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Avião supostamente abatido poderia estar à disposição do tráfico na tríplice fronteira

Da esquerda para direita: Guibzon Azevedo, Edsen Lima, Nickson Dantas, terão que se explicar para o delegado – Foto: Fotos/cedidas
Suspeitos são detidos pela PM acusados de se apossarem de objetos e dinheiro que estava em avião que caiu em Assis Brasil
Um trabalho de investigação realizado pela equipe do GIRO da Polícia Militar do Alto Acre, levaram à deter dois indivíduos que podem ter se apossado de objetos das vítimas que estariam na aeronave que caiu no Ramal Iracema, distante cerca de 20km próximo à cidade de Assis Brasil, localizada na tríplice fronteira do Acre.
Segundo foi apurado, as autoridades ficaram sabendo que pessoas teriam ido até o local para realizar a retirada de armas tipo pistolas e fuzis e uma grande quantidade de dinheiro, pertencente a grupo de narcotraficantes, fato esse até o momento, não confirmado pela equipe do delegado Sérgio Lopes, que resgatou os dois corpos que foram encontrados carbonizados ao lado do que restou do avião.

Depois de horas de caminhada dentro da selva, o que restou do avião e corpos carbonizados foram encontrados
Desde sexta-feira passada, as autoridades passaram a investigar uma pessoa que teria sido denunciada, após oferecer dinheiro, fez ameaças as pessoas para que não falassem onde estaria os destroços e que pertenceria ao tráfico internacional e poderia dar problemas para eles.
Foi denunciado que os suspeitos teriam se apossado de uma mochila onde teria duas armas, uma pistola e uma espingarda, além de uma bolsa que continha dinheiro americano. A quantia pode ser de $ 350 mil dólares e uma terceira pessoa de nacionalidade peruana entrou no caso e que o avião também seria de um peruano ligado ao tráfico.
IDENTIFICAÇÃO E ARMAS ENCONTRADAS
Dando segmento aos trabalhos, os policiais militares localizaram os suspeitos, Edsen Lima Rodrigues (23) e Guibzon Azevedo Teixeira (19), além de Nickson Dantas Gonçalvez (23), este teria sido contactado por um peruano identificado como “Edgar”, que o teria levado até o local com mais cinco bolivianos.
Nikson teria sido informado que o avião seria de bolivianos e teria dentro, armas e uma grande quantidade em dinheiro proveniente da venda de uma carga de cocaína e se localizasse receberia 10% do valor. Assim, teria recebido mil reais para iniciar a busca e teria dado R$ 100 reais as pessoas que ajudaram na localização.
Tudo o que foi localizado e pego na aeronave, foi entregue ao peruano “Edgar” que teria dito que tudo seria bastante usada pelo tráfico, além de ser de um traficante identificado por “Ruanito” que passava informações para ele dos ‘trabalhos’ na tríplice fronteira.
CASO INVESTIGADO
Diante dessas informações, os três suspeitos foram conduzidos pela PM para a delegacia onde serão ouvidos pelo delegado, além das armas encontradas; um rifle 22 e uma espingarda calibre 16. Nenhum dinheiro até o momento foi localizado e o peruano está sendo procurado pelas autoridades da fronteira (Brasil, Bolívia e Peru).
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Motoristas da Trans Acreana ameaçam parar e acendem alerta para isolamento no Vale do Juruá

Alguns trecho estão perigosos e coloca em risco os veículos, motoristas e passageiros – Foto: Captura
Por mais que a empresa queira e venha tentando manter as viagens, motoristas da Trans Acreana relatam que a falta de trafegabilidade na BR-364 torna impossível a continuidade do serviço neste período de inverno amazônico, que tem se mostrado mais intenso do que em anos anteriores.
Segundo eles, veículos estão tendo radiadores e para-choques danificados, além de ficarem encavalados nos buracos da estrada. “A roda cai em um buraco e, antes de sair, a dianteira já entra em outro. Dessa forma, não temos como continuar. A empresa tem feito de tudo e não quer deixar os usuários na mão, mas nós estamos exaustos”, relatou um motorista que faz a rota há anos.

Motoristas fazem registro das condições da estrada mostrando a realidade atual das péssimas condições – Foto: captura
O cenário é alarmante. Para se ter uma ideia do caos, um trajeto de aproximadamente 140 quilômetros, entre Manoel Urbano e Feijó, chega a consumir cerca de cinco horas de viagem. Além disso, um ônibus que não conhecia bem a estrada encontra-se entalado em um dos trechos mais críticos da BR-364, evidenciando o grau de deterioração da via.
A possibilidade de paralisação preocupa usuários que dependem do transporte para deslocamentos essenciais, como tratamentos de saúde em Rio Branco, além de viagens de ida e volta aos municípios do Vale do Juruá. O risco de isolamento total é real e imediato.

Motoristas e populares questinam o volume de dinheiro já investidos na estrada que oferece péssimas condições trafegabilidade – Foto: captura
Diante do agravamento da situação, cresce o apelo para que as autoridades adotem providências urgentes. A recuperação da BR-364 é fundamental para garantir o direito de ir e vir e evitar que milhares de acreanos fiquem privados de acesso a serviços básicos e à integração regional.

