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Chefe de setor da SEE ordenou a produção de documentos frios

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Poder Judiciário e ao Ministério Público, afirma que o suposto esquema estaria causado prejuízo milionário ao Governo do Acre. As informações da polícia são didáticas e remontam a metodologia que teria sido adotada pelo grupo criminoso.

João Renato Jácome

Em dois meses, a Polícia Civil do Acre conseguiu argumentos para deflagrar a primeira fase da Operação Mitocôndrias, e prender, provisoriamente sete pessoas em Rio Branco e no interior do estado. O grupo é suspeito de operar um esquema de fraude no Departamento de Merenda Escolar da Secretaria de Educação, Cultura e Esporte (SEE).

O impacto de prejuízo aos cofres do Governo do Acre poderia chegar à casa dos R$ 20 milhões. Dinheiro que, por lei, deveria ser utilizado regularmente para a compra de alimento aos alunos da rede pública estadual de ensino dos 22 municípios acreanos. Comida que representa, para muitas crianças carentes, a única refeição do dia.

Se na primeira reportagem da série “Máfia da Merenda Escolar”, você leu que servidores do setor de refeições fraudaram documentos para tentar enganar os fiscais da Controladoria Geral do Estado (CGE) e as equipes a Polícia Civil, nesta segunda reportagem serão reveladas as orientações que a ex-chefe do setor dava aos servidores temendo ser descoberta na prática dos crimes.

Em meio às licitações dispensadas, com valores milionários, à época assinados pelo ex-secretário adjunto da SEE, Márcio Mourão [exonerado na última semana sem justificativa pública], os empresários e servidores teriam forjado documentos de controle de entrada e saída das mercadorias, possibilitando pagamentos de produtos jamais distribuídos.

A reportagem teve acesso com exclusividade ao inquérito policial e à denúncia feita ao Poder Judiciário e ao Ministério Público, para tentar derrubar o suposto esquema que estaria causado prejuízo milionário ao Governo do Acre. As informações da polícia são didáticas e remontam a metodologia que teria sido adotada pelo grupo criminoso.

A investigação foi coordenada pelos delegados Alcino Júnior e Pedro Paulo Buzolin, da Delegacia Especializada em Combate à Corrupção (Decor) e contou com o auxílio técnico da Controladoria Geral do Estado – CGE, que já havia percebido os problemas na documentação do Departamento de Merenda Escolar e informado isso às autoridades competentes.

Segundo a termo de depoimento de uma das testemunhas, na reportagem identificada como I.S.P.N., que atuava como assistente administrativo, subordinada diretamente à gerente de merenda escolar, A.C.S.A., entregou à polícia mensagens em que a gestora do setor orientava como os subordinados a ela deveriam responder questionamentos que seriam feitos pela CGE.

A postura de A.C.S.A., segundo a polícia, demonstra que a servidora pública tinha conhecimento das práticas prejudiciais aos cofres o públicos, e juntamente com O.A.T., então coordenador de armazém, portanto chefes diretos de I.S.P.N., a testemunha. Na mensagem, datada do dia 9 de fevereiro, a gerente mandou mensagem circular aos subordinados, e para isso, utilizou o whatsapp, com o nome de cada um deles.

“No dia 09 de fevereiro de 2020, A. mandou uma mensagem pelo aplicativo whatsapp informando que a CGE estaria iniciando, no dia seguinte uma vistoria no armazém. Que A. afirmou que não precisaria se horrorizar e que, caso fizessem perguntas sobre permuta de produtos, podia responder que sim. Afirmou ainda que não havia licitação de pão e verduras para Rio Branco e Alto e baixo Acre”, falou a ex-gerente do setor.

A mensagem, que deixou os servidores do setor intimidades e temerosos com a visita anunciada dos auditores da CGE, levanta outra questão: Como a ex-gerente sabia que os auditores da controladoria iriam até o setor para fazer levantamento sobre os contratos e métodos de entrada e saída dos produtos que eram contratados e pagos com dinheiro público.

“Dentre outras informações, A. afirmou que: “as empresas que nos ajudaram de antemão foram: MM Silva e C Silva. Mas teve tbm Abreu, Alan, Fricarnes, a S Melo, Coperfarinha, Camprucsul, MJ, FP Menegassi”, lembrou ao completar: “qualquer pergunta que porventura vcs não saibam responder, joguem pra mim”, escreveu a investigada pela polícia.

