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Aras articula envio de Força Nacional para conter manifestações com obstrução de vias

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O PGR repassou ao ministro da Justiça a situação de estados mais críticos como Mato Grosso, Pará, Paraná e Rondônia

O procurador-geral da República, Augusto Aras, em foto de arquivo
FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL

O procurador-geral da República, Augusto Aras, entrou em contato com o ministro da Justiça, Anderson Torres, nesta segunda-feira (21), para articular o envio da Força Nacional para auxiliar na desobstrução de vias e na segurança pública em estados onde protestos organizados por manifestantes que não concordam com o resultado das eleições.

O destaque é para a situação em Mato Grosso, onde houve registros violentos durante o fim de semana. “O ministro nos assegurou que, mais uma vez, vai instar o governador para que solicite apoio da Força Nacional, que está disponível para ajudar a desobstruir as rodovias”, disse Aras.

Na noite de sábado (19), manifestantes armados incendiaram um guincho e apedrejaram uma ambulância da concessionária que administra a rodovia BR-163, na região de Lucas do Rio Verde (MT). Os ataques ocorreram no mesmo local onde há pontos de bloqueio de pessoas que não aceitam o resultado das eleições e pedem intervenção do Exército.

O contato entre Aras e Torres ocorre após a reunião do gabinete de crise nesta segunda-feira (21). Representantes do Ministério Público Federal (MPF) que participaram do econtro avaliaram que o reforço nacional é necessário porque o efetivo das demais polícias não está sendo suficiente para conter os bloqueios no Mato Grosso.

No caso de Rondônia, outro estado que enfrenta dificuldade para desobstruir as rodovias, já houve, por parte das autoridades locais, a solicitação ao Ministério da Justiça para um auxílio federal. “Em contato há pouco, com o ministro, ele nos informou que vai mandar reforçar imediatamente o contingente em Rondônia”, disse Aras.

Em nota, o Ministério da Justiça informou que, até o momento, a Força Nacional não recebeu nenhuma solicitação vinda de Mato Grosso. A pasta confirma que, em Rondônia, o emprego da Força Nacional acontece sob a coordenação da Superintendência da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

“Ressaltamos que o envio de efetivo da Força Nacional de Segurança Pública acontece mediante solicitação expressa do respectivo governador de estado ou do Distrito Federal”, diz a nota.

Já no Pará, Paraná e demais entes federados, a avaliação feita durante a reunião é que o efetivo dos locais tem sido suficiente para desarticular concentrações. “O Ministério Público Federal continua cuidando para a preservação da ordem jurídica, do ambiente democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis”, frisou o PGR.

Prisão de líderes dos grupos extremistas e investigação dos financiadores dos atos estão sendo avaliadas pelo gabinete de crise. No entanto, por se tratar de uma ações estratégicas, informações com os detalhes das medidas a serem adotadas não serão divulgadas.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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