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Acre

Brasileiros e bolivianos: Polícia Civil elucida mortes de peruanos na fronteira

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Os peruanos Nilo e seu sobrinho Richard, foram mortos por asfixia com sacos na cabeça.

Os peruanos Nilo e seu sobrinho Richard, foram mortos por asfixia com sacos na cabeça.

Alexandre Lima, com Marcus José e Marquinho Filho

Na tarde desta quarta-feira, dia 8, o delegado titular do município de Brasiléia, Roberto Lucena, juntamente com seus investigadores, recolheu para as celas da delegacia, dois suspeitos de estarem ligados diretamente no duplo homicídio descoberto neste domingo.

As vítimas, Nilo Daniel Chavez Sierra (46) e seu sobrinho, Richard Becerra Chavez (33), de nacionalidade peruana, tiveram seus corpos localizados em estado de decomposição avançada numa área afastada da cidade de Cobija, Capital de Pando/Bolívia, numa localidade conhecida como Cachuelita, área bastante usada para desova de corpos de pessoas envolvidas como tráfico e outros ilícitos.

Os corpos foram encontrados por terceiros, estavam com algemas nos pulsos e sacos nas cabeças, dando a entender que teriam sido torturados até a morte por asfixia e não possuíam qualquer tipo de documentos que ajudasse na identificação.

Vítimas foram algemadas e possivelmente torturadas antes de morreram por asfixia.

Vítimas foram algemadas e possivelmente torturadas antes de morreram por asfixia.

Os corpos teriam sido localizados na quinta-feira, dia 2, e ninguém havia registrado queixa de desaparecimento de pessoas em Cobija. Como já teria passado cerca 72 horas e devido o estado de decomposição avançada, as possibilidades de serem enterrados como indigentes eram a única hipótese no momento.

Enquanto isso, no lado brasileiro, uma queixa havia sido registrada na delegacia de Brasileia, dando conta do desaparecimento de dois peruanos por familiares. Uma busca no lado boliviano ligou a possibilidade de ser os dois que haviam sumido a cerca de cinco dias.

Os familiares deram sinal positivo tão logo conseguiram observar os corpos no necrotério em Cobija. A partir desse momento, se iniciou as investigações para tentar descobrir o teria ocorrido e quem estaria envolvido e teria interesse na morte dos dois.

Manoel Júlio, conhecido em Brasiléia como 'Pichula', teria levado arquitetado o plano com Gilberto - Foto: Alexandre Lima

Manoel Júlio, conhecido em Brasiléia como ‘Pichula’, teria arquitetado o plano com Gilberto – Foto: Alexandre Lima

Primeiro foi identificado que Nilo seria uma espécie de comerciante de roupas na Rua 25 de Março, localizada no estado de São Paulo, e trazia para ser comercializada em Cobija e no Peru. Trabalho esse que rendia bastante dinheiro e exigia logística com mão de obra.

Durante cerca de seis meses, dois homens, Manoel Júlio Nonato Gama Neto (31), conhecido pelo apelido de “Pichula” e Gilberto Ferreira Paiva Filho (36), o “Gordo”, passaram a trabalhar com o peruano Nilo, lhe ajudando com transporte para a fronteira da Bolívia e do Peru.

Com o tempo e confiança adquirida, o peruano chegou a utilizar a conta bancária de ‘Pichula’, onde movimentou uma grande quantia de dinheiro. Ainda se está fazendo um levantamento, mas, se cogita passar do valor de R$ 600 mil reais nos últimos seis meses, ou até mais, uma vez que o peruano tinha comércio em São Paulo, Cobija e no Peru.

