Acre
Celulares apreendidos em presídio de CZS contêm fotos e ameaças de morte a agentes penitenciários
Mais de 130 agentes penitenciários iniciaram nesta quarta-feira (30) um ato de solidariedade à família do colega de profissão executado a tiros no bairro São Salvador, em Cruzeiro do Sul. Gilcir Vieira foi perseguido e morto com cinco tiros, um deles na cabeça.
Um dos manifestantes, que pediu para não ter o nome citado na matéria, revelou que na última revista feita nas celas foram encontrados aparelhos celulares com fotografias de agentes e mensagens trocadas entre membros de uma facção criminosa, ordenando a execução de alguns deles.
“A situação aqui é caótica. Não temos equipamento de proteção pessoal e nem material para trabalhar. Nosso efetivo é insuficiente para cuidar da população carcerária e ainda somos obrigados a conviver com constantes ameaças de morte”, disse a fonte da reportagem, que também reclamou do efetivo reduzido.
Há dez anos o governo não realiza concurso para contratar mais pessoal para trabalhar nos presídios, acrescentou.
Além disso, faltam ainda armamentos e munições. E o alambrado que o governo do estado começou a construir no entorno da penitenciária ainda não foi concluído.
O homicídio consumado nesta quarta agrava a preocupação dos agentes penitenciários com a própria segurança. Alguns deles tiveram seus veículos pichados. Há registro também de disparos de arma de fogo contra residências em que moram alguns integrantes da categoria.
Segundo nossa fonte, o ato de sete dias tem como finalidade chamar a atenção das autoridades públicas para o drama vivido pelos agepens no município. Por enquanto, a única manifestação do governo em relação ao homicídio desta quarta se resume a uma nota de pesar. Emitida pela Secretaria de Segurança (Sesp).
Revoltados pela indiferença do Poder Público estadual, os agentes relatam que representantes dos Direitos Humanos estiveram no presídio na tarde de hoje para averiguar as informações que circulam nos grupos de WhatsApp sobre supostas fugas, motins e agressão a detentos. Essas informações foram negadas à reportagem da ContilNet. A crítica decorre do fato de nenhum membro dos Direitos Humanos ter visitado a família de Gilcir.
Readequação do projeto original
Outra denúncia feita pelos agentes diz respeito às mudanças feitas no novo complexo penitenciário que o governo está construindo ao lado do Manoel Neri da Silva. Em posse da planta original, os representantes da categoria denunciam que as modificações podem comprometer a segurança dos trabalhadores e facilitar a fuga dos presos. Além disso, eles suspeitam que a readequação ocorra para se conterem os custos da obra.
Em 2017, um ano após a tentativa de fuga em massa do presídio cruzeirense, contida pelo pessoal da guarda de plantão, os agentes penitenciários marcaram uma audiência com o Secretário de Segurança Pública da época, Emylson Farias, atual pré-candidato a vice-governador do Acre na chapa do petista Marcus Alexandre.
Em resposta às reivindicações, a comitiva ouviu que eles não faziam parte da Sesp, e que por isso estavam batendo na porta errada.
O comportamento de Emylson indica com clareza o descaso do atual governo em relação à segurança pública. Daí o domínio das facções criminosas no Acre.
“Aqui em Cruzeiro do Sul, os únicos que nos apoiam são os policiais militares e civis”, ressaltou o agente que não quis se identificar.
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Acre
Sem cair, sem recuar e sem temer: Polícia Civil do Acre encerra 2025 com avanços históricos na segurança pública
De janeiro a novembro de 2025, o Pacificar realizou 869 acordos por meio de audiências de conciliação em todo o estado. Atualmente, o programa está implantado nas regionais de Rio Branco, Senador Guiomar, Capixaba, Xapuri, Feijó e Porto Acre

