Durval foi vítima de outros 6 bandidos que ocupavam a mesma cela que ele

Na manhã desta terça-feira, 26, ficou marcada como um dia violento e tumultuado na penitenciária de Sena Madureira Evaristo de Moraes. Agentes penitenciários confirmaram que um detento foi retirado completamente ensanguentado de dentro de uma cela onde estavam outros 6 internos. No entanto, o saldo negativo poderia ter sido ainda maior, não fosse à apreensão de duas facas afiadas que foram jogadas por cima da muralha, e tinham como destino a cela onde estava a vítima. No mesmo dia, houve ainda duas tentativas de envio de celulares por cima da muralha, que não tem vigilância por parte da PM há mais de 2 anos.

A vítima da tentativa de morte foi o preso provisório, , residente na Travessa da AABB, bairro Cristo Libertador, que havia acabado de chegar à unidade, por porte de arma de fogo. Segundo a polícia, ele havia sofrido recentemente outra tentativa de homicídio fora do presídio, por conta de uma moto que teria emprestado a um rapaz e não recebeu de volta, ao cobrar a moto recebeu como pagamento vários disparos de raspão pelo corpo.

Dentro do presidio, Durval foi vítima de outros 6 bandidos que ocupavam a mesma cela que ele, por  volta das 18 horas, após o jantar nesta terça-feira. Depois de ter sido atacado pelas costas, ele foi dominado no chão e seria morto a chutes. Após a intervenção armada dos agentes, ele foi socorrido totalmente ensanguentado e com marcas de perfurações pelo corpo. O preso recebeu atendimento médico e se mantém em estado de recuperação.

Os seis agressores foram identificados e apresentados na delegacia. São eles: Luciano de Oliveira Felipe; Romário Silva do Nascimento; Ronaldo da Cruz Santana, o maná; Antônio Fábio Ferreira da Silva, Sandro Teixeira de Souza, o Bujão; e José Ronaldo dos Santos Reis, o Bola. Transferidos para a cela de sanção disciplinar, deverão responder pelo crime de tentativa de homicídio.

Foi apreendida uma arma artesanal feita de uma escova de dente e um telefone celular na referida cela

Segundo os agentes, foi apreendida uma arma artesanal feita de uma escova de dente e um telefone celular na referida cela. “Sem dúvida, eles iriam matá-lo, pois iriam receber duas facas que nós apreendemos logo após comparsas terem jogado por cima da muralha. Como nós evitamos a entrada das facas, eles decidiram praticar a tentativa mesmo assim.”, disse um funcionário. No total, 6 celulares foram apreendidos, sendo que um estava na cela, e outros 5 que a vigilância interceptou entes que chegassem as celas.

Esta não é a primeira vez que bandidos soltos tentam armar os presos, jogando facas e celulares por cima do muro da unidade. Há mais de dois anos, dezenas de objetos foram aparados pelos agentes do lado de dentro da unidade, que redobraram a atenção no local para evitar que as armas cheguem aos presos.

De acordo com a Lei de Execução Penal (LEP), a vigilância na muralha é uma atribuição da PM. Entretanto, a PM alega falta de estrutura nas guaritas para a permanência de seu pessoal. O Ministério Público acionou judicialmente a direção estadual do IAPEN para providenciar os reparos necessários, mas o referido instituto ainda não atendeu a solicitação.

As informações são do sena24horas

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