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Ataque a mesquitas na Nova Zelândia: testemunhas relatam cenas de desespero e horror em atentados

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Polícia armada faz patrulha após um tiroteio na mesquita de Al Noor – EPA

Testemunhas relataram cenas de pavor vividas durante os ataques a duas mesquitas nesta sexta-feira na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia.

Pelo menos 49 pessoas morreram e mais de 20 ficaram feridas no atentado – classificado com um ato terrorista pela primeira-ministra do país, Jacinda Ardern.

Um atirador que se identificava como australiano transmitiu o ataque no Facebook. Ele já havia expressado visões racistas anti-imigrantes.

A polícia diz que um homem com pouco menos de 30 anos foi detido e acusado de homicídio. Outros dois homens e uma mulher foram presos. Um deles já foi solto.

Os nomes dos suspeitos não foram divulgados.

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O ataque começou por volta de 13h30 (horário local), quando um homem armado, vestindo roupas escuras, abriu fogo dentro da mesquita Al Noor, onde era realizada uma sessão de oração.

Sobreviventes contam que correram para salvar suas vidas.

‘Esperar e rezar’

Ramzan Ali, que tinha sangue nas roupas, disse à imprensa local que viu o atirador atingir um homem no peito.

Ele estima que o ataque “durou 20 minutos”.

“Eu só pensava que ele precisava ficar sem balas”, declarou à emissora de televisão TVNZ.

“O que eu fiz foi basicamente esperar e rezar. Deus, por favor, acabe com a munição dele.”

Sobreviventes relataram ter visto dezenas de mortos – REUTERS

Ele conta que o atirador supostamente atacou primeiro o salão de oração dos homens, depois se dirigiu para o salão das mulheres.

“Meu irmão está lá e eu não sei se ele está seguro ou não”, acrescentou.

‘Centenas de balas’

O sobrevivente Farid Ahmed, que usa cadeira de rodas, estava dentro da mesquita quando o ataque começou.

“Eu estava no salão lateral. O imã tinha começado o sermão. Todo mundo estava instalado, estava tudo calmo, tranquilo, sossegado, como costuma ser. Quando o imã começa a falar, todo mundo fica em silêncio, você pode ouvir um alfinete caindo.”

Farid Ahmed
Image caption‘Ouvia gritos, gente chorando. Vi algumas pessoas caírem mortas’, diz Ahmed

“Mas, de repente, começou o tiroteio. Começou no salão principal. O atirador deve ter entrado pelo corredor principal. E eu estava no salão lateral, então não vi quem estava atirando. Mas vi que algumas pessoas estavam fugindo, passando pelo cômodo onde eu estava. Também vi algumas pessoas sangrando e mancando”, conta.

Foi neste momento que Ahmed percebeu que algo muito sério estava acontecendo.

“Algumas pessoas me disseram: ‘Você está de cadeira de rodas, é bom sair logo’. Eu consegui então ir até os fundos, onde meu carro estava estacionado. Eu fiquei atrás do carro. E, de lá, eu conseguia ouvir tiros e mais tiros. Durou uns seis minutos ou mais. Eu ouvia gritos, gente chorando. Vi algumas pessoas caírem mortas.”

Ele diz que não sabia se a esposa estava viva.

“Algumas pessoas estava fugindo, e eu estava de cadeira de rodas, não podia ir a lugar algum. E também não queria porque estava preocupado com o que poderia acontecer com as mulheres, com a minha esposa.”

Segundo ele, foram disparadas centenas de balas.

“Eu vi – os cartuchos de bala – no chão, havia centenas.”

Outro homem, que sobreviveu se escondendo, disse que as pessoas quebraram as janelas para escapar.

“Ele começou a atirar nelas. Qualquer um que ele achava que ainda estava vivo, ele continuava atirando”, contou à Radio New Zealand.

“Ele não queria que ninguém sobrevivesse”.

‘Minhas mãos tremiam muito’

Com a voz trêmula, Jill Keats, de 66 anos, afirmou que “nunca pensou que fosse presenciar algo assim, não na Nova Zelândia”.

