fbpx
Conecte-se conosco

Geral

Acre fecha 2023 com redução de 45% no número de focos de queimadas

Publicado

em

A união de esforços entre os diversos órgãos da agenda ambiental, mudança de estratégia e rápida tomada de decisões trouxeram protagonismo e resultados positivos para o Acre durante 2023. Prova disso foi a redução de 45% no número de focos de queimadas em comparação com o ano de 2022.

Redução foi de 45% no número de focos de queimadas em comparação com o ano de 2022. Foto: Pedro Devani/Secom

Um levantamento, realizado pelo Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), da Secretaria do Meio Ambiente (Sema), aponta que o número de focos de calor no Acre, de 1º de janeiro até dia 31 de dezembro de 2023, foi de 6.562, sendo que no mesmo período em 2022 haviam sido mapeados 11.840 focos.

Os dados, baseados no levantamento do Programa Queimadas (BDQueimadas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostraram ainda que o mês em que houve a maior redução foi novembro, 83%, quando foram registrados 160 focos em 2023 e 923 focos em 2022.

O mês de dezembro também fechou com uma redução significativa. O número dos focos de calor no Acre, de 1º a 31 de dezembro de 2023 foi de quatro focos, sendo que em 2022, no mesmo período, foram quantificados apenas quatro, uma diminuição de 56%.

A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, explicou que o trabalho realizado ano passado foi exitoso e agradeceu a parceria entre os diversos órgãos no enfrentamento aos ilícitos ambientais.

“Em 2023 realizamos reuniões periódicas da Sala de Situação com os órgãos do Comando e Controle Ambiental, onde trocamos informações e nos organizamos para as tomadas de decisões e realização das ações de fiscalização. A Sema, sob o comando do governador Gladson Cameli, conseguiu chegar ao seu objetivo principal que era a redução das queimadas e do desmatamento, o que nós, inclusive, apresentamos como resultado na COP28”, disse.

A gestora reforçou ainda que as reuniões da Sala de Situação vão continuar ocorrendo.

Em 2023, a Sema atuou com várias frentes na redução dos ilícitos e criou uma verdadeira união entre os diversos órgãos. Dentre os esforços foi montada a Sala de Situação; seguido do Decreto de Emergência Ambiental; Força-Tarefa pela Proteção Ambiental; Rede de Governança Ambiental; Plano de Prevenção, Controle do Desmatamento e Queimadas do Estado do Acre (PPCDQ-AC); Plano Estadual de Recuperação da Vegetação Nativa do Acre (Peveg); Comitê de Seca Prolongada; e a ação Limpa Rio Acre.

Como parte dos órgãos estaduais que compõem a gestão integrada está o Corpo de Bombeiros do Acre (CBMAC), por meio do comandante da corporação, coronel Charles Santos. De acordo com ele, 2023 foi um ano exitoso onde os resultados positivos puderam ser vistos por meio de um trabalho conjunto e preventivo.

“Nesses resultados, através das agências ambientais, destaco o papel da Sema que coordenou todas as ações, e o Corpo de Bombeiros apoiando todas as ações e obtivemos a redução de 45% nos focos de queimadas. Tivemos tanto com um trabalho preventivo, quanto o de combate, chegando mais próximo justamente aos locais de maior incidência de incêndios ambientais, realizando a conscientização da população e, ao mesmo tempo, fiscalizando, e isso refletiu nos resultados, que também foram exitosos em relação ao desmatamento”, afirmou.

A superintendente do Ibama, Melissa Machado, disse que 2023 foi um ano em houve a priorização da política socioambiental e climática a nas esferas nacional, estadual e municipal.

“No Acre, tivemos a exitosa experiência de que o trabalho integrado entre os órgãos foi fundamental para alcance de resultados de redução de desmatamentos e queimadas divulgados. O Ibama participou junto a outros órgãos como, CBMAC, Instituto de Mudanças Climáticas , Instituto do Meio Ambiente do Acre, Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e ICMBio, da Sala de Situação, capitaneada pela Sema, instituída para monitoramento dos alertas de desmatamentos e queimadas, planejamento, execução de ações de prevenção e combate e avaliação dos resultados. Encontros feitos semanalmente no período mais crítico onde obtivemos ótimos resultados”, reforçou.

