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Acre consolida rota de cocaína com apreensões recordes na fronteira e aeroportos, aponta Atlas da Violência
Relatório aponta que dados transparentes sobre substâncias apreendidas são cruciais para políticas de redução de danos e atendimento à população

Em recente declaração, especialistas argumentam que a identificação precisa das substâncias psicoativas em circulação no mercado ilegal é uma questão que transcende a segurança pública. Foto: cedida
O Acre se mantém como um dos principais corredores do narcotráfico no Brasil, com rotas terrestres e aéreas movimentando toneladas de cocaína, segundo o Atlas da Violência – 2025, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Em 2023, cada delegacia da Polícia Federal no estado — localizadas em Epitaciolândia, Rio Branco e Cruzeiro do Sul — apreendeu entre 181,5 kg e 823,5 kg da droga, com destaque para as BRs 364 e 317.
Mas o tráfico não se limita às rodovias: o Aeroporto Internacional de Rio Branco também é um ponto crítico, com 22,3 kg a 41,9 kg de cocaína interceptados no mesmo período. Pesquisadores destacam que a transparência dos dados é essencial para combater o problema não só sob a ótica da segurança, mas também da saúde pública.
O relatório reforça a necessidade de políticas integradas para frear o avanço das drogas na região, que segue como porta de entrada da cocaína peruana e boliviana no Brasil.
“A disponibilidade de dados oficiais, transparentes e acessíveis é uma iniciativa louvável e necessária para compreendermos o fenômeno das drogas no Brasil, não só pelo aspecto da segurança pública ou da criminalidade, mas também pelo viés da saúde, visando a redução de dados e riscos à população. Um dado correto sobre a identificação das substâncias psicoativas que estão sendo comercializadas ilegalmente no país é uma questão de polícia, mas também de saúde pública, pois, afinal, essas substâncias estão sendo consumidas pela nossa população que precisarão do atendimento adequado em casos de intoxicação, consumo excessivo e demais efeitos adversos”, afirmam os pesquisadores.
É disseram mais. “Quando sabemos exatamente quais substâncias estão sendo consumidas, podemos salvar vidas não apenas combatendo o tráfico, mas principalmente preparando nosso sistema de saúde para lidar com as consequências desse consumo”, completaram.

A Polícia Militar de Goiás apreendeu um carregamento de drogas que saiu do Acre (Março 2025), com destino a Belo Horizonte, em Minas Gerais. Foto: cedida
A defesa por maior transparência de dados surge no contexto de discussões sobre novas abordagens para o problema das drogas, que integrem repressão qualificada e cuidado com a saúde pública no estado.
“Essas informações são fundamentais para:
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Mapear padrões de consumo
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Antecipar crises de saúde pública
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Orientar atendimentos médicos em casos de intoxicação
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Desenvolver estratégias de redução de danos eficazes”, explicam os pesquisadores.
Os especialistas ressaltam que a precisão nos dados permite:
- Melhor preparo das equipes de saúde para atendimentos de emergência
- Desenvolvimento de protocolos específicos para diferentes substâncias
- Formulação de políticas preventivas baseadas em evidências
O relatório reforça a necessidade de políticas integradas para frear o avanço das drogas na região, que segue como porta de entrada da cocaína peruana e boliviana no Brasil.
“Essas drogas estão sendo consumidas pela população, que precisa de atendimento adequado em casos de intoxicação e outros efeitos adversos, os dados oficiais e acessíveis permitem compreender o fenômeno não apenas como questão de segurança, mas como um grave problema de saúde pública”, destacaram os especialistas.

Veja vídeo da ação:
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Detran-AC e Sead divulgam resultado preliminar de concurso para cargos de nível superior
Edital publicado nesta sexta (5) apresenta classificação dos candidatos e abre prazo para recursos entre 8 e 9 de dezembro.

Foto: Kelvisson Monteiro/Detran-AC
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Justiça do Acre funciona em regime de plantão nesta segunda (8)

Foto: TJAC/assessoria
O Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) informa que não haverá expediente nas unidades jurisdicionais e administrativas na próxima segunda-feira, 8 de dezembro, em virtude do feriado do Dia da Justiça.
A data é comemorada desde 1940, mas sua primeira celebração oficial ocorreu somente dez anos mais tarde, por iniciativa da Associação dos Magistrados Brasileiros. A Lei 1.408, de 1951, criou o Dia da Justiça como feriado forense em todo o território nacional.
O atendimento das demandas emergenciais, no âmbito do primeiro e segundo graus de jurisdição, ocorrerá em regime de plantão, conforme escala definida. A relação de magistradas, magistrados, servidoras e servidores plantonistas pode ser consultada na aba Plantão Judiciário do portal do TJAC ou diretamente pelo link: https://www.tjac.jus.br/spj/.
Os prazos processuais que tenham início ou término durante o feriado serão automaticamente prorrogados para o primeiro dia útil subsequente, garantindo segurança e continuidade à tramitação processual.
Fonte: Ascom/TJAC
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Acusado de homicídio em disputa entre facções volta a júri popular nesta quinta em Rio Branco
Raimundo Fernandes Silva, que havia sido condenado a mais de 21 anos de prisão em 2022, passa por novo julgamento após anulação da sentença pelo TJAC.
Raimundo Fernandes Silva, acusado de homicídio qualificado, voltou a sentar no banco dos réus na manhã desta quinta-feira (5), na 2ª Vara do Tribunal do Júri e Auditoria Militar de Rio Branco. Ele é apontado como o autor do assassinato de Alessandro da Silva Santos, ocorrido em 2018. A sessão teve início às 8h30, no Fórum Criminal, e o resultado do julgamento deve ser conhecido no início da tarde.
O réu chegou a ser condenado em fevereiro de 2022 a 21 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, em regime fechado. No entanto, a defesa recorreu ao Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), alegando que testemunhas consideradas essenciais não haviam sido ouvidas, o que poderia alterar o entendimento dos jurados.
A Câmara Criminal acolheu o recurso e anulou a sentença, determinando um novo julgamento.
Segundo a denúncia do Ministério Público, o crime ocorreu na noite de 8 de agosto de 2018, em meio a uma disputa entre facções criminosas. Alessandro da Silva Santos foi surpreendido quando chegava em casa, no bairro Tancredo Neves, por um homem armado com uma espingarda de grosso calibre e executado com vários disparos.
Raimundo Fernandes Silva foi indiciado pela Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) e não compareceu à sessão do júri realizada em 2022, quando acabou condenado pela primeira vez.
Fonte: PCAC

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