Cotidiano
Acre, em outubro, desligou mais empregados do que contratou
A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Acre (Fecomércio/AC) analisou os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgados recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) referentes ao mês de outubro, que apresenta a situação atual do nível de admissões e demissões ocorridas em todo o País.
Tais dados são de grande relevância para a economia nacional e regional, indicando a taxa de ocupação formal, bem como a renda gerada pelo trabalho.
Os dados divulgados indicam que o número de postos de trabalho contou com 2.271.460 admissões contra 2.186.313 desligamentos, mantendo um saldo positivo de 85.147 postos formais ocupados no mês de outubro.
O volume de admissões, apesar de ter sido mais elevado do que o observado em setembro em 30.002 vagas formais, o número de desligamentos na comparação com o mesmo mês sofreu uma retração de 98.007 postos.
No acumulado do ano, em todo o País, foram admitidos 23.050.304 trabalhadores e desligados 21.249.654, com saldo positivo no acumulado de 1.800.650 postos.
Os setores que mais contrataram em outubro foram: serviços, com 1.987.847 admissões e 1.005.411 desligamentos, mantendo saldo positivo de 82.436 vagas formais, com ênfase nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; seguido pelo comércio, com 547.183 admissões e 521.591 desligamentos, mantendo saldo positivo de 25.592 postos ocupados; indústria em geral, com 326.980 admissões e 337.072 desligamentos, indicando uma retração no saldo de postos ocupados de -10.092 vagas, tendo sido a indústria de transformação a que mais desligou no período. O Acre, por sua vez, realizou 4.200 admissões e desligou 4.372 trabalhadores no mês de outubro, ficando com saldo negativo de -172 postos formais ocupados, diferente do que ocorreu em setembro, quando o número de contratações chegou a 4.592 postos contra 3.774 desligamentos.
Outubro não foi um bom mês para a atividade formal. De todas as atividades econômicas, a única que obteve saldo positivo foi a construção, com 65 novos postos, ocorridos pelo número de obras públicas sendo realizadas em todo o Estado. Todas as demais atividades econômicas apresentaram saldos negativos no mês de outubro, liderados pelo setor de serviços, com -104 postos, seguido pela indústria em geral, com -88 postos; agricultura, com -23 postos; e comércio, com -22 postos.
A quantidade de admissões ocorridas em todo o Estado tem a maior participação: Rio Branco, com 2.962; Cruzeiro do Sul, com 351; Brasiléia, com 146; Sena Madureira, com 134 postos.
Contudo, da mesma forma que a capital liderou o ranking de admissões em outubro, também foi a que mais desligou, com 3.066 postos ocupados a menos, seguido de Cruzeiro do Sul, com redução de -5 postos.
Os únicos municípios que apresentaram saldo positivo em outubro foram: Bujari, com 56 postos; Brasiléia, com 17; Feijó, com 13; Assis Brasil, com 8 postos; Porto Acre, com 7 postos; e Porto Walter, com 2 postos ocupados a mais em outubro.
Segundo o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, “todos os demais municípios desligaram mais do que contrataram, indicando a retração observada nas diversas atividades econômicas, na desconfiança com o momento econômico atual, a SELIC elevada, a retração do crédito e o endividamento do cidadão”, explicou.
“Contudo, com a proximidade das festividades de final de ano e a expectativa da redução da taxa básica, espera-se que, em 2026, esse número seja crescente em todo o Estado”, finalizou Garó.
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Mulher tem osso de galinha removido do esôfago por endoscopia em Cruzeiro do Sul
Paciente engoliu acidentalmente o objeto no sábado (6) e passou por dor intensa; procedimento evitou cirurgia aberta e ela recebeu alta no mesmo dia

Uma mulher passou por momentos de risco em Cruzeiro do Sul, depois de engolir acidentalmente um osso de galinha, que ficou alojado em seu esôfago. Foto: captada
Uma mulher passou por um susto no último sábado (6), em Cruzeiro do Sul, após engolir acidentalmente um osso de galinha, que ficou alojado em seu esôfago. O objeto causou dor intensa e dificuldade para engolir, exigindo atendimento de urgência.
O procedimento de remoção foi realizado pela equipe da Endoscopia Vale do Juruá, coordenada pelo Dr. Marlon Holanda, na manhã de domingo (7). A paciente foi submetida a uma endoscopia digestiva alta após jejum total, medida necessária para evitar riscos de vômito e broncoaspiração durante a intervenção.
A remoção foi bem-sucedida e não houve necessidade de cirurgia aberta. A paciente recebeu alta hospitalar no mesmo dia, com orientações médicas para recuperação. Casos como esse reforçam a importância do atendimento especializado rápido para evitar complicações mais graves, como perfurações ou infecções.