Gilberto, o 'Gordo', foi detido na tarde desta quarta e conduzido à delegacia - Foto: Alexandre Lima

Gilberto, o ‘Gordo’, foi detido na tarde desta quarta e conduzido à delegacia – Foto: Alexandre Lima

Neste tempo, foi levantado que alguns dos sacos de roupas teriam sido apreendido pela Receita Federal, mas, foram vendidos pelos dois causando um prejuízo próximo a R$ 100 mil reais. As cobranças teriam passado a ser constantes ao ponto de Júlio e Gilberto, planejarem se livrar do peruano Nilo, o levando até o lado o boliviano dizendo que haviam descoberto onde estariam as roupas e os possíveis ladrões.

Com os dados dos brasileiros em mãos, primeiramente chegaram até ‘Pichula’, que foi conduzido à delegacia para simples averiguação de rotina. Após muitas contradições, este resolveu confessar seu envolvimento no sumiço dos dois peruanos, onde ‘encomendou’ a morte junto com Gilberto no lado boliviano.

No dia planejado, sobrinho do peruano estava junto para ajudar, infelizmente não sabia que estaria prestes a morrer com o tio. As vítimas foram algemadas e levadas ao local, onde foram encontrados dias depois em estado de putrefação.

Delegado de Brasiléia, Roberto Lucena, considera o caso fechado no lado brasileiro - Foto: Alexandre Lima

Delegado de Brasiléia, Roberto Lucena, considera o caso fechado no lado brasileiro – Foto: Alexandre Lima

Diante dos fatos, foi pedido através do Ministério Público e Comarca de Brasiléia, a prisão preventiva de Júlio e Gilberto. Já no lado boliviano, com dados dos brasileiros, a Força Especial de Luta Contra o Crime (FELCC), através do comandante boliviano, Coronel Mercado, chegaram a um dos suspeitos que foi detido e espera deter o cumplice no crime.

Com mandado de prisão, Gilberto foi localizado em Brasiléia por volta das 12h30 desta quarta-feira, dia 8, enquanto Júlio já estava na delegacia. Ambos se reservaram no direito de ficar calados e não quiseram falar sobre o crime com a imprensa.

Gilberto disse que só falaria em juízo e apresentou dois advogados para lhe auxiliar. Diante dos fatos, o delegado Roberto Lucena, em nome de sua equipe e apoio dos policiais bolivianos, deu por encerrado o caso no lado brasileiro.

Os corpos dos peruanos assassinados em Cobija, foram resgatados pelos familiares e levados para a cidade natal no Peru, para serem enterrados nesta terça-feira, dia 7.

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Acre

Prefeitura de Assis Brasil promove primeira Jornada Pedagógica para professores da zona urbana

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A Prefeitura de Assis Brasil, por meio da Secretaria Municipal de Educação, realizou nos dias 03, 04 e 06 de fevereiro a primeira Jornada Pedagógica de 2025, voltada para os professores da zona urbana. O evento teve como tema “Práticas Pedagógicas”, destacando a importância da qualificação contínua dos educadores para aprimorar o ensino nas escolas do município.

Durante a jornada, os participantes tiveram acesso a formações conduzidas por profissionais experientes da área educacional. Para os professores do Ensino Fundamental I, as atividades foram ministradas por Márcia Vileme, Mariléia Marques e Elizângela Lanes. Já os professores da Educação Infantil contaram com a orientação de Mariléia Marques e Célia Queiroz.

A iniciativa reforça o compromisso da gestão municipal com a valorização da educação e a melhoria da qualidade do ensino oferecido às crianças e adolescentes de Assis Brasil. A Prefeitura segue investindo em ações que promovam o desenvolvimento profissional dos educadores e, consequentemente, um aprendizado mais eficaz para os alunos.

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Prefeitura de Assis Brasil realiza ação de combate à dengue no KM 02

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A Prefeitura de Assis Brasil, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, realizou nesta semana uma importante ação de conscientização no KM 02, voltada para o combate à dengue. A mobilização contou com a participação de agentes de saúde, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais da secretaria, que distribuíram panfletos educativos e orientaram os moradores sobre as medidas de prevenção contra o Aedes aegypti.

