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Brasil

Associados da BBom têm R$ 130 milhões a receber, diz presidente da empresa

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Da redação, com iG

Valor se refere a saldo de quem não conseguiu reaver investimento inicial; devolução poderá ser parcial e vai depender do futuro da empresa, segundo João Francisco de Paulo

Aproximadamente 38% dos associados da BBom , acusada de ser uma pirâmide financeira que atraiu 300 mil pessoas, não conseguiram recuperar os investimentos iniciais. O valor devido a quem está no prejuízo soma entre R$ 120 e R$ 130 milhões, segundo João Francisco de Paulo, presidente da Embrasystem, empresa responsável pelo negócio, em entrevista ao iG .

A BBom teve as atividades e contas bloqueadas em 9 de julho , por decisão da 4ª Vara Federal de Goiás. Na segunda-feira (4), a defesa conseguiu uma liberação parcial e provisória , emitida pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, com sede em Brasília.

A Embrasystem e seus sócios, entretanto, ainda são alvos de uma ação que pede a extinção dos negócios , e de outra, que investiga a ocorrência de crime contra o sistema financeiro nacional , desvio de verbas e operação de instituição financeira sem autorização. Seus representantes negam irregularidades.

Quem pôs dinheiro na BBom poderá pedi-lo de volta, diz João Francisco de Paulo. Mas o empresário não garante o ressarcimento integral – os expressivos lucros prometidos estão fora de questão, ao menos por ora – e nem se compromete com prazos.

“Se o nosso caixa conseguir pagar 100%, nós vamos pagar”, diz o empresário. “Vamos supor que tenhamos R$ 13 milhões no caixa. Então é 10% [ que será devolvido aos investidores ].”

Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao iG .

iG: Quando as pessoas que têm dinheiro no bank office [ sistema de gestão das contas dos associados ] poderão sacá-lo se assim o quiserem?

João Francisco de Paulo: Eles vão poder sacar a partir do momento que a gente reforçar o faturamento com as vendas diretas, de acordo com a determinação do Ministério Público [ Justiça ]. [ Com ] a nossa parte do faturamento podemos ir liquidando o pagamento das pessoas, mas priorizando sempre a devolução, o capital investido. Essa vai ser a prioridade.

E a partir de quando isso deve acontecer?

É venda, né? Estamos todos sem trabalhar há quatro meses, está todo mundo louco para trabalhar. Mas acredito que num prazo muito curto isso já comece a acontecer. Já fizemos algumas devoluções, mas essas devoluções foram feitas mas em cima de empréstimos, de algumas coisas, de algumas necessidades mais urgentes que foram provocadas. Agora a gente não tem mais esse fôlego e precisa fazer realmente o reembolso em cima de faturamento. Depois, como nós temos o desejo de respeitar todos os contratos, aí sim com autorização da Justiça a gente começa a respeitar.

O senhor acredita que neste ano ainda as pessoas que quiserem sair da BBom e receber esse dinheiro de volta vão conseguir?

Eu acho que sim, acredito que sim. Eu não tenho certeza, mas acredito que sim. Vamos trabalhar fortemente para isso.

O saque vai poder ser integral, inclusive de bônus que eles tenham recebido ou apenas do valor que a pessoa investiu?

Não, o saque vai ser proporcional, em cima do valor investido, que é o que nós vamos priorizar. Nós vamos priorizar o valor investido porque está em xeque, né? Enquanto a Justiça não deteminar, enquanto não forem feitas todas as perícias, está em xeque. Então nós vamos priorizar um percentual sobre o valor investido para que as pessoas recuperem. Esperamos que isso tudo aconteça 100% antes de toda a definição, e depois a Justiça vai determinar.

Seria um percentual sobre o valor investido?

Temos de ser honestos e respeitar todo mundo. Eu não posso priozirar uma pessoa. Todo mundo tem o mesmo direito, apesar de mais de 63% das pessoas já terem recuperado o capital investido. A maioria já recuperou.

Essa [ parcela ] que recuperou o capital investido teria direito a algum ressarcimento ou não?

Não, por enquanto não. Por enquanto vamos priorizar realmente a pessoas que têm capital investido ainda, um saldo de capital investido com a gente. Tem muita gente que entrou logo perto do bloqueio. Essas pessoas têm de ser respeitadas.

O senhor falou em um percentual do capital investido. Qual é esse percentual?

Depende do nosso caixa, se o nosso caixa conseguir pagar 100%, nós vamos pagar… Hoje, o saldo de capital investido para zerar é em torno de R$ 120 a 130 milhões. Vamos supor que tenhamos R$ 13 milhões no caixa, de venda direta, e da nossa parte da lucratividade, [ em ] que nós podemos mexer. Então é 10%.

A pessoa pode usar, do dinheiro que tem lá [ no bank office ], 10% para poder pagar os novos cadastros que ela vier a fazer…

Isso é uma forma também. Como ele tem uma parte desse dinheiro, ele é de microfranquia, de capital, dinheiro da empresa, então ele usa 10% do saldo do que ele tem a receber. São pessoas que vão operar. Porque, você sabe, tem muitas pessoas que entram para não operar nada, entram contra o interesse. Então ele vai poder usar para poder liquidar e nós vamos aceitar.

Mas aí a BBom não está pedindo para colocar dinheiro bom sobre dinheiro ruim?

De jeito nenhum. Pelo contrário, é venda direta. Não estou fazendo nada diferente. Estou acompanhando exatametne o que a Justiça achou que é lícito. É o modelo de venda direta. O que ela me proibiu de fazer, eu estou cumprindo. E o que ela me permitiu, eu estou fazendo. Na realidade o que a gente tem é acreditação, porque as milhares das pessoas que entraram na BBom até 9 de julho foram respeitadas sempre e nós acreditamos que essas pessoas vão dar continuidade no trabalho.

