Acre
Mais de 3,8 mil adolescentes entre 10 e 19 anos tiveram filhos em 2017 no Acre, aponta relatório da Saúde
A região que concentra o maior número de casos é do Baixo Acre e Purus – com 2.095 casos.
Gravidez na adolescência reduziu 18% nos últimos cinco anos. Atlas da violência aponta que média em Rio Branco é 4,1% de adolescentes grávidas.

Dados mostram números de adolescentes grávidas no Acre (Foto: Divulgação/Sinasc)
Com Tácita Muniz, G1 AC, Rio Branco
Mesmo apresentando uma redução de 18% no número de adolescente grávidas nos últimos cinco anos, o estado do Acre luta para que essa redução seja ainda maior. De acordo com os dados do Sistema Nacional de Nascidos Vivos (Sinasc) do Ministério da Saúde, ao menos 3.826 adolescentes – entre 10 e 19 anos – se tornaram mães no Acre em 2017.
O número, ainda considerado alto pela Saúde, apresenta uma redução de 18% em relação aos últimos cinco anos, já que em 2013, 4.674 adolescentes se tornaram mães, segundo o relatório. A região que concentra o maior número de casos é do Baixo Acre e Purus – com 2.095 casos.
No Atlas da Violência 2018, Rio Branco aparece com uma taxa de gravidez na adolescência de 4,1%, quase duas vezes maior do que a nacional, que é de 2,62%.
O estudo, a fim de fazer um retrato das condições socioeconômicas de cada município, selecionou 11 indicadores relacionados a seis dimensões, sendo elas: educação infanto-juvenil; pobreza; mercado de trabalho; habitação; gravidez na adolescência; e vulnerabilidade juvenil.
Os indicadores se referem ao ano de 2010 e foram calculados tomando como base o Censo Demográfico do IBGE.
Porém, a Saúde enfatiza que os dados do estudo são defasados. O Sinasc aponta que, em 2017, somente em Rio Branco foram 1.224 adolescentes que se tornaram mães. O número também aponta uma redução de 25% em relação a 2013, quando foram 1.628 somente na capital.
O gerente da Divisão de Saúde do Adolescente da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), Antônio Neto, destaca que ações são desenvolvidas em vários setores para que essa redução seja constante.
Ele enfatiza a criação do projeto “Se liga aí”, que faz campanhas educativas nas escolas e trabalha diretamente com adolescentes.
“Rio Branco está no quarto ano consecutivo com a maior redução do estado. E a gente não faz isso sozinho, a gente contribui com essa redução. E agora divulgamos uma nota técnica informando que adolescentes podem ser atendidos em unidades de saúde sem estarem acompanhado dos pais. Porque não adiantava fazer ações na escola e quando o jovem ia no posto de saúde não era atendido ou não tinha acesso a métodos contraceptivos”, explica.

Mais de 3,8 mil adolescentes entre 10 e 19 anos tiveram filhos em 2017 no Acre, aponta relatório da Saúde (Foto: Reprodução / TV Tem)
Outro medida tomada pelo governo foi fazer um pedido de 4 mil dispositivos intrauterino – o DIU. Segundo Neto, a intenção é que adolescentes tenham acesso ao método de forma gratuita pela rede pública de saúde.
“A gente vai ter um avanço bem significativo em relação a isso. A adolescente vai poder fazer a consulta sozinha a partir da idade que ela já tiver uma vida sexualmente ativa e vai poder ter acesso a esse método contraceptivo. Em algumas unidades ainda encontramos placas informando que só atendem adolescentes acompanhados com os pais, mas estamos fazendo visitas em todas as unidades do estado e orientando sobre isso”, explica o gerente.
A medida de a adolescente procurar atendimento médico sozinha deve facilitar também a detecção de casos de abuso dentro de casa, segundo Neto. “Tomamos essa decisão diante de um fato que ocorreu em Capixaba, onde o próprio abusador levava a adolescente para consultas médicas”, pontua.
Então, nos últimos anos, além da mobilização nas escolas, as ações têm andado junto com medidas efetivas nos postos de saúde. “Isso evita que o jovem compre medicamento por contra própria e gere outros problemas”, finaliza.
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Jornalista Wanglézio Braga é indicado para lista dos mais admirados da imprensa do Agronegócio 2025
“neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”

Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Foto: cedida
Natural de Rio Branco, no Acre, o jornalista Wanglézio de Lima Braga é um dos 106 profissionais de 86 veículos de comunicação de todo o país listados na edição especial do portal ‘Jornalistas & Cia’. O profissional da mídia acreana foi classificado para a segunda etapa do prêmio “+Admirados da Imprensa do Agronegócio 2025”.
Criada pelo portal ‘Jornalistas & Cia’, a premiação valoriza o trabalho de comunicadores que se destacam na cobertura do setor agropecuário em todo o Brasil. Nesta edição, Wanglézio se destacou pela credibilidade com que trata as pautas do campo, recebendo reconhecimento dos colegas de profissão.
Segundo a publicação, neste ano a quantidade de premiados foi ampliada. “Em vez de Top 30, serão eleitos os Top 50 +Admirados Jornalistas do Brasil”, informa o portal, destacando que “mais da metade (63 nomes) ainda não haviam figurado na lista em anos anteriores”.
Diplomado em Jornalismo e Letras (Português) pela Universidade Federal do Acre (UFAC), Wanglézio Braga tem ampla trajetória nos meios de comunicação do estado. Foi editor-chefe do jornal O Rio Branco por sete anos, além de atuar como repórter político e de meio ambiente. Também teve passagens pelo SBT, onde foi apresentador e repórter, e pela revista Saiba Mais.
Atualmente, é colunista do portal News Rondônia, dos CEOs Fabiano Coutinho e Mauro Brisa, onde publica conteúdos diários com foco nos estados de Rondônia e Acre.

Na lista deste ano, Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Foto Art
Na lista deste ano, o jornalista acreana Wanglézio de Lima Braga aparece ao lado de grandes nomes da imprensa agro, como Valterno de Oliveira, do Grupo Bandeirantes. Para votar, basta acessar: link da votação e seguir as instruções. O nome de Wanglézio Braga está na categoria “jornalistas”.
De acordo com o portal, “neste segundo turno você poderá votar em até 5 opções em cada uma das categorias, indicando os nomes de profissionais e veículos em ordem de 1º a 5º lugar”.

O jornalista Wanglézio de Lima Braga, esteve nos 4 dias festa no município de Epitaciolândia realizando a cobertura do Xll Circuito Country de Epitaciolândia. Foto: oaltoacre
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PM apreende 58 quilos de drogas e arma em operação no bairro Boa União, no Acre
Equipes do BOPE, Choque e Cães surpreenderam suspeito em residência com grande carga de maconha e pasta base de cocaína

Os militares receberam informações de um endereço que possivelmente teria recebido um grande carregamento de drogas. Foto: cedida
Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), incluindo equipes da Companhia de Policiamento com Cães (CPCães), Companhia de Operações Especiais (COE) e Companhia de Choque (CPChoque), apreenderam 58 quilos de entorpecentes e uma espingarda durante uma operação na segunda-feira (5), no bairro Boa União, em Rio Branco.
Os policiais indagaram o indivíduo sobre o material ilícito e ele afirmou que iria entregar para outra pessoa. Em buscas pelo local os militares encontraram uma arma de fogo, tipo espingarda e várias embalagens de entorpecentes supostamente maconha e pasta a base de cocaína, somando ao todo 57, 815kg.
Operação foi deflagrada após denúncia
Os militares agiram com base em informações sobre um grande carregamento de drogas em uma residência. Ao chegarem ao local, encontraram o portão aberto e um homem distraído com o celular. Com ele, foram apreendidos três pacotes de maconha.
Arma e mais drogas escondidas no local
Durante buscas, os policiais encontraram:
– 57,815 kg de drogas (maconha e pasta base de cocaína)
– 1 espingarda
O indivíduo foi levado à Delegacia de Flagrantes (Defla), junto com todo o material apreendido, para as devidas providências. A operação reforça o trabalho integrado das unidades especiais da PMAC no combate ao tráfico de drogas no estado.
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Polícia Civil do Acre lança plataforma digital com dados detalhados sobre mortes violentas entre janeiro e março deste ano
Ferramenta interativa revela que 40 pessoas foram assassinadas no estado no primeiro trimestre de 2024; maioria das vítimas são homens

