Cotidiano
PGE realiza levantamento das medidas tomadas por antigo governo
Dívida do Estado pode chegar a mais de R$ 100 milhões e governador pede força-tarefa para investigar atos de Tião nos últimos meses de governo
Marcus José
A Procuradoria Geral do Estado se reuniu para montar a força tarefa que vai fazer um levantamento das medidas tomadas pelo ex-governador Tião Viana nos últimos 180 dias de governo. Qualquer medida que traga prejuízos ao estado, a ordem é suspender e se a norma permitir, revogar.
Ainda pesa contra o novo governo o fato de o cofre estar vazio e as contas sobrando.
A Secretaria de Fazenda ainda não tem todos os cálculos prontos, mas, preliminarmente, a dívida herdada ultrapassa os R$ 100 milhões. Só o pagamento do décimo terceiro salário atrasado de mais de 30 mil trabalhadores são R$ 50 milhões.
Com fornecedores e serviços terceirizados são mais R$ 50 milhões, por enquanto.
Para que alguns serviços pudessem voltar, o governo fez licitações urgentes, como é o caso da saúde que precisava urgente de compra de medicamentos e equipamentos, e a compra de combustível para as viaturas das polícias.
Segundo o porta voz do governo, Rogério Wenceslau, algumas empresas que vão manter contratos com o governo estão sendo chamadas para renegociar os valores. “Quem não aceitar vai ter o contrato cancelado e novas licitações serão lançadas”, disse.
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Gladson Cameli determinou que a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) revise todos os atos assinados do ex-governador Tião Viana e publicados no Diário Oficial nos últimos seis meses do petista.
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Governador Gladson Cameli falou com a imprensa sobre o assunto e afirmou que vai se reunir com membros da PGE para tratar sobre o pente-fino nos atos governamentais, incluindo portarias, licitações, diárias, decretos e tudo que gerou despesa ao Estado nos últimos meses de gestão de Tião Viana.
O porta-voz do governo, Rogério Wenceslau, também falou com a imprensa sobre o pedido de investigação nos últimos atos de Tião como governador. Ele conta que a determinação de Gladson é que a Casa Civil reúna procuradores do Estado de diversas áreas para iniciar a força-tarefa.
“Essa é uma medida que o novo governo toma visando trazer maior transparência para gestão. O novo governo entende que os atos de todas as áreas do executivo, incluindo secretarias, devem ser revistos e caso a PGE identifique anomalias que gerem despesas para a nova gestão, esse ato será primeiramente suspenso e de acordo com o critério jurídico, poderá inclusive ser revogado”, explicou.
Segundo Wenceslau, até mesmo o pedido de licença-prêmio pedido por Tião Viana para ele mesmo como médico do Estado deverá ser analisado pela PGE e pode ser cancelado se houver irregularidades.
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