fbpx
Conecte-se conosco

Cotidiano

Acre, Rondônia em alerta: seca de 2024 só no amazonas já impactar mais de 300 mil pessoas

Publicado

em

Com a seca de 2024 se adiantando em 30 dias, governo do Amazonas prevê severos impactos e mobiliza esforços para mitigar danos a milhares de famílias e combater o aumento das queimadas

O nível do rio caiu de 8,23 metros em 1º de junho para 4,15 metros em 19 de junho, a menor cota registrada em 2024. Em 2023, no mesmo período, o nível estava quatro metros acima dessa marca, com a média para o mês variando entre 7 a 8 metros.

A estiagem na Amazônia começou a ser sentida a partir de julho, com potencial para ser mais grave do que a de 2023. A Defesa Civil do Amazonas já estipula que mais de 300 mil pessoas pessoas estão sendo afetadas. Cerca de 30 secretarias e órgãos estaduais se anteciparam em junho e discutiram ações de enfrentamento e combate às queimadas, sublinhando a gravidade da situação que hoje e uma realidade.

Uma das consequências imediatas da redução no volume de chuvas é o aumento dos focos de incêndio preocupava. O Painel de Queimadas do Governo do Amazonas ja tinha registrado só em junho 539 focos, um aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano 2023. Além disso, na época foi discutido a disponibilidade de água, uma preocupação crescente e preocupante no começo deste mês de setembro. A Defesa Civil instalou 42 estações de tratamento de água este ano, e a Companhia de Saneamento do Amazonas planeja implementar outras 20 até o final deste mês que se inicia.

O Painel de Queimadas do Governo do Amazonas ja tinha registrado só em junho 539 focos, um aumento de 140% em relação ao mesmo período do ano 2023. Foto: assessoria 

Para garantir a navegabilidade dos rios Amazonas e Solimões, o governo federal destinou R$ 505 milhões, conforme relatado pela sua assessoria de comunicação. Este investimento está sendo crucial para a população e para o escoamento de produtos do polo industrial de Manaus. Em Porto Velho (RO), o rio Madeira já tinha secado quase três metros em apenas 15 dias em julho, levando a Defesa Civil a decretar “cota de alerta”. O nível do rio caiu de 8,23 metros em 1º de junho para 4,15 metros em 19 de junho, a menor cota registrada em 2024. Em 2023, no mesmo período, o nível estava quatro metros acima dessa marca, com a média para o mês variando entre 7 a 8 metros.

Madeira vem batendo recordes desde julho uma sequência de seca para o período, com níveis mínimos históricos. O nível mais baixo já registrado no mês de julho desde que o monitoramento passou a ser feito pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), há 57 anos.

A estiagem é o principal motivo dos baixos níveis do rio que corta Porto Velho, que está há mais de dois meses sem chuva significativa. Em todo o mês de julho, a capital de Rondônia teve apenas um dia com chuva, acumulando 3,4 mm, uma medição muito baixa. As informações são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).

O Rio Madeira é um dos maiores do mundo e passa por três países: Brasil, Bolívia e Peru. Neste período do ano, o nível da água deveria estar em torno de 5,50 metros. Ou seja, está aproximadamente 3 metros abaixo do que era esperado para julho.

Mas o que causa essa escassez? Segundo o engenheiro hidrólogo e pesquisador em geociências pelo SGB, Marcus Suassuna, dois fatores são determinantes:

  • Oceano Atlântico Norte mais aquecido que o normal, e mais quente que o Atlântico Sul.
  • Fenômeno El Niño, que causa atrasos no início da estação chuvosa e enfraquecimento das chuvas iniciais do período.

Seca do rio Madeira em 2024 — Foto: Edson Gabriel

Níveis críticos do Rio Madeira

Historicamente, outubro e novembro são os meses em que o rio fica mais seco. Em 2023, a estiagem também causou mínimas históricas para o Madeira. O rio desceu para níveis críticos, até chegar a cota de 1,09 metro. O registro aconteceu no dia 5 de novembro, às 4h, e foi o menor nível que o Madeira já chegou em 57 anos, segundo o SGB.

Bancos de areia e montanhas de pedras surgiram onde antes era possível enxergar somente água. Desde então, especialistas já previam uma seca ainda mais extrema em Rondônia em 2024.

No início de 2024, oito municípios do estado já estavam em emergência devido aos efeitos da estiagem. Em meados de julho, o Governo Federal publicou uma portaria que reconhece a mesma situação em outras 12 cidades.

