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‘Cartão vermelho do presidente não foi para mim’, diz Paulo Guedes
Para Guedes, a “má interpretação” sobre o financiamento do programa foi uma “barulheira”, uma vez que a proposta ainda estava sendo estudada.

Para Guedes, a “má interpretação” sobre o financiamento do programa foi uma “barulheira”, uma vez que a proposta ainda estava sendo estudada.
Anna Russi, do CNN Brasil Business, em Brasília
O ministro da Economia, Paulo Guedes, diz que a desistência da criação do programa Renda Brasil foi decisão política tomada pelo presidente Jair Bolsonaro. “É uma opção política do presidente que também tomou a decisão de estender o auxílio [emergencial] até o fim do ano”, afirmou o ministro em live promovida pelo Sinditelebrasil.
Segundo o ministro, também caberá a Jair Bolsonaro a decisão sobre o fim do programa do auxílio emergencial a partir de janeiro. Agora, após o fim do programa, os beneficiários devem voltar a receber recursos de assistência social pelo Bolsa Família.
Nesta terça-feira (15), o presidente publicou um vídeo em suas redes sociais no qual veta a criação do Renda Brasil. “Eu já disse há poucas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar ao paupérrimos.Quem porventura venha propor para mim uma medida como essa só posso dar um cartão vermelho”, disse o presidente no vídeo. A fala surpreendeu a todos como se fosse uma indireta para Guedes.
No entanto, o ministro fez questão de esclarecer que o cartão vermelho mencionado pelo presidente não foi para ele. “Ele reafirmou que não vai tirar dinheiro do pobre para passar pro mais pobre. Levantou o cartão vermelho, mas cartão vermelho não foi para mim, esclarecendo para todos”, disse.
Para Guedes, a “má interpretação” sobre o financiamento do programa foi uma “barulheira”, uma vez que a proposta ainda estava sendo estudada.
“Por exemplo, se desindexarmos todos os gastos, há uma parte que pega os mais vulneráveis como idosos que têm BPC; aí você fala que o governo está tirando dinheiro dos mais frágeis para fazer o Renda Brasil. Não é isso que estava no pacto federativo, era uma desindexação de todos os gastos”, acrescentou.
Na visão dele, a desistência do programa reforça o compromisso do governo com o teto de gastos. “O presidente reafirmou o conceito de responsabilidade fiscal. Ele abre mão de ter um programa se, primeiro, tiver que ser irresponsável fiscalmente, e segundo, não vai tirar do pobre para dar para os mais pobres. Uma afirmação cristalina: acabou o Renda Brasil”.
Durante a fala, o ministro ainda deu a entender que a proposta do pacto federativo poderá desindexar outras despesas que não sejam destinadas aos mais idosos e à população mais vulnerável. “Ele (Bolsonaro) disse que pode desindexar tudo menos o dinheiro dos mais pobres”, comentou.
Na avaliação dele, ao promover a desindexação e a desvinculação dos orçamentos, o pacto federativo vai devolver o poder de gestão à classe política. “O Congresso brasileiro tem a responsabilidade de reassumir o comando sobre os recursos e orçamentos públicos”.
Alta nos preços de alimentos
Para Guedes, outro tema que tem tido má interpretação é alta de preços nos alimentos e nos materiais de construção. “Tem gente que está dizendo que a inflação dos pobres está subindo. A informação é justamente o contrário: como o auxílio veio tão forte, a pauta de consumo dos mais vulneráveis é justamente alimentação e construção para tentar fazer a casa própria. Isso é sinal de melhoria de qualidade de vida”, argumentou.
De acordo com ele, a alta é temporária e será dissolvida alguns meses a frente. “A inflação é uma alta de preços generalizada. Essa é focalizada, justamente na parte em que concentra o consumo do auxílio emergencial, isso vai se dissolver lá na frente” reforçou.
Imposto sobre transações
Guedes ressaltou que a capacidade de ampliação de impostos sobre bases existentes acabou, uma vez que são mais de cinco impostos sobre a mesma base de consumo. Por isso, segundo ele, a ideia é a criação de um novo imposto de transações, visto como uma nova CPMF, para desonerar essa base achando outra para compensar.
“Queremos achar outra base ampla o suficiente para que, com alíquota bastante baixa, possamos desonerar as outras bases”, explicou.
Ele reforçou novamente que o governo Bolsonaro não vai mandar propostas com aumento de impostos.
Na avaliação do ministro, a base mais cruel é a folha de pagamento de pessoal. “Inclusive, o imposto sobre a folha é muito mais cumulativo do que o imposto sobre transações digitais. A folha de pagamentos é muito mais destrutivas, são 40 milhões de brasileiros fora do mercado formal por causa dessa tributação”, criticou.
Assim, ele defende que a desoneração da folha vai estimular o mercado de trabalho formal do país. “Ao em vez de desonerar só alguns setores, porque não lutamos juntos para desonerar todos os setores? Vamos criar empregos em massa. O Brasil está com desemprego em massa. Não é razoável tributar a criação de empregos, temos que desonerar isso, temos que atacar esse problema que é o desemprego em massa”, defendeu.
Sem imposto de transações, o ministro acredita que não há possibilidade de desoneração da folha.
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CNU: governo atualiza listas finais do “Enem dos Concursos”. Confira