Ferramenta visa modernizar a gestão da informação e ampliar a transparência nas ações da Polícia Civil. Imagem: ilustrativa.
A Polícia Civil do Acre disponibilizou uma nova plataforma digital com painéis interativos que detalham informações sobre mortes violentas em todo o estado. Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres.
O sistema possibilita a consulta por categorias como homicídio, feminicídio, latrocínio, mortes por intervenção policial e acidentes de trânsito. A análise aponta que 14 dos homicídios registrados estão ligados a disputas entre facções criminosas.
A iniciativa visa aumentar a transparência e auxiliar no planejamento de políticas públicas de segurança. A plataforma está disponível para acesso público e deve ser atualizada periodicamente.
Entre as vítimas, a imensa maioria era do sexo masculino: 38 homens e apenas duas mulheres. A análise dos dados mostra ainda que 14 dos homicídios estão diretamente relacionados à disputa entre facções criminosas.
A capital Rio Branco concentrou a maior parte dos assassinatos no trimestre, com 22 casos. Em seguida aparecem os municípios de Cruzeiro do Sul (5), Brasiléia (2), Feijó (2), Jordão (2), Sena Madureira (2), Assis Brasil (1), Capixaba (1), Porto Acre (1), Rodrigues Alves (1) e Xapuri (1).”
Março foi o mês mais violento do período, com 19 assassinatos registrados. Em janeiro ocorreram 13 mortes e, em fevereiro, 8. Quanto aos instrumentos utilizados nos crimes, 57,5% dos homicídios foram cometidos com arma de fogo, enquanto 10% envolveram armas brancas.
A motivação dos crimes também foi analisada: além dos 14 casos relacionados ao conflito entre facções, outros 12 homicídios ainda estão sob investigação. Doze foram provocados por motivos fúteis, um por legítima defesa e outro teve motivação passional.
O delegado-geral da Polícia Civil, José Henrique Maciel Ferreira, destacou a importância da nova plataforma como ferramenta de apoio à atuação policial. “A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, ressaltou.

Segundo os dados, 40 pessoas foram assassinadas entre janeiro e março deste ano, sendo 38 homens e apenas duas mulheres. Foto: cedida
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado.
“A visualização desses dados de forma interativa e dinâmica contribui significativamente para o direcionamento das nossas ações e para a identificação de padrões que possam ser combatidos com mais eficiência. É um recurso que nos permite agir com mais estratégia e assertividade”, afirmou.
O responsável pelo desenvolvimento dos painéis é o agente de polícia Raurimar Sousa Muniz, coordenador de Tecnologia e Informação (Cotin) da PCAC. Ele explica que o principal objetivo foi tornar os dados mais acessíveis para uso prático no dia a dia da gestão e das investigações.
“Nosso foco foi criar uma ferramenta intuitiva, que facilitasse a leitura dos dados e permitisse identificar rapidamente os principais pontos de atenção. Com esses painéis, é possível perceber tendências, fazer comparativos e identificar áreas de risco com muito mais clareza”, disse o agente.
Para o diretor do Departamento de Inteligência da Polícia Civil, delegado Nilton Boscaro, os dashboards são uma conquista importante para a Segurança Pública.
“Trabalhar com dados bem organizados e atualizados é fundamental para que possamos antecipar situações críticas e definir prioridades com base em evidências. É uma ferramenta que agrega valor não apenas à investigação, mas também ao planejamento de políticas públicas”, destacou.
A Polícia Civil do Acre reafirma, com essa iniciativa, seu compromisso com a modernização dos processos, o uso responsável da tecnologia e a prestação de um serviço público cada vez mais eficiente e alinhado às necessidades da sociedade.

O delegado-geral da Polícia Civil do Acre, José Henrique Maciel Ferreira, reafirmou que a inovação vai permitir que o trabalho policial seja ainda mais direcionado. Foto: cedida
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