As mensagens da ex-gestora do setor de merenda escolar, contudo, deixam claro que pessoas do “alto escalão” da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre teriam conhecimento das práticas irregulares e criminosas executadas dentro do departamento, e que, nas entrelinhas, eles poderiam ficar tranquilos, pois, nada aconteceria. “Tínhamos autoriza p fazer qq transação”, alega.

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Mensagens registradas pela testemunha mostram, com todas as palavras, que a ex-gerente agia para manipular as informações que a polícia e os auditores viriam mais a frente a ouvir dos servidores do departamento

As mensagens da ex-gestora do setor de merenda escolar, contudo, deixam claro que pessoas do “alto escalão” da Secretaria de Educação, Cultura e Esportes do Acre teriam conhecimento das práticas irregulares e criminosas executadas dentro do departamento, e que, nas entrelinhas, eles poderiam ficar tranquilos, pois, nada aconteceria. “Tínhamos autoriza p fazer qq transação”, alega.

Diante do pedido de A.C.S.A., que foi realizado em um domingo, a polícia descobriu que dois assessores da ex-gerente correram em produzir documentos falsos para tentar convencer os auditores de que tudo era feito corretamente, dentro da lei. O investigado M.S.S.L. foi até a testemunha e pediu as pastas dos fornecedores com o intuito de colocar nela documentos frios.

“Ainda no dia 04 de fevereiro de 2020, o nacional M.S. foi até a depoente e pegou as pastas dos fornecedores e levou consigo. Que M.S. levou para impressora e começou a tirar cópias, justificando que iria fazer cópias para CGE (…) que a depoente tinha confeccionado os documentos de pedido e recibo de fornecedores específicos”, a mando da então chefe do setor.

Ainda de acordo com a denúncia feita pela polícia, a mando de A., “a depoente não produziu os documentos [referente a] produtos perecíveis”, e que o investigado M.S., assessor de direto da ex-gerente, “chegou a colocar vários recibos dentro das pastas de fornecedores deste tipo de gênero”, justamente as pastas que seriam verificadas pelos auditores da Controladoria.

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Agricultura: Prefeitura de Epitaciolândia entrega beneficiadora de arroz à comunidade Águas Bela

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O Prefeito Sérgio Lopes esteve na última quarta-feira, 20, na comunidade Águas Bela, para a entrega de uma beneficiadora de arroz, em parceria com a Associação dos Moradores e Produtores da Reserva Chico Mendes de Brasileia e Epitaciolândia (AMOPREBE).

A máquina foi adquirida por meio de emenda parlamentar do Senador da República, Márcio Bittar, e representa um avanço importante para o fortalecimento da agricultura familiar na região. Essa é mais uma das beneficiadoras entregues às associações de produtores, visando gerar melhores condições de trabalho, aumentar a produtividade e agregar valor à produção local.

Durante o ato de entrega, o prefeito destacou a relevância do investimento e agradeceu ao senador pelo apoio às comunidades rurais.

“Essas máquinas são fundamentais para garantir mais autonomia e condições dignas aos nossos produtores, que vivem do que plantam e colhem. Agradeço ao senador Márcio Bittar por olhar com carinho para a agricultura familiar e destinar recursos que realmente fazem a diferença na vida de quem mais precisa”, ressaltou Sérgio Lopes.

Com a nova beneficiadora, os moradores da comunidade Águas Bela poderão processar sua produção de arroz de forma mais ágil e eficiente, reduzindo custos e fortalecendo a renda das famílias que vivem do trabalho na Reserva Chico Mendes.

A entrega integra um conjunto de ações da Prefeitura de Epitaciolândia que buscam incentivar a produção sustentável, a valorização do homem do campo e o fortalecimento da economia rural do município.

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Governo realiza 6ª Conferência Estadual das Cidades reúne lideranças e debate moradia e sustentabilidade no estado

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Compreendendo as particularidades de cada cidade do Acre, nos dias 20 e 21 de agosto, o governo do Estado do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb), sedia a 6ª Conferência Estadual das Cidades. Com o apoio do Ministério das Cidades, o encontro reúne representantes dos 22 municípios acreanos, autoridades estaduais e movimentos sociais para debater os principais desafios e soluções voltados ao desenvolvimento urbano sustentável.

Oportunidade celebrou a união de diversas esferas promovendo políticas públicas para as cidades acreanas. Foto: Alice Leão/Secom

Norteados pelo tema “Construindo a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano: caminhos para cidades inclusivas, democráticas, sustentáveis e com justiça social”, a conferência deu continuidade ao processo iniciado nas etapas municipais, consolidando propostas e escolhendo 33 delegados que representarão o Acre na Conferência Nacional das Cidades, prevista para outubro, em Brasília.