O governo Gladson Camelí segue fortalecendo a Polícia Civil do Acre com investimentos e valorização institucional. Foto: arquivo/ PCAC
O ano de 2025 foi marcado por um trabalho intenso, estratégico e contínuo da Polícia Civil do Acre (PCAC) em todo o estado. Sob o lema “Sem Cair, Sem Recuar e Sem Temer”, a instituição atuou de forma firme tanto na capital quanto no interior, fortalecendo investigações, ampliando serviços à população e consolidando políticas públicas voltadas à segurança, cidadania e valorização dos servidores.
Ao longo do ano, a PCAC esteve presente em todas as regiões do Acre, com atuação integrada entre delegacias regionais e unidades especializadas, reafirmando seu papel fundamental no enfrentamento ao crime e na promoção da justiça social.
“2025 foi um ano de muito trabalho, planejamento e resultados concretos. Atuamos com firmeza no combate à criminalidade, mas também avançamos em projetos de cidadania, mediação de conflitos e valorização humana. A Polícia Civil do Acre segue forte, preparada e comprometida com a sociedade”, destacou o delegado-geral José Henrique Maciel.
Programa Pacificar: diálogo como instrumento de justiça
Entre os principais destaques do ano está o Programa Pacificar, uma iniciativa da Polícia Civil voltada à resolução de conflitos por meio da conciliação e mediação, evitando a judicialização desnecessária de demandas e promovendo soluções mais rápidas e humanizadas.

Implantado em várias regionais, o Pacificar se consolidou como uma importante ferramenta de pacificação social e justiça humanizada em 2025. Foto: arquivo/ PCAC
De janeiro a novembro de 2025, o Pacificar realizou 869 acordos por meio de audiências de conciliação em todo o estado. Atualmente, o programa está implantado nas regionais de Rio Branco, Senador Guiomar, Capixaba, Xapuri, Feijó e Porto Acre.
“O Pacificar representa uma mudança de paradigma na atuação policial, priorizando o diálogo, a pacificação social e a resolução consensual de conflitos. Os números mostram que é possível fazer segurança pública com empatia, responsabilidade e eficiência”, afirmou o delegado-geral.
Identidade e cidadania: avanço na emissão da CIN
Outro marco importante de 2025 foi o avanço na emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN). De janeiro até 17 de dezembro de 2025, o Instituto de Identificação Raimundo Hermínio de Melo, vinculado à PCAC, imprimiu 85.446 CINs.

Instituto de Identificação da Polícia Civil do Acre avançou na emissão da Carteira de Identidade Nacional, ampliando o acesso à cidadania em todo o estado. Foto: arquivo/ PCAC
Desde a implantação do novo documento, em agosto de 2022, já foram emitidas mais de 300 mil carteiras, alcançando aproximadamente 33% da população do Estado do Acre, fortalecendo o acesso à cidadania e à identificação segura.
“A CIN é muito mais que um documento. Ela garante cidadania, acesso a políticas públicas e dignidade. A Polícia Civil tem orgulho de contribuir diretamente para esse avanço social”, ressaltou Maciel.
Combate firme ao crime e resultados expressivos
No enfrentamento direto à criminalidade, a Polícia Civil apresentou números expressivos em 2025. De acordo com dados do Departamento de Inteligência da PCAC, foram 230 armas de fogo apreendidas ao longo do ano, entre operações policiais e registros de Boletins de Ocorrência. No mesmo período, foram registrados mais de 20 mil Boletins de Ocorrências (BO) em todo o estado.

Atuação da Polícia Civil assegura acolhimento, investigação qualificada e responsabilização dos autores de crimes. Foto: arquivo/ PCAC
As resultaram na apreensão de 526 celulares, e em ações de repressão ao tráfico de drogas, mais de 700 quilos de entorpecentes foram apreendidos, com valor estimado superior a R$ 2,5 milhões, além da incineração de mais de uma tonelada e meia de drogas, apreendidas pelas forças de segurança.
Também foram apreendidos 240 veículos, entre carros e motocicletas, dos quais 215 foram recuperados e restituídos às vítimas, o que representa aproximadamente 89,6% de restituição, reforçando o compromisso da PCAC com a reparação dos danos causados pelo crime.
Proteção às vítimas e fortalecimento da investigação
Durante o ano, a Polícia Civil também atuou de forma decisiva na proteção de vítimas, especialmente em casos de violência doméstica. Foram concedidas 1.051 medidas protetivas, instrumentos legais que visam garantir a segurança de vítimas, impondo restrições ao agressor, como afastamento do lar e proibição de contato.