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Hugo Souza explica briga entre jogadores do Corinthians: “Fui apartar”

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Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão durante a partida contra o Vasco

Hugo Souza, do Corinthians, durante partida contra o Vasco • Divulgação/Corinthians

O empate sem gols entre Corinthians e Vasco, nesta quarta-feira (18), na Neo Química Arena, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil, foi marcado por um desentendimento interno no elenco alvinegro.

Durante o segundo tempo, Matheuzinho e Yuri Alberto protagonizaram uma discussão dentro do campo antes da cobrança de um escanteio. A confusão exigiu a intervenção do goleiro Hugo Souza, que entrou no meio para conter a tensão e evitar que a briga ganhasse maiores proporções.

A divergência, no entanto, não ficou restrita aos 90 minutos. Após o apito final, o lateral e o atacante voltaram a discutir no caminho para o vestiário. Matheuzinho tentou conversar com Yuri Alberto, que recusou.

Hugo Souza falou sobre o episódio na zona mista.

”Bom, na verdade ali é o jogo. Todo mundo quer ganhar e quando as coisas não estão acontecendo da forma que a gente imagina, acaba que a cabeça fica um pouco quente. Na verdade eu fui apartar uma discussão entre a gente, mas era uma discussão para a nossa melhora, para gente tentar entender o que estava acontecendo no jogo”, explicou Hugo Souza na zona mista.

Como foi o jogo

Em um jogo bastante disputado no meio e de poucas chances claras de gol, Corinthians e Vasco empataram por 0 a 0, nesta quarta-feira (17), pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil.

A Neo Química Arena, estádio do Timão, recebeu uma bela festa dos 47.339 torcedores presentes, segundo maior público do local no ano. A partida teve dois gols invalidados por impedimento — Rayan pelo time carioca e Memphis Depay pelo paulista.

Hugo Souza avaliou que o Corinthians apresentou um desempenho abaixo do esperado.

”Ficou claro que fizemos um jogo abaixo do que esperávamos. Talvez ter um pouco mais a bola e botar o nosso plano de jogo em prática. A gente sabe que precisa melhorar e agora é corrigir o que fizemos hoje. O que aconteceu hoje pode servir de aprendizado para a gente. Que bom que não perdemos o jogo hoje. Foi difícil, a equipe do Vasco é qualificada. O plano deles hoje funcionou mais do que o nosso”, afirmou.

Sem vantagem para nenhum dos lados, a definição do campeão da Copa do Brasil virá no Maracanã, domingo (21), com mando da torcida vascaína. Os ingressos já estão esgotados.

“A gente tem certeza que vai melhorar e fazer um jogo melhor lá, porque se a gente quer ser campeão, a gente precisa fazer um jogo melhor”, concluiu o goleiro.

Fonte: CNN

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PF prende filho do “careca do INSS” em nova fase de operação contra fraudes

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Foto: reprodução/TV SENADO

A PF (Polícia Federal) prendeu, nesta quinta-feira (18), Romeu Carvalho Antunes, filho de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”,  em mais uma fase da operação Sem Desconto, que apura irregularidades no pagamento de descontos associativos a aposentados e pensionistas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Ao todo, estão sendo cumpridos 52 mandados de busca e apreensão, 16 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares, expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Entre os alvos da operação também está o senador Weverton Rocha (PDT-MA), vice-líder do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

As ações da PF ocorrem nos estados de São Paulo, Paraíba, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão, além do Distrito Federal.

A operação desta quinta tem como objetivo “esclarecer a prática dos crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário e atos de ocultação e dilapidação patrimonial”.

 

Fonte: CNN

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MP do Amapá aciona Estado e parceiros por danos a pacientes em mutirão de catarata

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Ação civil pública pede indenização de ao menos R$ 9 milhões e pensão vitalícia a vítimas que perderam a visão após surto de infecção

O Ministério Público do Amapá (MP-AP) ajuizou uma Ação Civil Pública para responsabilizar o Estado do Amapá, o Centro de Promoção Humana Frei Daniel Saramate (Capuchinhos) e a empresa Saúde Link pelos danos causados a pacientes durante um mutirão de cirurgias de catarata realizado em 2023. A ação requer indenização por danos morais e materiais coletivos, além do pagamento de pensão vitalícia aos pacientes que tiveram perda total da visão.

Ao todo, 141 pessoas foram afetadas por um surto de endoftalmite após os procedimentos. Destas, 17 perderam completamente a visão e dezenas sofreram sequelas graves à saúde. O mutirão ocorreu no Centro de Promoção Humana – Capuchinhos, dentro de um programa socioassistencial do governo estadual.

De acordo com o MP-AP, inspeções realizadas pela Vigilância em Saúde identificaram condições higiênico-sanitárias inadequadas, falhas no controle de infecção e riscos à segurança dos pacientes. Um relatório do EpiSUS-Avançado concluiu que o episódio foi resultado de uma falha sistêmica e evitável, apontando negligência e imprudência por parte dos responsáveis. O Conselho Regional de Medicina também havia emitido alertas prévios sobre os riscos existentes nas instalações.

Com base nas provas técnicas e nos depoimentos colhidos, o MP-AP pede o reconhecimento da responsabilidade civil solidária dos envolvidos, a condenação ao pagamento de indenização por danos morais coletivos no valor mínimo de R$ 9 milhões e a concessão de pensão vitalícia às vítimas que perderam totalmente a visão.

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