A paciente foi submetida a uma endoscopia digestiva alta após jejum total, medida necessária para evitar riscos de vômito e broncoaspiração durante a intervenção. Foto: captada
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PIB per capita do Acre chega a R$ 31,6 mil em 2023, acima de Pará e de estados do NE, mas abaixo da média do Norte
Dados do IBGE mostram que economia acreana avança, mas ainda fica distante de vizinhos como Rondônia, Amazonas e Roraima; especialistas apontam dependência do setor público e baixa industrialização

O resultado posiciona o estado acima de parte da região Norte e próximo da média regional, mas ainda distante dos desempenhos mais elevados do país. Foto: art
O PIB per capita do Acre atingiu R$ 31,6 mil em 2023, de acordo com dados do Sistema de Contas Regionais do IBGE divulgados nesta semana. O valor coloca o estado acima do Pará (R$ 31,3 mil) e de parte do Nordeste, mas ainda abaixo da média da região Norte, que foi de R$ 36 mil.
Em comparação com os vizinhos, o desempenho acreano fica atrás de Rondônia (R$ 48,3 mil), Tocantins (R$ 42,5 mil), Amazonas (R$ 41 mil), Roraima (R$ 39,4 mil) e Amapá (R$ 38,1 mil). O resultado reflete uma evolução gradual da economia local, mas ainda limitada por uma estrutura produtiva concentrada no setor público, serviços e atividades extrativistas, com reduzida presença industrial.
Segundo economistas consultados, o crescimento do PIB per capita é positivo, mas mostra que o estado continua dependente de setores de menor valor agregado e com menor capacidade de geração de renda e emprego em comparação com líderes regionais. A superação desse cenário exigiria maior diversificação produtiva, investimentos em infraestrutura e atração de indústrias com maior impacto na economia.
Comparativo regional
- Rondônia: R$ 48,3 mil
- Tocantins: R$ 42,5 mil
- Amazonas: R$ 41 mil
- Roraima: R$ 39,4 mil
- Amapá: R$ 38,1 mil
- Acre: R$ 31,6 mil
- Pará: R$ 31,3 mil
Contexto nacional
- Média Brasil: R$ 53,8 mil (crescimento de 8,56% em 2023)
- Distrito Federal: R$ 129,7 mil (maior do país)
- Sudeste: R$ 69 mil (influenciado por SP e RJ)
- Centro-Oeste: Mato Grosso com R$ 74,6 mil
- Nordeste: Maranhão com R$ 22 mil (menor)
Análise econômica
- Estrutura produtiva: Concentrada em setor público, serviços e extrativismo
- Desafio: Menor presença industrial comparada a líderes regionais
- Recomendações: Diversificação produtiva, atração de investimentos e fortalecimento de infraestrutura
Os números refletem a histórica dependência do Acre de atividades tradicionais e do setor público, com menor capacidade de geração de valor agregado em comparação a estados mais industrializados. Apesar de avanços graduais, o estado precisa superar limitações estruturais para reduzir a distância econômica em relação às regiões mais desenvolvidas do país.

No Acre, analistas apontam que ampliar a diversificação produtiva, atrair novos investimentos e fortalecer a infraestrutura são fatores essenciais para elevar o nível de renda e reduzir as desigualdades em relação às regiões mais industrializadas do país.
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82% das famílias acreanas seguem endividadas, aponta Fecomércio-AC
Pesquisa mostra estabilidade entre setembro e novembro de 2025; altas taxas de juros são apontadas como principal fator de manutenção do endividamento

Redução no número de famílias com contas em atraso sinaliza cautela dos consumidores. Foto: ilustrativa
O percentual de famílias acreanas endividadas se manteve em 82% entre setembro e novembro de 2025, segundo dados regionais analisados pela Fecomércio-AC. Apesar da estabilidade geral, houve redução significativa em indicadores específicos: 41.963 lares declararam ter dívidas em atraso (queda de 4,08%) e 13.779 famílias relataram não ter condições de pagar suas contas (redução de 4,57%) – ambos os menores índices desde maio.
Perfil do endividamento
- Maior impacto: Famílias com renda de até 10 salários mínimos (35,4% das entrevistadas)
- Tendência: Redução para 41.963 lares (menor índice desde março/2025)
Fatores explicativos
- Taxas de juros: SELIC elevada impacta capacidade de pagamento
- Comportamento: Famílias evitam novas dívidas e buscam regularizar existentes
- Perspectiva: 13º salário deve reduzir endividamento nos próximos meses
Análise institucional
“Essa continuidade reflete o momento econômico atual, as altas taxas de juros” – Egídio Garó, assessor da Fecomércio-AC
A estabilidade no endividamento reflete o cenário econômico nacional de juros elevados, enquanto as reduções nos indicadores de inadimplência sugerem maior cautela dos consumidores acreanos. A expectativa é que o 13º salheiro traga alívio às famílias no final do ano.


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