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Assis Brasil: Justiça determina prosseguimento de processo seletivo suspenso por irregularidades

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Comarca de Assis Brasil, cidade localizada na fronteira com o Peru - Foto: Divulgação

Comarca de Assis Brasil, cidade localizada na fronteira com o Peru – Foto: Divulgação

Decisão também determina a eliminação de um vereador que prestou o concurso por “macular a lisura do certame”.

O Juízo da Vara Única da Comarca de Assis Brasil determinou o prosseguimento do processo seletivo para contratação de servidores para atuação no âmbito do Poder Executivo daquele município, suspenso desde setembro de 2014, após a constatação de indícios de irregularidades na realização do certame.

A decisão, do juiz de Direito Clóvis Lodi, respondendo por aquela unidade judiciária por competência prorrogada, ainda aguardando publicação no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), também determina a eliminação do candidato J. C. M., vereador daquela municipalidade, por “macular a lisura do certame”.

Entenda o caso

O processo seletivo foi suspenso por determinação do próprio Juízo da Vara Única da Comarca de Assis Brasil, que atendeu pedido liminar nesse sentido formulado pelo Ministério Público do Acre (MPAC) em razão de supostas irregularidades nos procedimentos adotados durante a execução do certame, dentre elas: (1) não observância do prazo de oito dias entre a publicação da data e local das provas e a efetiva realização do exame, (2) atraso na aplicação da avaliação em razão da transferência de candidatos do local inicialmente designado para outros espaços, (3) número excessivo de candidatos nas salas, além de (4) tratamento diferenciado dado a um vereador daquele município, o qual teria saído sem rubricar a prova e mesmo assim “foi procurado na cidade para retornar e assiná-la”.

A decisão que determinou a suspensão do certame destaca que as provas juntadas aos autos “foram confirmadas pelos depoimentos das testemunhas (…), relegando maiores considerações acerca das irregularidades”, considerando-se a medida suspensiva “menos gravosa, inclusive para os próprios candidatos”, a fim de se evitar possível “exoneração posterior por anulação do certame e eventual questionamento acerca da improbidade de suas condutas”.

O Município de Assis Brasil, ao contestar o pedido de suspensão do certame, alegou que não houve, no caso, mácula fatal a justificar a anulação do processo seletivo, sendo o ente público, “na pior das hipóteses, a principal vítima dos fatos corridos”.

Sentença

Ao analisar o mérito da ação, o juiz de Direito Clóvis Lodi considerou que restou “evidente que a empresa contratada para realização do concurso público não se preparou devidamente”, além de que também foi observada “falta de sintonia” entre o município de Assis Brasil, a comissão realizadora e a empresa responsável pela execução do certame, “o que acarretou os problemas (…) no dia da prova”.

O magistrado, no entanto, entendeu que embora as falhas apontadas tenham resultado em atraso no horário de início da prova, bem como no deslocamento de candidatos para outros locais, por lotação excessiva nas salas, provocando ainda “desconforto e tumulto” aos participantes, tais problemas não justificam a anulação definitiva do certame.

Diferentemente, o juiz considerou que o fato de um vereador local ter sido alertado de que não havia assinado a prova e ter voltado para fazê-lo constitui fato “grave”, uma vez que demonstra a “quebra do princípio constitucional da isonomia e da impessoalidade entre os candidatos”, impondo-se, para manutenção da própria lisura do certame, sua desclassificação pelo “tratamento diferenciado” recebido.

Por fim, considerando que não há “vício de constitucionalidade ou ilegalidade a justificar a anulação do concurso público”, o magistrado determinou a continuidade do processo seletivo com a eliminação do candidato J. C. M., por “macular a lisura do certame”.

O município de Assis Brasil ainda pode recorrer da sentença.

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Vereadores debatem empréstimo de R$ 67 mi para renovação de ônibus

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Foto: Saimo Martins

A Prefeitura de Rio Branco encaminhou à Câmara Municipal um projeto de lei que solicita autorização para contratar um empréstimo no valor de R$ 67 milhões. O recurso será destinado à renovação da frota do transporte coletivo da capital acreana. O pedido tramita em regime de urgência urgentíssima, o que gerou debate entre vereadores da base independente e da oposição durante sessão legislativa.

A vereadora Elzinha Mendonça (PSB) se posicionou favoravelmente ao projeto e destacou a precariedade do transporte público em Rio Branco. Segundo ela, a população enfrenta diariamente dificuldades, como ônibus quebrados no meio do trajeto.

