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Alerta de desmatamento sobe para mais de 19 mil hectares no Acre e Segurança reforça operação contra crime ambientais

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Em comparação a maio, número é mais de 220% maior. Satélites mostram desmatamentos grandes e com formato organizado, que mostram recurso com topografia ou georreferenciamento.

Alerta de desmatamento sobe para mais de 19 mil hectares no Acre, aponta estudo  — Foto: LabGAMA/Ufac

Alerta de desmatamento sobe para mais de 19 mil hectares no Acre, aponta estudo — Foto: LabGAMA/Ufac

Um novo levantamento feito pelo Laboratório de Geoprocessamento Aplicado ao Meio Ambiente (LabGAMA) da Universidade Federal do Acre (Ufac) mostra o avanço dos alertas de desmatamentos no estado, que já chegam em todas as 22 cidades.

O balanço mostra que foram identificados, até junho, 19.600 hectares com alertas de desmatamento. Esse número é maior do que havia sido registrado em maio, por exemplo, quando esses alertas se concentravam em 6.100 hectares – foram 13,5 mil hectares a mais do que o último balanço.

“Os alertas de desmatamento concentraram-se, até o momento, nos municípios de Feijó, Tarauacá, Manoel Urbano, Rio Branco, Sena Madureira e Cruzeiro do Sul (75,5%). O maior alerta do desmatamento identificado foi de 347 hectares em Manoel Urbano”, destaca o estudo.

Essas ocorrências têm sido registradas, segundo a pesquisa, principalmente em áreas particulares, terras públicas e projetos de assentamento.

“Entretanto, o desmatamento em unidades de conservação tem se destacado, em relação ao tamanho dos polígonos, localização e quantidade. Desmatamento grandes e com formato organizado mostram recurso com topografia e georreferenciamento.”

A responsável pelo estudo, Sonaira Souza da Silva, engenheira agrônoma e mestre em produção vegetal pela Ufac e doutora em ciências florestais tropicais pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, pontua alguns fatores que estão contribuindo para este aumento.

“Chamamos a atenção para o fato que os desmatamentos podem não estar mostrando somente problemas ambientais, mas também problemas de gerenciamento agrícola, segurança fundiária, além de segurança pública. Já que no mapa de 2021 disponibilizado no Fórum Brasileiro de Segurança Pública está mostrando a presença do crime organizado na Amazônia”, enfatiza.

Anuário da Segurança Pública

O anuário da Segurança Pública, divulgado no final de junho, traz a realidade dos impactos da violência na região da Amazônia, incluindo todos os estados que a compõe. Inclusive, destaca que o fato de os estados fazerem fronteira com outros países torna a segurança mais complexa.

“A Amazônia, como um todo, parece dominada pela lógica dos grupos armados criminosos e, mesmo com as estruturas policiais e militares existentes que são capazes de atuar quando adequadamente mobilizadas, quem parece organizar a vida da população nela residente é o crime organizado, que vai corrompendo e ocupando a economia, a política e o cotidiano da região”, destaca o documento.

O anuário destaca ainda que a Amazônia tem sido dominada pela lógica do terror, muito usada durante a ditadura militar inaugurada em 1964 e até hoje presente nos territórios dominados por milícias e outros grupos armados.

“E, o mais grave, isso só ocorre diante da impunidade e da falta de responsabilização da maioria dos responsáveis por crimes bárbaros. Para se ter uma ideia concreta desse argumento, o Anuário traz dados sobre efetivos das polícias brasileiras e, neles, o estado do Acre todo, informou, em março de 2022, que possui 78 delegados de polícia ativos, que é a carreira encarregada de conduzir investigações criminais. Se considerarmos que estamos falando de uma área que exige plantões de 24 horas, 7 dias por semana, teríamos, se todos estivessem em trabalho operacional, cerca de 19 delegados por turno para atender a população inteira do Acre. No entanto, o mais provável é que, diante desse efetivo, a maior parte dos delegados esteja concentrada na capital e em algumas cidades maiores e que não existam plantões”, pontua.

No começo de julho, na sexta-feira (1), o Acre iniciou a Operação Guardiões do Bioma, programa federal, que como objetivo a atuação nas regiões da Amazônia, Cerrado, Pantanal, Mata Atlântica e da Caatinga. O custo estimado da força-tarefa é de R$ 77 milhões.

