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Começa julgamento de membros do Vaticano acusados de crime financeiro

Entre os indiciados, está o cardeal Angelo Becciu, que foi demitido pelo Papa Francisco no ano passado

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Papa Francisco com o cardeal Angelo Becciu durante consistório para a criação de novos cardeais na Basílica de São Pedro / Getty Imagens

John Allen, da CNN

Chamado de “julgamento do século” do Vaticano, o tribunal da Santa Sé abriu nesta terça-feira (27) um caso contra o cardeal italiano Angelo Becciu, o ex-chefe de gabinete do papa, e nove outros acusados de fraude e desfalque, principalmente por seus papéis em um polêmico negócio imobiliário de US$ 400 milhões em Londres, na Inglaterra.

Os promotores do Vaticano consideraram o acordo um exemplo de “um podre sistema predatório e lucrativo” que se formou sob a liderança de Becciu. Desde o início, Becciu afirmou sua inocência, assim como a maioria dos outros réus.

Becciu é o primeiro cardeal a ser acusado e julgado por um tribunal criminal do Vaticano, bem como o primeiro cardeal cujo caso será julgado por pessoas que não são do clero. O Papa Francisco implementou recentemente uma reforma que retira dos cardeais o privilégio de serem julgados exclusivamente por outros cardeais.

O caso gerou uma reação generalizada, em parte porque os fundos usados ??para financiar o acordo de Londres, alguns dos quais foram supostamente fraudados pelos réus, vêm de uma coleta anual em todo o mundo conhecida como “St. Peter’s Alms”, feita por católicos como forma de apoiar instituições de caridade papais.

A primeira fase do acordo começou em 2014, quando Becciu ainda era o substituto na Secretaria de Estado do Vaticano, tornando-se chefe de gabinete do papa. Francisco removeu Becciu desse cargo em 2018, em seguida, demitiu-o de seu posto subsequente no Vaticano e privou-o de seus privilégios cardeais.

Os promotores fizeram as acusações em um documento de 500 páginas, apoiado por mais de 20.000 páginas de anexos. Em essência, a alegação é que a compra de uma antiga construção pertencente à cadeia de lojas de departamentos Harrod’s no bairro sofisticado de Chelsea, em Londres, originalmente planejada para se tornar apartamentos de luxo com fins lucrativos, foi planejada por uma rede de financistas italianos ligados à Secretaria de Estado, incluindo Becciu, com o objetivo de extorquir altas taxas nas transações.

Embora Francisco tenha recebido elogios por permitir que as acusações e o julgamento continuassem, Becciu e seus aliados sugeriram que o fizeram de bode expiatório para as falhas de figuras ainda mais importantes no sistema que permanecem próximas do Papa Francisco, mas que não foram processadas.

O escândalo de Londres é um dos vários que abalaram o Vaticano nos últimos meses, incluindo revelações de que um fundo de investimento baseado em Malta que administrava outro portfólio de propriedades de Londres em nome do papa usou os lucros para investir na produção do filme, incluindo um filme biográfico sobre Elton John e a última parcela da franquia “Men in Black”.

Esperava-se que a audiência desta terça-feira fosse amplamente processual, porque o julgamento provavelmente acontecerá durante o outono. A audiência foi realizada em uma grande sala de reuniões pertencente aos Museus do Vaticano, em vez da sala de tribunal usual do Tribunal do Vaticano para poder acomodar o número incomum de réus, advogados e espectadores.

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Marinha reforça combate ao garimpo ilegal na Terra Yanomami com nova fase da operação Catrimani II

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Navio-Patrulha retorna a Roraima após 15 anos; Fuzileiros Navais chegam no dia 19 para ampliar patrulhamentos

O Comando Conjunto Catrimani II ativou, neste domingo (15), a Força Naval Componente (FNC) para intensificar as ações de combate ao garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY), em Roraima. A nova fase da operação conta com reforço expressivo da Marinha do Brasil, marcando um avanço na presença das Forças Armadas na região.