“Eu estava no meu carro. Inicialmente achei que os estampidos eram fogos, mas em seguida vi algumas pessoas correndo e caindo à medida que eram atingidas e então percebi que eram tiros.”

Sobrevivente
Image caption‘Nunca pensei que fosse presenciar algo assim, não na Nova Zelândia’

“Um caiu à direita do meu carro, outro à esquerda.”

Ela conta que parou o carro e deitou no banco para se proteger.

“Uma bala atingiu o carro de trás, mas não feriu ninguém. Abri a porta e saí do carro.”

“Um dos homens caídos tinha sido atingido nas costas. Ele tentou se levantar e arrastamos ele para trás do carro para evitar que fosse novamente atingido pelos tiros”, narrou.

Do outro lado da rua, ela diz que um motorista conseguiu colocar três pessoas feridas no carro e iria levá-las ao hospital.

“O homem que arrastamos estava tentado ligar para sua mulher. Eu falei com ela e disse que o marido tinha sido ferido e que ela fosse para o hospital para onde eu iria levá-lo assim que conseguisse.”

“De onde estávamos, pude ver que o outro que tinha sido atingido estava com um ferimento grave, mas infelizmente não conseguimos chegar até ele pois estava na linha de tiro.”

“Pouco depois ele ficou imóvel e depois me disseram que ele tinha morrido.”

Mesquita de Linwood

Na mesquita de Linwood, que também foi alvo de ataque, sobreviventes disseram à imprensa local que viram um homem armado usando um capacete preto de motocicleta abrir fogo contra cerca de 100 pessoas que estavam rezando lá dentro.

Os tiros começaram logo após o primeiro ataque na mesquita Al Noor.

Mapa mostra rota do suspeito

Syed Ahmed, uma das testemunhas, contou ao site stuff.co.nz que o atirador “gritava algo” enquanto atirava.

Ele disse que viu pelo menos oito pessoas mortas, incluindo dois amigos.

Uma cidade confinada

O acesso a edifícios no centro da cidade e na periferia foram bloqueados – as pessoas não podem entrar, nem sair.

O gerente de um restaurante perto da mesquita Al Noor e do Hospital Christchurch disse que as empresas fecharam as portas após receberem o alerta da polícia.

“Ouvimos as sirenes passando ao fundo e vimos helicópteros sobrevoando”, disse Alex, da Pegasus Arms, à BBC.

“Chegaram então as notícias e recebi mensagens de amigos dizendo para ficar alerta, que havia um atirador por perto.”

“Estamos apenas mantendo a TV ligada. Algumas pessoas obviamente se assustam com isso, mas em geral está tudo calmo”, acrescentou.

Da bbc/Brasil

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Jorge Viana nega rivalidade com Bittar, Gladson e Rick: “Não são meus inimigos políticos”

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Pré-candidato ao Senado em 2026 afirma buscar votos de todos os eleitores, inclusive de adversários, e destaca que disputa tem duas vagas

O presidente da Apex/Brasil, ex-governador Jorge Viana, afirmou durante entrevista ao jornalista Roberto Vaz que não vê os senadores Alan Rick e Márcio Bittar e Gladson como inimigos políticos. Foto: captada 

Em entrevista ao jornalista Roberto Vaz na quinta-feira (18), o presidente da ApexBrasil e ex-governador do Acre, Jorge Viana, minimizou tensões políticas com potenciais adversários na eleição para o Senado em 2026.

Ao ser questionado sobre a disputa que deve incluir o governador Gladson Cameli, o senador Márcio Bittar e o ex-prefeito Petecão, Viana afirmou: “Eles não são meus inimigos. Espero votos de todos, inclusive dos eleitores do Gladson, do Bittar e do Petecão”.

O ex-governador lembrou que tanto Cameli quanto o senador Alan Rick (que não disputará reeleição) iniciaram suas carreiras na Frente Popular, coalizão que ele próprio liderou.

Sobre Bittar, brincou:

“Ele tenta me ter como inimigo, mas eu não vejo dessa forma”.

Viana destacou que a disputa oferece duas vagas e defendeu uma campanha focada em propostas rather than em confrontos pessoais.