Duas prisões ocorreram pela Polícia Militar do Acre (PMAC) na zona rural de Rio Branco e Feijó, que aparecem nos alertas. A primeira ocorrência foi em Rio Branco, na Rodovia AC-90, onde uma dupla estava serrando castanheira.

O segundo fato ocorreu em Feijó, após denúncia de desmatamento ilegal, onde três pessoas foram presas com quatro motosserras. O trio estaria desmatando árvores no local. Ainda foi apreendido 14 terçados e três foices.

Dados do Batalhão Ambiental mostram um aumento de 18% no número de ocorrências registradas entre 2021 e 2021. No ano passado, de janeiro a junho, foram 83 ocorrências envolvendo crimes ambientais. O maior número de ocorrência é com desmate ilegal.

Já no primeiro semestre deste ano, essas ocorrências subiram para 98, se destacando também o desmate e a exploração de madeira ilegal.

O comandante do Batalhão Ambiental, major Kleison Albuquerque, e as equipes de segurança têm atuado junto com o governo estadual e federal para conter o avanço dos crimes.

Ele explica que, atualmente, o programa Guardiões do Bioma, é de esfera federal, mas que teve todo seu planejamento por órgãos fiscalizadores do estado, incluindo também a Polícia Militar.

“É uma operação do governo federal e a gente está executando com a polícia ambiental da PM, que é em Rio Branco e Cruzeiro do Sul, e mais algumas unidades rurais que entraram também, como Xapuri e Brasileia. Juntamos todos os encaminhamentos, de órgãos do estado e também federais, e atuamos com o recurso federal destinado para isso.”

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Buscas entram no segundo dia por criança de 2 anos desaparecida após colisão de barcos no Rio Tarauacá

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Mergulhadores do Corpo de Bombeiros atuam em área de difícil acesso; menina caiu na água após acidente lateral entre embarcações e não foi localizada

Os militares fizeram alguns mergulhos quando perceberam que o nível do rio estava mais baixo ainda no fim da tarde de segunda. Ainda segundo o tenente, a criança ainda não havia sido encontrada até o final da manhã desta terça. Foto: captada 

As buscas pela menina Emily Lorrany, de 2 anos, entraram no segundo dia nesta terça-feira (30) no Rio Tarauacá, no interior do Acre. A criança desapareceu após uma colisão entre duas embarcações na segunda-feira (29) no Seringal São Luís, região de difícil acesso entre os municípios de Tarauacá e Jordão.

De acordo com o tenente Marcelo Monteiro Dias, subcomandante do 7° Batalhão do Corpo de Bombeiros, a mãe e as duas crianças estavam em uma bajola (barco artesanal) que colidiu lateralmente com uma canoa. As duas crianças caíram no rio; uma foi resgatada, mas Emily afundou e não foi localizada. O rio está cheio e com muita vegetação flutuante, o que dificulta a operação.

“As duas crianças caíram no rio. Conseguiram tirar uma criança, e a outra, de dois anos, afundou”, acrescentou.

A equipe de mergulhadores chegou ao local apenas às 17h de segunda-feira devido à distância e às condições do rio. As buscas continuam durante todo o dia desta terça-feira na esperança de encontrar a criança.

O acidente foi no Seringal São Luís. Fica entre o Rio Tarauacá e Jordão. Já é a jurisdição de Jordão, mas o corpo de Bombeiros aqui de Tarauacá faz esse atendimento. Foto: captada 

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Família pede ajuda para encontrar Raquel Nobre, 37 anos, desaparecida há 19 dias em Rio Branco

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Mulher, que tem esquizofrenia e faz uso de medicamentos controlados, foi vista pela última vez no dia 11 de dezembro no bairro Ivete Vargas; parentes suspeitam que ela tenha saído acompanhada

Raquel Nobre não possui celular, o que impede tentativas de contato ou que a localização seja rastreada. A família afirma que a mulher sempre usa vestidos e óculos escuros. Foto: captada 

Há 19 dias, a família de Raquel Nobre de Lima, 37 anos, vive um drama em Rio Branco: a mulher desapareceu sem deixar pistas. O último contato ocorreu no dia 11 de dezembro, e desde então ninguém sabe para onde ela foi. A irmã, Olivia Nobre, relatou ao Portal Acre que Raquel deixou a casa onde mora, no bairro Ivete Vargas, sem que ninguém a visse saindo.