Um dos ônibus da Trans Acreana ‘acavalou’ em um buraco na estrada rumo a Cruzeiro do Sul – Foto: Cedida
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Polícia apreende pistola da Polícia Boliviana e prende suspeitos em Epitaciolândia
Arma calibre 9mm furtada em Cobija foi trazida ilegalmente para o Brasil e revendida; envolvidos foram identificados e apresentados à Justiça
A Polícia Civil, por meio da equipe de investigação da Delegacia Geral de Epitaciolândia, apreendeu na manhã desta quinta-feira (18) uma pistola calibre 9mm furtada em território boliviano. Segundo as autoridades, a arma pertence à Polícia Nacional da Bolívia e havia sido subtraída na cidade de Cobija, sendo posteriormente levada para o Brasil.
De acordo com as investigações, o furto foi cometido por um cidadão brasileiro, que atravessou a fronteira com o armamento e o revendeu a um terceiro. O homem detido em Epitaciolândia foi autuado em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. Em depoimento, ele afirmou ter adquirido a pistola na própria cidade pelo valor de R$ 7 mil.
A ação policial também possibilitou a identificação de outros envolvidos tanto no furto quanto na receptação da arma, revelando a existência de uma rota de circulação ilegal de armamentos na região de fronteira. Os suspeitos foram apresentados à Justiça e submetidos à audiência de custódia, permanecendo à disposição do Poder Judiciário.
As forças de segurança destacaram que a apreensão reforça o trabalho integrado e contínuo no combate aos crimes transfronteiriços, especialmente aqueles relacionados ao tráfico e à circulação ilegal de armas de fogo na fronteira entre Brasil e Bolívia.
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Policial Civil “NEGÃO DA CIVIL” é condenado por vazamento a facções criminosas e crimes sexuais no Acre
Em uma decisão histórica para a segurança pública da fronteira, o Poder Judiciário do Estado do Acre decretou a perda do cargo público do agente de polícia civil Jaelson dos Santos Silva (foto), conhecido como “Mima”. A sentença, assinada pelo juiz Guilherme Muniz de Freitas Miotto em 16 de dezembro de 2025, condena o agora ex-policial por traição à instituição e por se valer do cargo para cometer crimes sexuais contra uma adolescente.
Traição funcional e colapso da segurança
A investigação revelou que, em novembro de 2022, Jaelson utilizou seu acesso privilegiado a sistemas de informação da Delegacia de Assis Brasil para beneficiar a facção criminosa Comando Vermelho (CV). Ao visualizar um relatório sigiloso contendo fotos de armas e denúncias contra faccionados, o réu — sem qualquer ordem de missão — dirigiu-se à residência de familiares dos investigados para alertá-los sobre a ação policial.
O impacto dessa “entrega” de informações foi devastador: as vítimas da denúncia, uma mãe e sua filha, passaram a sofrer ameaças de morte, tiveram pertences roubados e foram expulsas de seu domicílio por membros da facção. O magistrado destacou que a conduta de Jaelson “frustrou a operação policial e abalou severamente a credibilidade da Polícia Civil”.
O Predador disfarçado de protetor
O caso ganha contornos ainda mais graves no âmbito pessoal. Aproveitando-se do caos gerado pela expulsão da família das vítimas — crise que ele próprio ajudou a causar — Jaelson ofereceu uma falsa “proteção policial” a uma adolescente de 16 anos.
Segundo os autos, o réu levou a menor para sua residência, onde praticou atos libidinosos contra a jovem por quatro vezes. A sentença sublinha que Jaelson agiu com “abuso de poder e violação de dever inerente ao cargo”, utilizando a vulnerabilidade de uma vítima que via nele a última esperança de segurança.
A condenação e a perda do distintivo
Somadas as penas pelos crimes de divulgação de segredo funcional e importunação sexual em continuidade delitiva, o réu foi sentenciado a:
- 3 anos, 7 meses e 22 dias de reclusão pelo crime sexual;
- 2 anos e 15 dias de detenção pelo vazamento de dados;
- Perda imediata e definitiva do cargo de Agente de Polícia Civil.
O juiz fixou o regime semiaberto para o início do cumprimento da pena, citando a reincidência específica do réu, que já possuía condenação anterior por crime sexual dentro da delegacia local. Contudo, foi permitido que ele recorra da sentença em liberdade.
Horizonte sombrio em 2026: Júri Popular por tentativa de homicídio
Embora a sentença recente encerre um capítulo importante, o histórico de Jaelson dos Santos Silva ainda enfrentará o crivo final da justiça no próximo ano. Para 2026, está previsto o julgamento de um processo de tentativa de homicídio ocorrido durante uma briga de trânsito em seu dia de folga.
Neste caso específico, o ex-policial é acusado de perseguir e atentar contra a vida de um cidadão após um incidente de trânsito. Consta na denúncia que Jaelson agrediu a vítima de forma violenta enquanto esta estava inconsciente no chão após uma queda de motocicleta.
Vale ressaltar que, embora tenha recebido medidas cautelares restritivas em 2023 — como o afastamento do cargo e a entrega da arma —, tais medidas foram posteriormente revogadas antes do julgamento final. Contudo, a nova sentença proferida nesta semana impõe agora a sanção definitiva de exclusão dos quadros da Polícia Civil, encerrando sua trajetória na instituição sob graves condenações de abuso de poder.
Matéria baseada nos Autos n.º 0004147-62.2023.8.01.0001 da Vara Única Criminal de Assis Brasil.




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