Seca do rio Madeira forma bancos de areia próximo a comunidade Terra Firme, no baixo madeira, em Porto Velho. Foto: Maria de Fátima

Acre em situação de emergência

Todos os 22 municípios do Acre estão em situação de emergência por causa da seca extrema que tem afetado todas as bacias hidrográficas do estado. Em algumas cidades e comunidades ribeirinhas o risco de desabastecimento tem sido constante, segundo relatos de moradores.

Em Marechal Thaumaturgo, o combustível está custando mais de R$ 10 reais e a botija de gás pode sair por até R$ 200, quando tem.

Nas cidades banhadas pela bacia do Rio Acre, principal manancial do estado, a situação também é crítica. Na capital, Rio Branco, o nível das águas chegou a 1,30 nesta sexta-feira (30), se igualando ao 2º menor nível da história, registrado em 2016, e está a apenas 5 centímetros da maior seca de Rio Branco, 1,25 em outubro de 2022.

De acordo com a Defesa Civil Estadual, já são mais de 387 mil pessoas afetadas nas zonas urbana e rural da capital.

Esta situação generalizada perdura há dois meses. Já o manancial em Rio Branco se encontra abaixo de 4 metros há mais de três meses.

Em Brasiléia, a aproximadamente 230 km da capital, o rio, que há seis meses chegou a 15,58 metros e inundou 80% da área urbana, chegou nesta sexta-feira a medir apenas 69 centímetros e sem tendência de crescimento, já que não há previsão de chuvas.

Em razão do estado de emergência, a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (COMDEC) poderá requisitar apoio técnico e logístico de toda a estrutura administrativa direta e indireta estadual. Foto: assessoria

O prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, decretou situação de emergência no município por conta da extrema seca e da iminente possibilidade de desastre decorrente da incidência de desabastecimento do sistema de água, além do baixo nível dos rios. A publicação foi feita na última segunda-feira (19) de agosto, no Diário Oficial do Estado (DOE).

A bacia do rio Acre está em alerta máximo para seca desde junho em Assis Brasil, muitos municípios do Acre, enfrenta as mesmas demandas, com a secas mais severas dos últimos anos. O período crítico de estiagem, que normalmente ocorre entre maio e novembro, apresenta características extremas neste ano, com baixos índices pluviométricos, altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e fortes ventos. Esses fatores combinados resultaram em uma diminuição significativa dos níveis dos rios Acre e Iaco, que são as principais fontes de captação de água para as regiões.

Brasileia enfrenta um desafio diferente, mas igualmente devastador. A falta de chuvas há mais de 55 dias fez com que o nível do rio Acre atingisse recordes negativos. A atual medição assusta, com a menor profundidade já registrada desde o início das medições da Defesa Civil na região.

Segundo estimativas da Secretaria Municipal de Agricultura de Brasileia, a seca já causou uma perda de cerca de 30% da produção rural no município

A seca na Amazônia não afeta apenas a região Norte; é um risco para todo o país. A Amazônia, que normalmente exporta umidade, está contribuindo para a seca em outras regiões, como o Pantanal. Dados do CEMADEN, mostram um aumento dramático no número de cidades em estado de seca extrema e severa em todo o Brasil. Em junho de 2023, havia pouco mais de mil cidades em todo o Brasil vivendo sob uma seca severa ou extrema no país, hoje, chega 1.361, dados desta sexta-feira 30. As regiões mais afetadas incluem Amazonas, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo

A situação exige atenção das autoridades e ações imediatas para mitigar os impactos da estiagem na Amazônia e em todo o território nacional.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Em Cruzeiro do Sul, bebê de 2 meses é socorrido pelo Corpo de Bombeiros após suspeita de engasgamento

Publicado

em

O estado de saúde do bebê não foi detalhado, mas o atendimento emergencial foi essencial para garantir sua estabilidade

Durante a abordagem, constatou-se que não havia mais obstrução das vias respiratórias, mas a criança apresentava sinais de broncoaspiração. Foto: cedida

O Corpo de Bombeiros foi acionado neste domingo, 23, para socorrer um bebê de apenas dois meses que, aparentemente, estava engasgado. Diante da gravidade da situação, a equipe se deslocou imediatamente e acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para reforçar o atendimento.

Ao chegar ao local, o Sargento Damasceno realizou a primeira avaliação da criança, verificando as vias aéreas e aplicando os procedimentos adequados. Durante a abordagem, constatou-se que não havia mais obstrução das vias respiratórias, mas a criança apresentava sinais de broncoaspiração, uma condição que pode causar dificuldades respiratórias.

