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Bolívia prorroga decreto e brasileiros fecham trancas na fronteira acreana
Por Raimari Cardoso
Sem a divulgação de qualquer comunicado oficial, a fronteira da Bolívia com o Acre foi reaberta nesta sexta-feira, 9, após os 7 dias de “Controle Sanitário”, decretado pelo governo federal do país vizinho, como medida preventiva contra o aumento de casos de Covid-19. Na manhã deste sábado, no entanto, as trancas bolivianas voltaram a ser fechadas.
Na tarde de sexta-feira, funcionários da aduana boliviana informaram à reportagem do jornal ac24horas que haviam recebido ordens para reabrir a passagem para o Brasil em razão do término do prazo estabelecido pelo Decreto Supremo 4.481, que impôs o período de fechamento com a permissão para uma janela de circulação de três horas diárias.
No entanto, na manhã deste sábado, 10, os brasileiros que tentaram fazer a travessia para o lado boliviano se depararam novamente com a fronteira fechada sem qualquer comunicação prévia. O que ocorreu foi que o governo boliviano prorrogou o Decreto Supremo 4.481 até a meia-noite do próximo dia 16 de abril, após avaliação epidemiológica do Ministério da Saúde boliviano.
Desde a primeira ocasião, a medida do governo boliviano tem causado muitas reclamações, principalmente na fronteira com o Acre, pois o departamento de Pando, que tem Cobija como capital, é um dos mais isolados do país e tem grande dependência das rodovias de Brasil e Peru, além do comércio e demais serviços oferecidos por Brasiléia e Epitaciolândia.
Diante da possibilidade de flexibilização do fechamento das pontes que interligam as cidades, o prefeito de Cobija, Luís Gatty Ribeiro, e a governadora de Pando, Paola Terrazas, emitiram comunicados abrindo janelas de circulação de três horas diárias para o trânsito de cidadãos dos dois países, o que causou mais aglomeração e transtornos nos dois lados, segundo jornalistas locais.
Para grande parte dos brasileiros que precisam, por motivo de trabalho ou estudos, atravessar a fronteira diariamente, a flexibilização feita pelas autoridades bolivianas visa apenas atender à própria necessidade, principalmente no que diz respeito à aquisição de produtos alimentícios no lado brasileiro, desconsiderando a reciprocidade.
Na última segunda-feira, 5, a presidente da Câmara de Vereadores de Brasiléia, Arlete Amaral, ficou temporariamente retida do lado boliviano depois de ter ido a Cobija e chegado de volta à tranca instantes depois do encerramento do horário permitido para a circulação entre os dois lados da fronteira. A Vereadora afirmou, inclusive, que policiais bolivianos foram mal-educados com ela.
Com o novo impasse ocorrido na manhã deste sábado, um grupo de brasileiros atravessou carros na Ponte Internacional, que liga Epitaciolândia a Cobija, e fez ameaças de fechar as passagens, no lado brasileiro, para impedir a entrada dos bolivianos nos horários da janela de circulação, que foi aumentada de três para quatro horas diárias – das 7h às 8h e das 16 às 19 horas (hora Bolívia).
A situação no local ficou tensa no meio da manhã, com brasileiros fazendo disparos de rojões e pedindo respeito às autoridades bolivianas, que estariam recebendo propina para permitir a passagens de algumas pessoas. Em um dos muitos vídeos publicados na internet é possível ver que a Ponte Internacional foi bloqueada com uma árvore no lado brasileiro.
As restrições bolivianas à circulação na fronteira com o Brasil e outros países como medida preventiva contra o risco de infecção de novas variantes do coronavírus. O presidente Luís Arce declarou em um comunicado conjunto publicado pelos Ministérios da Saúde e das Relações Exteriores que podem ocorrer novas extensões dependendo de avaliações epidemiológicas.
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PM prende dois suspeitos armados após tentativa de invasão de residência em Brasiléia
Dupla foi flagrada com dois revólveres municiados no bairro Leonardo Barbosa e, segundo a polícia, pretendia atacar integrantes de facção rival
A Polícia Militar através do Grupo de Intervenção rápida Ostensiva – GIRO, prendeu dois homens por porte ilegal de arma de fogo na noite do dia 25 de dezembro, no município de Brasiléia, no interior do Acre. A ocorrência foi registrada por volta das 21h50 da noite, no bairro Leonardo Barbosa.
