • Impacto: As próteses permitirão que ele retome atividades básicas, como locomover-se e manipular objetos;
  • Contexto: Casos como o de Rosenilson evidenciam as dificuldades de acesso a reabilitação física em estados da Amazônia.
Para refletir:

“Foi um choque imenso, mas sigo com fé e esperança de reconstruir minha vida”, diz o acreano, cuja história ressalta a importância de redes de apoio em situações de saúde devastadoras.

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O Ideb aponta, o Saeb confirma: os alunos acreanos estão aprendendo

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O Acre realizou o maior concurso público da história da educação no estado: com três mil vagas, sendo 2.500 para professores e 500 para profissionais de apoio administrativo

A divulgação recente dos indicadores do Ideb referentes ao ano de 2023 trouxe ao debate público números que, à primeira vista, podem gerar interpretações apressadas ou superficiais. O Acre ainda aparece abaixo da média nacional em alguns recortes, é verdade, mas é também verdade que esses números não resumem toda a complexidade, os avanços e, principalmente, o trabalho que vem sendo feito para reverter esse quadro.

Os indicadores educacionais existem para isso: nos orientar. Eles não são uma sentença, e sim uma bússola. Dessa forma, vêm para nos ajudar a compreender o que está funcionando e o que precisa ser corrigido como política pública, buscando eficiência na gestão e responsabilidade.

No Acre, entre os fatores que impactam diretamente os índices está a distorção idade-série, uma herança de um sistema que, por anos, foi negado a muitas crianças e jovens, especialmente nas regiões mais isoladas do estado mais ocidental do Brasil. A gestão Gladson Camelí vem enfrentando esse desafio com investimentos na Educação de Jovens e Adultos (EJA), na aceleração de fluxo, e agora contamos com o reforço do programa Pé-de-Meia, do governo federal, que vai ajudar a manter o aluno na escola até concluir o ensino médio. Esses programas são ações concretas e estruturantes que vão, sim, fazer diferença.

Mas não estamos esperando o futuro acontecer. Estamos trabalhando num cuidado com as pessoas agora. No último domingo, o Acre realizou o maior concurso público da história da educação no estado: com três mil vagas, sendo 2.500 para professores e 500 para profissionais de apoio administrativo. Um número impressionante de mais de 52 mil pessoas se inscreveram. Isso, por si só, é uma demonstração de força e confiança na nossa rede. Reforçar o quadro de servidores traz um fôlego novo à educação, oferecendo à população um ensino com estrutura e presença, além de trazer renda estável para três mil residentes do Acre.

Também não se pode ignorar que, nos indicadores de aprendizado, superamos a média nacional nos anos iniciais do ensino fundamental. Esse dado, muitas vezes omitido, é sinal de que a base está melhorando. Estamos fazendo o dever de casa. Escolas integrais, entrega de fardamento, merenda chegando com regularidade, tudo isso conta, e muito, para manter nossas crianças e jovens no ensino regular.

Além disso, é preciso pontuar que o Ideb combina dois fatores, sendo a proficiência dos alunos e  fluxo escolar (aprovação, reprovação, evasão). Quando olhamos apenas para a proficiência, medida pela prova do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), o Acre desponta como o melhor desempenho da região Norte, e figura entre os melhores do país. Em todas as etapas avaliadas, somos primeiro lugar na Região Norte em proficiência, ou seja, no desempenho dos alunos em Língua Portuguesa e Matemática. Isso significa, de forma objetiva, que o Acre é hoje o estado com o melhor índice de aprendizagem de toda a região. Os nossos estudantes estão aprendendo. O que ainda nos puxa para baixo é o fluxo, e nisso temos sido transparentes, tendo o fortalecimento ao enfrentamento da evasão, especialmente na zona rural, como prioridade.

Outro ponto que pesa nesse fluxo é a taxa de reprovação, e sobre isso temos uma posição clara: não se trata de maquiar número, nem de empurrar aluno de um ano para o outro sem a devida aprendizagem. Ao contrário, a orientação para toda a equipe é não suavizar o diagnóstico. Os dados precisam refletir a realidade. Porque é só com base nela que podemos tomar melhores decisões e corrigir as direções nas políticas públicas, garantindo avanços sustentáveis na rede de ensino estadual do Acre.

Estamos em trabalho contínuo, reconhecendo os desafios, mas sem aceitar carimbos. Seguimos transformando vidas por meio da educação. Uma transformação que não se faz com atalhos nem frases de efeito, mas exige políticas públicas consistentes e decisões orientadas por evidências. É isso que temos feito, e seguiremos fazendo com seriedade e compromisso com a realidade de nossa comunidade escolar.

– Aberson Carvalho é sociólogo, professor e secretário de Educação e Cultura do Acre

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