Brasil
Com dívida de R$ 37 milhões, SEINFRA sonha em retomar obras paradas

Secretário Thiago Caetano durante coletiva para mostrar o que foi encontrado pela atual administração.
O orçamento de 2019 prevê recursos na ordem de R$ 13 milhões para a Secretaria de Infraestrutura e Desenvolvimento Urbano, SEINFRA, uma “superpasta”, que abriga Depasa, Detran, Deracre na atual administração.
Na contramão da receita vem as dúvidas que ultrapassam os R$ 37 milhões, fruto amargo de uma herança indigesta deixada pelo governo do PT.
Na tarde desta sexta-feira (1), o secretário da SEINFRA, Tiago Caetano, convocou a imprensa para relatar a real situação em que se encontra o setor.
São tantas dívidas e obras paradas, que só o dinheiro que o estado necessita para comprar o produto químico para tratar a água distribuída pelo Depasa, é quase duas vezes maior que todo o orçamento anual.
“O governo passado deu um calote nas empresas. Tem contratos em aberto e muitas dúvidas que estamos negociando. Vamos analisar caso a caso e se detectarmos que alguém impôs prejuízo ao erário público, vamos judicializar a questão para que o responsável seja punido”, garantiu Caetano.
Farra de gastos no Ruas do Povo
Alardeado como o maior programa de infraestrutura que o Acre já viu, o Ruas do Povo deixou um rombo nas contas públicas cujo reflexo ainda será sentido por anos.
O governo passado gastou R$ 912 milhões em obras, que em muitos casos sequer foram concluídas. Foram 3.536 ruas inseridas no cronograma. 40 desses contratos estao paralisados e apenas 4 em execução.
“Tem obras paralisadas que consumiram recursos e que hoje não compensa retomar. Primeiro porque o estado não tem dinheiro, segundo porque não temos como aproveitar o que já foi feito nesses casos. No Ruas do Povo, temos vários exemplos disso”, observou Caetano.
Museu foi “embargado”
Tiago Caetano disse que o prédio onde o governo passado pretendia construir um museu, no antigo colégio Meta, obra em andamento, será transformado na sede da SEINFRA. A medida, explicou o secretário, vai economizar gastos com locação de prédios e centralizar as ações da pasta.
Anel viário de Brasileia
Para a região do Alto Acre, nenhuma boa notícia. Apenas que a SEINFRA pretende retomar o projeto do anela viário, que inclui a ponte entre Epitaciolândia e Brasiléia. Para isso, explicou Tiago, é necessário a elaboração de um novo projeto para aproveitar os R$ 20 milhões, já em caixa, dos R$ 60 milhões previstos para a execução. Segundo Caetano, se a obra não for iniciada até junho, os recursos obrigatoriamente terão de ser devolvidos.
Por Jairo Barbosa - Especial para oaltoacre.com
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Mega-Sena: sorteio deste sábado (19) pode pagar R$ 25 milhões

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
A Caixa Econômica Federal realiza neste sábado (19) o concurso 2.890 da Mega-Sena.
Sem vencedores no 2.889, a loteria acumulou o prêmio total e pode pagar R$ 25 milhões nesta noite.
O sorteio será realizado às 20h, no Espaço da Sorte, localizado na Avenida Paulista, e será transmitido ao vivo pelas redes sociais da Caixa.
Como apostar
Para concorrer, os apostadores podem registrar seus jogos até uma hora antes do sorteio, às 19h, em qualquer casa lotérica credenciada pela Caixa, pelo site ou aplicativo do banco. O bilhete simples, com seis números marcados, custa R$ 5.
Para os jogos feitos pelo site da Caixa, o valor mínimo para apostar na Mega-Sena é de R$ 30, seja para uma única aposta ou mais.
