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Com escola sem estrutura, crianças indígenas estudam em cima de tocos de madeira e embaixo de árvores no Acre
Escola fica na Aldeia Água Viva, da Terra Indígena Carapanã, na cidade de Tarauacá, interior do Acre. Para iniciar o ano letivo, alunos e professores tiveram que improvisar.

Com escola sem estrutura, crianças indígenas estudam em cima de tocos e embaixo de árvore
Um vídeo, gravado por um professor indígena, mostra a volta às aulas na Escola Indígena Keã Huni Kuī, na última segunda-feira (11). O local atende crianças de todas as idades e também adultos. Sem estrutura na escola, os alunos precisam improvisar bancos com tocos de árvores, onde sentam e estudam com os cadernos nas mãos, por falta de cadeiras. A sala de aula foi substituída pelo chão de terra e pelas árvores.
Em nota, o secretário Estadual de Educação, Aberson Carvalho, informou que a escola está sendo reconstruída e a previsão de entrega da obra é até o final de agosto. Ele falou ainda que dentro deste mesmo prazo a necessidade de carteiras escolares também será atendida. (Veja nota na íntegra abaixo)
A escola fica na Aldeia Água Viva, da Terra Indígena Carapanã, na cidade de Tarauacá, interior do Acre. E, para iniciar o ano letivo, alunos e professores tiveram que improvisar porque a escola, que também atende as crianças da Aldeia Morada Nova, está sem estrutura para recebê-los.
“É uma situação que já vem ao longo do tempo. A gente sabe que teve um problema, passamos por uma situação difícil com a Covid, enfim, mas, isso não justifica. A escola que nós temos foi construída em 2006. Hoje, realmente não tem condições mais de os alunos estarem dentro. Quando é sol, bate os raios de sol, quando é chuva, molha tudo”, conta o cacique da aldeia Tuī Huni Kuī, que também é professor.
O cacique explica que antes eles haviam colocado os alunos em uma outra estrutura, o que também não deu certo.
“Nós havíamos colocado os alunos para um cupixal [maloca/casa tradicional], que também já não tem condições. Então, hoje estamos trabalhando com os alunos em um espaço embaixo dos pés de plantas”, acrescenta.
Foi a própria comunidade quem fez os tocos para os alunos pelo menos sentarem, mas é uma dificuldade para escrever. São crianças com idades a partir dos 5 anos que estudam no local. Fardados, eles colocam os cadernos no colo e aqueles que conseguem um toco ou banco extra, colocam em cima, mas precisam se curvar para poder escrever. Nas imagens, há criança também sentada no chão.
“Nesse tempo de verão a gente pode trabalhar, mas tem a questão da poeira, que tem muita, e são problemas difíceis que a gente está enfrentando por falta dessa estrutura”, acrescenta o cacique.
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Escola Keã Huni Kuī está sem estrutura para receber os alunos — Foto: Arquivo pessoal
No total, são mais de 100 alunos de duas aldeias, Água Viva e Morada Nova, que dependem da escola.
A construção em madeira e com cobertura de telhas ecológicas está deteriorada. Várias telhas estão quebradas e o local está cercado pelo mato. O cacique fala que as cadeiras foram sendo comprometidas à medida em que a estrutura ia sendo destruída com o efeito da chuva e do sol.
“O que não está funcionando bem é o telhado porque são telhas ecológicas. Tivemos várias cadeiras, mas, com o passar do tempo, foi estragando e quando começamos a trabalhar no cupixal foi molhando”, relembra.
Tuī Huni Kuī diz que o poder público precisa dar mais atenção aos indígenas. “É um momento muito difícil e temos que buscar uma alternativa para que estas crianças nas terras e escolas indígenas, não só na nossa escola, mas várias escolas indígenas, passem por esse problema. Então, temos que buscar uma alternativa junto à secretaria de estado.”
Além disso, o cacique diz que eles ainda enfrentam dificuldades em relação ao transporte.
“Têm alunos que moram perto da aldeia e têm algumas aldeias que tem escola, mas nesse ano não teve a quantidade de aluno ideal para estudar, então, tivemos que pegar esses alunos e fazer o remanejamento. Na época de verão é tranquilo, dá para ir, porque tem varadouro, mas, na época de chuva que tem cheia de rio não dá. Então, são os problemas que a gente tem”, conclui.
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Crianças estudam com cadernos nas mãos — Foto: Reprodução
Nota de Esclarecimento
A Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) esclarece que a Escola Estadual Indígena Keã Huni Kui está sendo reconstruída e a previsão de entrega da obra é até o final de agosto.
Dentro desse mesmo prazo a necessidade de carteiras escolares também será atendida.
Por fim, informamos ainda que o Estado está investindo mais de R$ 15 milhões na aquisição de mobiliário para as unidades escolares da rede estadual.
Rio Branco-AC, 12 de julho de 2022.
Aberson Carvalho, Secretário de Estado de Educação, Cultura e Esportes
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Polícia Militar prende homem traficando maconha em Sena Madureira

