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Xapuri voltará a proibir cultos e academias depois de alerta do MP sobre responsabilização

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Procuradora-chefe esteve no município e fez orientações sobre adequação ao decreto estadual

As academias de ginástica, clubes esportivos e de lazer e similares poderão ser reabertos na fase verde, seguindo os protocolos sanitários, com capacidade limitada a 60% da capacidade total.

Por Raimari Cardoso

A prefeitura de Xapuri vai voltar a proibir os eventos religiosos e o funcionamento de academias de ginástica durante o período de pandemia do novo coronavírus. O município havia liberado o funcionamento das igrejas desde o início do mês de junho e dos espaços de atividade física desde o começo de julho. Em ambos os casos, as autorizações foram dadas com uma série de medidas de prevenção e protocolos de higienização.

O decreto que voltará a proibir essas atividades deverá ser editado até o meio-dia desta sexta-feira, 17, segundo informou o prefeito Ubiracy Vasconcelos. A cidade é uma das 11 que estão em desacordo com o Pacto Acre sem Covid, do governo do estado, que estipula os critérios para os setores comerciais e empresariais voltarem a funcionar de acordo com a fase da regional à qual o município está inserido.

No decreto que estabeleceu o Pacto Acre sem Covid, o governo definiu em níveis representados por cores as etapas da estratégia de retomada das atividades em todas as regionais do estado: vermelho, de emergência; laranja, de alerta; amarelo, de atenção; e verde, de cuidado. A cada sete dias, o comitê faz uma nova avaliação sobre os avanços obtidos fazendo ou não reclassificações.

Pelo plano apresentado pelo governo, os eventos religiosos só poderão ser reabertos a partir da fase amarela, com apenas 30% da capacidade de público nos espaços, e na fase verde, com 60%, seguindo todos os protocolos de prevenção. As academias de ginástica, clubes esportivos e de lazer e similares poderão ser reabertos na fase verde, seguindo os protocolos sanitários, com capacidade limitada a 60% da capacidade total.

Até o momento, segundo as últimas informações do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, quase todas as regionais do estado seguem na fase vermelha, de emergência, com exceção da regional do Juruá, Tarauacá/Envira, que foi reclassificada no último dia 6 para o nível laranja, que quer dizer alerta.

Na última segunda-feira, 13, o Ministério Público deu um prazo de 72 horas para que todas as prefeituras do estado cumpram integralmente com os termos do decreto governamental. O MP chamou a atenção dos gestores municipais para a possibilidade de abertura de Ação Civil Pública no caso de desobediência.

Na noite desta quinta-feira, 16, a prefeitura de Xapuri realizou uma audiência pública virtual, com a participação dos secretários de Saúde e Educação, onde foram apresentadas informações sobre o combate à pandemia e discutidas as próximas medidas que serão tomadas, entre elas o fechamento das atividades que estavam funcionando.

Mais cedo, a procuradora-geral do Ministério Público do Acre, Kátia Rejane de Araújo Rodrigues, esteve em Xapuri, onde conversou com o prefeito Ubiracy Vasconcelos. Na reunião, ela fez orientações e advertiu que, caso a recomendação do MP não seja acatada e isso resulte em aumento dos casos, o prefeito poderá ser responsabilizado.

Na transmissão pela internet, Ubiracy Vasconcelos informou que vai se adequar ao decreto estadual, mas disse que vai buscar os meios adequados para que o seu município seja avaliado individualmente e não pelo critério que considera os dados de toda a regional do Alto Acre. Segundo ele, a situação de Xapuri está controlada e não se assemelha com a dos vizinhos.

“Vou fazer um decreto de uma semana apenas, pois não vou desistir de reabrir as igrejas e as academias e de dizer que Xapuri está bem. Respondemos hoje ao Ministério Público que vamos acatar a recomendação até que consigamos, junto ao Comitê de Acompanhamento ou à Justiça, o direito de nos desligarmos da regional nessa parte da covid-19”, afirmou o prefeito.

O MP diz que no caso de discordância da classificação estabelecida pelo decreto estadual nº 6.206/2020 – Pacto Acre Sem Covid – e detalhada pela Resolução nº 02, de 3 de julho de 2020, o município precisa apresentar relatório com critérios técnico-científicos e com dados epidemiológicos que devem ser avaliados pelo Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 (COE).

Para o prefeito, com base nos dados apresentados por sua equipe de enfrentamento à pandemia, o município de Xapuri, caso pudesse ser avaliado individualmente, não estaria classificado na fase vermelha, mas na amarela, com relação à curva de contágios. Por isso, anunciou que, junto com outros prefeitos, entrará com uma representação junto ao governo para a alteração dos termos do decreto que instituiu o Pacto Acre sem Covid.

Coronavírus no Acre

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Departamento de Vigilância em Saúde, informou, no boletim desta quinta-feira, 16, mais 193 casos positivos novo coronavírus no estado nas últimas 24 horas. Desse modo, o número de casos confirmados subiu de 16.672 para 16.865.

Foi registrada apenas uma morte nesta quinta-feira no Acre e o número de óbitos por covid-19 subiu para 447. O estado está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril, mantendo uma taxa de 1.890 casos para cada 100 mil habitantes e letalidade de 2,7%.

Coronavírus em Xapuri

O município não registrou nenhum novo caso de covid-19 ontem quinta-feira. Com isso, o número ficou estabilizado em 336, dos quais 5 resultaram em óbito. Ainda restam 12 exames em análise e 580 pessoas monitoradas em suas residências. As altas médicas somam 230, o que representa 68,4% de cura da doença, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).

