Cotidiano
Brasileirão precisa voltar a ser o preferido dos clubes
Brasileirão precisa voltar a ser o preferido dos clubes
Copas do Brasil e Libertadores são mais atraentes até para torcedores

Por Sergio du Bocage
Quatro equipes entram em campo nesta quarta-feira (24), certamente com suas forças máximas. No fim de semana passada, isso não aconteceu. E no próximo, é bem provável que elas, e outras, também poupem seus titulares. Os jogos desta quarta (24) são pela Copa do Brasil. No outro meio de semana, dias 30 e 31,serão pela Copa Libertadores. Nos fins de semana, pelo Brasileirão.

Exatamente pelo mais importante campeonato nacional, os principais times poupam seus jogadores. É uma incoerência, se olharmos exclusivamente por este aspecto. Mas são tantas interferências e fatores extracampo, que somos obrigados a entender como sendo prática normal e, até mesmo, recomendável. Ao contrário do que acontece nas principais ligas da Europa, aqui o campeonato da Primeira Divisão é visto pelos participantes quase como uma segunda opção.
A própria CBF colabora para isso, quando não interrompe o campeonato nas datas Fifa. Até que este ano a situação melhorou um pouco, mas já tivemos jogos no dia seguinte a uma partida da seleção, fazendo com que jogadores convocados se esforçassem para defenderem seus times pela Série A. Mas isso é o de menos.
Um dos aspectos que pesam nos faz voltar à velha discussão: você prefere um campeonato por pontos corridos ou com jogos eliminatórias, o mata-mata? Porque, ao que parece, os patrocinadores preferem a segunda opção, haja vista o fato de o Brasileirão pagar R$ 33 milhões para o campeão, enquanto a Copa do Brasil paga quase R$ 80 milhões. Com uma diferença: na Série A, são 38 jogos, 19 em casa; na Copa, são 10, cinco em casa, para quem entra na terceira fase.
Dos quatro que jogam amanhã (24), apenas o São Paulo, que não disputou fase alguma da Copa Libertadores, está desde a primeira fase na Copa do Brasil. Com isso, já faturou R$ 19,57 milhões em premiação, o mesmo valor destinado ao nono colocado do Brasileirão; os outros três já colocaram no bolso R$ 16,8 milhões. E quem seguir para a final já garante R$ 25 milhões, mais que a premiação da Série A ao sexto colocado; o campeão recebe mais R$ 35 milhões. É muito dinheiro para abrir mão.
Outra questão está no fato de que o Brasileirão distribui vagas para a Copa Libertadores. Não mais apenas para um ou outro, mas para no mínimo seis! E estar na competição internacional é outra fonte de renda muito atraente. Entrar na fase de grupo já garante US$ 3 milhões, quase R$ 15 milhões; quem está na semifinal já assegurou US$ 7,55 milhões, ou pouco mais de R$ 37 milhões, mais que o prêmio do campeão nacional.
Somando os prêmios das duas Copas, o Flamengo, que é o único a estar nas duas semifinais, já faturou R$ 54 milhões em premiação. E como chegou lá em jogos eliminatórios, levou muita gente aos estádios e, com isso, não só bateu recordes de público como totalizou, nas bilheterias, em quatro jogos a partir das oitavas de final, mais de R$ 17 milhões – em quatro jogos pelo Brasileirão, no mesmo período, o Rubro-Negro arrecadou pouco mais de R$ 12 milhões.
O que fazer diante desse quadro? Em tese, aumentar o prêmio da Série A, mas isso não depende apenas da CBF. O que ela poderia fazer seria redistribuir as vagas para a Copa Libertadores, motivando a disputa em outros campeonatos e, de certa forma, obrigando os times do Brasileirão a não abrirem mão da disputa pelo alto da tabela, com a “premiação” de conseguirem uma vaga no torneio continental.
Atualmente os quatro primeiros colocados vão direto para a fase de grupos da Libertadores. Os dois seguintes vão para a fase eliminatória. Por que não atribuir uma delas ao campeão da Série B, motivando a Segundona com esse atrativo e premiando uma equipe que chega em primeiro lugar num campeonato nacional, em vez de uma que fica em quinto? E por que a outra não pode ir para o vice-campeão da Copa do Brasil?
Com apenas quatro vagas em disputa, o funil ficaria mais apertado e o empenho seria um pouco maior. Não resolveria a questão por completo, mas se não buscarmos alternativas, vamos continuar vendo o Brasileirão, a nossa elite, sendo colocado na prateleira de baixo na preferência de nossas equipes.
* Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil
Edição: Cláudia Rodrigues
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Próximo passo do projeto do novo estádio do Flamengo pode levar quatro anos
Luiz Eduardo Baptista, presidente rubro-negro, detalhou o processo junto à Prefeitura
O presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista (Bap), afirmou que o projeto do estádio próprio no terreno do Gasômetro avançou em segurança jurídica e planejamento financeiro, durante reunião com sócios realizada na sede da Gávea, na última terça-feira (23). O próximo passo, contudo, pode levar até quatro anos.
Segundo o dirigente, o clube já tem a posse documentada do terreno adquirido em 2024, ajustou custos após estudos da FGV e pretende criar uma poupança prévia antes de decidir o modelo da obra, enquanto aguarda a saída da empresa Naturgy — condição necessária para a descontaminação total da área.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
“Agora temos um prazo estendido e o compromisso documentado, o terreno (do Gasômetro) é do Flamengo. Os estudos da FGV ajustaram o projeto e custos associados. Vamos criar uma poupança prévia para que na hora certa decida se faz e como fazer o estádio. O próximo passo é a saída da Naturgy do terreno, ela pode sair em até quatro anos. A gente espera que seja o mais rápido possível. A gente só pode fazer uma descontaminação mais profunda (do terreno) quando eles saírem”, afirmou Bap.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
O terreno do Gasômetro foi comprado pelo Flamengo em 2024, na gestão anterior a de Luiz Eduardo Baptista. A direção do presidente Rodolfo Landim havia estabelecido a inauguração do estádio para o dia 15 de novembro de 2029, aniversário de 127 anos do clube.
A ideia, contudo, foi descartada com o início do mandato de Luiz Eduardo Baptista, que não deseja comprometer o desempenho esportivo do Flamengo para a construção do estádio.