A Polícia Militar do Acre (PMAC) prendeu, na tarde desta quinta-feira, 18, um homem de 20 anos por tráfico de drogas no bairro Vitória, em Sena Madureira. Ele usava tornozeleira eletrônica e já tinha sido detido pelo mesmo crime. A ação ocorreu após moradores denunciarem que o criminoso estaria vendendo entorpecentes dentro de uma residência na Rua Walter Paula d’Ávila.
Durante patrulhamento na área, conhecida pela atuação de uma facção criminosa e pelo comércio de drogas, a guarnição avistou o suspeito em frente ao imóvel. Assim que percebeu a presença policial, ele demonstrou nervosismo e correu para dentro da casa. Na aproximação, os militares viram um objeto sendo arremessado pela janela. Tratava-se de uma garrafa térmica com 86 tabletes de maconha.
O dono da casa, centão, autorizou por escrito a entrada da equipe. Dentro do imóvel, o criminoso confessou que havia jogado a garrafa para fora. Os policiais também encontraram, no quarto dele, um saco plástico com resquícios de pasta base de cocaína. O rapaz admitiu ainda que cumpre medida de monitoramento eletrônico por condenação anterior relacionada ao tráfico na cidade de Santa Rosa do Purus.
A guarnição conduziu o suspeito para a Delegacia de Polícia Civil, junto com o material apreendido, onde fica à disposição da autoridade policial para os procedimentos legais.
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Acidente grave entre duas motos deixa três feridos no bairro Preventório, em Rio Branco
Colisão frontal ocorreu na Rua Minas Gerais; duas equipes do Samu atenderam as vítimas, que foram encaminhadas ao Pronto Socorro

Vítimas foram socorridas pelo SAMU e encaminhadas ao Pronto Socorro após acidente no bairro Preventório nesta sexta-feira. Foto: cedida
Um grave acidente entre duas motocicletas deixou três pessoas feridas na manhã desta sexta-feira (19) na Rua Minas Gerais, no bairro Preventório, em Rio Branco. A colisão frontalocorreu no trecho que liga o bairro ao centro da capital.
De acordo com informações preliminares, o casal Josmar Bezerra André e Antônia de Jesus Lima Furtado trafegava em uma moto no sentido bairro–centro quando colidiu com outra motocicleta, conduzida por Rafael Santos. O impacto foi forte, e os três caíram na pista.

A colisão frontal ocorreu no trecho que liga o bairro ao centro da capital. Foto: captada
Duas viaturas do SAMU foram acionadas e prestaram os primeiros socorros no local. As vítimas foram estabilizadas e encaminhadas ao Pronto Socorro de Rio Branco. O estado de saúde delas ainda não foi divulgado.
A Polícia Militar isolou o local para a perícia técnica, que vai apurar as causas do acidente. O trecho da Rua Minas Gerais ficou parcialmente interditado durante o atendimento.

O estado de saúde das vítimas ainda não foi detalhado. A perícia técnica foi acionada para determinar as causas da colisão. Foto: cedida
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Polícia Civil prende casal acusado de tentar matar frentista durante assalto a posto no Joafra
Lucas Martins Costa e Vanessa de Oliveira Lira, de 20 anos, atiraram na vítima mesmo sem reação; crime aconteceu na noite de quarta-feira (17)

O casal é acusado pela tentativa de latrocinio do frentista Francisco Alcimar Lima de Oliveira de 34 anos. Foto: captada
A Polícia Civil do Acre prendeu nesta sexta-feira (19) o casal Lucas Martins Costa e Vanessa de Oliveira Lira, ambos de 20 anos, acusados de tentar matar um frentista durante um assalto a um posto de combustíveis no bairro Joafra, na capital. O crime ocorreu na noite de quarta-feira (17) e foi investigado pela Delegacia de Combate a Roubos e Extorsões (DCORE).
Os suspeitos abordaram o frentista Francisco Alcimar Lima de Oliveira, 34 anos, e, mesmo sem reação da vítima, efetuaram um disparo que atingiu a cabeça dele de raspão. O casal fugiu após levar apenas R$ 10.
A investigação reuniu provas contundentes e resultou na localização e prisão do casal na região do Rosa Linda. Eles foram conduzidos à delegacia para depoimento e, em seguida, encaminhados ao sistema prisional.
A DCORE destacou que a dupla agia com extrema violência e que a prisão interrompeu uma série de ações criminosas na capital. A vítima foi socorrida e passa bem, segundo informações da polícia.

O crime, que chocou pela agressividade dos suspeitos, vinha sendo investigado pela unidade especializada, que conseguiu reunir provas contundentes contra os dois. Foto: captada

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