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Voos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul por R$ 797 (ida e volta) no feirão de passagens

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A Gol incluiu os voos que serão operados durante o dia entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul a partir de 27 de outubro no feirão de passagens aéreas. Quem for viajar em novembro deste ano encontra voos diretos entre as duas cidades por R$ 797, ida e volta com taxas de embarques.  Acesse AQUI essa promoção. De Cruzeiro do Sul para a capital acreana o valor das passagens é o mesmo.

Os voos da Gol diurnos entre Rio Branco e Cruzeiro do Sul, e também no sentido inverso, serão operados as segundas, quartas, sextas-feiras e domingos. A Gol também oferece voos sem escalas de Rio Branco para Manaus. Quem for viajar ainda neste ano encontra passagens aéreas por R$ 776. Da capital acreana para Brasília a Gol tem opções de compra dos bilhetes aéreos por R$ 1355.

Azul terá voos no Acre em 4 de outubro

A partir de 4 de outubro deste ano a Azul iniciará voos no Acre. As passagens de Rio Branco para Belo Horizonte (Aeroporto de Confins) por R$ 1377 (ida e volta).  As passagens da capital acreana para Porto Velho estão sendo vendidas por por R$ 1372 em voo sem escala da Azul.

A Azul tem ainda passagens de Rio Branco para o Rio de Janeiro por R$ 1384. As passagens aéreas estão com as taxas de embarques inclusas. Os menores valores são para viagens de agosto a novembro deste ano. Os preços das passagens podem sofrer alterações, conforme disponibilidade de assentos promocionais.

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Nova frente fria chega ao AC nesta semana e temperatura atingirá 18ºC, diz Friale

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Pesquisador Davi Friale – Foto: Alexandre Lima/Arquivo

O pesquisador Davi Friale divulgou em seu site O Tempo Aqui, nesta segunda-feira (10), uma nova previsão de diminuição das temperaturas na próxima semana.

Além disso, o “mago” destacou que até o próximo domingo (16) haverá calor abafado, chuvas, possibilidade de temporais e tempo seco e ventilado.

Na quarta-feira (12), mais uma frente fria chegará ao Acre, a partir do fim da tarde, mas será na quinta-feira que os ventos serão mais intensos, devido à penetração de mais uma onda de frio polar, declinando levemente a temperatura.

“Desta vez, a massa de ar frio não será intensa no Acre. As temperaturas, ao amanhecer, de quinta-feira e de sexta-feira, deverão oscilar entre 18 e 20ºC, em Rio Branco, Brasileia e demais municípios do leste e do sul do estado”, comentou.

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IBGE: mais de 12% dos acreanos já sofreram violência psicológica, física ou sexual

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A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população

IBGE

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (10) os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019.

O Acre figurou em muitos cenários. Um deles foi o de violência psicológica, física ou sexual. Pelo menos 12,4% da população já foi alvo de uma das agressões.

Os dados apontam ainda que 72 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram os tipos de violência destacados, nos 12 meses anteriores à entrevista.

“O percentual de mulheres que sofreram alguma violência foi de 14,0% e o de homens foi de 10,8%. Considerando a faixa etária, a prevalência de casos de violência é mais acentuada nas populações mais jovens: de 18 a 29 anos (16,5,0%); de 30 a 39 anos (8,9%); de 40 a 59 anos (13,5%) e 60 anos ou mais (6,9%). As pessoas pretas (20,2%) e pardas (10,9%) sofreram mais com a violência do que as pessoas brancas (14,6%), diz o órgão.

Outro resultado preocupante tem a ver com o afastamento das atividades laborais e habituais em decorrência da violência sofrida. 9 mil pessoas foram afetadas – o que representa 12,9% das vítimas de violência, seja psicológica, física ou sexual. As mulheres foram mais atingidas do que os homens, com 18,3% e 5,4%, respectivamente.

Violência psicológica

A pesquisa apontou que 68 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram agressão psicológica nos 12 meses anteriores à entrevista, ou seja, 11,5% da população.

O percentual de mulheres vitimadas foi maior do que o dos homens, 12,9% contra 10,1%, respectivamente. A população mais jovem (18 a 29 anos) sofreu mais violência psicológica do que a população com idade mais elevada (60 anos ou mais), 15,4% contra 6,9%. Mais pessoas pretas (18,0%) e pardas (10,2%) sofreram com este tipo de violência do que pessoas brancas (13,4%).

“Considerando o rendimento domiciliar per capita, o grupo com menor rendimento apresentou um percentual maior de vítimas: 15,2% das pessoas sem rendimento até 1/4 do salário mínimo, em comparação a 10,5% das pessoas com mais de 5 salários mínimos”, destaca a pesquisa.

Violência física

A PNS estimou que 17 mil pessoas de 18 anos ou mais sofreram violência física nos 12 meses anteriores à entrevista, o que representa 2,8% da população. O percentual de vítimas do sexo feminino foi de 3,4%, enquanto o dos homens, 2,2%.

Violência sexual

Para as pessoas que responderam que não sofreram agressão sexual nos últimos 12 meses, foi perguntado se ela sofreu essa violência alguma vez na vida. Considerando essas duas perguntas, estima-se que 25 mil pessoas de 18 anos ou mais de idade foram vítimas de violência sexual, independentemente do período de referência, o que corresponde a 4,3% desta população, 2,6% dos homens e 5,9% das mulheres.

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