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Aos 53 anos, vereador é diagnosticado com autismo: “Sou o 1º da história do Acre”
Após consultas com um neuropsicólogo e com um psiquiatra, os profissionais constataram o Transtorno do Espectro Autista nível 2 de suporte

Após consultas com um neuropsicólogo e com um psiquiatra, os profissionais constataram o Transtorno do Espectro Autista nível 2 de suporte. Foto: pessoal
Rose Lima
Aos 53 anos e com mais de 30 anos atuando no jornalismo acreano, o agora vereador recém-empossado, Almir Andrade, foi diagnosticado com autismo nível 2 de suporte. Almir diz que sempre levou uma vida normal, tanto no trabalho quanto em família.
No entanto, no ano passado, sua esposa sentiu a necessidade de levá-lo para fazer exames, pois acreditava que algumas de suas características chamavam a atenção.
“O Almir sempre teve um coração muito grande e não conseguia ver maldade nas pessoas, além de não conseguir identificar ironias ou sarcasmo, com um gosto bem peculiar para alimentos, sempre muito seletivo com a sua alimentação. Por essas e muitos outros motivos, decidimos incentivá-lo a fazer o teste e os exames. Os sintomas apareceram ainda mais durante o período em que esteve internado para ser submetido a uma cirurgia cardíaca, que, até na UTI, os médicos liberaram a visita estendida, por conta do seu quadro delicado de saúde, que se agravava por estar longe de mim, a pessoa com quem ele se sente seguro. Após essa cirurgia, isso só intensificou as dificuldades em lidar com suas manias; foi então que minhas filhas e eu resolvemos procurar atendimento de um profissional.”, afirma a servidora pública Chiquinha Alves, casada com Almir há 32 anos.
Foi então que decidiram iniciar as consultas com neuropsicólogo e com o psiquiatra, que constataram o Transtorno do Espectro Autista nível de suporte 2.
Laudo abaixo:

Após consultas com um neuropsicólogo e com um psiquiatra, os profissionais constataram o Transtorno do Espectro Autista nível 2 de suporte, conforme laudo abaixo.
“No início, eu não queria aceitar, achava que era uma besteira, mas fui convencido a ir fazer os testes. Sou autista e sou uma pessoa normal. Agora pretendo inserir a causa autista nos meus trabalhos como vereador. Temos muitas crianças precisando de acompanhamento e o preconceito ainda é grande. É preciso conscientizar a sociedade sobre o autismo. Agora os autistas têm mais um companheiro de luta. Sou o primeiro vereador autista da história do Acre”, finalizou o vereador.
Almir Andrade é jornalista de carreira e servidor público do Estado, conhecido como o “ligeirinho da fronteira”. Foi repórter da TV Record, da BAND e é âncora de um programa de rádio. Foi eleito vereador pelo Partido Progressista em Brasiléia com 471 votos, é natural de Brasiléia, casado e tem duas filhas.

Almir Andrade ao lado da esposa e filhas, vereador recém empossado em Brasiléia Almir Andrade (PP) recebeu uma inusitada notícia nas últimas semanas: foi diagnosticado com autismo em 2º grau. Aos 53 anos. Foto: pessoal
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Sena Madureira registra 47 casos de estupro infantil em 2025; MPAC alerta para omissão de familiares
Ministério Público do Acre destaca que omissão de familiares, especialmente de mães que protegem companheiros agressores, é crime e agrava a situação das vítimas; campanha educativa será lançada para estimular denúncias

O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados do Ministério Público do Acre (MPAC). Foto: captada
O município de Sena Madureira registrou 47 casos de estupro infantil entre janeiro e novembro de 2025, segundo dados divulgados pelo Ministério Público do Acre (MPAC). Os números acenderam um alerta entre as autoridades, que intensificam ações de enfrentamento e convocam a população para colaborar.
De acordo com o MPAC, a participação da comunidade é fundamental para identificar abusadores e proteger crianças e adolescentes. O órgão destacou um ponto sensível nas investigações: a omissão de pais ou responsáveis, principalmente quando tentam proteger o cônjuge agressor.
“Em muitos casos, as mães escolhem apoiar o companheiro em vez de oferecer o suporte necessário à criança. Essa omissão também é crime e agrava ainda mais a situação da vítima”, alerta o Ministério Público.
Para fortalecer o combate aos abusos, a rede de proteção infantil do município — que reúne Conselho Tutelar, MPAC, Poder Judiciário e órgãos da administração pública — está desenvolvendo uma campanha educativa. A iniciativa visa conscientizar a população sobre a importância do cuidado, da vigilância e, principalmente, da denúncia.
Crítica do MPAC
- Omissão familiar: Mães que apoiam companheiros agressores em vez de proteger crianças
- Responsabilização: Omissão também configura crime
- Participação social: Comunidade é fundamental para identificação de abusadores
Ações em curso
- Campanha educativa: Rede de proteção (Conselho Tutelar, MP, Judiciário e administração pública)
- Objetivos: Conscientização sobre cuidado, vigilância e denúncia
- Foco: Proteção de crianças e adolescentes, principais vítimas
Os números expõem uma crise silenciosa no interior acreano, onde fatores culturais e a fragilidade das redes de proteção permitem a perpetuação de abusos sexuais contra crianças. A iniciativa busca romper o ciclo de violência e omissão que caracteriza muitos desses casos.

Os números acenderam alerta máximo entre as autoridades, que destacam um fator agravante: a omissão de pais ou responsáveis, especialmente quando tentam proteger o cônjuge agressor em detrimento da proteção da criança vítima. Foto: art
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PM de Sena Madureira apreende 12 armas, 7,4 kg de drogas e cumpre 12 mandados de prisão em novembro
Balanço do 8º Batalhão registra 4.838 abordagens, 254 operações e 251 ações comunitárias no mês; veículo roubado foi recuperado

De acordo com o relatório, o batalhão realizou 4.838 abordagens, ampliando a presença policial nas ruas e reforçando ações preventivas. Foto: art
O 8º Batalhão da Polícia Militar divulgou nesta quinta-feira (4) o balanço operacional referente a novembro de 2025, com números que evidenciam a atuação no policiamento, combate ao crime e aproximação com a comunidade na região.
De acordo com o relatório, foram realizadas 4.838 abordagens, além de 254 operações voltadas ao enfrentamento da criminalidade e 251 ações comunitárias, que buscam fortalecer o vínculo entre a PM e a população.
As ações resultaram em:
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72 conduções à delegacia;
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12 mandados de prisão cumpridos;
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7,4 kg de drogas apreendidos;
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12 armas de fogo e 3 armas brancas recolhidas;
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1 veículo com registro de roubo ou furto recuperado.
A PM destacou que os números refletem o impacto direto no combate ao tráfico e a outros crimes, e reforçou o compromisso de ampliar a presença nas ruas e as ações de segurança no município e região. O balanço consolida uma atuação que integra repressão qualificada e iniciativas de prevenção e proximidade com a comunidade.

A PM também recuperou um veículo com registro de roubo ou furto. Foto: art


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