Abertura da conferência foi abrilhantada por uma apresentação musical de indígenas Yawanawá, valorizando as raízes do povo acreano. Foto: José Caminha/Secom

A governadora em exercício, Mailza Assis, participou do encontro e enfatizou a importância da conferência como espaço democrático de diálogo. “As conferências servem para transformar as demandas da população em ações concretas. Nosso compromisso é colocar em prática as propostas que surgirem daqui, garantindo crescimento sustentável e valorização das pessoas. Aqui damos voz aos ribeirinhos, aos povos da floresta e aos moradores dos bairros mais distantes”, ressaltou.

“Esse é um espaço de diálogo que visa um futuro melhor. Cada voz levantada pode concretizar uma ação efetiva para cada município”, disse Mailza, incentivando a participação dos gestores municipais nas plenárias promovidas. Foto: José Caminha/Secom

O titular de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, ressaltou a força da participação popular e o impacto direto da conferência na formulação de políticas públicas. Ele disse: “Os 33 delegados eleitos terão a missão de levar as ideias e propostas do Acre para a conferência nacional. Isso mostra que quando organizamos e apresentamos dados técnicos, conquistamos avanços reais para os municípios.”

Segundo Santiago, as principais demandas levantadas pelos representantes municipais são habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana. Ele também destacou que, mesmo nos municípios que não realizaram conferências próprias, houve apoio técnico do Estado para garantir participação.

“O governo estadual é um grande parceiro dos municípios e está empenhado em promover melhorias significativa para todos”, garante o secretário Santiago. Foto: José Caminha/Secom

O prefeito de Brasileia, Carlinhos do Pelado, apontou desafios estruturais: “Participar dessa conferência é uma oportunidade de buscar soluções junto aos governos estadual e federal”.

Ciente da importância das conferências, o prefeito de Brasiléia participou de perto da edição municipal e estadual. Foto: Alisson Oliveira/Secom

De Rodrigues Alves, Lucilene de Souza Amaral, representante da educação municipal, trouxe preocupações com alagamentos e moradias em áreas de risco: “Nosso município sofre com áreas alagadas durante o período chuvoso e precisamos de planejamento para que as casas sejam construídas em locais seguros. Também enfrentamos sérios problemas com esgoto e urbanização. Trazer essas pautas para a capital é essencial para mostrar nossas reais dificuldades”.

Lucilene defendeu a importância da colaboração de gestores municipais em ambientes de escuta como a Conferência Estadual das Cidades. Foto: Alisson Oliveira/Secom

Com palestras e plenárias temáticas, os representantes discutiram questões como moradia digna, cidadania, saneamento básico, mobilidade e sustentabilidade. As propostas aprovadas serão levadas à etapa nacional, em outubro, consolidando a contribuição do Acre na construção da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano.

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Mulher é morta a facadas pelo companheiro em Tarauacá: Acusado foi preso pela Polícia Civil

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Crime ocorreu no bairro Centro; acusado foi preso horas depois pela Polícia Civil

A cidade de Tarauacá foi abalada na manhã desta quarta-feira (20) por mais um caso de feminicídio. Erilene da Silva Costa, de 34 anos, foi assassinada a golpes de faca pelo próprio companheiro, identificado como D. S. O., no beco do Altas Horas, bairro Centro.

Segundo testemunhas, as agressões começaram dentro da residência da mãe do acusado. Ferida, Erilene tentou escapar e correu pela rua pedindo ajuda, mas caiu em frente à casa de um vizinho. Ainda consciente, relatou que havia sido esfaqueada pelo companheiro.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e encaminhou a vítima ao Hospital Sansão Gomes. Apesar dos esforços da equipe médica, ela não resistiu aos ferimentos.

Após o crime, o agressor fugiu atravessando o rio Tarauacá para tentar escapar da polícia. Equipes da Polícia Militar realizaram buscas intensas, mas só mais tarde, durante o registro do boletim de ocorrência, a Polícia Civil confirmou a prisão do acusado no bairro Conquista.

O caso reforça a preocupação com a escalada da violência de gênero em Tarauacá, que tem registrado novos episódios de feminicídio nos últimos meses. Erilene, natural da cidade e desempregada, deixa familiares e amigos enlutados.

O acusado foi conduzido à delegacia e será encaminhado à Justiça para responder por feminicídio, conforme prevê o artigo 121, §2º, inciso VI, do Código Penal Brasileiro.

 

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