“A sociedade está vivendo um gargalo no transporte coletivo. As pessoas estão à mercê da sorte, ficando no meio da rua quando os ônibus quebram. Já analisei o projeto junto com meu jurídico, e ele tem consistência. É necessário pensar no bem da população. Pelo amor de Deus, acredito que, sendo específico para a compra de ônibus novos, a prefeitura terá responsabilidade em dar esse retorno para o povo”, afirmou.

O vereador Neném Almeida (Podemos) também declarou apoio à proposta, destacando os benefícios do financiamento com juros baixos, oferecido por meio de programa do governo federal. “Como bancário, sei que um projeto desses tem juros baixíssimos. É um recurso do governo federal que vai beneficiar o país inteiro, especialmente a população mais carente. Estamos vendo ônibus sucateados, pegando fogo nas ruas. Precisamos renovar. Só não pode ser feito às pressas. Precisamos debater esse projeto com calma”, defendeu.

O vereador Éber Machado (PSDB), da oposição, afirmou que pode votar a favor, desde que a prefeitura ofereça explicações claras sobre as condições do empréstimo e a gestão dos veículos.

“Sou a favor, desde que o projeto venha para ser aprovado numa sala iluminada, e não no escuro. Precisamos saber quem será responsável por esses ônibus. A vida útil de um veículo desses, em muitos estados, é de cerca de dez anos. O financiamento tem quatro anos de carência e mais dezesseis para pagar. Ou seja, o ônibus pode já estar fora de uso e a dívida continuar. Além disso, o projeto prevê como contragarantia o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), então não é só o governo federal que vai cobrir. Precisamos tratar isso com seriedade”, alertou.

O vereador André Kamai (PT) também demonstrou preocupação com a tramitação acelerada do projeto e defendeu que a proposta seja amplamente discutida antes da votação. “Sem informações, não há como aprovarmos esse empréstimo. Precisamos esclarecer todos os pontos antes de tomar uma decisão tão importante”, destacou.

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Acre firma acordo com ICMBio para intercâmbio de servidores e apoio técnico

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O Governo do Acre e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) oficializaram nesta quarta-feira, 14, a assinatura do Termo de Cooperação Técnica nº 015/2025/SECC. O acordo estabelece uma parceria entre os dois órgãos para a cessão de servidores com ônus para o órgão de origem, além do intercâmbio de sistemas de informação, capacitação e suporte técnico nas áreas de pessoal e gestão administrativa.

De acordo com o termo, as cessões deverão respeitar, em cada caso, a análise de conveniência e oportunidade, sendo parte de um esforço conjunto para promover o interesse público por meio da conjugação de esforços institucionais.

A vigência do acordo será de um ano, com início em 14 de maio de 2025 e término em 14 de maio de 2026. O documento foi assinado pelo governador Gladson Cameli e pelo presidente do ICMBio, Mauro Oliveira Pires.

A parceria prevê, entre outros pontos, o fortalecimento da gestão administrativa e a troca de experiências técnicas entre servidores estaduais e federais atuantes na área ambiental e de conservação da biodiversidade.

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Manoel Urbano, Assis Brasil e Quinari celebram emancipação nesta quarta

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bTrês municípios acreanos celebram, nesta quarta-feira (14), 49 anos de emancipação política. Assis Brasil, Manoel Urbano e Senador Guiomard foram oficialmente desmembrados de outros territórios com a sanção da Lei nº 588, de 14 de maio de 1976, assinada pelo então governador Geraldo Mesquita. A legislação redefiniu os limites administrativos do estado e permitiu a formalização de cinco municípios criados anteriormente pela Constituição Estadual de 1963.

Nesta data, cada um dos municípios organiza atividades distintas para marcar a celebração. Em Senador Guiomard, a programação começou logo cedo, com o tradicional corte de 49 bolos em frente à sede da prefeitura municipal.

Já em Assis Brasil, a comemoração tem início no fim da tarde, com um desfile cívico-militar marcado para às 17 horas, em frente à sede da prefeitura. O município, que faz fronteira com o Peru e a Bolívia, costuma destacar nas celebrações sua posição estratégica e o espírito de integração entre os povos.

Em Manoel Urbano, as festividades serão encerradas com um show do cantor Tiago Paredão, conhecido pelo estilo irreverente e dançante. A apresentação será realizada na Praça Pública da cidade, reunindo moradores e visitantes.

As comemorações desta terça-feira marcam quase meio século de transformações sociais, econômicas e culturais nesses municípios, cujas trajetórias se entrelaçam com os movimentos migratórios e as disputas territoriais que moldaram o estado do Acre.

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