A equipe do SAMU chegou em seguida e assumiu o atendimento, com o médico de plantão confirmando o quadro de broncoaspiração. Ele ressaltou que a resposta rápida dos socorristas foi fundamental para minimizar possíveis complicações.

O Corpo de Bombeiros acompanhou a equipe do SAMU até o hospital, prestando apoio à família da criança durante todo o trajeto. O estado de saúde do bebê não foi detalhado, mas o atendimento emergencial foi essencial para garantir sua estabilidade.

O que fazer em casos de engasgamento infantil?

Especialistas recomendam que, diante de um possível engasgamento, os responsáveis tentem manobras de desobstrução e acionem imediatamente os serviços de emergência pelo 193 (Corpo de Bombeiros) ou 192 (SAMU).

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Preço da Banana Dispara em Cruzeiro do Sul e chega a R$ 10 a palma

Publicado

em

Com a produção comprometida, a banana que chega ao mercado apresenta qualidade inferior, aumentando a insatisfação dos consumidores

A banana é um dos alimentos mais consumidos na região, mas fatores como exportação, enchentes e secas contribuíram para a alta no valor. Foto: ilustrativa 

Juruá Online

Quem nunca usou a expressão “precinho de banana” para se referir a algo barato? Em Cruzeiro do Sul, essa frase já não faz sentido. Nos últimos meses, o preço da fruta disparou, pegando consumidores de surpresa.

Em alguns pontos da cidade, um ‘palma’ de banana pode custar entre R$ 8 e R$ 10, um aumento significativo que levou moradores a repensarem a compra.

Elieso Lima, morador do bairro Aeroporto Velho, chegou a desistir da compra já no caixa da venda ao ver o valor do produto.

“Vou ter que seguir o conselho do presidente Lula. A esse preço, por mim, vai apodrecer na prateleira. Coloquei duas palmas na sacola e já deu 10 reais. Há poucos dias era 4 reais a palma”, desabafou.

A banana é um dos alimentos mais consumidos na região, mas fatores como exportação, enchentes e secas contribuíram para a alta no valor.

O aumento no preço da banana tem múltiplas causas:

  • Exportação para outras regiões: A fruta passou a ser enviada para Rio Branco e outras cidades, reduzindo a oferta local.
  • Cheias do Rio Juruá: Enchentes recentes destruíram muitos bananais na região ribeirinha.
  • Seca de 2023: A estiagem prolongada afetou a produção, reduzindo ainda mais a oferta.

Adelmar Barbosa, 65 anos, produtor da comunidade Carlota, relatou as dificuldades enfrentadas:

“As últimas alagações do Rio Juruá mataram boa parte das minhas plantas. Além disso, o pouco que conseguimos colher enfrenta dificuldades para chegar até a cidade”, contou.

Com a produção comprometida, a banana que chega ao mercado apresenta qualidade inferior, aumentando a insatisfação dos consumidores.

Comentários

Continue lendo

Cotidiano

Santa Cruz e Furacão do Norte goleiam na abertura das quartas na Copinha

Publicado

em

Foto Manoel Façanha: Semifinalistas do Sub-12 serão definidos nas partidas de volta no próximo dia 9

Santa Cruz e Furacão do Norte golearam neste domingo, 23, na abertura da fase de quartas de final da 10ª edição da Copinha Arasuper de Futsal. O Santa Cruz bateu a Escolinha do Santinha por 7 a 1 e o Furacão do Norte derrotou o Flamenguinho por 10 a 1.

Nos outros confrontos das quartas, Camisa 11 e Real Aquiri empataram por 2 a 2 e a Escolinha do Galvez venceu o Cruz Azul por 5 a 1.

Jogos de volta

O coordenador da Copinha Arasuper, Auzemir Martins, confirmou para 9 de março as partidas de volta.

“Tínhamos essa parada no torneio programada. Vamos ter dois fins de semana sem confrontos”, explicou Auzemir Martins.

Outros resultados

Sub-14

Ecoville 2 x 1 Veneza/Marilda Goveia

Esc. Conquista 4 x 2 Esc. Santinha

Esc. Galvez 3 x 2 Rei Artur

Furacão do Norte 5 x 0 Amigos Solidários

Sub-10

Rei Artur 9 x 0 Flamenguinho

Santa Cruz 5 x 0 Esc. do Santinha

Esc. Xavier Maia 3 x 2 Esc. do Psica

Ame 3 x 2 Ecoville

Comentários

Continue lendo