Medidas protetivas concedidas em 2025 garantiram segurança e amparo a vítimas de violência, especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade. Foto: arquivo/ PCAC
Além disso, a PCAC recuperou e restituiu mais de 140 veículos às vítimas, instaurou mais de 1.300 inquéritos policiais, todos devidamente remetidos ao Poder Judiciário, e recuperou 453 celulares oriundos de furtos e roubos.
No âmbito da persecução penal, também foram registrados Autos de Investigação de Ato Infracional, procedimento equivalente ao inquérito policial quando o autor é menor de idade, 57 Boletins de Ocorrência Circunstanciados e 291 Termos Circunstanciados de Ocorrência (TCOs).
“Esses números refletem o esforço diário de cada policial civil, que trabalha incansavelmente para proteger vítimas, responsabilizar criminosos e garantir que a Justiça seja alcançada”, enfatizou o delegado-geral.
Infraestrutura e cuidado com quem cuida
O ano de 2025 também foi marcado por importantes investimentos em infraestrutura. Um dos destaques foi a entrega da delegacia de Polícia Civil de Rodrigues Alves, que passou por uma reestruturação completa, com investimento de aproximadamente R$ 550 mil.

Delegacia de Polícia Civil de Rodrigues Alves passou por ampla reforma, garantindo melhores condições de trabalho aos servidores e atendimento mais digno à população. Foto: arquivo/ Secom
A unidade recebeu novas salas, alojamentos, espaço reservado à Polícia Militar, sala do Projeto Bem-Me-Quer, além de pavimentação interna e externa, nova fiação elétrica, pintura, instalação de muros, inexistentes anteriormente, novos pisos, tetos e forros.
Outro avanço significativo foi a entrega do Núcleo Qualivida da Polícia Civil do Acre, um espaço moderno e humanizado voltado exclusivamente ao cuidado com a saúde mental e emocional dos servidores.
“Investir em estrutura é essencial, mas investir nas pessoas é indispensável. O Núcleo Qualivida simboliza nosso compromisso com o bem-estar dos servidores, porque policiais valorizados e cuidados prestam um serviço ainda melhor à sociedade”, concluiu José Henrique Maciel.
Compromisso renovado com o futuro
Encerrando 2025 com resultados expressivos, a Polícia Civil do Acre reafirma seu compromisso com a segurança pública, a cidadania e a valorização humana. Com planejamento, integração e dedicação, a instituição segue firme em sua missão de proteger a sociedade acreana.

Investir nas pessoas é uma das marcas da atual gestão da Polícia Civil do Acre. Foto: arquivo/ Secom
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Acre
Acreanos lotam casas lotéricas sonhando com o prêmio de R$ 1 bilhão na Mega da Virada

O último dia para concorrer ao maior prêmio das loterias de todos os tempos movimentou intensamente as lotéricas no Acre na manhã desta quarta-feira (31). Com a expectativa em torno do maior prêmio já oferecido pela Loteria Federal, filas se formaram desde as primeiras horas da manhã, reunindo apostadores movidos pela esperança de transformar a vida com um possível prêmio de R$ 1 bilhão, pela capital.
Entre os sonhos mais citados estão a conquista da casa própria, estabilidade financeira, viagens e a chance de ajudar familiares e pessoas em situação de vulnerabilidade. “O sonho daquela casa própria, o sonho de ter muito dinheiro na conta, viagens. O acreano veio fazer a fezinha e acreditando na sorte também”, destacou o repórter David Medeiros ao acompanhar a movimentação nas casas lotéricas.
Um dos entrevistados foi o motoboy Moisés Santos, que não escondeu o esforço para garantir sua aposta. Ele manteve o tom bem-humorado ao justificar a ida à lotérica.“Rapaz, estamos aqui, né? Quem está esperando seu café da manhã, peço perdão logo aqui. Porque eu tenho que jogar, rapaz. Tenho que me arriscar. A vida de motoboy não é fácil, né? Mas estamos aqui pra concorrer nesse prêmio de um bilhão”, pontuou.
Ao falar sobre o que faria caso fosse o ganhador, Moisés detalhou planos de investimento e ações sociais.“Rapaz, se eu ganhasse um bilhão. Eu investiria em galerias. Eu investiria em apartamentos. Duas redes de supermercados. Entendeu? E ajudaria as pessoas aí. Pelo menos comprando mil e quinhentos sacolões para dar pras famílias carentes”, afirmou.
Outro apostador, Jeronias Araújo, destacou prioridades mais imediatas e solidárias.“Rapaz, a primeira coisa é um bilhão de reais. Eu pagaria todas as minhas dívidas. Ajudaria meus filhos. E também os meus irmãos. E fazia uma doação pro Hospital do Amor”, pontuou.
Já Alberto Ferreira contou que entrou em um bolão para aumentar as chances e também falou sobre seus planos.“Primeiramente, ajudaria a família. Ajudaria a família a fazer um passeio pelo Brasil e pelo mundo. Fui com o bolão. Uns cem reais. Quem sabe a sorte não está com nós”, finalizou.
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Acre
Iteracre chega a 2026 fortalecido, com gestão madura e expansão recorde da regularização fundiária no Acre