Entre os equipamentos mobilizados está o Navio-Patrulha Fluvial (NPaFlu) Roraima, que retorna ao estado após 15 anos para atuar nas primeiras missões fluviais no rio Catrimani. Posteriormente, a embarcação será substituída pelo NPaFlu Amapá, que dará continuidade às operações. A força também conta com o Navio de Assistência Hospitalar (NAsH) Carlos Chagas, responsável por prestar atendimento médico e odontológico às populações ribeirinhas e indígenas.

As ações da Força Naval se concentram no patrulhamento do rio Catrimani, com foco na interceptação de embarcações envolvidas em atividades criminosas, na restrição da movimentação de garimpeiros ilegais e no fortalecimento da vigilância sobre o território Yanomami.

No apoio terrestre, um pelotão de Fuzileiros Navais do 1º Batalhão de Operações Ribeirinhas, com sede em Manaus (AM), desembarca em Roraima no dia 19. Transportados por uma aeronave KC-390 da Força Aérea Brasileira, os militares atuarão em conjunto com o Comando Conjunto em patrulhamentos fluviais e terrestres, com o objetivo de desarticular estruturas do garimpo ilegal e proteger as comunidades indígenas da região.

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Lula: às vezes olho para Gaza e imagino Brasil pós-governo Bolsonaro

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Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto • 03/06/2025 – REUTERS/Adriano Machado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) citou a situação da Faixa de Gaza, em meio ao conflito entre Israel e Hamas, ao relembrar as condições do Brasil que recebeu logo após o governo de Jair Bolsonaro (PL).

“Quando chegamos aqui pegamos um país semidestruído. De vez em quando olho para a destruição na Faixa de Gaza e eu fico imaginando o Brasil que encontramos, aqui a gente não tinha mais Ministério do Trabalho, da Igualdade Racial, dos Direitos Humanos, da Cultura”, afirmou Lula em entrevista ao rapper Mano Brown.

O petista participou do podcast Mano a Mano, que foi gravado no domingo (15) e publicado nesta quinta-feira (19).

“Tinha sido uma destruição proposital, ou seja, o presidente [Bolsonaro] não gostava de nenhum ministério que poderia ser uma alavanca de organização da sociedade. Para que cultura se cultura politiza a sociedade?”, completou.

Lula também disse que Bolsonaro “negava a democracia” e que o Brasil precisa reconstruir isso.

O presidente tem declarado que a Faixa de Gaza vive um genocídio e defende a criação de um Estado palestino.

Em discurso ao lado do presidente da França, Emmanuel Macron, no início do mês, Lula afirmou que é por conta do “genocídio” que ele faz exigências recorrentes para haver mudanças no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), pois a organização “não pode ser a mesma de 1945”.

Ao participar nesta semana da Cúpula do G7, no Canadá, Lula mencionou os conflitos na Ucrânia e em Gaza. E, ao se referir ao enclave palestino, o líder brasileiro disse que nada justifica “a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra”.

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Terminais do BB passam a fornecer comprovantes por WhatsApp

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Os clientes do Banco do Brasil que usarem os caixas eletrônicos podem contribuir para a preservação do meio ambiente. Os terminais de autoatendimento do banco passaram a fornecer o comprovante de depósito em dinheiro pelo WhatsApp.

A opção é facultativa. O cliente, ao depositar dinheiro nos terminais, pode escolher se receberá o comprovante impresso ou pelo WhatsApp.

Após fazer o depósito, o cliente deverá selecionar a opção “Enviar por WhatsApp” e, em seguida, escolher o número de celular cadastrado no BB para envio do comprovante da operação. A mensagem será enviada ao número escolhido.

A nova funcionalidade integra a agenda ambiental, social e de governança (ASG) do banco.

“A iniciativa está alinhada às diretrizes sustentáveis do banco, que busca constantemente soluções que gerem valor para a sociedade e para o planeta”, informou o BB em nota.

Segundo ainda o BB, a solução tecnológica reforça a integração entre os canais físicos e digitais da instituição financeira. Além de fornecer mais comodidade, agilidade e segurança, o envio dos comprovantes pelo aplicativo de mensagens mais usado pelos brasileiros fortalece a inclusão digital.

O principal benefício, de acordo com o banco, será para o meio ambiente. Ao reduzir o consumo de papel, a iniciativa diminui a necessidade de reposição de insumos nos terminais e barateia os custos para a instituição financeira.

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