Relatos da família:
  • Raquel foi vista dias antes do desaparecimento com um senhor de idade no bairro João Eduardo;

  • Ela levou alguns pertences, o que faz a família acreditar que possa ter saído acompanhada;

  • Raquel é esquizofrênica e faz uso de medicamentos controlados. “Sem os remédios, ela surta”, alerta a irmã;

  • Ela não possui celular, o que impede tentativas de rastreamento;

  • Costuma usar vestidos e óculos escuros, mas não tem cicatrizes ou tatuagens aparentes.

Busca e apelo:

A família conta com o apoio da Polícia Civil, mas até o momento não há informações concretassobre o paradeiro de Raquel. Parentes e amigos fazem buscas próprias e pedem o apoio da população para qualquer informação que possa ajudar.

Contatos para informações:
  • Olivia Nobre: (68) 99909-4108

  • Fábio Nobre: (68) 99988-0511

Casos de desaparecimento de pessoas com transtornos mentais exigem agilidade nas buscas, já que podem estar vulneráveis a riscos ou sem condições de procurar ajuda sozinhas.

A Polícia Civil deve divulgar um boletim de ocorrência com a foto de Raquel para ampliar a divulgação. Enquanto isso, a família segue na esperança de que alguém a tenha visto nas ruas da capital ou em municípios vizinhos.

Qualquer informação, mesmo que pareça insignificante, pode ser crucial. A família pede que as pessoas fiquem atentas a mulheres com vestido e óculos escuros que pareçam desorientadas.

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Terça-feira será de calor, tempo abafado e chuvas pontuais em todo o Acre

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Sol entre nuvens predomina no estado; temperaturas podem chegar a 34°C em algumas regiões

FOTO: SÉRGIO VALE

O tempo segue quente e abafado em todo o Acre nesta terça-feira (30), com predomínio de sol entre nuvens e ocorrência de chuvas rápidas e isoladas, segundo informações do portal O Tempo Aqui. A influência de instabilidades em áreas da Região Norte e Centro-Oeste do país, especialmente em Rondônia e Mato Grosso, contribui para o cenário climático observado no estado.

Condições por região

No leste e sul do Acre, que abrangem as microrregiões de Rio Branco, Brasileia e Sena Madureira, o dia será marcado por sol, variação de nuvens e pancadas isoladas de chuva, com baixa probabilidade de eventos intensos. A umidade relativa do ar deve variar entre 50% e 60% durante a tarde, chegando a 85% a 95% ao amanhecer. Os ventos sopram fracos ou calmos, predominando do norte, com variações de noroeste e nordeste.

No centro e oeste do estado, incluindo as microrregiões de Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o cenário é semelhante, com tempo quente, abafado e chuvas pontuais. A umidade mínima fica entre 60% e 70% à tarde, enquanto a máxima varia de 85% a 95% nas primeiras horas do dia. Os ventos seguem fracos a calmos, também predominando do quadrante norte.

Temperaturas nos municípios

Em Rio Branco, Senador Guiomard, Bujari e Porto Acre, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, com máximas entre 31°C e 33°C.

Nos municípios de Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri, Capixaba e Assis Brasil, as mínimas ficam entre 21°C e 23°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.

Em Plácido de Castro e Acrelândia, os termômetros devem marcar mínimas de 22°C a 24°C e máximas de 31°C a 33°C.

Para Sena Madureira, Manuel Urbano e Santa Rosa do Purus, a previsão indica mínimas entre 22°C e 24°C, com máximas mais elevadas, podendo alcançar entre 32°C e 34°C.

Em Tarauacá e Feijó, as temperaturas mínimas variam entre 22°C e 24°C, e as máximas entre 31°C e 33°C.

No Vale do Juruá, que inclui Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima e Rodrigues Alves, as mínimas ficam entre 22°C e 24°C, com máximas de 31°C a 33°C.

Já em Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão, a previsão aponta mínimas entre 22°C e 24°C e máximas entre 31°C e 33°C.

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