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Expo Fronteira 2025 terá entrada solidária: 1 kg de alimento por pulseira de show

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Prefeitura anuncia que entradas para shows de Gabriel Lener, Vitinho Imperador e Gabi Martins serão convertidas em doações para famílias vulneráveis; troca de pulseiras inicia na segunda-feira (22) na Praça das Bandeiras

Prefeitura de Assis Brasil anuncia que os três grandes shows do evento em outubro terão acesso mediante doação de alimentos não perecíveis. Foto: captada 

A comissão organizadora da Expo Fronteira 2025, em Assis Brasil, definiu um formato solidário para o acesso aos três grandes shows do evento. Segundo anunciou o prefeito Jerry Correia, o público deverá doar 1 kg de alimento não perecível (exceto sal e açúcar) para garantir a pulseira de cada dia de espetáculo. A medida visa incentivar a participação social e destinar as doações a famílias em vulnerabilidade do município.

O evento, marcado para outubro na tríplice fronteira (Brasil-Peru-Bolívia), contará com atrações nacionais – incluindo a cantora Gabi Martins no encerramento – e deve movimentar milhares de pessoas. A iniciativa reforça o caráter comunitário da feira, que também terá rodeio profissional, exposições agropecuárias e gastronomia.

Atrações confirmadas

🎵 Gabriel Lener
🎵 Vitinho Imperador
🎵 Gabi Martins

Como participar da troca

📅 Data: A partir de segunda-feira (22/12)
⏰ Horário: 8h-12h e 14h-17h
📍 Local: Praça Henoch Timóteo (Praça das Bandeiras)

Impacto social

A iniciativa, idealizada pela comissão organizadora e apoiada pelo prefeito Jerry Correia, reforça o caráter solidário do evento:

“Cada show será uma oportunidade de celebrar a música e, ao mesmo tempo, ajudar quem mais precisa”, destacou o gestor.

A medida alia entretenimento e responsabilidade social em um município fronteiriço que enfrenta desafios socioeconômicos, criando um modelo replicável para outros eventos na região acreana.

Atração confirmada na ExpoFronteira!

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Comunidade de Porto Walter interior do Acre sofre com fechamento de estrada: viagem de 4 horas vira até 5 dias

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Comerciantes do Vale do Juruá relatam prejuízos com perda de alimentos; Justiça exige estudos ambientais para liberar ramal, mas estado precisa de R$ 1,5 milhão

Moradores e comerciantes relatam prejuízos com perda de produtos perecíveis; Justiça reduziu multa para estado, mas mantém exigência de estudos ambientais. Foto: captada 

Há cerca de um ano, o fechamento de um ramal rodoviário por decisão judicial transformou o acesso a cidade de Porto Walter, no interior do Acre, em um desafio logístico e econômico. O que era uma viagem terrestre de cinco horas agora pode levar até cinco dias de barco – especialmente durante o período de seca dos rios da região.

Comerciantes enfrentam prejuízos crescentes:

“Muitos alimentos perecíveis, como tomates e frango, estragam no caminho”, relatou o comerciante Demétrio da Silva.

A solução alternativa – usar parte da estrada até Foz do Paraná e depois seguir de barco – ainda mantém a viagem inviável para produtos perecíveis. Enquanto isso, a Justiça reduziu a multa do estado de R$ 1 milhão para R$ 500 mil, mas mantém a exigência de estudos ambientais para reabertura.

O impasse judicial persiste

A Justiça reduziu a multa do estado de R$ 1 milhão para R$ 500 mil, mas mantém a exigência de novos estudos ambientais antes da reabertura. Enquanto isso, comunidades ribeirinhas e comerciantes seguem dependendo de uma logística precária e onerosa, aguardando uma solução que restaure a conectividade terrestre da região.

O deputado Zezinho Barbary liberou R$ 200 mil para o processo, mas o estado ainda precisa de R$ 1,5 milhão para cumprir as exigências. Moradores aguardam uma solução que restaure a conectividade terrestre e devolva a viabilidade econômica à região.

Há cerca de um ano, o fechamento de um ramal rodoviário por decisão judicial transformou o acesso a Porto Walter, no interior do Acre, em um desafio logístico e econômico. Foto: captada 

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