A guarnição foi acionada após denúncias de que dois suspeitos estariam circulando armados pela região com a intenção de cometer ataques contra uma facção rival.
Durante o patrulhamento, os policiais visualizaram os suspeitos caminhando pela via pública portando armas de fogo e, em seguida, tentando forçar o portão de uma residência.
Com a aproximação da viatura, os homens fugiram e se esconderam no quintal de um imóvel próximo. Após buscas na área, a equipe conseguiu localizar e prender os suspeitos.
Com eles, foram apreendidos dois revólveres, ambos municiados, sendo um com numeração suprimida.
Os dois foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Epitaciolândia, onde permanecem à disposição da Justiça.
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Cortes no orçamento das universidades federais ameaçam funcionamento da UFAC em 2026; redução será de quase R$ 400 milhões
Por Dell Pinheiro
As universidades federais brasileiras enfrentarão um novo cenário de restrição financeira em 2026, com a redução de quase R$ 400 milhões no orçamento discricionário aprovada pelo Congresso Nacional. Entre as instituições impactadas está a Universidade Federal do Acre (UFAC), que já lida com limitações orçamentárias e vê agravadas as dificuldades para manter atividades essenciais.
O orçamento discricionário é responsável por custear despesas básicas do funcionamento universitário, como pagamento de água, energia elétrica, segurança patrimonial, limpeza, manutenção de prédios e apoio a atividades acadêmicas. Com o corte, a UFAC poderá ter comprometida a rotina dos campi de Rio Branco e Cruzeiro do Sul, afetando diretamente o ensino, a pesquisa e as ações de extensão desenvolvidas junto à comunidade acreana.
Uma das áreas mais sensíveis é a assistência estudantil. Programas de auxílio permanência, moradia, alimentação e transporte, fundamentais para estudantes em situação de vulnerabilidade social, correm risco de sofrer redução. Na UFAC, esses auxílios são considerados estratégicos para garantir o acesso e a permanência de alunos do interior do estado, de comunidades indígenas, ribeirinhas e de baixa renda.
A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) manifestou preocupação com o cenário e alertou que o orçamento previsto para 2026 será inferior ao de 2025. Segundo a entidade, a queda ocorre em um contexto de inflação acumulada e de reajustes contratuais, o que reduz ainda mais a capacidade das universidades de manter seus compromissos financeiros.
Para a UFAC, os cortes representam um desafio adicional em um Estado onde a universidade federal desempenha papel central na formação de profissionais, na produção científica e no desenvolvimento regional. Gestores e a comunidade acadêmica alertam que a manutenção do ensino público, gratuito e de qualidade depende de um financiamento compatível com as demandas reais das instituições.
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VÍDEO: Segundo envolvido no assassinato de Moisés Alencastro é preso pela DHPP em Rio Branco
Nataniel Oliveira teve prisão preventiva decretada pela Justiça; outro suspeito já havia sido preso e confessado o crime
A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu, no fim da tarde desta quinta-feira (25), Nataniel Oliveira de Lima, apontado como o segundo envolvido no assassinato do colunista Moisés Alencastro, ocorrido no último domingo (22), em Rio Branco.
A prisão aconteceu em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado, durante uma ação de investigadores da especializada. Contra Nataniel havia um mandado de prisão preventiva expedido pela Vara Estadual das Garantias, após representação feita pelo delegado Alcino Ferreira Júnior. No mesmo endereço, a polícia também cumpriu um mandado de busca e apreensão.
Ainda na madrugada desta quinta-feira, a DHPP já havia prendido Antônio de Souza Morães, de 22 anos, que confessou a autoria do crime. No entanto, os detalhes sobre a dinâmica e a motivação do homicídio não foram divulgados oficialmente.
Moisés Alencastro, que era servidor do Ministério Público do Acre e atuava como colunista, foi morto dentro do próprio apartamento, localizado no bairro Morada do Sol. O caso causou grande repercussão no meio jornalístico e institucional do estado.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação aponta para um crime de natureza passional. As investigações continuam para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação de cada envolvido.









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