Luh Fiuza/Metrópoles
O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informou, nesta terça-feira (4/3), que as listas finais dos aprovados no Concurso Nacional Público Unificado (CNU) estão disponíveis após nova verificação.
Para acessar as novas classificações, basta acessar e fazer login com a conta Gov.br. A homologação do CNU segue prevista para esta sexta-feira (7/3).
Divulgação dos resultados finais
• As informações serão divulgadas na “Área do Candidato“, no site oficial do CNU.
• O candidato poderá consultar os resultados finais individuais para cada um dos cargos em que se inscreveu.
• Estarão disponíveis as notas nas provas objetiva e discursiva e na avaliação de títulos, além do resultado de bancas (para candidatos com deficiência, negros e indígenas).
• O candidato terá acesso à nota final ponderada em cada cargo e à classificação em cada cargo: ampla concorrência e nas cotas.
• Na sequência, vai aparecer a sua situação no cargo: aprovado em vagas imediatas; aprovado em lista de espera/cadastro reserva; convocado para curso de formação (para 9 cargos dos Blocos 1 a 7); e eliminado (segundo os respectivos itens do edital).
No entanto, após a liberação das listas, algumas inconsistências na colocação final do Concurso Unificado foram levantadas, e uma verificação precisou ser feita junto com a banca organizadora do certame, a Fundação Cesgranrio.
Segundo o MGI, a verificação ocorreu durante o fim de semana e indicou que, “ao processar a lista final de resultados, o sistema considerou desistências para os cursos de formação sem as novas convocações para as mesmas vagas”.
“Esse procedimento fez com que diferentes listas de convocação para matrícula tenham sido divulgadas de forma incompleta”, diz trecho do comunicado. O MGI ressaltou que a situação foi resolvida e os novos resultados estão disponíveis.
A nota prossegue: “O MGI reafirma que nenhum resultado será homologado sem a garantia de total observância do que consta nos editais que regem o CNU. A homologação continua programada para 7 de fevereiro, próxima sexta-feira”.
Por: Metrópoles
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Ex-deputado Daniel Silveira pede ‘saidinha’ de Páscoa a Alexandre de Moraes
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar

Ex-deputado Daniel Silveira pediu para deixar a prisão na Páscoa. Foto: Zeca Ribeiro/Agência Câmara
O ex-deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) pediu autorização do STF (Supremo Tribunal Federal) para deixar temporariamente o regime semiaberto e passar a Páscoa com a família. Cabe ao ministro Alexandre de Moraes decidir se autoriza ou não a “saidinha”.
A defesa argumenta que ele já cumpriu mais de um sexto da pena – um dos requisitos previstos na Lei de Execuções Penais para a concessão do benefício. O outro é o bom comportamento, que segundo seus advogados ele também já comprovou ao se dedicar ao trabalho e a atividades acadêmicas.
“Durante o período de reclusão, o reeducando dedicou-se de maneira constante ao trabalho e aos estudos conforme se atesta no (e-doc 603/604), desenvolvendo atividades produtivas que contribuíram significativamente para a sua ressocialização”, diz o pedido.
Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão por defender pautas antidemocráticas, como a destituição de ministros do tribunal e a ditadura militar.
O ex-deputado chegou a ser colocado em liberdade condicional, mas voltou a ser preso na véspera do Natal por descumprir o horário de recolhimento domiciliar noturno (de 22h às 6h) estabelecido como contrapartida para a flexibilização do regime de prisão.
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Projeto de lei torna crime a perturbação da paz com pena de até 2 anos de prisão
O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população

Deputado Kim Kataguiri alega que projeto torna mais claro identificar perturbação da paz. Foto: Pablo Valadare/Agência Câmara
Da Agência Câmara
O Projeto de Lei 4315/24 transforma em crime a perturbação da paz, que hoje é uma contravenção penal. A proposta define o crime da seguinte forma: organizar, promover ou executar evento não autorizado pelo poder público, em via pública ou em prédio particular, que cause transtorno à vizinhança pelo uso de som elevado ou aglomeração que impeça ou dificulte o trânsito de pessoas ou veículos.
A pena prevista é detenção de 6 meses a 2 anos, podendo aumentar em 1/3 até a metade se:
– o evento for realizado à noite;
– o evento for realizado em sábado, domingo ou feriado;
– houver a presença de crianças ou adolescentes no evento;
– o evento for organizado por associação criminosa ou milícia privada;
– o evento atrapalhar as atividades de escola ou hospital e outras consideradas essenciais.
Conforme a proposta, incorre nas mesmas penas:
– o artista de qualquer espécie que se apresenta no evento;
– a pessoa que cede, a título gratuito ou oneroso, equipamento sonoro para a realização do evento;
– a pessoa que participa, de qualquer modo, desse tipo de evento.
Contravenção penal
Atualmente, a Lei das Contravenções Penais pune com 15 dias a três meses de prisão e multa quem perturbar o trabalho ou o sossego alheios:
– com gritaria ou algazarra;
– exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com a lei;
– abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
– provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a guarda.
Atualização necessária
O autor da proposta, deputado Kim Kataguiri (União-SP), afirma que a atualização da norma é necessária para as autoridades agirem de forma eficaz contra eventos que causam transtornos à população.
“Ao estabelecer penalidades claras e proporcionais, o projeto visa a reprimir a realização de eventos irregulares, promovendo um ambiente urbano mais seguro e harmonioso”, argumenta. A proposta será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de ser votada pelo Plenário da Câmara. Para virar lei, a medida precisa ser aprovada pelos deputados e pelos senadores.
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