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Com gritos de ‘a Energisa me roubou’, consumidores fazem ato e ocupam saguão da distribuidora no AC
Consumidores reclamam de aumentos de até 60% no valor da energia a partir deste mês de setembro; direção da Energisa afirma que não houve aumento abusivo e que precisa avaliar caso a caso.
Por Alcinete Gadelha, G1 AC — Rio Branco
Com cartazes, gritos de indignação ‘a Energisa me roubou’, batuques em panelas e vuvuzelas, consumidores ocuparam o prédio da distribuidora de energia Energisa, em Rio Branco, nesta quinta-feira (26), para protestar contra o aumento nas contas de luz. Eles reclamam de reajustes de até 60% no valor dos talões que chegaram a partir do mês de setembro.
Os manifestantes queriam ser recebidos pela direção da empresa. A reportagem, Ricardo Xavier, diretor Técnico Comercial da Energisa, disse que pediu que um grupo se formasse para que ele pudesse atender os manifestantes. A Polícia Militar foi até o local para acompanhar o ato, que foi pacífico.

Consumidores se reuniram em frente ao prédio da Energisa, depois entraram ocuparam o saguão — Foto: Alcinete Gadelha/G1
E“Pedimos que eles formassem um grupo, vamos receber, conversar, explicar e ouvir. Estamos dispostos a ajudar, o problema é que não conseguimos atender todo mundo ao mesmo tempo, por isso, pedimos que uma equipe de dez pessoas fosse formada”, disse o diretor comercial.
O grupo, que envolve moradores, representantes de sindicatos e parlamentares, se reuniu por volta das 9h e chegou a entrar no saguão da empresa e foi recebido por volta das 10h30.

Ezequilene — Foto: Alcinete Gadelha/G1
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‘Ou pago a conta de energia ou como’, diz consumidora
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A publicitária Verônica Pimentel disse que mora há três meses em uma casa e, desde então, pagava de R$ 400 a R$ 430 de energia por mês.
“A gente não colocou nenhum aparelho doméstico novo, estamos com a mesma rotina familiar, a gente agora está pagando de R$ 680 a R$ 740. A nova leitura desse mês vai ser no dia 7, não sei realmente como vai ser. Ou a gente paga a gasolina, ou a luz, ou come”, reclamou.
A dona de casa Josimara Muniz Castelho, de 29 anos, falou que recebe R$ 250 do Bolsa Família e tem três filhos. Ela fala que recebe de pensão R$ 150 do ex-marido e que se a conta de luz aumentar não vai ter como se sustentar.
“A primeira conta veio tem uns 20 dias, não fizeram leitura nenhuma só chegaram e entregaram a conta. Eu não consegui pagar e disseram que não podia negociar a dívida, que é de R$ 579,09. Com o que eu ganho não tenho como pagar. Já tem dois meses que não fazem leitura, na minha casa só tenho uma geladeira, uma televisão e dois ventiladores e a conta vem um absurdo desses, não tenho como pagar”, afirmou.

Moradora diz que é lamentável a situação e que não sabe como vai pagar conta — Foto: Alcinete Gadelha/G1
A situação da também dona de casa Ezequilene Brandão, de 25 anos, não é diferente. Ela, que tem três filhos, diz que mora no bairro Taquari e que se a conta continuar subindo vai ter que ficar às escuras.
“Recebo R$ 82 reais do Bolsa Família e estou com um boleto de R$ 704. Não têm condições, tenho um filho de apenas 11 meses, não sei como vou fazer, vou tentar parcelar, mas, se todo mês chegar esse valor, não tem o que fazer, vão cortar minha energia porque a gente tem que comer”, lamentou.
Bandeira vermelha
Ricardo Xavier, diretor técnico comercial da Energisa, garantiu que não houve aumento abusivo nas contas de energia. Segundo ele, o que aconteceu é que nos meses de agosto e setembro é cobrada a bandeira vermelha.
“Toda conta é feita com base no medidor. Não houve aumento de tarifa, o que temos são bandeiras tarifárias, conforme determinação da Aneel [Agência Nacional de Energia Elétrica]. Historicamente, nesses meses de agosto e setembro, pela condição climática, há um aumento na conta de energia elétrica porque o consumo aumenta”, complementou.
O gestor disse ainda que se qualquer consumidor tiver alguma dúvida basta entrar em contato com a Energisa.
“Os consumidores têm esse direito e nós faremos. Estamos dentro da lei e as faturas estão corretas, pode ter um erro ou outro, não estamos dizendo que não erramos, mas se tiver algum erro a gente vai corrigir. Na grande maioria, o aumento foi normal, por causa do consumo, mas temos que ver os talões e analisar caso a caso. Sem ver os talões e analisar não tem como”, afirmou.