Para fazer uma aposta maior, com sete números, o preço sobe para R$ 35. A seguir, confira os valores para se jogar e probabilidades de ganhar a Mega-Sena:
6 números jogados: R$ 5,00, probabilidade de 1 em 50.063.860;
7: R$ 35,00, 1 em 7.151.980;
8: R$ 140,00, 1 em 1.787.995;
9: R$ 420,00, 1 em 595.998;
10: R$ 1.050,00, 1 em 238.399;
11: R$ 2.310,00, 1 em 108.363;
12: R$ 4.620,00, 1 em 54.182;
13: R$ 8.580,00, 1 em 29.175;
14: R$ 15.015,00, 1 em 16.671;
15: R$ 25.025,00, 1 em 10.003;
16: R$ 40.040,00, 1 em 6.252;
17: R$ 61.880,00, 1 em 4.045;
18: R$ 92.820,00, 1 em 2.697;
19: R$ 135.660,00, 1 em 1.845;
20: R$ 193.800,00, 1 em 1.292.
Bolão
Uma forma de apostar na Mega-Sena, além dos jogos individuais, é formar um grupo para escolher os números, o chamado bolão.
Ao ser registrada no sistema, a aposta gera um recibo de cota para cada participante, que pode resgatar a sua parte do prêmio individualmente.
Os bolões têm valor mínimo de R$ 15 e cada cota deve ser de pelo menos R$ 6, sendo possível realizar um bolão de no mínimo duas e no máximo 100 cotas.
O apostador também pode adquirir cotas de bolões organizados pelas lotéricas. Basta solicitar ao atendente a quantidade de cotas que deseja e guardar o recibo para conferir a aposta no dia do sorteio.
Nesse caso, poderá ser cobrada uma tarifa de serviço adicional de até 35% do valor da cota, a critério da lotérica.
O prêmio bruto corresponde a 43,35% da arrecadação. Dessa porcentagem:
35% são distribuídos entre os acertadores dos 6 números sorteados (Sena);
19% entre os acertadores de 5 números (Quina);
19% entre os acertadores de 4 números (Quadra);
22% ficam acumulados e são distribuídos aos acertadores dos 6 números nos concursos de final 0 ou 5;
5% ficam acumulados para a primeira faixa — sena — do último concurso do ano de final 0 ou 5 (Mega da Virada).
Não havendo acertador em qualquer faixa, o valor acumula para o concurso seguinte, na respectiva faixa de premiação.
Fonte: CNN
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Brasil
Carne, mel, madeira e mais: as vendas brasileiras já prejudicadas por anúncio de tarifa de Trump
A decisão de Donald Trump de impor tarifas de 50% ao Brasil já prejudica a economia do país, mesmo antes da data prevista, 1º de agosto.
Como as encomendas podem demorar a ser preparadas e transportadas, alguns importadores nos EUA já cancelam, por temerem que cheguem em agosto e sejam taxadas. Em outros casos, os próprios empresários brasileiros estão segurando a produção para evitar o prejuízo.
A incerteza não se restringe aos setores já afetados e já atinge outras regiões e produtos do país, que enxergam na medida uma ameaça à estabilidade econômica local. Da indústria de aviões à lavoura de laranja, a preocupação é grande.
Carne em Mato Grosso do Sul (MS)
Frigoríficos de MS paralisaram a produção de carne destinada aos EUA após o anúncio das tarifas, afirmou o Sindicato das Indústrias de Frios, Carnes e Derivados de Mato Grosso do Sul e o governo do estado.
Ainda segundo o sindicato, pelo menos quatro frigoríficos no estado interromperam a produção voltada ao mercado americano:
JBS
Naturafrig
Minerva Foods
Agroindustrial Iguatemi
Depois da China, os Estados Unidos são o maior comprador da carne nacional. O país importa 12% de todo o volume de carne que o Brasil vende para o exterior, enquanto os chineses levam praticamente metade (48%), segundo o Ministério da Agricultura. O preço da carne brasileira era o mais barato do mercado externo até então.
A suspensão das exportações visa evitar formação de estoques e prejuízos imediatos, já que as vendas se tornariam inviáveis economicamente com a tarifa extra de 50%.
Isso não significa que os frigoríficos brasileiros vão colocar mais carne no mercado nacional, é o que afirma Fernando Henrique Iglesias, analista do Safras & Mercados.