O ano de 2026 marca uma nova fase de fortalecimento e amadurecimento do Instituto de Terras do Acre, que inicia o período com planejamento consolidado, metas ousadas e bases sólidas construídas nos últimos anos. O crescimento contínuo das entregas e a ampliação das frentes de atuação demonstram o desenvolvimento institucional do Iteracre e a consolidação de uma política fundiária eficiente, estruturada e voltada para resultados concretos.
De acordo com dados oficiais da instituição, o estado saiu de 4.750 títulos entregues em 2023 e alcançou 7 mil títulos em 2025, um avanço expressivo que comprova a evolução técnica, administrativa e operacional do Iteracre. Esse desempenho projeta 2026 como um ano de expansão ainda maior, com foco na ampliação das áreas regularizadas, no fortalecimento das parcerias institucionais e no impacto direto sobre o desenvolvimento social e econômico do Acre.
O trabalho segue avançando nos municípios de Assis Brasil, Mâncio Lima, Cruzeiro do Sul, Brasiléia, Epitaciolândia, Rio Branco e Rodrigues Alves, com forte atuação em áreas urbanas. Nessas localidades, a regularização fundiária garante segurança jurídica às famílias, impulsiona a valorização imobiliária e amplia o acesso a políticas públicas, crédito e investimentos, fortalecendo o ordenamento urbano e a cidadania.
Em Xapuri, 2026 será marcado por entregas aguardadas há mais de 35 anos. As áreas do Mutirão, do Aeródromo e do Corpo de Bombeiros entram na fase decisiva de regularização por meio de uma parceria entre o governo do estado, via Iteracre, a Secretaria do Patrimônio da União, a Prefeitura de Xapuri e a Assembleia Legislativa, com apoio do líder do governo. A iniciativa representa uma mudança estrutural na realidade de muitas famílias e contribui diretamente para o desenvolvimento social e econômico do município.
Nos municípios isolados de Marechal Thaumaturgo e Porto Walter, o Iteracre inicia 2026 dando continuidade às análises técnicas realizadas, com poligonais já identificadas e consideradas viáveis para regularização. A atuação nessas regiões reforça o compromisso do governo em garantir o direito à terra mesmo nas áreas de mais difícil acesso, ampliando a presença do Estado e promovendo inclusão social.
No campo, o foco permanece em áreas estratégicas para a produção e para a história do Acre. O Seringal Morungaba, em Tarauacá, segue como prioridade na regularização fundiária, com a concessão de títulos definitivos a trabalhadores rurais, fortalecendo a produção, garantindo segurança jurídica e promovendo dignidade às famílias. O Seringal Liege, em Feijó, localidade histórica ligada à extração da borracha e ainda hoje produtiva, integra o plano de trabalho de 2026 como símbolo da valorização da terra, da memória e da economia local.
O início de 2026 se dá justamente por essas áreas onde já existe um plano de trabalho em andamento. Somente nelas, a expectativa é de viabilidade para a entrega de cerca de 8 mil títulos definitivos. Paralelamente, o Iteracre atua de forma integrada com cartórios e com a Corregedoria de Justiça na identificação de novas áreas, ampliando o alcance da regularização fundiária e preparando o estado para novos avanços.
O cenário de 2026 reflete um Iteracre mais desenvolvido, mais experiente e com capacidade comprovada de planejamento e execução. A evolução no número de títulos entregues, aliada à expansão territorial das ações, confirma que a política fundiária do Acre entra em um novo patamar, promovendo segurança jurídica, desenvolvimento econômico e transformação social para milhares de famílias acreanas


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