Brasil
Após quase 48h, rebelião chega ao fim na Casa de Detenção de Ariquemes
Segundo a PM, os cinco detentos mantidos reféns no motim foram liberados.
Dentre as reivindicações atendidas está a exoneração do diretor do presídio.
G1
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Primeiro visitante ao deixar o presídio na manhã desta segunda-feira (22) (Foto: Jeferson Guedes/G1)
Depois de quase 48 horas, chegou ao fim na manhã desta segunda-feira (22) a rebelião na Casa de Detenção de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari de Rondônia. Cerca de 220 presidiários exigiam o afastamento do diretor da unidade, além de outras reivindicações, e foram atendidos durante as negociações. Os familiares de 97 apenados, que permaneciam na unidade desde o último sábado (20) para garantir que os envolvidos no motim não sofressem punições, deixaram o presídio após passar por revista pessoal.
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Conforme a Polícia Militar (PM), os cinco presos mantidos reféns foram soltos com o término das negociações. Depois de se entregarem, os apenados se deslocaram até a quadra de esportes da unidade. Segundo a Secretaria Estadual de Justiça de Rondônia (Sejus), a unidade prisional abriga atualmente 384 presos e 221 estavam rebelados.
Depois que o motim terminou, por volta das 10h, os policiais iniciaram a inspeção em todas as celas para averiguar questões de segurança. Em seguida os detentos seriam revistados para constatar a integridade física e por fim retornar para as respectivas celas.
Conforme a Secretaria Estadual de Justiça de Rondônia (Sejus), as reivindicações dos presos foram atendidas. Dentre elas, os detentos exigiam a exoneração do diretor da Casa de Detenção de Ariquemes, Heber Carvalho dos Santos, e o afastamento de dois agentes penitenciários, que foram substituídos. A conduta dos funcionários será investigada para saber se ocorreu alguma situação de abuso. As visitas das crianças, que foram suspensas devido à superlotação, passarão a acontecer novamente.
Desde o início da rebelião, familiares dos presos e das visitas se deslocaram até o presídio, onde aguardavam por notícias sobre o andamento das negociações. Um dos visitantes ao deixar o local, afirmou que conviveu com momentos de terror durante o período que passou dentro da unidade. “Eles amarraram os presos pelos braços e pernas, depois os reféns foram ameaçados de morte”, relata.
Os presos gravaram um vídeo com cenas de tortura praticada contra um dos apenados que estava mantido refém por cerca de 200 homens. Durante a gravação, os presos relataram que iriam assassinar o colega de presídio e chegaram a agredi-lo. Ao G1, a Sejus informou que todos os presos serão examinados e as imagens de tortura estão sendo analisadas para identificar os agressores, que devem sofrer punições.
Rebelião
De acordo com a Polícia Militar (PM), a rebelião iniciou por volta das 12h do último sábado (20), depois que familiares de 97 detentos entraram no local para o horário de visitas. Os presos quebraram os cadeados das celas e permaneceram soltos no corredor. Nenhum dos visitantes foi mantido como refém. Dois apenados foram amarrados e mantidos reféns no local.
Conforme a PM, um negociador chegou a levar os documentos para cessar a rebelião no final da tarde de domingo (21), mas os presos recusaram e mais três detentos foram feitos reféns. Até o domingo, 11 visitantes deixaram a unidade prisional, o restante saiu na manhã desta segunda-feira.
Ataques
Durante o período em que ocorria a rebelião, três ataques aconteceram no município. Na madrugada de domingo, a PM registrou uma tentativa de incêndio na Biblioteca Municipal. No local, uma faixa de uma organização criminosa foi encontrada. O vidro de um carro foi quebrado e um caminhão teve os pneus incendiados, mas o fogo foi controlado por moradores.
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Homem atropela multidão em Carnaval; há pelo menos 2 mortos
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Cristiano não viaja ao Irã por risco de receber 99 chibatadas
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Cristiano Ronaldo está na rota de seu 100º gol – Instagram/@alnassr
Astro português será desfalque do Al-Nassr em Teerã por possível punição por adultério, de acordo as leis locais, informou o diário espanhol ‘Marca’
Placar
Cristiano Ronaldo será desfalque do Al-Nassr no jogo de ida das oitavas de final da Liga dos Campeões da Ásia por um motivo inusitado. A equipe da Arábia Saudita encara nesta segunda-feira, dia 3, Esteghlal, do Irã, país onde o astro português pode ter problemas ao entrar.
De acordo com jornais estrangeiros como o Marca, da Espanha, Cristiano não viajou a Teerã, pois poderia ter de enfrentar uma punição de até 99 chibatadas por uma atitude que pode ser configurada como adultério nas leis locais.
Especial: O papel do futebol na abertura da Arábia Saudita ao mundo
O denúncia se refere a um caso de 2023, quando Cristiano Ronaldo, na véspera de uma partida contra outro clube iraniano, o Persépolis, foi gravado dando um abraço e um beijo na testa de Fatemeh Hammami Nasrabadi, uma artista iraniana que sofre de uma deficiência e pinta com os pés.
De acordo com a lei iraniana, o gesto pode ser considerado adultério, pois apenas o marido pode beijar sua esposa. PLACAR procurou o Al-Nassr para confirmar a história, mas não teve retorno até o momento. Titular absoluto e na rota de seu milésimo gol, CR7 não consta na lista de relacionados divulgada pela equipe de Riade.
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Batida entre dois ônibus deixa mais de 30 mortos na Bolívia
Um choque entre dois ônibus de passageiros deixou pelo menos 37 mortos e 30 feridos neste sábado (1º) em uma estrada próxima da cidade de Uyuni, em Potosí, no sul da Bolívia, informou a polícia à AFP.
O acidente, o mais grave deste ano, ocorreu em uma estrada estreita de mão dupla entre Potosí e Oruro na madrugada deste sábado.
“Até o momento, temos 37 mortes já confirmadas, 35 adultos e duas crianças”, afirmou o coronel Wilson Flores à AFP. São “30 feridos aproximadamente”, acrescentou o oficial.
As causas do acidente não foram confirmadas, mas a polícia detalhou que um dos veículos teria invadido a faixa contrária.
De acordo com as autoridades, um dos motoristas, que está em estado grave, apresentava “hálito alcoólico”, por isso foi submetido a um exame de sangue para comprovar se estava dirigindo embriagado.
Um dos veículos se dirigia à cidade de Oruro, onde se celebra neste fim de semana o Carnaval de Oruro, uma das maiores festas da América Latina, que atrai dezenas de milhares de pessoas.
Nas estradas da Bolívia morrem cerca de 1.400 pessoas por ano, principalmente por imprudência dos motoristas e falhas mecânicas, segundo números do Ministério de Governo.
Neste ano, 64 pessoas morreram em acidentes de trânsito até o final de fevereiro apenas em Potosí, informou a polícia em um relatório anterior ao acidente deste sábado.
Em fevereiro, 29 pessoas morreram quando um ônibus caiu por um abismo de 800 metros na localidade de Yocalla, também em Potosí.
Potosí concentra 10,6% de todos os acidentes de trânsito com mortos, de acordo com o Observatório Boliviano de Segurança Pública.
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