Acre
Bombeiros do Alto Acre combatem vários focos de queimadas na fronteira
Alexandre Lima
Homens do 5º Batalhão dos bombeiros do Alto Acre, localizado na cidade de Epitaciolândia, distante cerca de 230km da capital acreana, estão registrando um aumento em mais de 300% relacionado aos trabalhos de combate aos incêndios na fronteira do estado.
Os números podem mudar a qualquer momento, mas, já dão conta ao menos cinco por dia nas cidades de Brasiléia e Epitaciolândia. Na maioria, causada por descuido e despreparo, seguido de imprudência e falta de responsabilidade das pessoas que resolvem iniciar uma pequena queimada no quintal.
Somente neste sábado, no período vespertino (tarde), os bombeiros foram acionados por cerca de 6 vezes num prazo de três horas, fazendo com que a equipe que estava de folga, tivesse que retornar ao Comando para trabalhar.
Num dos chamados, uma equipe teve que combater chamas dos dois lados da BR 317, no km 7, sentido Epitaciolândia/Xapuri, para debelar as chamas que levavam perigo aos motoristas e donos de terras da localidade, uma vez que o mato está seco devido a estiagem na região. Devido as chamas, até mesmo a serviço elétrico teve que ser parado, deixando as cidades por quase uma hora sem energia.
No mesmo tempo, outros focos tiveram que combatidos nos Bairro Braúna, 28 de Maio e Ramal Nazaré, na cidade de Brasiléia. Já no ramal Fontenele de Castro, na zona rural do Município de Epitaciolândia, outros focos foram registrados e apagados após acionar os bombeiros.
Em tempo, qualquer tipo de queima neste período está proibido, podendo gerar pesadas multas através dos órgão estaduais e federais. Nestes casos registrados no sábado, patrimônios e vidas foram colocadas em risco, além da morte de alguns animais devido a falta de conhecimento das pessoas.
Os bombeiros pedem que evitem as queimas, uma vez que o tempo está muito seco devido a forte estiagem que vem assolando o estado do Acre. Caso seja necessário, liguem para o número 193 e evitem trotes, uma vez que as viaturas podem deixar de ajudar pessoas que realmente precisem de ajuda.
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Foto: assessoria MST-PA
O Acre registrou 59 conflitos por terra em 2024, conforme dados divulgados nesta quarta-feira, 23, pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), no relatório anual que acompanha as violências no campo em todo o país. O número posiciona o estado entre os dez com maior número de ocorrências desse tipo, ao lado de Maranhão, Pará, Bahia, Roraima, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Tocantins.
O levantamento aponta um cenário de agravamento das tensões no meio rural brasileiro. No total, o país teve 1.768 conflitos por terra em 2024 — um aumento em relação aos 1.724 registrados no ano anterior. No Acre, a maior parte dos registros está relacionada à violência contra a ocupação, categoria que representa ações como despejos, destruição de casas, ameaças e ataques diretos a comunidades.
Além das disputas fundiárias, o relatório também revela aumento dos conflitos por água, que passaram de 225 para 266 no Brasil. Já os conflitos trabalhistas — que envolvem, por exemplo, o trabalho escravo contemporâneo — foram os únicos a apresentar queda. No entanto, a CPT alerta para uma possível subnotificação: foram 151 casos identificados em 2024.
Outro dado que chama atenção é a escalada da contaminação por agrotóxicos, que teve um salto expressivo: de uma média de 24 casos por ano entre 2015 e 2023 para 276 registros apenas em 2024. Embora o Acre não esteja entre os estados com maior incidência, a CPT aponta que a generalização do uso indiscriminado dos químicos representa risco para populações rurais em todo o território nacional.
A violência no campo também foi marcada por um aumento no número de ameaças de morte — 272 casos —, o maior registrado nos últimos dez anos. Em contrapartida, o número de assassinatos caiu para 13, o menor desde 2015. Os principais alvos das agressões foram indígenas (29%), posseiros (25%), quilombolas (13%) e integrantes do MST (11%). Entre os principais agentes envolvidos nos conflitos estão fazendeiros (44%), empresários (15%) e o governo federal (8%).
Na região da Amazônia Legal, onde está inserido o Acre, houve crescimento significativo de incêndios e desmatamento ilegal. Os focos de incêndio mais que dobraram no Brasil (de 91 para 194), sendo que Mato Grosso concentrou 25% dos casos. O Pará foi responsável por 20% do desmatamento ilegal.
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Foto: Sérgio Vale/ac24horas.com
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso meteorológico para o estado do Acre, alertando para a possibilidade de chuvas intensas e ventos fortes entre a manhã desta quarta-feira, 23, e as 10h da quinta-feira (24).
O aviso tem grau de severidade classificado como “perigo potencial” (nível amarelo). Segundo o Inmet, está prevista a ocorrência de chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora, podendo chegar a 50 mm no acumulado do dia, além de rajadas de vento entre 40 e 60 km/h.
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Foto: Whidy Melo/ac24horas
Entre 17 e 21 de abril, a Rodoviária Internacional de Rio Branco, na capital acreana, registrou a passagem de aproximadamente 2,8 mil pessoas durante o feriado que incluiu a Semana Santa e o Dia de Tiradentes, conforme dados da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (RBTrans). O número representa um aumento de 30% em comparação com o mesmo período de 2024, quando 2.140 passageiros foram contabilizados.
Os destinos mais procurados foram Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, e Porto Velho, em Rondônia. Para atender à demanda, empresas de transporte disponibilizaram ônibus extras. Clendes Vilas Boas, superintendente da RBTrans, informou que o crescimento reflete a preferência pelo transporte rodoviário para deslocamentos dentro e fora do estado.
“Observamos um aumento considerável na movimentação, refletindo a retomada gradual das viagens intermunicipais e interestaduais, além do fortalecimento do uso do transporte terrestre como meio de deslocamento”, disse o superintendente da RBTrans, Clendes Vilas Boas, ao G1.
Durante o feriado, órgãos públicos e prefeituras do Acre suspenderam atividades, seguindo o calendário oficial do governo estadual, enquanto serviços essenciais, como saúde e segurança, mantiveram o funcionamento normal. O terminal rodoviário operou sem interrupções para atender ao fluxo de viajantes.
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