A equipe reforçou a importância de cuidados simples, como eliminar recipientes com água parada, manter quintais limpos e tampar caixas d’água. Além disso, os profissionais esclareceram dúvidas da população e alertaram sobre os principais sintomas da dengue, incentivando a busca por atendimento médico em caso de suspeita da doença.

A Secretaria Municipal de Saúde segue empenhada no trabalho de prevenção e monitoramento da dengue, promovendo ações educativas e visitas domiciliares.

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Sindicato dos Jornalistas do Acre repudia declarações do secretário de Educação de Rio Branco

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Pastor Paulo Machado criticou jornalistas em redes sociais, chamando-os de “raça de víboras e mercenários”, após ser alvo de matéria que relembrou seu apoio a governos petistas.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Acre publicou uma Nota de Repúdio contra o secretário municipal de Educação de Rio Branco, pastor Paulo Machado, após declarações polêmicas feitas por ele nas redes sociais. O secretário reagiu a uma matéria jornalística que o citava em uma foto ao lado de ex-governadores petistas do Acre, como Tião Viana, e relembrava seu histórico de apoio a governos do PT.

Em sua publicação, o pastor não citou nomes, mas direcionou críticas duras aos jornalistas, chamando-os de “raça de víboras e mercenários”. As declarações geraram indignação entre profissionais da imprensa e motivaram a reação do Sindicato, que defendeu a liberdade de imprensa e o trabalho ético dos jornalistas.

Além da polêmica envolvendo a matéria, o nome do secretário também foi lembrado em meio ao conflito entre o prefeito Tião Bocalom e a família Bestene. A não nomeação da professora Nabiha Bestene para um cargo na Secretaria Municipal de Educação gerou atritos políticos, e o pastor Paulo Machado foi mencionado no contexto da discussão.

O Sindicato dos Jornalistas reforçou, em sua nota, a importância do respeito aos profissionais da imprensa e destacou que ataques como os do secretário representam um risco à democracia e à liberdade de expressão. A entidade cobrou uma retratação pública por parte do pastor Paulo Machado e reafirmou seu compromisso com a defesa da categoria.

A situação expõe as tensões entre a gestão municipal e a imprensa local, além de reacender debates sobre a independência e o papel do jornalismo na fiscalização do poder público.

VEJA NOTA

Nota de Repúdio do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac)

Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac) vem a público manifestar seu veemente repúdio às declarações levianas e agressivas proferidas pelo secretário-adjunto da Secretaria de Educação de Rio Branco, Paulo Machado, contra a classe jornalística. As palavras do gestor, em que insinua desinformação e desrespeito por parte dos profissionais da imprensa, são não apenas equivocadas, mas também um ataque à liberdade de expressão e ao trabalho essencial da imprensa para o fortalecimento da democracia.

O papel do jornalista é, antes de tudo, buscar a verdade, informar a sociedade e cobrar transparência e responsabilidade de todas as autoridades públicas. Ao atacar a integridade dos jornalistas, Paulo Machado descredita não só os profissionais da área, mas também as instituições que prezam pela liberdade de imprensa e pelo direito da população à informação de qualidade.

Reiteramos que as críticas construtivas são sempre bem-vindas, mas a agressão verbal, a difamação e a tentativa de intimidar jornalistas são inadmissíveis em qualquer esfera pública, especialmente de um representante do Executivo. O Sinjac não irá tolerar qualquer tipo de ameaça ou ataque aos profissionais que, com ética e dedicação, buscam cumprir sua função de informar com veracidade e imparcialidade.

A liberdade de imprensa é um pilar fundamental de qualquer sociedade democrática e, como tal, deve ser respeitada por todos os membros do poder público. O Sinjac exige que Machado se retrate publicamente e que atitudes como essa sejam combatidas com firmeza, em respeito à liberdade de imprensa, aos jornalistas e à sociedade acreana.

Luiz Cordeiro

Presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Acre (Sinjac)

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