Comentários

Continue lendo

Geral

Policial acreana integra missão de combate ao garimpo na Reserva Indígena Yanomami

Publicado

em

O governo federal implementou a operação Desintrusão da Terra Indígena Yanomami. A ofensiva reúne, além da FNSP, PF, Ibama, ICMBio, Funai, ANTT e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP)

Sargento Gesitania Nascimento em operação no interior da Amazônia. Foto: cedida

Com missão de expulsar invasores e neutralizar pontos de garimpo ilegal na Reserva Indígena Yanomami, localizada no extremo norte do país, nos estados de Roraima e Amazonas, uma policial militar acreana, a sargento Gesitania Nascimento, integra a equipe da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) que atua na região para impedir a depredação humana no habitat dos povos originários.

Desde agosto de 2024, a sargento tem como tarefa localizar pontos de extração de ouro e auxiliar outras instituições na destruição dos materiais utilizados pelos garimpeiros.

Diariamente, a equipe caminha por quilômetros na densa floresta para encontrar os locais utilizados pelos invasores. Para Gesitania, apesar das dificuldades encontradas, o esforço é recompensador. “Atuar na Amazônia é desafiador, mas é gratificante, pois sabemos que estamos lutando por algo muito maior que nós, e o nosso esforço se reflete na sobrevivência de outras pessoas, no caso dessa operação, a sobrevivência dos Yanomamis”, diz.

Agentes de órgãos federais realizam destruição de estrutura utilizada por garimpeiros. Foto: cedida

O povo Yanomami está estabelecido na fronteira entre Brasil e Venezuela e suas terras totalizam mais de nove milhões de hectares. Em razão de suas riquezas naturais e fácil acesso aos países da América Central, a região tornou-se alvo de exploradores ilegais.

Minerais e pedras preciosas podem ser encontrados em abundância na Floresta Amazônica, despertando a atenção de garimpeiros, que ferem as matas para extrair ouro e outras riquezas naturais. A invasão do homem branco gera erosão da terra, poluição de rios e espalha doenças nas aldeias, visto que os animais e vegetais que servem de subsistência para esses povos são constantemente contaminados pelo mercúrio, metal usado em garimpos ilegais e altamente tóxico ao ser humano.

Policiais da FNSP encontram ouro processado ilegalmente por garimpeiros. Foto: cedida

Para impedir essa ação depredatória, o governo federal implementou a operação Desintrusão da Terra Indígena Yanomami. A ofensiva reúne, além da FNSP, órgãos como Polícia Federal (PF), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Fundação Nacional do Índio (Funai), Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

As incursões nas matas fechadas representam diversos perigos aos agentes, como o desafio de passar despercebido pelos garimpeiros, que por vezes também portam arma de fogo para se manterem na área invadida. Além disso, o ambiente é bastante hostil e de difícil acesso.

A equipe precisa ser levada aos locais com auxílio de helicópteros até certo ponto, e dali em diante segue floresta adentro por horas, para encontrar os materiais utilizados no garimpo. Além da militar acreana, mulheres de outros estados compõem o grupo.

Erosão na Reserva Indígena Yanomami é provocada pela exploração ilegal. Foto Bruno Mancinelle/Casa de Governo

Comentários

Continue lendo

Geral

Policial acusado de tentativa de homicídio em Assis Brasil enfrentará júri popular; veja os detalhes

Publicado

em

Os crimes pelos quais o homem será julgado são tentativa de homicídio, ameaça e disparo de arma de fogo

Comentários

Continue lendo

Geral

Política econômica do Governo Lula faz inflação subir 1,06% no Acre com a conta de luz sendo uma das principais vilãns

Publicado

em

Após a deflação de 0,34% em janeiro, o Indíce Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mostra que os preços dos produtos essenciais voltaram a ter alta em Rio Branco: segundo o IBGE, que divulgou nesta quarta-feira (12) o IPCA de fevereiro, a inflação voltou com alguma força e chega a 1,06%, acumulando alta de 0,7% em 2025 e de 4,73% nos últimos doze meses.

A conta de luz ajudou a puxar a inflação para cima na capital do Acre, com aumento de 16,8% em fevereiro influenciado principalmente pelas ondas de calor.

Em nível nacional, entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (4,70% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (4,44%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, também, as altas nos grupos Alimentação e bebidas (0,70%) e Transportes (0,61%). Juntos, os quatro grupos respondem por 92% do índice IPCA de fevereiro.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 30 de janeiro de 2025 a 26 de fevereiro de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2024 a 29 de janeiro de 2025 (base).

Comentários

Continue lendo