“Os frigoríficos vão tentar redirecionar esse produto para o mercado internacional para não gerar um efeito tão negativo. […] A nossa sorte é que tem mais 100 países comprando carne do Brasil”, diz.
Além da carne, o Mato Grosso do Sul também pode enfrentar prejuízos com pescados, uma vez que 99,6% da tilápia produzida no estado é exportada para os Estados Unidos. De acordo com o relatório do Anuário da Piscicultura 2024, da Peixe BR., o estado é o 5º maior produtor de tilápia do país.
Mel no Piauí (PI)
O tarifaço de Trump causou o cancelamento imediato de grandes encomendas de mel orgânico do Piauí ainda no dia 9 de julho, data em que o presidente americano anunciou a decisão.
O Brasil é um dos maiores produtores de mel do mundo. E o Piauí é um dos líderes da produção nacional.
Os compradores temem que o mel chegue aos EUA após a entrada em vigor da nova tarifa, gerando impacto em pelo menos 500 toneladas do produto. A decisão afetou uma das maiores exportadoras do mundo, o Grupo Sama, que compra o produto de pelo menos 12 mil pequenos produtores do Nordeste Brasileiro.
Os Estados Unidos consomem 80% do mel produzido no Brasil. Com o cancelamento, o produto precisa ser armazenado em câmaras refrigeradas, o que gera custos adicionais para as empresas.
Conheça diferenças de mel orgânico para mel convencional
Vinte contêineres com pedra bruta, mel e cera ficaram retidos no Ceará
Madeira no Paraná (PR)
Devido ao tarifaço de Trump, a indústria madeireira paranaense BrasPine anunciou férias coletivas para 700 funcionários da fábrica de Jaguariaíva, nos Campos Gerais do Paraná.
Os Estados Unidos recebem 42,4% das exportações de madeira do Brasil, sendo um dos principais mercados internacionais do setor paranaense.
De acordo com estimativas da Associação Paranaense de Empresas de Base Florestal (Apre), o Paraná é um dos principais exportadores de produtos de madeira para os Estados Unidos.
O setor madeireiro gera cerca de 400 mil empregos diretos e indiretos no estado, considerando os trabalhadores florestais e os que atuam em indústrias do segmento, aponta a associação.
A madeira está entre os dez produtos mais exportados para os Estados Unidos e já foi alvo de um outro tarifaço de Trump em abril, taxada em 25%.
No Rio Grande do Sul (RS), as exportações de móveis também foram interrompidas nesta quarta.
Pescados do Nordeste (Bahia, Ceará e Pernambuco)
Apenas 24 horas após o anúncio de Trump, empresários norte-americanos suspenderam a compra de pescados brasileiros.
A decisão fez com que pelo menos 58 contêineres de peixes, lagostas e camarões fossem desembarcados de três dos principais portos do Nordeste, os de Salvador (BA), Pecém (CE) e Suape (PE).
O Brasil exporta peixes para os Estados Unidos há mais de cem anos. Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Pescados (Abipesca), Eduardo Lobo, 70% das exportações feitas pelo setor têm como destino os EUA, o que torna os produtores vulneráveis.
Pedras (Rochas Naturais) no Espírito Santo (ES)
Compradores dos Estados Unidos suspenderam imediatamente o embarque de rochas naturais do Espírito Santo nesta quarta-feira (16), dias após o anúncio do tarifaço de Trump. O estado é potência no setor de mármore e granito.
Segundo empresas que exportam rochas naturais, os pedidos não foram cancelados, ainda que os norte-americanos tenham pedido a suspensão imediata dos embarques.
O Espírito Santo é líder nacional em exportação de rochas naturais, como granito e mármore, e 82% da receita do setor vêm do estado.
Até junho deste ano, os Estados Unidos compraram, em média, 66% das rochas naturais do Espírito Santo. O governo federal decidiu criar um comitê para ouvir os setores mais atingidos pela tarifa.
Na segunda-feira (14), o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se reuniu com o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, pasta que trata da política de exportações do país.
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