Imagem do projeto do estádio do Flamengo • Reprodução
De acordo com os estudos da FGV e Arena, o Rubro-Negro conseguirá reduzir o valor do projeto de mais de R$ 3 bilhões para R$ 2,2 bilhões.
Fonte: CNN
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CBF amplia Série D para 96 clubes a partir de 2026 e Acre terá três representantes
Competição passa a oferecer seis acessos à Série C e mantém 24 datas no calendário nacional
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou o novo calendário do futebol nacional com mudanças significativas nas competições organizadas pela entidade. Entre as principais alterações está a ampliação da Série D do Campeonato Brasileiro, que a partir de 2026 passará de 64 para 96 clubes, além do aumento no número de acessos: seis equipes conquistarão vaga na Série C.
A reformulação beneficia diretamente os clubes que avançaram à segunda fase da Série D desta temporada. Como quatro dessas equipes — Barra-SC, Santa Cruz, Maranhão e Inter de Limeira — já garantiram o acesso, a CBF optou por redistribuir as vagas remanescentes, concedendo quatro vagas extras às federações, com base no Ranking Nacional de Federações, que será divulgado ao final do ano.
Outra novidade é a adoção do Ranking Nacional de Clubes (RNC) como um dos critérios para a definição das vagas na competição. Apesar do aumento expressivo no número de participantes, a Série D manterá o mesmo número de datas, totalizando 24 jogos no calendário.
Com as mudanças, o Acre terá três representantes na Série D de 2026. Pelos critérios de desempenho nos campeonatos estaduais e copas regionais, Independência-AC e Galvez já estão garantidos. A vaga via Ranking Nacional de Clubes ficará com o Humaitá, atualmente o clube acreano mais bem posicionado no ranking da CBF.
A Série D do Campeonato Brasileiro de 2026 está prevista para começar no dia 5 de abril e seguirá até 13 de setembro.
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Chuvas intensas provocam alagamentos em ruas de Rio Branco e deixam capital em estado de atenção
Volume de precipitação já ultrapassa 70 mm e afeta vias importantes, como a Avenida Maria José de Oliveira
As fortes chuvas que atingem Rio Branco desde a noite de quinta-feira (25) continuam causando transtornos à população. Além da elevação do nível do Rio Acre e de outros mananciais da bacia, as precipitações já provocam alagamentos em diversas ruas da capital, incluindo a Avenida Maria José de Oliveira, principal via do bairro Universitário.
Imagens divulgadas por internautas nas redes sociais mostram a avenida tomada pela água, o que dificulta a passagem de veículos e o deslocamento de moradores da região.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, Cláudio Falcão, em entrevista concedida na manhã desta sexta-feira (26), o volume de chuva já ultrapassa 70 milímetros em Rio Branco. Segundo ele, a previsão indica a continuidade das chuvas ao longo do dia, mantendo o município em estado de atenção para a possibilidade de novos alagamentos.
A Defesa Civil segue monitorando a situação e orienta a população a evitar áreas de risco e a acionar os órgãos competentes em caso de emergência.


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