Na Aleac, Energisa nega aumento e diz que redução na conta ‘depende de cada um’ — Foto: Luízio Oliveira/Arquivo pessoal
CPI da energia na Aleac
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na conta de energia no Acre convocou a empresa para prestar esclarecimentos, nesta quarta (25), na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac).
O diretor comercial da concessionária, Ricardo Xavier, voltou a afirmar que não existe aumento na energia e sim a bandeira tarifária vermelha, estipulada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) , desde o mês de agosto. Segundo ele, o consumidor deve “controlar” seu consumo para ter a redução na conta.
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PRF apreende 600 quilos de maconha sintética tipo skunk em caminhão durante abordagem na BR-364
Droga foi encontrada em caminhão que saiu de Manaus com destino a Goiânia; motorista foi detido e caso segue com a Polícia Civil

O veículo, um cavalo-trator VW/25.370 acoplado a um semirreboque, foi conduzido até a Unidade Operacional da PRF em Rondonópolis para uma inspeção mais detalhada. Foto: cedida
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu cerca de 600 quilos de substância análoga à maconha, do tipo skunk, durante uma fiscalização na BR-364, entre Rondonópolis e Pedra Preta (MT). A droga estava escondida em 18 galões plásticos e seis caixas de papelão dentro de um caminhão.
Segundo a PRF, a abordagem ocorreu por volta das 9h30 após a equipe notar problemas na sinalização traseira do veículo. O motorista informou que a carga havia sido embarcada em Manaus (AM) e teria como destino Goiânia (GO), onde seria entregue mediante pagamento.
O condutor foi detido e o caso foi encaminhado à Polícia Civil de Rondonópolis, que assumiu as investigações. A apreensão é considerada uma das maiores de skunk registradas recentemente na região.
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PF deflagra Operação Dark Bet de combate ao tráfico de brasileiros
A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas
Agentes federais buscam provas sobre tráfico de brasileiros para a Nigéria. Foto: PF-AM/DivulgaçãoA Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (16), a Operação Dark Bet [aposta escura, na tradução livre] com o objetivo de apurar e reprimir a atuação de organização criminosa responsável pelo aliciamento e envio de brasileiros ao exterior para fins de exploração com trabalho e coação à prática de crimes cibernéticos.
A investigação começou a partir da prisão de 109 pessoas na Nigéria, entre elas 5 brasileiros, acusados da prática de crimes cibernéticos, e revelaram um esquema estruturado de recrutamento de vítimas por meio de redes sociais e plataformas digitais, com promessas de altos salários e oportunidades de trabalho em empresas do setor de jogos on-line.
No exterior, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas, retenção de documentos, restrição de liberdade, vigilância armada e imposição de dívidas.
A apuração revelou que os brasileiros foram contratados por uma empresa de jogos esportivos (BET), que opera duas plataformas no território nacional.
A operação visa à coleta de provas, à interrupção das atividades criminosas e à responsabilização dos envolvidos, incluindo a apuração de crimes como tráfico internacional de pessoas para fins de exploração laboral, redução à condição análoga à de escravo, organização criminosa e outros delitos correlatos.
Estão sendo cumpridos 11 mandados judiciais de busca e apreensão nos estados do Ceará, Maranhão, Paraná, Santa Catarina e São Paulo, além de medidas cautelares pessoais e patrimoniais, como bloqueio e sequestro de bens e valores que superam R$ 446 milhões, bem como 4 prisões temporárias, expedidos pela Justiça Federal.
A Justiça Federal determinou a suspensão das atividades empresariais das pessoas jurídicas envolvidas, bem com a retirada do ar de duas plataformas de jogos esportivos (Bets).
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Governo oficializa prazo para a inspeção médica e entrega documental de convocados da Educação
O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido

A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos. Foto: captada
O governo do Acre, por meio das secretarias de Estado de Administração (Sead) e de Educação e Cultura (SEE), publicou, nesta terça-feira, 16, o Edital nº 57 Sead/SEE, que oficializa a prorrogação do prazo para a realização da inspeção médica e para a entrega de documentos dos candidatos convocados no concurso público da Educação, permanecendo inalterados os demais itens do certame.
De acordo com a retificação, os candidatos poderão comparecer à Junta Médica Oficial do Estado até o dia 26 de dezembro de 2025. Em Rio Branco, o atendimento é efetuado no Instituto de Previdência do Estado do Acre (Acreprevidência), de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h, e aos sábados, das 7h às 13h. Em Cruzeiro do Sul, a inspeção médica será realizada nos dias 11 e 18 de dezembro, das 8h às 12h, na Rua Félix Gaspar, n° 3806, bairro Centro.
O prazo para entrega da documentação também foi estendido até o dia 26 de dezembro. Em Rio Branco, os candidatos devem comparecer à sede da SEE, das 7h30 às 12h e das 14h às 17h30. Nos demais municípios, a entrega deve ser realizada nos respectivos núcleos de Educação.
Os candidatos devem apresentar documentação completa, incluindo foto 3×4 recente, documentos de identificação, comprovante de endereço, certificados de formação, certidões negativas e declarações exigidas. A lista completa dos documentos necessários está disponível no edital nº 55.
O governo reforça que os candidatos devem ficar atentos aos prazos e às orientações previstas no edital, bem como providenciar toda a documentação exigida no prazo estabelecido, a fim de garantir a continuidade no certame. Ressalta-se ainda que não existe garantia de aprovação na etapa de Junta Médica em concurso público. Nenhuma clínica, laboratório ou intermediário pode prometer resultado. A avaliação segue critérios técnicos e regras do edital, iguais para todos.
Diante de relatos sobre possível “facilitação” ou promessa de aprovação, a orientação é seguir o edital e não usar intermediários. O candidato deve conferir datas, assinaturas, procedência dos laudos e a avaliação por especialista, quando exigida.
Os candidatos podem obter mais informações por meio dos contatos telefônicos dos núcleos da SEE ou com a Sead, das 8h às 14h, por meio do endereço eletrônico [email protected].

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